E aí, galera gearhead!? Chegamos no meu sexto post depois de quatro meses do último, quando contei sobre a troca do câmbio automático pelo manual.
Desde o último post fiz algumas mudanças visuais no carro: consegui o parachoque dianteiro original do modelo 2003-2005, um lip da C-One de poliuretano, um spoiler original TRD com a terceira luz de freio por que o que eu tinha era uma réplica em fibra de vidro e a tampa TRD (que foi muito difícil de encontrar) para esconder a terceira luz de freio original ja que o spoiler traz a terceira luz de freio.
Como ficou depois da pintura.
Outra modificação visual que fiz foi as luzes de neblina, que optei por não usar as originais e fazer uma modificação que encontrei em alguns Celica europeus, que é a utilização das luzes de neblina do Ford Focus MK1. Elas encaixam como se fossem feitas para o Celica.
Tambem decidi fazer uma melhora nos freios. Já que minhas pastilhas estavam terminando comprei as EBC Yellowstuff e também troquei as linhas de freio originais pelas linhas de freio de aço inox da Stoptech e trocar todo o fluido de freio DOT3 por um DOT4 sintético da Castrol.
Desde que fiz o swap de transmissão quase todos os fins de semana tenho pegado a estrada com alguns amigos do Celica Group Paraguay para aproveitar tudo o que o câmbio manual tem de divertido e desestresar um pouco.
Em uma dessas viagens o motor começou a consumir óleo de forma exagerada outra vez. Como eu já tinha comentado no primeiro post sobre o problema crónico de consumo de óleo dos 1ZZ-FE que afetou os Celicas e MRS de 2000 a 2002.
Como eu na época não sabia que para solucionar isso tinha que trocar os pistões, foi feito somente a retifica do do motor. Cinco anos mais tarde o problema voltou a aparecer e foi um susto quando dei uma revisada no óleo e ele estava um pouco abaixo do mínimo em menos de 100km rodados.
Depois disso dei algumas voltas pela cidade com o carro mas o motor já começava a esquentar e cada saída era quase meio litro de óleo. Então decidi deixar de usar o carro, que ficou parado por umas duas ou três semanas até que decidi pasar para o próximo paso do projeto — que ainda não estava nos planos mas teve que ser adiantado — que era forjar o motor para futuramente instalar um turbo.
Primeiramente fiz uma reunião com meu amigo e mecânico Eduardo Gonzalez para ver tudo o que precisávamos de peças e o que ele também recomendava trocar, já que queríamos deixar o motor como novo e também pelo motor ter andado várias vezes com o óleo baixo.
A lista de peças ficou assim:
- Pistões Forjados Wiseco 10:1 de 79,5 mm (O Pistão original tem 79 mm)
- Bielas, bronzinas de virabrequin -0,25 mm e bronzinas de bielas -0,25 mm Forjadas da Monkey Wrench Racing
- Jogo de parafusos do bloco e do cabeçote do motor, corrente, guia, tensor, bomba de agua, bomba de óleo e o kit de juntas originas da Toyota e tambem válvulas e guias de válvulas Dokuro
Quando todas as peças chegaram dos EUA começamos a desmontar tudo.
Detalhe das bronzinas retiradas bem desgastadas.
Aproveitando que o vão do motor estava totalmente livre dei uma boa lavada e tambem troquei os canos da fiação e muitos parafusos que estavam começando a enferrujar por parafusos de inox.
A tampa de válvulas recebeu uma pintura eletrostática preto fosco micro texturado.
Pistões e válvulas depois de voltar da retífica. Os cilindros foram aumentados em 0,5mm aumentando um pouquinho a cilindrada:
Trabalho quase terminado.
Depois de tudo montado em seu lugar chegou a hora da verdade: a primeira partida. Depois de ter lido vários PC aqui no FlatOut, segui os passos de um PC que eu tinha gostado muito, o PC #146 do Misubishi Eclipse GSX com motor forjado do Cesar Mazzocato.
Segui os procedimentos exatamente igual, pois como ele disse em seu PC, é muito investimento para querer economizar uns litros de óleo e alguns filtros.
Dei a partida e em cinco minutos esgotamos o óleo, que saiu meio cinza purpurinado. Mais meia hora com o motor ligado e outra troca de óleo e filtro, e depois outra troca quando o motor chegou a 100km e finalmente a última em 1.000km para depois seguir a manutenção normal de 5.000 km ou seis meses como sempre faço.
Trabalho terminado e novo filtro de ar AEM Dryflow
Fiz os primeiros 100km sem passar dos 3000 rpm, os 400km seguintes sem pasar dos 4500rpm e assim progressivamente até os 1000km onde tudo funcionou perfeitamente sem nenhum problema.
Agora é aproveitar o carro até conseguir juntar a grana para o kit turbo. É isso ai pessoal ficamos por aquí e até o próximo post abraço!!!
Por Junior Gaboardi, Project Cars #114