Sejam vem vindos a mais um capítulo da saga enfrentada para manter um importado como daily drive. Primeiro gostaria de agradecer à todos que comentaram no primeiro post, espero que consiga continuar produzindo material para escrever para vocês e à equipe do FlatOut pela compreensão na situação atual do veículo, por isso este post será falando um pouco mais da convivência com o carro do que as modificações em si. Farei em linha cronológica para tentar ajudar um pouco.
Aproveitando, mais uma atualização na lista de veículos dirigidos.
Palio citymatic 1.0 8v – 99 | D10 3.9 8v – 86 | Palio citymatic 1.0 8v – 00 | S10 4.3 12v – 00 | Uno cs 1.3 8v – 87 | Saveiro surf 1.8 8v – 01 | Palio 1.3 8v – 03 |Jeep Willys 2.6 12v – 61 | Fit LX 1.4 8v – 04 | Strada MTv 1.6 16v – 01 | Corsa sedan 1.0 8v – 07 | Palio ELX 1.4 8v – 08 | Fit LXL 1.4 8v – 08 | Palio Adv 1.8 8v – 09 | Idea Adv 1.8 8v – 10 | Marea turbo 2.0 20v – 99 | Palio 1.4 8v – 11 | Idea Adv 1.8 16v – 12 | Punto sporting 1.8 8v – 08 | Bravo Tjet 1.4 16v – 12 | Focus 2.0 16v – 12 | HB20S 1.6 16v – 14 | Impreza Shark 2.0 16v – 11 | Civic Si 2.0 16v – 08 | Impreza GC8 2.0 16v – 97 | Idea Adv 1.8 16v – 14 | HB20X 1.6 16v – 13 | Corolla 2.0 16v – 14 | Celta 1.0 8v – 14 | March 1.6 16v – 12 | UP Tsi 1.0 12v – 15 | Fusca 1.6 8v – 74 | Fusca 1.6 8v – 74 | Fusca 1.3 8v – 78 | Ka 1.0 8v – 11 | March 1.0 8v – 14 | Civic Si 2.0 16v – 07 | 208 1.5 8v – 15 | Fit EXL 1.5 16v – 10 | Chevette Turbo 1.4 8v – 80 | Impreza WRX 2.5 16v – 06 | 206 Escapade 1.6 16v – 08 | Up move 1.0 12v – 15 | Fit LX 1.4 16v – 09 | Fox Trend 1.0 8v – 12
Manutenção básica
Como dito no post anterior, logo que peguei o carro, em março de 2016, troquei as rodas originais do WRX 2011 por réplicas de BBS RS GT. Porém isso não estava nos planos iniciais que consistiam de:
- Troca de fluidos
- Troca de pneus
- Funilaria
- Troca de pastilhas e discos (se necessário)
- Reforma das rodas
Os dois primeiros eu fiz em casa mesmo, comprei óleo motul 4100 15W50 e militec. Liguei na assistência técnica da Subaru aqui de Ribeirão Preto, que não é a CAOA (que só atende veículos em garantia), pedindo o filtro de óleo e já me preparando para a facada. Para minha surpresa, custava R$54,00 na época, porém meu pai estava na cidade comprando materiais para a oficina da fazenda encontrou o mesmo filtro por R$37,00. Fiquei mais feliz sabendo que pelo menos nisso eu não seria extorquido pelo fato do carro ser importado.
Algumas semanas depois, eu e meu amigo Arthur resolvemos que era hora de trocar o fluido de arrefecimento dos dois Subaru (ele tem um impreza 2.0 GC8 1997). Compramos o Bardahl Radcool Blue e de novo, fizemos na varanda de casa. Peço desculpas, mas desse dia não tenho fotos do processo, mas posso falar que o cara que faz a pigmentação do produto não tem um olho muito bom não. Alguns lotes vinham mais azuis, com pouco pigmento e outros mais verdes.
Como ambos carros possuem radiadores modificados (o dele por conta de vazamentos anteriores teve de ser refeito e o meu é feito sob medida bem maior que o original) não conseguimos encontrar os bujões de dreno. Solução? Soltar a mangueira e esperar alguns minutos até todo fluido descer. Pensa num lugar apertado para colocar as mãos e as ferramentas, sem falar que o WRX sendo bem baixo, precisou ser levantado de um lado para podermos entrar por baixo dele.
Além do radiador modificado, o dono anterior me mandou algumas peças que vieram com o carro como intercooler maior, CAI AEM, o aero original e uma das saias laterais (a do lado esquerdo foi perdida e ele tirou a do lado direito pra não perder também), um notebook e um leitor OBD2 para remap da central (isso é algo que se eu aprender a mexer, compartilho nos próximos posts, mas pra isso… preciso do carro… rsrs).
O dia-a-dia com o carro
Peguei o carro em 21 de março e rodei com ele, todos os dias até 20 de abril, todos os dias. O que isso me mostrou?
Primeiro: não importa a idade, chama a atenção de todo mundo na rua. Se você quer um carro discreto, não compre esse carro. Leilane, minha namorada, tem uma percepção muito boa do ambiente em que ela está (ela é arquiteta, então presta atenção a tudo e todos) e comentou comigo outro dia quando estávamos andando com o meu Chevette drift spec, o meu outro projeto (p****, mais um projeto? Pois é… rsrs…) que o Chevas chama a atenção, principalmente da molecada nova que aparentemente acabou de tirar carta, o Fusca chama atenção principalmente de crianças e idosos, mas o WRX ela disse que é absurda a diferença, todo mundo olha. Então se quer discrição, fica a dica.
Segundo: valetas e lombadas serão seus arqui-inimigos a partir de hoje. O para-choque baixo e pronunciado raspa sem cerimônias, então primeira marcha e aguenta a buzina dos aventureiros da selva de pedra porque eu não vou passar mais rápido que isso.
Terceiro: entradas de rodovia e saídas de pedágio nunca foram tão emocionantes. Não tem como com um carro turbo, com uma estabilidade absurda e um som top para um quatro-cilindros andar de maneira comportada.
Quarto: as visitas ao posto de gasolina são mais doloridas. Passar de um carro que fazia 9-10km/L de álcool a R$1,80 o litro para um que faz 9-10km/L de aditivada/podium a R$3,80-4,40 o litro, dói no bolso. Então se está pensando em comprar algum carro, entre em clubes, fóruns, e pergunte pra quem tem um carro em uso com uma situação similar a que você irá utilizar para não ter sustos.
Quinto: ter um carro exclusivo (até onde sei, é o único WRX hawkeye sedan da cidade) faz com que as pessoas saibam onde você está. Não tentem mentir falando que vai pra um lugar e na verdade vai para outro, pois até quem não entende de carro, saberá que o carro é seu.
O sexto daily driver
Mas? Maaaas? Mas esse PC não era pra mostrar como você usa ele de daily drive? Sim, mas tem algumas coisas que acontecem na vida que a gente não tem como controlar. Uma delas são os outros motoristas.
Por sorte, até hoje, me envolvi em um toque leve com outro motorista que me fechou em uma rotatória e deu uma arranhada no meu para-lamas, com o HB20S ainda e, desde que eu troquei o FIT no WRX, eu estava rodando sem seguro.
Segundo minha corretora, a cada 30 dias que eu ficasse sem um veículo cadastrado na apólice, eu perderia 1 classe de bônus do seguro. Sendo assim eu corri para comprar um veículo para bater no dia a dia na cidade e deixar o WRX para o que interessa, a estrada onde ele pode esticar as marchas sem cerimônias (trabalho em Américo Brasiliense que fica a 80km de Ribeirão Preto).
Nisso me apareceu em abril, a oportunidade de comprar um 206 Escapade 2008 por um preço convidativo. Falei com o proprietário e ele me disse que tinha acabado de entregar o carro na concessionária e me passou o contato do vendedor que me repassaria o carro pelo preço que foi entregue.
Vi o veículo, percebi que tinha alguns problemas como a tampa traseira sem as identificações de modelo e marcas de chave nos parafusos, indicando que já teve uma troca da peça, as borrachas das portas estavam esfarelando e o para-lama dianteiro esquerdo que enroscava quando abria a porta do motorista, mostrando que já tinha sido mexido ali também. Mas aparentemente era um problema de alinhamento de peças, pois olhando por baixo não apareciam marcas de metal amassado. Olhei dentro das caixas de roda e só não deitei embaixo do carro, pois estava com a roupa de trabalho ainda.
Achei que o preço estava justo pelo que teria que fazer no carro e fechei o negócio. Vou fazer a vistoria do seguro e… NEGADO. O atendente da vistoria disse que no sistema constava sinistro do veículo, porém o vendedor me mostrou a vistoria cautelar (que deve ser feita na transferência de um veículo) não apontava nada. No dia seguinte fui sair com o carro para trabalhar e ele me deixa na rua, empurro até um posto, coloco 10 reais de gasolina e ele funciona de novo. No mesmo dia, o encosto do cabo da embreagem (uma peça de plástico que entra num aro que faz a alavanca de acionamento da embreagem) quebrou me deixando na rua pela segunda vez, consertei a noite (pois larguei o carro onde parou) com o Arthur e outro amigo nosso, o Danilo.
Fui atrás de pesquisar que raios acontecia com esse carro, comprei essas vistorias que pesquisam o histórico do carro pela internet (devia ter feito isso antes de comprar) e descobri que pertenceu à Allianz em 2012. Liguei na seguradora, chorei, chorei e consegui que pelo menos me enviassem a cópia do boletim de ocorrência, já que um laudo afirmando que o veículo tinha sido bem consertado eles não forneciam. Resultado, carro batido de traseira e dado indenização total ao proprietário da época. O mais interessante, é que não constava sinistro no campo de observações do CRLV.
Voltei na concessionária e briguei até me devolverem o dinheiro. Nisso, continuei usando o WRX para tudo, mercado, trabalho, namorada, visitar o chevas na oficina (era ele quem estava internado na época), até que me deu um estalo. Já que o WRX vai ser o carro oficial de estrada, potente, seguro e estável, preciso de um carro oficial para cidade, pequeno, leve e econômico.
Sendo assim veio quem iria aguentar as valetas e lombadas gloriosas (sem falar dos buracos, não esqueça dos buracos) de Ribeirão Preto. Um VW UP! Move 1.0 12v.
Me surpreendi com o desempenho do pequeno carro, esperto e econômico (fiz Curitiba – Ribeirão Preto 730km com ¾ de tanque, fazendo média de 19km/L na gasolina).
Agora sim, estava pronto para curtir a minha garagem ideal, só que não…
Voltando ao WRX
Desculpem pelo devaneio e um parágrafo inteiro sem falar do PC, mas como eu já agradeci aos editores por poder escrever sem ter mudanças significativas do carro, voltemos à situação atual.
Em 8 de junho, deixei o WRX na funilaria (após duas semanas tentando deixar o carro lá, o carro que estava ocupando minha vaga não era terminado, ou era falta de material, ou o pintor ficava três dias afastado doente). Mas o carro estava lá e seria mexido. Já tinha comprado o para-choque pelo mercado livre, e na pesquisa, preços de R$ 600 a R$ 1.000 eram comuns para a peça sem as grades. Tive um pouco de dificuldade por conta da ignorância (não falta de educação, é falta de informação mesmo) de alguns vendedores que não sabiam informar se a peça era de um sedan ou wagon.
Para os que não sabem, os sedans são wide body, com para-lamas com recortes retos como os carros que competiram no WRC (em menor proporção, é claro) e as wagons tem um alargamento arredondado que acompanha o contorno da caixa de roda. Tive que analisar as fotos cuidadosamente para não cometer um erro de mais de 600 mangos.
Por sorte a peça mais barata era também a mais inteira e (olha que sorte) de um sedan. Arrematei e deixei junto com as peças que vieram com o carro para o dia da funilaria.
Eis que todo sábado eu passava na oficina e o carro estava nos fundos, ao tempo. Falava com o dono da funilaria e ele falava que não queria pegar o carro e ficar fazendo um pouco por vez, mas sim pegar e fazer de uma vez só. E assim foram três sábados. No quarto sábado o carro já estava dentro da oficina, o que me fez ter mais esperanças, porém se passaram mais três sábados até o momento e o carro se encontrava assim.
O prazo quando deixei o carro no dia 8 de junho, era 45 dias. Isso nas minhas contas era pra ser dia 23 de julho e adivinhem só, ainda não foi mexido. Até o carro do Arthur (foi fazer os para-choques e aero) passou na minha frente. Mas não tenho do que reclamar, o serviço vai ficar bom pelo que eu vi do carro anterior que ele tinha pintado inteiro e o serviço feito no GC8.
Situação atual
Pois é, estou a quase dois meses sem o brinquedo que fiquei mais de oito anos esperando em ter. No momento se eu quero um som de boxer, tenho que dar uma volta de Fuscão, se eu quero uma pegada de turbo, a volta é de Chevas, se eu quero tudo junto, tenho que me contentar com o único vídeo que fiz dele.
Mas não temam, pois assim que ele estiver em minhas mãos novamente, tratarei de instalar de novo as peças que estão fora do carro (CAI e intercooler), mostrarei a reforma das rodas e se der certo, o remap da ECU com alguns dados do programa.
O que temos pra janta por hoje é isso, pessoas. Até a próxima!
Por Filipe da Costa Reis, Project Cars #370