Por Júnior Gaboardi, Project Cars #114
E aí, Flatouters! Post número 15 depois de mais de um ano sem nenhuma atualização. O projeto ficou um pouco parado por vários motivos, mudança, pandemia, compra de outro projeto, um E36 coupé, e também houve alguns problemas com o carro que fizeram o projeto, infelizmente, não avançar como eu tinha planejado.
Mas vamos ao que interessa: as modificações!
A primeira foi uma que consegui meio sem querer. Um dia eu estava dando uma olhada no marketplace do Facebook e vejo um anuncio de um Celica recém-trazido do Japão. Ele tinha um bodykit Try Force v.1 da Trial, que é um dos bodykits mais difíceis de conseguir para o Celica, já que só é fabricado no Japão e é bem caro. Aguns até devem conhecer ele, já que está em alguns jogos como o Gran Turismo e Forza.
Liguei para o cara, negociei com ele, e consegui convencê-lo a trocar o meu bodykit mais grana pelo Trial.
Bom, como comentei acima, tive alguns problemas com o carro. O primeiro aconteceu em fevereiro, depois de uma reunião com os amigos. No caminho de volta pra casa, acabei batendo o carro. Foi um combo de vários carros freando forte à frente por culpa de um buraco gigante na rua, distração que fez eu perder uns milésimos de reação e rodas bloqueando.
No dia seguinte decidi desmontar tudo em casa mesmo e ver o estrago, que não foi grande já que a batida foi fraca. Tive o para-choque quebrado em algumas partes, intercooler amassado e perfurado, suportes do intercooler e do radiador um pouco tortos. Radiador, capô e farol todos intactos felizmente.
Fiz o pedido de todas as peças, e o parachoque como é de fibra de vidro deu para arrumar de boa. O intercooler decidi colocar um menor e mais eficiente do que eu tinha, escolhi um Mishimoto Z-Line. E o suporte do radiador tive que fabricar novo, de aço inox.
O segundo problema foi no track day, que infelizmente foi o único feito este ano aqui no Paraguai.
Entrei a pista e, na terceira, volta senti que a turbina não estava mais enchendo, decidi parar pensando que tinha saído um cano do intercooler, controlamos tudo mas não encontramos nada fora do lugar, então decidimos dar uma olhada no turbo e descobrimos que eixo da turbina tinha muita folga.
Na semana seguinte, desmontamos a turbina e descobrimos que o problema foi um pedaço do silicone dentro da mangueira de alimentação de óleo do turbo. Não sabemos de onde veio esse pedaço de silicone e nem como ele não ficou no filtro, mas é o mesmo silicone que foi usado no cárter e na tampa da distribuição.
Com tudo desmontado, pintei o coletor e a turbina com VHT Flame Proof, por que tinha muita ferrugem, e apesar de ficar bem escondido atras do motor, me incomodava muito. Também pintei os canos do intercooler com pintura eletrostática.
Comprei um conjunto central novo para o turbo e também decidi trocar a BOV por uma nova da Turbosmart
O seguinte passo foi terminar a linha de escape, que foi feita toda em inox 304 de 3 polegadas com um abafador Flowmaster FX.
A ultima modificação feita foi a troca de combustível, troquei o flex pelo etanol, já que o flex está meio difícil de encontrar nos postos ultimamente aqui no Paraguai.
Levamos o carro ao dinamômetro para fazer o novo mapa com etanol, mas os injetores de 800cc não deram conta do recado, então tive que trocar por injetores de 1.300cc.
Depois da troca dos injetores, acabei fazendo o mapa na rua mesmo com 1.4bar, ainda não pude levar o carro de novo ao dinamômetro, mas acredito que deva estar com uns 340hp nas rodas com essa pressão.
Por enquanto é isso, pessoal. Até a próxima!
Ainda não é assinante do FlatOut? Considere fazê-lo: além de nos ajudar a manter o site e o nosso canal funcionando, você terá acesso a uma série de matérias exclusivas para assinantes – como conteúdos técnicos, histórias de carros e pilotos, avaliações e muito mais!