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Project Cars Project Cars #171

Project Cars #171: a história do meu Fiat Uno Turbo i.e.

Salve, galera do Flatout! Me chamo Pierre, tenho 39 anos, sou casado, moro em Belo Horizonte/MG e vou contar para vocês a partir de hoje a história da restauração do meu Uno Turbo.

Desde pequeno sempre existiu a paixão por carros e mais tarde após conhecer melhor, a paixão por carros turbinados. Meu primeiro carro turbo foi um Corsa 1.4, que acabei vendendo e transferi a mecânica para um outro Corsa, porém 1.0 para aproveitar os equipamentos, coletores etc. Mais tarde, este Corsa também foi vendido, mas desta vez com o motor turbo e todos os equipamentos.

Anos se passaram e na minha cabeça não passava mais a situação de voltar a ter um carro turbo. Todos nós sabemos que carros preparados são uma paixão e custam muita grana, mas o destino me preparou mais uma e novamente temos um brinquedo na garagem. Por isso é com muita honra e orgulho que apresento a todos vocês o Project Cars #171 meu Fiat Uno Turbo i.e. 1995/96.

Este é o segundo Uno Turbo que tenho. O primeiro foi um vermelho, 1994, comprado em 1996 com 15.000 km, mas fui assaltado e levaram o carro. Graças a Deus, eu tinha segurado o veículo. O carro foi, mas a vontade de novamente ter um carro turbo ficou por três motivos. O primeiro foi uma aposta com um grande amigo meu (Samuel) para vermos quem compraria um carro turbo primeiro. O outro é que meu filho fez 18 anos em 2014 e ficou a vontade de andar e curtir o carro também; e por último a minha vontade de novamente ter um brinquedinho na garagem, porém, com mais maturidade e envolvimento.

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Foi assim que eu e meu amigo Samuel iniciamos a busca.

Procurei vários carros na região metropolitana de BH, já turbinados e alguns sem ser turbo, mas, propícios para isso e meu filho na maioria das vezes foi comigo. Buscava carros com motores 1.6 ou 1.8 para colocar um turbo e acelerar.

Na busca deparei com um Gol GTS 1989 vinho, turbo, bancos Recaro de couro preto, com turbo e suspensão baixa legalizados.  Diante de um carro forte e assim bonito não hesitei; comprei e fui direto para o Detran, no mesmo dia, para transferir. Isso foi no segundo semestre de 2013.

Só que ao chegar no Detran o carro não pôde ser transferido. O vistoriador do Detran alegou que a homologação tinha sido feita irregularmente junto ao Inmetro, e seria preciso fazer uma nova vistoria (CAT). Voltei no fim daquele mesmo dia e desfiz o negócio. O proprietário não gostou muito mas minha parte (a do pagamento) tinha sido feita, mas a parte dele (a transferência) não. Por isso declinei.

Foi quando me deu um alerta. Se eu iria comprar um carro turbo novamente, que este fosse original de fábrica, assim não teria mais problemas com transferência nem com a polícia nas ruas.

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Pesquisei na internet e deparei com dois Uno Turbo, ambos na cor amarelo exploit. Um deles estava em uma loja de Belo Horizonte e não tinha teto solar. O outro era um anúncio particular na região metropolitana de BH e tinha teto solar. Como esse último era mais interessante, fui ver pessoalmente primeiro o outro, sem teto solar, para ver qual deles estava melhor. No dia seguinte me dirigi à residência onde estava o modelo com teto solar (fui no meu horário do almoço na empresa) e chegando ao local foi paixão à primeira vista. O carro brilhava, estava todo lacrado, íntegro por dentro e nos acabamentos e apenas algumas alterações estéticas no motor (mangueiras substituídas por canos cromados).

Depois de alguma conversa fechamos negócio. Paguei um sinal e voltei para o trabalho pedindo a Deus para chegar logo o dia seguinte, acabar de pagar o carro e buscá-lo. No outro dia fomos eu e o Samuel buscar o carro. Ele estava curioso, afinal de contas, não conhecia e nem sabia que existia Uno Turbo, e também tinha a aposta, lembram? Ele já tinha comprado uma Saveiro 1.8 para turbinar, mas ainda não era turbo…

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As fotos deste post são do carro em seu primeiro dia comigo. Os conhecedores perceberão que o fluxo de ar ou debímetro já estava invertido (fora da posição original) e algumas mangueiras que deveriam ser de borracha já não existiam mais ali, nem o filtro original e sua caixa, dando lugar a canos cromados e filtro esportivo.

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Quando percebi algumas alterações que já haviam sido feitas por antigos proprietários, me veio a vontade de ter um carro mais forte que o original. Mas antes de andar pra valer, uma revisão teria de ser feita no carro para saber o que teria de ser feito, o que poderia ser melhorado e o que estaria danificado.

Percebi nas primeiras voltas antes de revisar que o motor engasgava muito e com a turbina enchendo a uma certa velocidade do motor. Depois escutava-se um estouro como se fosse explodir. O carro era muito instável de aceleração tanto que na marcha lenta costumava arriscar a desligar-se sozinho, parado em um sinal, por exemplo — resultado das “mexidas” dos antigos proprietários e do fluxo de ar invertido.

Resultado: tive que levar o carro para o primeiro mecânico (que não resolveu quase nada) e depois para um especialista em Fiat. Mas esta é uma história para os próximos posts. Até lá!

Por Pierre Dolabela, Project Cars #171

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