Olá Gearheads que acompanham meu projeto, tudo bem com vocês? Meu nome é Heitor Arantes, tenho 22 anos e sou conhecido como cupim de ferro, e também como louco, por arrumar um carro que deu PT. Se você caiu de para-quedas aqui, aconselho que leia o primeiro post sobre a “Capotana” (Mistura de Capotada com Montana).
Bom, no post anterior, eu falei sobre a minha história com a Montana e como eu a adquiri, e deixei um spoiler sobre o acidente.
O acidente
O acidente aconteceu na BR-365, no dia 25/06/2014 em uma sexta-feira chuvosa. Era uma chuva bem fraquinha, aqui chamamos de chuva do sono. Eu estava atrás de um caminhão e um Corolla, na velocidade de uns 60 – 70 km/h quando observei que a faixa contínua havia acabado e ali eu já poderia fazer uma ultrapassagem. Observei se não vinha ninguém no sentido contrário e ao encontrar a pista livre eu decidi ultrapassar ali, mas o problema é que o Corolla saiu para ultrapassar, então decidi dar um sinal de luz, sinalizar com a seta e fazer uma ultrapassagem dupla, tudo certo até que eu senti o carro se desgovernar e perder o controle de tudo. Eu nem sei explicar o que aconteceu, foi tudo muito rápido, até que o carro parou, eu olhei para o lado e tudo estava estragado, logo pensei: “Putz! O que foi que eu fiz?”
Respirei fundo dentro do carro, e logo olhei meu corpo para ver se não tinha me machucado, mexi as pernas, levantei a camisa, e vi que eu podia me movimentar tranquilamente. Logo o motorista do caminhão chegou no carro no desespero já ligando para a PRF mandar uma ambulância, e eu gritando que estava bem e não precisava de socorro.
Desci do carro olhei aquela bagunça o carro todo retorcido. Era roda no meio da rodovia, tampa traseira no acostamento, motor saindo fumaça, e aquilo foi me dando desespero. Recuperei a calma e escutei a versão do motorista do caminhão que disse que enquanto eu estava ultrapassando o Corolla, o motorista também resolveu ultrapassar, jogando o carro para faixa da esquerda e, nisso, batendo na minha roda traseira. Foi assim que perdi o controle, bati na roda traseira do caminhão e fui para o mato. Quando passei por cima da valeta de escoar a água meu carro capotou uma vez e parou ali mesmo. O motorista do Corolla não parou para ajudar e nunca mais foi visto.
E assim ficou o carro:
Como não tinha pistas do Corolla e naquela região não há postos policiais, eu simplesmente liguei na PRF dispensando a viatura policial para registar o B.O. Liguei para meu pai, relatei tudo o que aconteceu e chamamos um guincho. E o carro ficou assim, na porta de casa durante dois meses:
O carro estava impossibilitado de entrar em casa pois estava sem as rodas, as bandejas da suspensão dianteira foram quebradas e o eixo traseiro também estava quebrado, ele quebrou entre a mola e a campana, assim, impossibilitando de colocar uma roda ali no lugar. Além disso, minha mãe não queria que estragasse a cerâmica da garagem com esse trambolho de ferros retorcidos.
Até que comprei um eixo traseiro novo, comprei as bandejas da suspensão dianteira e pedi para um amigo meu montar no carro para mim, coloquei as rodas, que também se foram no acidente, estavam todas quebradas e tortas e assim pude guardar o carro na garagem de um vizinho aqui que não a utilizava.
E por ali ficou bastante tempo. Até que eu juntei uma grana e um ano depois, levei para que pudesse ser arrumada parcialmente (e o cachorro se chama Tiquinho, e sim ele é meu, estava lá protegendo ela de futuros ladrões de peças).
Primeira vez na funilaria
Sim, você leu direito foi a primeira vez, por que eu ainda precisava pagar as prestações, já que o carro era financiado. E infelizmente tinha juntado o suficiente para comprar as peças que precisaram de ser trocadas e pagar a mão-de-obra do funileiro para que ele desamassasse o carro e colocasse as peças novas no lugar.
As peças trocadas foram:
- Porta do motorista
- Capô
- Tampa traseira
- Mini Frente
- Faróis
- Lanternas
- Para-brisa
- Rodas
Com isso tudo trocado, inclusive as lanternas que foram um presente da minha namorada atual, que é apaixonada por carros também, o carro desamassado, após uma série de coisas mecânicas também que foram feitas, como, correias, rolamentos, tensores, etc. Finalmente eu podia andar com o carro após mais de um ano do acidente.
E assim foi a recuperação:
O carro ficou parte preto brilhante da pintura original, e parte preto fosco, onde fora desamassado e pintado por cima só com um fundo para não ficar branco da massa.
Peguei ele da oficina assim:
Nesse tempo recebi um jogo de rodas como pagamento de uma dívida. O carro ficou assim:
Então resolvi fazer todo o trabalho da suspensão fixa, porque o carro alto ficou horrível com as rodas 17. Após sofrer bastante com molas do Corsa hatch na traseira e molas esportivas na frente o resultado foi esse:
Assim ficou o carro, com as rodas brilhando mas a lataria toda porca. Depois de algum tempo o amigo que me deu as rodas como pagamento decidiu desfazer o acordo e pagar em dinheiro. Devolvi as rodas e usei o dinheiro para terminar o carro. No fim, ficou essa aberração:
Com as rodas de ferro ficou um tempo, pois o valor que meu amigo me devia não dava para começar e até eu receber para dar início ao termino do conserto fiquei andando assim mesmo. Muito obrigado a todos que acompanham e no próximo post vai rolar uma aula de funilaria, já que tive que aprender na marra o que é ser funileiro.
Pra quem gosta de um DIY/FEC (feito em casa) segue um aperitivo para o próximo post:
Por Heitor Arantes, Project Cars #391