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Project Cars Project Cars #234

Project Cars #234: a história do meu Chevrolet Omega GLS 1995

Olá, amigos do Flatout! Meu nome é Felipe Goes, tenho 22 anos, sou natural de Ourinhos/SP, estudante de Engenharia Mecânica na UTFPR-CP, e venho hoje contar a vocês de onde veio a paixão e a aquisição do meu Project Car, um Omega GLS 1995 que futuramente terá placa preta (assim espero) e que chamo carinhosamente de “Pequenino”.

 

Quando surgiu a paixão

Sabemos que todo gearhead sempre tem influência desde pequeno para ter a graxa nas mãos — seja pelos carrinhos de criança, alguém da família que é mecânico ou mexe com carros, outros gearheads — ou já de nascença tem gasolina correndo na veia. No meu caso não sei o fator primordial, mas junta um pouquinho de tudo disso. Mas vamos direto ao ponto e falar do que interessa: o Omega.

Aqui em casa, meus pais sempre tiveram o pensamento “mais por menos”, mais vale um usado/seminovo espaçoso e confortável e em bom estado a um zero-quilômetro ou mais novo básico. Nessas idas e vindas de carros aqui em casa (Brasilia, Del Rey, Verona, Santana, Quantum…) chegamos a um sonho de meu pai, um Omega.

Foto 1

Uma das poucas fotos digitais que tenho do carro

Era começo de 2005 quando meu pai o comprou, se tratava de um de Omega GLS 2.2 na cor Azul Kandinsky 1995, com quase todos os opcionais — só não tinha teto solar e ABS — e praticamente todo original, com todos manuais e chave reserva.

Em um dia chuvoso de janeiro, minha mãe tinha deixado eu e meu pai na porta do estacionamento para retirar o carro e levar para vistoria do seguro. Nessa época eu tinha 12 anos e via aquele carro como o auge dos carros em casa: motor 2.2, tração traseira, tudo elétrico e o que mais me chamava atenção: o computador de bordo. Foi ele quem plantou a paixão por carros de tração traseira da GM, principalmente por Omega.

A titulo de curiosidade na época foi pago por ele a quantia de R$15.000, sendo que mais ou menos um ano e meio antes, minha avó tinha comprado um Gol G3 1.0 4 portas 0km por R$16.000. Ficamos com ele por dois anos, e depois o trocamos por um Santana 2.0 cinza 2000, apenas por razões de desvalorização.

 

Meu Primeiro Carro

Era meados de 2010 eu tinha acabado de chegar da escola e fomos a uma lanchonete —  quem é de Ourinhos conhece a famosa Casa da Empada no posto Brigadeiro. Comida vai, comida vem, eu estava no terceiro ano, época de vestibulares e do Enem, meu pai me fala: “Eu e sua mãe conversamos e chegamos a um acordo, se você entrar em uma faculdade estadual ou federal, nós te daremos um Omega de presente.”

Como eles já sabiam que Omega era meu carro de paixão e dos sonhos, imagine só a minha alegria de ouvir essas palavras. E lá fui eu para o ENEM. Fiz a prova tranquilo, e a pior parte foi aguardar até janeiro de 2011 para saber o resultado. Feita a inscrição, Engenharia Mecânica foi minha primeira opção, e a segunda foi Engenharia Elétrica  — ambas na UTFPR de Cornélio Procópio/PR. Os resultados parciais saíam e ansiedade só aumentava. Será que eu ganharia meu sonhado Omega?

No dia 24 de Janeiro, coincidentemente meu aniversário, saiu o resultado: aprovado em Engenharia Elétrica pela primeira chamada. Uma semana depois fui aprovado em Engenharia Mecânica. Imaginem a felicidade. E agora, carro na mão, certo?

Não. Eu tinha acabado de completar 18 anos e não tinha habilitação. Pior: nem adiantaria ir à auto-escola fazer a matrícula pois em poucas semanas eu mudaria de cidade. O jeito foi esperar.

Era julho de 2011, já de férias, eu estava sentado na sala assistindo TV quando meu pai chegou e me pediu para ajudar a tirar as compras do carro. Normal. Só que na hora que saí de casa topei com isso:

Foto 2ff

Pulei de alegria fui olhar meu primeiro carro: um Omega GLS 2.2 na cor Azul Cézanne 1994/ 1995, básico, e com as famosas rodas PowerTech instaladas. Era o suficiente para me alegrar e ter aquele gosto de ter um o primeiro carro, ao menos por enquanto pois minha habilitação só sairia em outubro. Mas a alegria de ver ele na garagem mesmo sem poder dirigir era satisfatória.

Foto 3

Tinha alguns acertos a fazer na pintura, mas não importava, ele estava ali

Foto 4

Ah o interior de um Omega, aconchegante feito a sala de casa

Porém meu contato com ele foi breve, devido a uma oportunidade de negócio, meu pai o vendeu. Entendendo a necessidade aceitei a venda e em 15 de novembro me despedi do carro.

 

O Project Car

Era 11 de maio de 2012. No dia anterior meu pai tinha me ligado avisando que teria alguns documentos a buscar em Cambará/PR no dia seguinte e já aproveitaria para me buscar também, pois até então eu ia para Ourinhos nas sextas-feiras de ônibus (e ainda vou, intercalando com carona). Saindo da aula encontrei meu pai na portaria e ele falou que estacionou o carro uma quadra acima, no caso uma Blazer 2.4 Preta 2001 que tínhamos na época (eu achava que ele tava com ela). Lá fomos nós passando pelo estacionamento da faculdade, que estava lotada e avistei um Omega no lugar do quadrado vermelho da foto abaixo. Comentei com meu pai: “nossa que Omega bonito, né?”. Ele concordou e continuou andando até mais ou menos o quadrado amarelo.

Foto 5

Estávamos andando e conversando normalmente sobre o dia quando meu pai tirou uma chave do bolso, entregou na minha mão e falou: “Vamos voltar que aquele Omega é seu”.

Eita alegria! Fiquei tão feliz que na hora de pegar as coisas para ir embora esqueci o presente de dias da mães, que eu tinha escondido achando que ela viria junto.

Foto 6

Primeira foto do Pequenino

Trata-se de um de Omega GLS 2.2 na cor Azul Kandinsky 1995, completo (dejá-vu?). Explico o que diferencia a versão básica da completa: um GLS básico vem de fábrica sem os faróis de milha integrados ao conjunto principal, nem regulagem interna elétrica, com relógio análogico e sem o sistema de verificação (Check Control). Os opcionais na época eram o Check-Control, teto solar, ABS, computador de bordo, faróis de milha integrados e com regulagem interna elétrica, e antena elétrica. No meu carro, o primeiro dono escolheu todos os opcionais.

Como se diz por aí, um legitimo gearhead não escolhe o seu carro, é o carro que escolhe ele. Foi mais ou menos isso que aconteceu. O antigo dono, no caso o segundo, era um conhecido de meu pai que precisava vender o carro e só vendeu devido à necessidade. Ele estava com o carro fazia 10 anos e o ofereceu ao meu pai sabendo que eu tivera um que foi vendido.

No dia seguinte ao recebimento do carro, a ansiedade em andar com o carro era tanta que levantei logo cedo e fui instalar o rádio que tinha comprado para instalar no outro, mas acabou ficando guardado, um Multilaser Wave, até que tem um som bom. Eis que foi uma volta muito prazerosa, rádio ligado, teto solar levantado e ao fundo o ronco dos 2.2 litros sendo descarregado por um cano direto com no final um abafador conhecido como Chuveirinho (aquele com duas saídas voltadas para baixo).

E para meu azar, ou sorte, na semana seguinte as Universidades Federais entram em greve, e assim pude ter mais contato com o Pequenino, pois ele fica guardado em Ourinhos. Resumindo andar de Omega a semana inteira, até que um sábado, andando pelo centro, cai a parte final do escapamento na rua, me deixando com apenas um cano direto, e quem diz que arrumei logo, fiquei mais de um mês andando com ele desse jeito.

Passeios regado a esse som com os amigos é bom demais

Eu acho que deve estar com um pulguinha atrás da orelha em relação ao apelido, Pequenino, mas como assim, se ele é uma barca?, como mencionei alguns parágrafos atrás, tínhamos na época uma Blazer 2.4 Preta 2001, também com escape direto, imagine o barulho quando ligava os dois e ia sair, e devido as proporções da mesma, digamos que o meu era o pequeno da casa, além de ser o mais novo integrante da família

Foto 7

A Pretona e o Pequenino

Isso é tudo pessoal (That’s All Folks!), no próximo post vou falar os primeiros reparos, a escolha das molas esportivas e suspensão, e novos mimos para o Pequenino. Até lá!

Por Felipe Goes, Project Cars #234

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