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Project Cars Project Cars #42

Project Cars #42: o shakedown do meu Ford Ka Duratec na arrancada e o acerto de pequenos problemas

Como dito no post anterior (peço imensa desculpas pela falta de coerência em determinada parte do post), passei por dois problemas graves – a caixa de direção com os retentores estourados e a queda da roda fônica da FuelTech – ou seja, impossível não temer o pior dali pra frente Neste post vou descrever de uma forma bem resumida e clara, o que foi feito no carro até o momento.

 

Encarando uma Arrancada

Passando alguns dias dos problemas, foi crucial efetuar um novo acerto da injeção e deixar o carro confiável novamente. O primeiro acerto era proveniente do primeiro Duratec que tinha nele (como dito no primeiro post, houve uma quebra feia do motor), ou seja, era um acerto fino em dinamômetro, tudo como manda o figurino.

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Arriscar um novo acerto em um mapa novo era o ideal, mas busquei tomar como base o que já tinha gravado. A ideia foi boa e, com isso, o resultado foi satisfatório, apesar de todos os problemas consegui obter uma confiabilidade pra usar o carro no dia a dia.

Seguindo isso, decidi então encarar, pela primeira vez, uma pista de arrancada que, pra quem conhece, foi a pista de Saltinho (SP) com 201 metros (oitavo-de-milha). Eu desconhecia totalmente como funcionava o pinheirinho e tampouco tinha um bom tempo de reação, mas foi um enorme aprendizado diante dos fatos – conhecer o carro e colocar em prática o que foi feito com minhas idéias com relação ao acerto. Um jogo de pneus meia vida com medida maior me acompanhou nessa etapa.

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Em meio a alguns AP, o Ford surge

A idéia não era buscar tempo e sim conhecer o carro, mesmo que o projeto tenha sido feito único e exclusivamente para circuito.

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Os tempos foram 10s nos 201 metros com reação de 0.05 s, nada mal até pelo começo. Diante de tudo isso percebi que muitas coisas feitas nesse meio tempo foi de extrema importância e que realmente nenhum projeto tem fim, o carro chegou a minhas mãos com, digamos, 100% concluído (mecanicamente), mas isso não foi o suficiente para perceber que faltava muito além dos 100%, principalmente na parte elétrica.

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Pasmem, era exatamente assim que estava, a maioria do emaranhado de fios era da fiação do sistema de som.

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Nessa foto acima nota-se como foi feita a elétrica do carro, ainda mantendo algumas coisas do Rocam, como partida a frio (não sei por que, já que o Duratec é a Gasolina), e a tentativa de usar a bateria no local original. O emaranhado de fios era uma mistura de Zetec Rocam com Duratec — metade de tudo isso foi eliminado aos poucos e outras trouxeram problemas graves. A bateria passou a se alojar no porta-malas por conta do espaço e do peso e a partida a frio foi removida.

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O grande vilão disso tudo são conectores avulsos e fios com interferência. A elétrica colabora e muito pra uma saúde plena de um carro e também com o projeto. Com a ajuda de um amigo, 80% da elétrica foi corrigida. Diante disso os problemas foram sanados e o projeto segue conforme tem que ser. Claro: nunca há um final pra isso, como eu tinha dito, mas transformei o carro para o uso urbano e para atender as minhas necessidades, já que o uso é constante.

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Um outro ponto importante desse projeto que estudo uma possível correção é a posição do alternador. Apesar de ser do Ka, ele está posicionado errado para a distribuição da correia Polly V. Em decorrência disso as polias geram um ruído quando frio e não estão totalmente centralizadas. A idéia nesse caso será o uso do alternador do Focus em uma posição mais baixa, já que na área frontal a bomba de direção hidráulica e o ar-condicionado estão atuando.

O princípio é basicamente esse a ser aplicado:

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Nota-se que a distribuição da correia é totalmente diferente e a posição do alternador fica na frente. Como é um projeto utilizando todos os acessórios, há poucas opções de distribuir as partes.

Antes de tudo isso, o carro participou de pelo menos quatro trackdays, dentre um deles onde houve a quebra do primeiro motor Duratec que, no caso, tinha um toque de pimenta a mais (comando de válvulas SWR), mas não sei precisar a potência daquela época. Tudo aconteceu por um erro de marcha e como o Duratec não tem chaveta no virabrequim (que evitaria a quebra), as 16v foram atropeladas.

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Essa chaveta é o tipo de peça que poderia ter salvo o motor e infelizmente todo Duratec não a tem — nem a versão a gasolina, nem o flex. Um dos planos para o futuro é fazer essa chaveta para ele — afinal, não quero ter que colocar o terceiro motor nesse carro.

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Motor quebrado em Curitiba

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Track Day na Capuava

Ainda na Capuava, com o dono anterior, o carro virou um tempo excelente pra chuva e não fez feio diante dos grandes. De longe eu acompanhava o carro e traçava muitas idéias.

No próximo post vou descrever mais a fundo quais serão os passos seguintes do Ka 2.0 16v. Não terá nenhuma modificação mecânica além do que tem hoje, até porque continua sendo um carro confiável e de extremo agrado de guiar, fora que o uso dele é diário. Também comentarei sobre o câmbio com uma escalonagem perfeita, já que muitos projetos de Duratec  utilizam o câmbio do Focus, que é bem diferente do câmbio de EcoSport que utilizo. Até lá, galera.

Por Adriano Krempel, Project Cars #42

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