Fala, galera do FlatOut! Meu nome é Rafael Nazário, tenho 23 anos, sou de Blumenau/SC, e vou contar sobre minha paixão por carros e, especialmente, pelos Volkswagen.
Minha história com carros, apesar da pouca idade, já vem de tempos, desde que tenho lembranças, estava lá eu, sentado no banco traseiro do Gol Star 1989 que meu pai tinha.
Foto ilustrativa; não era o Gol do meu pai, porém é idêntico
Depois desse Star ele pegou também um Gol 1000 1993 para uso diário na empresa.
Nessa época, 1993, meu pai comprava e vendia veículos para conseguir mais dinheiro. Ele chegou a ter mais de 13 carros para negócios e afins. Eu sempre ajudava na montagem e desmontagem, para dar aquele “up” antes de vender. Com oito anos tive o privilégio de aprender a dirigir em um VW Fusca 1962, motor 1300 de apenas um carburador. Lembro de ter passado a noite sem dormir pensando em como a experiência foi assustadora e ao mesmo tempo prazerosa — estava em êxtase. Na época, meu pai tinha o Fusca, uma Brasília 1973 e um Opala Diplomata 1992.
Depois de anos e anos andando em “Quadrados” meu pai comprou um novo carro, um Polo Classic 1.8MI, ano 1997.
O primeiro exemplar deste carro que chegou na cidade foi para o meu pai. Era branco e completo. Ficou marcado na minha memória pois muitas viagens em família foram feitas nesse carro. Em 2004 ele cedeu o lugar para um Golf ano 2000 1.6, logo substituído por um Golf Confortline 2002 2.0.
Tendo dirigido todos eles, fiquei fascinado pelo mundo automobilístico, mais do que eu já era! Após muito tempo indo a encontros e admirando todos os tipos de veículos, com 16 anos e uma ajuda de meu pai consegui adquirir meu primeiro veiculo, um Opala 1974 quatro-cilindros com câmbio de três marchas na coluna de direção.
Logo que completei 18 anos, comprei meu segundo carro, que mais marcou, pela dirigibilidade, totalmente diferente do opala, e por sempre admirar o modelo. Era um Gol GTS 1992 com motor 1.8S a álcool, que recebeu comando 288 e carburador 3E, além de outros upgrades.
Logo após a venda do GTS e do Opala tive alguns outros carros: um Megane Sedan 1.6 16v 2007, um Voyage Sport 1.8 1995 e depois o carro que mais me arrependo de ter vendido, minha Parati GLS 1994 1.8.
O dia da compra, após alguma horas na minha mão.
Depois de alguns meses
Termino do projeto
Comprei o carro depois de quase um ano procurando um exemplar. Com ela participei de vários encontros, vários passeios em família. Ela simplesmente fez parte da minha vida mas fui obrigado a abrir mão devido à compra do VW Golf.
Agora vamos à história do GTI.
No fim de 1997 os europeus já conheciam a quarta geração do Golf, mais conhecido como modelo MK4. Menos de um ano depois ele começou a ser oferecido no Brasil, ainda importado. Seu interior, com semelhanças com o Passat (então o carro mais caro da Volkswagen) causava boa impressão. Na época, havia os motores 1.8 Turbo 150 cv, o 2.0 e o 1.6.
Depois, o Golf passou a ser produzido em São José dos Pinhais (PR), juntamente com o primo rico Audi A3 (os dois compartilhavam a mesma plataforma). Lá também foi fabricado o GTI VR6, que teve 99 exemplares vendidos por aqui.
Depois de algum tempo com foco apenas para a Parati e a aquisição de um Voyage LS 1985, (que tenho até hoje guardado esperando para receber a placa preta), surgiu um raro Golf GTI duas portas, na cidade vizinha. Um amigo já estava de olho no carro fazia tempo, mas como não tinha condição de comprar naquele momento ele entrou em contato comigo. Depois de duas semanas de longas dores de cabeça, fui ver o carro.
Dei uma volta com ele e, apesar da suspensão estar lá só de enfeite, de estar com vazamentos no cárter e nas pinças de freio, e muitos outros problemas como pintura sem salvação, gostei do carro. Depois de uma longa negociação, levei ele para casa.
Agora pense na incógnita: tinha uma Parati, ano 1994, impecável, com o cofre vazio esperando para receber um motor turbo, e um Golf GTI 2000 vazando óleo. O que fazer?
Como aqui na região não é possível legalizar turbocompressor, decidi vender a Parati que tanto me deu alegrias e partir para o novo projeto, o do Golf.
A imagem é de arrepiar, mas eu apenas estava listando tudo que precisava ser feito. No fim acabei descobrindo que apesar de ter sofrido bastante com a falta de manutenção, o GTI ainda era “lacrado”, precisando apenas de um dono mais cuidadoso. Com a venda da Parati, comecei a revisão geral no Golf.
Primeiro passo: retirada do insulfilm velho, e do som. Agradeço a ajuda de todos os amigos que participaram, sem eles não teria terminado naquela semana!
Deu pra ter idéia do trabalho? Não deu? Olhe mais de perto!
Isso era o padrão de serviço que o carro recebia, por isso chamo esse Project Car de “Devolvendo a vida ao GTI”.
Depois de retirar o som, e dar uma geral no carro, foi hora de levar ele até uma auto elétrica, e revisar seus componentes. O carro tinha muita fiação desnecessária, faltava a brake light, as luzes das portas e de cortesia, e havia várias outras coisas sem funcionar, como aquecimento de bancos e os retrovisores elétricos.
Assim que o carro saiu da elétrica, desmontei o interior em casa para levá-lo à oficina mecânica, assim teria tempo para procurar peças faltantes, e evitaria qualquer problema no motor e afins. Também revisei o teto solar, que tinha peças danificadas e exigiu a compra de um conjunto doador.
E assim ele ficou, esperando para ser levado à oficina — que será o tema do segundo post.
Agradeço a todos que leram a matéria. Até a próxima!
Por Rafael Nazário, Project Cars #201