Fala pessoal, desculpe a demora mais nem tudo acontece como planejamos nesse mundão de Deus, então vamos lá.
Para começar fica a sugestão de um vídeo para deixar rolando em quanto estão lendo o texto.
Terminei de montar o carro e ai veio a hora de sair para a primeira volta que seria direta para a loja de escape porem, veio a primeira surpresa, pois o carro não vencia a subida da garagem e assim descobri que ao mínimo sinal de pressão positiva o carro fechava a borboleta eletrônica.
A solução para esse problema foi utilizar o clamper para congelar o sinal do MAP antes de ele desarmar. Mas enfim tinha um “carro turbo”. Doce ilusão.
Esse era o cofre do carro assim que terminei a montagem em 2014:
Apos esse imprevisto fui ajustando detalhes que até então nem imaginava que teria de ajustar ou refazer, por exemplo, pressurização que pegava em cada lombada, bomba de combustível que não dava conta de alimentar, e a necessidade urgente de algo para controlar/montar mapa de combustível, a necessidade de reforçar o conjunto de embreagem, puxar uma linha de retorno de combustível e muito mais.
Andei muito tempo com o carro nesse setup, coisa de 30.000km de muita alegria e alguns imprevistos mas com direito até a uma viagem para argentina com minha família.
Aqui vai um vídeo onde é possível escutar o ronco do carro e as bolas de fogo, aqui ainda com a injeção original:
Aqui em Curitiba temos acesso ao Autódromo Internacional de Curitiba #SaveTheAIC através de eventos organizados pela equipe do www.corranoautodromo.com.br que disponibiliza evento para nós entusiastas com preço bem acessível e parcelado em até 12 vezes. Ou seja o mundo perfeito para testar o carro no autódromo e sem desculpa de custar uma fortuna.
Foi ai quem na edição de carnaval do TrackDayIn pude testar o carro na pista e ver o qual decepcionante estava o desempenho do meu carro, uma vez de ter gastado uma quantia de dinheiro significativa e varias horas de dedicação no mesmo.
Para nos situarmos no tempo estávamos a véspera da copa do mundo de 2014 e acabei sendo desligado da empresa que trabalhava ai veio um balde de agua fria em todo o projeto e era hora de parar e pensar com calma no que deveria ser feito.
Após algumas noites mal dormidas decidi empreender e assim abri minha própria empresa F5 Informática com meu brother Nilson, e ai não tinha jeito e o Focus foi o carro da firma por um bom tempo e assim passou a ser o carro da firma, buscava mercadorias, entregava computadores e tudo mais que fosse necessário, muitas vezes rodando mais de 140km por dia e por conta disso não poderia parar o carro para fazer nada tanto por questões financeiras e por tempo, mas sempre com esse sorriso no rosto a cada descarga da turbina pois o carro sempre ajuda a esquecer ou a minimizar os problemas.
Passei algum tempo com o carro sem grandes upgrades até o segundo semestre de 2015 quando foi a hora de trocar a turbina e ai algo que era para ser simples tomou proporções maiores do que esperava e assim consumiu mais uma parte do meu dinheiro.
Como nessa vida de carro modificado nem uma decisão é fácil e a escolha da turbina não seria diferente. Não estava contente com a pegada da Biaggio, pois ela tinha um conjunto muito pesado causando um turbo lag muito alto, assim eu fui atrás de uma turbina menor. Estava disposto a sacrificar o desempenho em alta para favorecer o ganho desde baixas rotações, pois como alguns sabem, naturalmente o duratec é um motor com bom desempenho em altas rotações porem em baixas ele sofre para carregar os 1450 kg do focus.
Era fato que não teria condições de partir para uma turbina roletada então um dos critérios que tinha era achar uma turbina de até uns R$1.300 e que fosse fácil de encontrar peças para fazer uma manutenção ou revisão, fiquei muito tentado a comprar uma k04 que o pessoal usa nos Jetta e Golf GTI, pois teria um conjunto que me daria torque desde 1600rpm e com alguns dias de olho no OLX achei uma KKK K04 (5304-970-0001) por um preço bem interessante porem ela era uma TGV o FlatOut já deu uma explanação sobre o assunto nessa matéria e iria dar certo trabalho fazer o carro funcionar de maneira satisfatória.
Sendo assim após algumas idas e vindas às empresas que fazem manutenção em turbinas cheguei à conclusão que deveria partir para uma KKK K16, é uma turbina interessante, pois ela pode usar caixa quente T2 ou T3, é conhecida no ramo de peças de reposição, aguenta bem as pressões que pretendia atualizar e o preço estava dentro do meu orçamento, sendo assim acabei optando por ela para não ter que reinventar a roda e ficar muito tempo na hora de fazer a troca da querida.
Sai Biaggio .50 e entra KKK K16
Acabei optando pela caixa T3 para não ter que mudar o coletor de escape e após pendurar ela e ajustar o escape já tinha um carro novo nas mãos, a pegada vinha desde baixas rotações desde 2200 RPM já vem soprando e vai firme até em altas começando a cair após os 5400 RPM isso em decorrência do conjunto de rotores serem bem mais leve e eficiente.
Porem meus amigos como nem tudo é festa, vamos dizer que o pico de potencia do carro não mudou porem agora eu tinha uma curva de torque muito melhor e consequentemente os ganhos de potencias em baixas rotações amentaram drasticamente. Coisa de 10 dias após a troca da turbina ao dar a partida no motor uma fumaça branca tomou conta de tudo, após verificar tudo e tentar novamente sou surpreendido por um calço hidráulico causado por um bico travado. O que é um flato para quem já defecou?
Uma vez dito a frase acima, fui atrás de um jogo de bicos 160lbs e uma MegaSquirt para gerencia o meu motor pois não iria atrás de um único bico e correr o risco de enfrentar esse problema novamente.
Vou deixar aqui um vídeo de um dos últimos TrackDayIn aqui de Curitiba onde fiz uma compilação dos melhores momentos.
Na próxima parte vou contar sobre como foi à instalação da MegaSquirt e acerto do motor para trabalhar com o GNV e Etanol.
Por Wyldwagner de Souza, Project Cars #06