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Project Cars Project Cars #193

Project Cars #193: a história do meu Seat Cordoba aspirado para track days

Olá, pessoal! Me chamo Lucas Pedra, tenho 21 anos e sou de Brasília/DF. Esse é o primeiro post de alguns que escreverei contando as histórias do meu Project Car, um Seat Cordoba 1996.

Vamos começar do começo? Minha história com os carros e a velocidade vem de berço, meu pai sempre foi um adorador  dos carros e um gearhead nato, da lista de carros que ele possuiu entre os anos 1980 até meu nascimento em 1993 lembro do Opala cupê e Caravan — ambos seis cilindros — e um Passat. Logo após meu nascimento, que é a fase que acompanhei e me diverti com meu coroa, vieram Gol GT, Gol GTS, Escort XR3, Suzuki 750cc, Citroën ZX 2.0 16V, Kadett GSi , Santana Exclusiv 2.0 e S10 4.3 V6. Atualmente meu coroa usa um Citroën Zx 2.0 e um Omega CD 3.0. Mais fanático impossível.

Imaginem vocês, eu cresci em meio a esses brinquedos e tomei uma paixão absurda por motores, velocidade e automobilismo. Sempre fui com meu pai ao autódromo assistir a arrancadas, stock car, fire night (manobras noturnas) e qualquer coisa que acontecesse por lá. Quando não estávamos no autódromo, estávamos em algum encontro de carros ou motos. Vivíamos em oficinas e também mexendo por conta própria nos carros lá de casa. Volta e meia ele dava uma esticada comigo no carona para minha alegria.

Aprendi a dirigir aos 12 anos com meu pai numa chácara da família que ainda temos. Desde aquele dia, nunca mais quis deixar o volante de lado — várias vezes peguei o carro escondido na adolescência (e claro, fui descoberto outras tantas), e sempre andei cercado por amigos que gostavam do negócio também.

 

Meu primeiro carro

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Aos 18 anos tirei minha habilitação ansioso pra dirigir mundo afora, pois isso me relaxava e me acalma de maneira inexplicável. Passados alguns meses habilitado ganhei meu primeiro carro: um Chevette Junior.

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Não muito feliz com o insatisfatório desempenho do “potente” motor 1.0 de 50 cv do Chevette, um belo dia dei uma forçada nele e acabei quebrando o motor. Que tristeza, não? No fim acabei por montar um motor 1.6 S com cabeçote levemente taxado, o que fez o carro ficar bem mais divertido e dinâmico devido ao fato de ter continuado com o câmbio e diferencial de 1.0, principalmente nas curvas (afinal só que já teve um tração traseira sabe como é). Fiquei por dois anos com meu amado Chevetinho e nesse meio tempo foram vários setups de roda e suspensão. Na época eu era bem quebrado para conseguir turbinar ele como no plano inicial.

 

O Vectra

Depois desses dois anos com o Chevas surgiu a oportunidade de comprar um Vectra Challenge 2001, carro que era de um amigo do meu pai e me despertou bastante vontade de tê-lo, principalmente por ser um carro que eu admirava desde os meus 10 anos. Como um bom quebrado que era, tive que vender meu querido Chevette e dar de entrada para melhorar um pouco o padrão de carro. O Vectra estava impecável de estrutura, lata lisa e pintura revitalizada, bancos de couro bicolor e as lindas rodas de 16 polegadas. Atualmente é meu carro de uso diário.

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Ao pegar o Vectra fiquei bem satisfeito, afinal tinha saído de um Chevette para um carro “top” e bem mais potente. Passado um ano com o Vectra percebi que nele não encontraria a pimenta que faltava, a cereja do bolo, principalmente pelo fato de ser meu carro do dia-a-dia. Não via o meu carro acelerando em um trackday e muito menos como um carro de preparação fácil e barata o suficiente pra mexer e colocar ele pra andar na pista junto com os carros mais fortes dos meus amigos, — especialmente por que a condição financeira de um moleque de 20 anos não é lá essa coisa toda. Nesse meio tempo comecei a frequentar mais assiduamente os trackdays em Brasília, conheci a galera que corria e me interessei ainda mais pelo negócio — e cada vez com mais vontade de ter um carro de pista.

 

O Cordoba

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Nesse meio tempo, mais precisamente em julho de 2014, apareceu um tio da minha mãe com um Seat Cordoba GLX à venda. Até aí nada de mais… ao menos até eu ver o carro e descobrir que o valor pedido era simbólico (pouca grana, mais para desocupar a garagem), e que, além disso, ele tinha basicamente um AP debaixo do capô. Era tudo o que eu precisava. Depois de descobrir tudo isso, me apressei em fechar o negócio.

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Logo após a compra notei que faltava uma semana para um trackday aqui na capital, organizado pela Distrito Racing. Logo enlouqueci. Liguei pro Marcony (amigo/mecânico/ apoiador da compra do brinquedo) e decidimos que em uma semana o carro andaria no trackday. Naquela mesma semana fizemos uma revisão geral no carro entre os itens revisados e melhorias foram feitos troca das velas e cabos de velas, organização dos chicotes, arrefecimento, CAI, escape direto, cambagem negativa na dianteira e uma revisão na suspensão. Fiz minha inscrição e fui curtir a pista.

 

No Autódromo

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Na noite anterior ao trackday mal dormi de tanta ansiedade. Acordei cedo e fui um dos primeiros a chegar, fiz o briefing apontei o carro na saída dos boxes e fui correr, andei a manhã inteira, me diverti pra caramba apesar de estar em um carro original de 90cv, voltei aos boxes na hora do almoço, voltei pra pista assim que ela foi reaberta e pau na máquina de novo. O horário da tarde já foi mais legal, apesar de ter um carro bem lento eu já possuía uma noção do traçado e estava me divertindo bastante meu carro original virava altos 3:10.

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Até que por volta das 14:30, o horário com as temperaturas mais altas na época de seca na capital, meu carro começou a dar umas panes no arrefecimento e a consumir água. A partir daquele momento começaram os meus problemas e meia hora mais tarde meu carro soltou uma nuvem de fumaça na pista. Voltei com ele para os boxes, e descobri o resultado da brincadeira: uma junta queimada e o resto da tarde de castigo sem poder brincar.

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Ao final do evento rebocamos o carro e levamos pra casa do Marcony e já pensamos em algo para o futuro setup do carro, uma preparação aspirada com um comandão entre outros upgrades. Mas esta é uma história para o segundo post. Até lá!

Por Lucas Pedra, Project Cars #193

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