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Project Cars Project Cars #300

Project Cars #300: a história do meu Honda Civic EJ1 Coupe

Olá a todos do Flatout, meu nome é Brenno Nagao sou do interior de São Paulo, mais especificamente uma pequena cidade chamada Batatais, porém atualmente moro em Lavras-MG pois aqui faço faculdade de Engenharia Mecânica na UFLA (Universidade Federal de Lavras).

 

Minha história com carros

Acho que como muitos daqui o interesse sobre carros vem do pai. Comigo não fui muito diferente. Quando eu nasci meu pai abriu uma revenda de carros usados. Como sua loja era bem perto de casa praticamente fui criado nela, passei muitas tardes da minha infância na loja olhando todos aqueles carros. Depois com uma certa idade ele já permitia que eu ligasse os carros. Aquilo para mim era um máximo — poder ligar e acelerar quase todos os carros da loja. Vocês devem estar se perguntando o porquê do “quase” todos os carros. É porque meu pai também é um entusiasta e nessa época ele tinha um Maverick GT V8 1974 amarelo com faixas pretas, e esse eu não chegava nem perto.

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Posteriormente ele vendeu o Maverick pois estava construindo uma casa, e depois comprou um Opala Especial 4100 1973 roxo, ambos os carros eram praticamente originais tinham apenas rodas e escapamento refeito. Depois disso ele também teve alguns outros carros legais mas vendeu todos, dentre eles havia: Afla 164 Super manual, VW SP2, Chevette 1974 Placa Preta, Opel Kadett (alemão), Uno Turbo entre outros. Atualmente ele tem apenas um Passat GTS Pointer e uma Caravan 250S.

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Mas se vocês acham que só meu pai foi quem me influenciou, erraram. Quem me ensinou a dirigir de verdade foi minha mãe, por incrível que pareça até hoje não sei como ela teve coragem. Eu tinha mais ou menos 8 ou 9 anos e minha mãe dirigia uma Brasilia verde 1974 que meu pai tinha desde de os anos 80, no início eu ia no banco do passageiro apenas passando as marchas para aprender, até que certo dia ela me levou para uma estrada de terra afastada da cidade e de uma vez por todas me ensinou a dirigir. Aquele momento para mim foi mágico, pois, eu realmente estava dirigindo sozinho e não mais estava apenas dando partida nos carros da loja. Obrigado, mãe.

 

18 anos: hora de tirar carta e ter o primeiro carro…

Mas como nem tudo são flores em 2014 quando completei 18 anos eu fazia cursinho em uma cidade vizinha (Ribeirão Preto), nada que não me permitisse tirar carta, mas como estava no cursinho e os gastos eram meio altos portanto nada de carro aquele ano. Fiquei o ano todo sem um carro que pudesse dizer que era meu, mas usava os carros de casa que até que eram divertidos um Clio sedan 1.6 16V e posteriormente um Corolla manual.

No final daquele mesmo ano meu pai havia comprado uma Marea 2.4 HLX 2002, que era pretendido para ser meu carro (eu não sabia disso). O carro ficou com minha mãe por um tempo, era de uso diário aqui de casa (e sim um Marea que não explodiu nem nada). Mas também nesse mesmo ano apareceu uma outra proposta. Um amigo do meu pai de Ribeirão Preto ligou para ele e ofereceu uma BMW 323i 1998. No dia seguinte meu pai me falou do carro por telefone e eu nem me animei pois sabia que quase todas as bimmers E36 são automáticas, até que no fim da conversa ele disse a palavra mágica “manual”, essa pequena palavra de me encheu de alegria. No mesmo momento disse ao meu pai para comprar o carro e assim foi feito fomos ver o carro e fechamos.

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Depois de toda documentação acertada ele me “deu” o carro, as aspas se são ao fato de que nem eu nem ele temos coragem de usar o carro, se trata de um exemplar 2º dono com 90.000 km de uma condição impecável. O couro até cheira a Bimmer nova ainda. Por esse fato o “meu” carro é usado apenas quando venho para casa e dou algumas voltas nelas de fim de semana e pequenas viagens, pois manter um carro desse padrão no Brasil não é nada fácil.

 

Um Civic de um conhecido meu

Quando eu tinha meus 15 anos era viciado em uma coisa, chegar em casa e ligar meu Xbox e colocar o jogo Forza Motorsport 4 para rodar, quase todos os dias jogava com meus amigos online e desse jogo sugiram algumas amizades que tenho até hoje. Falo isso porque o Civic principal motivo desse post veio de um amigo meu que jogava comigo nessa época. Mantive contato com ele e depois de alguns anos esse meu amigo comprou o Civic, ele me contava sobre o carro e cada vez mais ia me apaixonando por esse “carrinho” japa.

Durante esse tempo eu havia passado na faculdade e o sonho de ter meu carro cada vez mais ia se aproximando. Até que certo dia meu amigo disse que iria vender o carro, no mesmo momento falei com minha mãe e fiquei enchendo o saco dela até que ela deixasse eu ir pra BH ver o carro.

Fui até BH encontrei pela primeira vez meu amigo pessoalmente e vi o Civic, logo que ele abriu a garagem e eu vi a traseira do coupe coloquei na minha cabeça que aquele carro tinha que ser meu. Dopado pelo carro nem olhei muito os defeitos, demos uma volta com carro e quando escutei o vtec entrar pela primeira vez me apaixonei mais ainda. Voltando a realidade eu ainda tinha que convencer meus pais a permitirem seu filho a comprar um carro importado com 20 anos de uso. Foi uma tarefa difícil, mas eu venci essa.

Com tudo certo fui até BH com meus pais e comprei o carro, saímos de lá era fim de tarde rumo a minha casa em Lavras (220km de BH), a viajem ocorreu bem apesar de eu ter confundido 80kmh com 80mph, pois, o painel não era muito bem iluminado.

 

A compra do Civic

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Trata-se de um Civic Ej1 Coupe 1994/94 EXS Manual, na cor Milano Red e com motorização D16Z6 Sohc Vtec com 100.000 milhas rodadas. O carro tinha alguns itens novos já trocados pelo ex dono como: buchas de PU energy, embreagem nova, suspensão toda revisada e a parte mais legal, filtro esportivo e andava sem o último abafador. Resumindo o carro estava pronto para andar e não tinha nada para ser feito de imediato.

Nos primeiros momentos me senti totalmente inerte pelo carro, o modo de condução era totalmente diferente do que eu estava acostumado, a posição de dirigir mais baixa, a suspensão independente, o baixo centro de gravidade… todos esses fatores se mostravam evidentes nesse carro, aliado a um baixo peso cerca de 1.100kg transformavam o carro em uma máquina de devorar curvas haha, e nele pude aprender cada vez mais sobre pilotagem.

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Uma das partes mais legais de se ter um Honda Civic é a grande gama de informação disponível, desde fóruns gringos até grupos no facebook é possível achar tutoriais para tirar um parafuso do porta-malas até receitas de preparação. E com isso estudei bastante sobre meu carro para saber o que fazer no futuro já que a vida de universitário não é lá muito rentável.

Após pesquisar bastante vi que para mim tudo sairia caro então resolvi rodar com o carro stock mesmo, apenas com filtro esportivo e sem abafador final. Nessa busca sobre preparações entrei num grupo no WhatsApp chamado Clutck Kick (pode parecer irrelevante agora, mas mais pra frente entenderão o porquê de eu citar isso).

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Já ia me esquecendo num desses fóruns vi sobre regulagem de válvulas, perguntei ao antigo dono se ele havia feito e ele disse que não. Lá fui eu comprar ferramentas e uma nova junta da tampa de válvulas para fazer a tal regulagem. Com todo o material na mão comecei a desmontagem da tampa de válvulas sem problema algum, regulei as válvulas com uma folga de 0,1mm a menos que o recomendado no manual honda, segundo os fóruns onde consultei isso me daria um pouco mais de força em baixa rotação e assim foi feito. Mas tudo estava indo muito bem por ser a primeira vez até que chegou a hora de colocar a tampa de volta e apertar os parafusos foi nessa hora que me esqueci que precisaria de um torquimetro que eu não tinha. Como queria ligar o carro e andar fui apertando o parafuso por “rumo” até que sinto a chave fazer um cleck, nessa hora gelei e parei de apertar foi quando vi a cagada que tinha feito, quebrei o parafuso e a rosca havia ficado presa no cabeçote.

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Mandei o carro para oficina e não sei o que ele fez que apenas em 1 hora o carro estava pronto para rodar. Bom para mim hora de testar, no início não senti nada diferente, mas com o carro quente parece que ele realmente ficou mais esperto em baixa rotação, outra dado que me impressionou foi o consumo fazendo o trajeto Batatais-Lavras 410km ele fez 15,5km/l com ar ligado e três pessoas dentro.

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Outro problema do qual me lembrei agora é o maldito painel desse carro. Já deu dores de cabeça. O motor D16Z6 tem o corte de giro programado para 7.400rpm e o meu motor gira isso com certeza.O problema é o maldito conta-giros: ele marca só até 6.000 rpm mesmo quando o motor está a 7.400 rpm. Já desmontei o painel dezenas de vezes, ajustei o potenciômetro do tacômetro e nada de aumentar o giro, só me falta instalar um conta-giros aftermarket e ver se resolvo meu problema.

 

Cansado do visual

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Após cerca de quatro meses com o carro já estava enjoado do seu visual. Ele tinha rodas de Honda Fit 14”, e pneus Dunlop SP704 185/60/14 (medidas originais). Começou então a caça por uma roda ideal para ele, fuçando em fóruns e grupos do facebook achei um jogo de rodas de Vti EG. Agendei um horário e fui ver as rodas, estavam com a pintura um pouco gasta porém integras, uma apresentava uma pequena trinca que não foi motivo de desistir da compra.

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Comprei as rodas que por sinal já vieram com pneus 195/50/15 Fate que posteriormente foram substituídos. Apesar das rodas não terem as famosas “calotinhas de VTi” o visual do carro havia melhorado e eu estava contente temporariamente.

Meu carro possuía as molas originais com um elo e meio cortado na frente e um atrás, estava com um visual bem adequado para mim, porém nesse período mudei de apartamento e o Civic não entrava na garagem do novo AP devido sua altura. Fui atrás de molas originais e me deparei com um jogo de molas de vti eg e os comprei. Elas aparentam ser idênticas, mas as dianteiras possuem constate elástica diferente, pôr o motivo do motor B16 do Vti ser mais pesado a mola dele tem mais carga, pena que fiquei sabendo disso depois de instalar as molas no carro. Ou seja, fiquei com um carro com a frente mais alta que a traseira, mas pelo menos entrava na garagem agora.

 

Uma pequena introdução sobre meu carro

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Para os que não sabem aqui vai um pouco de história a carroceria com design coupe (a silhueta mais linda na minha opinião) não foi vendida no Japão, foi apenas para os mercados Europeu e Norte Americano porem foram fabricados nos EUA ou Canada, e possuem duas variantes Ej1 e Ej2 a primeira com motorização D16Z6 (125cv) e versões EX e EXS e a segunda com motorização D15B7 (102cv) apenas na versão DX.

 

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Todos apresentam suspensão independente nos quatro cantos, a dianteira é bem servida com o tipo Double Wishbone (duplo A ou braços sobrepostos) e a traseira se vira bem com o tipo Multilink. O fator suspensão foi um peso a mais na decisão na hora da compra do carro.

No próximo post veremos os upgrades de verdade no Civic (coletor, escape, CAI…), a primeira experiência em pista, as novas rodas, banco concha e uma dor de cabeça com freios e suspensão. Até lá!

Por Brenno Nagao, Project Cars #300

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