Fala, galera! Depois de apresentar meu Fiat 500 Abarth e explicar um pouco minhas intenções com o pocket rocket, chegou a hora de começar a falar das modificações. Vamos nessa?
Para abaixar o tempo no track day, resolvi tentar aumentar um pouco mais a potência. O trio chip+filtro+escape parecia um pouco batido, mas é uma das receitas mais básicas para aumento de potência. Chip já tinha, faltavam os dois outros ingredientes. Pesquisei bastante e encontrei um CAI (Cold Air Intake) com os melhores ganhos entre as opções, um V4 da Eurocompulsion
As grossas mangueiras de silicone me impressionaram e abaixaram bastante a temperatura no coletor de admissão, mais de 30ºC, além do filtro (um K&N Apolo) que tem um desenho diferenciado para criar um vórtex, aumentando o fluxo de entrada de ar.
A instalação foi moderada, facilitada pelas instruções que foram enviadas mais os vídeos da internet. Mas entender como todo o novo fluxo do sistema de evaporação e retorno de ar funcionaria, foi um pouco difícil. Depois de instalado e tudo funcionando percebi que o filtro em si por ser de plástico poderia pegar calor do motor, e depois encapei ele com manta térmica para reflexão de calor. Também instalei uma tampa para o motor que tinha perdido um pouco do encanto sem a capa plástica original com o escorpião.
O mais notável nesse CAI era o barulho da válvula de alívio, que agora dava para ouvir, principalmente em tiradas de pé mais generosas e trocas de marcha, a la “Velozes e Furiosos”, quem não gosta, não é?
Terceiro ingrediente
O ronco original do carrinho já era muito bom, com suas saídas duplas em largas ponteiras, dando “pipocos” e assustando os mais desavisados, inclusive eu, que na primeira vez que ouvi achei que tinha passado em cima de uma tampa de bueiro.
Mas tinha visto vários vídeos de 500 Abarths mundo afora e percebi que o ronco e os pipocos lá eram mais fortes que os daqui. A diferença é que aqui ele veio com um enorme abafador, bem embaixo do porta-malas, coisa que as primeiras versões do Americano não vinham.
Fiz algumas cotações de escape americanos (somente a parte final pois o escape desse carro já tem um tamanho bom, 2.5”, e é todo em inox) mas ficava muito caro importar. Fui na Escapepar aqui em Curitiba, que faz ótimos escapamentos para todo tipo de carro, inclusive de competição, e colocamos um Y com ponteiras de 3.5”, sem nenhum abafador. Ah o ronco desse carrinho, como ficou nervoso. Quem não vê o carro acha que é um V6 ou até um V8. Bem encorpado e com estouros (o famoso backfire) a cada troca de marcha.
Com essas alterações estimei que estaria com uns 210cv, pois sem elas no dinamômetro o resultado foi 195cv. Tentei passar outra vez no dinamômetro mas o resultado de potência foi o mesmo, provavelmente por um problema que acontece nesse carro (nos EUA todos relatam o mesmo fato): o sensor de ABS percebe que as rodas traseiras não estão girando e cortam o combustível quando passa de 4.000 a 5.000 rpm. Isso só acontece quando a potência não é original.
Fui colocar à prova as mudanças no 2º Track Day em Abril.
Fiz as voltas agora com o modo de tração “Partial OFF” e consegui um tempo de 1:49.55. Realmente surtiu efeito visto que o tempo baixou quase quatro segundos.
O carro com certeza estava respirando e expirando melhor e com retomadas mais rápidas, mas senti que ele ainda rolava muito e precisava acertar a suspensão. É disso que vou falar no próximo post. Até lá!
Por Hildevar Munin, Project Cars #266