E aí, FlatOuters!? Meu nome é Guilherme Rodrigues, mais conhecido como “Perna”, tenho 26 anos, e meu Project Car é um Fiat 147 1978 que será transformado em Racing Abarth. Neste post vou contar como tudo começou.
Em meados de setembro de 2012 vi uma propaganda do Mini John Cooper Works GP no Facebook. Sempre gostei dos pocket rocket como o MINI, mas como os preços dos carros importados no Brasil são um absurdo, ficava só no gosto mesmo. Nesse dia além de “namorar” o Mini GP, olhei outro Mini preto com o teto e retrovisores em vermelho. Achei demais.
Lembro-me como se fosse hoje o momento em que acordei na manhã seguinte com a imagem do 147 na cabeça. Por que não fazer um pocket rocket nacional com o 147? Cheguei no trabalho uns minutos antes e comecei a buscar no Google algumas imagens para ter ideia de um projeto legal pra um 147. Encontrei o Fiat 500 Abarth e foi paixão à primeira vista pelos grafismos e pelo interior em preto e vermelho como o do Mini. Busquei conhecer um pouco mais sobre a linha Abarth e decidi que iria montar um 147 Abarth.
Bom, projeto definido, mas como vou fazer? De volta ao Google para ver se tem mais algum louco, digo, apaixonado pelo 147 que já ousou fazer algo parecido. Não deu outra: um 147 Racing Abarth branco chamado de “Formiga”. Passei o dia trabalhando mas com a cabeça no projeto, fazendo contas e vendo se daria pra comprar, reformar e etc.
Comecei a busca no Mercado Livre e Olx a fim de achar o modelo 1976 a 1979, com a frente alta. Já nessa época era difícil encontrar o carro e quando o encontrava ele estava impecável e custando caro, ou estava barato e em péssimo estado. Sem dinheiro na época mas com vontade de ter a “caixinha de fósforo”, optei pelo mais barato e fui buscá-lo em Curitiba (PR). No anúncio constava: “motor 1300 recém feito e usado somente por quatro meses, latas para reforma como caixas de ar e assoalhos, todas as peças de acabamento em bom estado, e as famosas rodas cruz de malta”.
O carro chegou em Santo André (SP) onde moro depois de três dias. No dia eu pensei que a parte mais difícil, que é conseguir o 147, já havia sido resolvida. Vocês não sabem como eu estava enganado!
No mesmo dia já tirei tudo que estava desmontado e guardei no porão da República onde moro, e com ajuda dos meus amigos coloquei o carro no fundo da casa onde ele ficou por dois anos. Ele só saía de lá nos dias de festa — não para andar, mas por que ele atrapalharia o andamento da bagunça.
Chegada do 147 em Santo André. Desse só sobraram as peças móveis
Ele ficou todo esse tempo parado pois nenhum funileiro se arriscou a pegar a bucha. Cheguei a pensar em desistir, a vontade de ter um”Fiatinho” era grande mas ninguém me encorajava. Até que a Camila, minha atual namorada que também tem ferrugem no sangue, me deu um empurrãozinho e voltei às buscas. Encontrei um 147 em bom estado e sem motor do Daniel, que tem um 147 tatuado em sua pele. Bingo! Como eu já tinha o motor 1300 no porão, só faltava um carro inteiro para ele carro. Como é comum com esses carros antigos e baratos, ele tinha documentos atrasados e era preciso fazer dupla transferência, mas lá fui eu me meter no meio das ferrugens de novo.
Dia D – O resgate
Atualmente o Baratinha, nome do meu 147, está na fase inicial de restauração. Espero ansiosamente que a funilaria e pintura fiquem prontas até dezembro, para que no início de janeiro eu possa passar aos próximos passos.
Meu “Baratinha”, que já está fazendo aniversário na funilaria
Também para entrar no clima FlatOut, mandei fazer uns adesivos com o número 27 (nº do Baratinha no Project Cars).
Depois que a funilaria ficar pronta, os próximos passos serão: colocação do motor, preparação da suspensão, upgrade nos freios, reparo da parte elétrica, preparação do motor (provavelmente levemente aspirada) e, por último, a tapeçaria. O objetivo é transformar o “Baratinha” num modelo Abarth, inspirado no “Formiga”, para que ele seja meu brinquedo dos finais de semana, de trackdays e para mostrar o que se pode fazer com o pequeno notável.
Fiz uma projeção simples para ilustrar como pretendo deixá-lo ao final
Ah, a frase “Nada vale mais que um sonho satisfeito” é minha inspiração para nunca desistir dos meus sonhos. Espero que acompanhem e me ajudem nessa saga, até os próximos posts!
Por Guilherme Rodrigues, Project Cars #27