Bom pessoal, após alguns meses, estou dando por encerrado esta fase mais critica da restauração do Chevette 1976 série especial “País Tropical”. Não foi uma restauração profunda, nem mesmo completa. Digamos que foi uma restauração parcial afim de resgatar o formato original desta versão tão rara e pouco conhecida do Chevette. Não era o momento mais oportuno para que eu investisse meus limitados recursos num projeto deste naipe mas como todo bom gearhead brasileiro, que dispõe muito mais de paixão e boa intenção do que grana, eu fui fazendo alguns sacrifícios e improvisos e o resultado vocês vão conferir hoje aqui.
Para quem ainda não viu como tudo começou e o que foi feito exatamente até esta última etapa conclusiva, aonde vou reforçar algumas curiosidades e descobertas feitas nestes dois anos com o carro, os links para os posts anteriores estão aqui, aqui e aqui. Fotos antigas de modelos igual ao meu, fotos de outros encontrados pelos amigos pelo Brasil a fora e fotos de um dos únicos na cor marrom, todo original e em ótimo estado, por hora conhecido de um grande amigo meu.
No inicio todos pensávamos que só existissem quatro cores desta versão. Bege Copacabana, Laranja Bonze(marrom metalico), Verde Ouro(metálico) e azul clássico(tom pastel). Foi um erro de interpretação da propaganda de época.
Na verdade encontramos uma foto de 1976 com um prata. Também soubemos da existência de um preto todo original e então concluí que a fábrica apenas sugeriu algumas combinações de cores mas o Chevette País Tropical podia ser configurado com qualquer cor do catalogo de 1976. A verdade é que provavelmente as três cores mais vendidas foram Bege, Marrom e azul até porque nos anos 70 não existiam computadores, smartphones e internet pra você ficar configurando livremente como é hoje. Era melhor comprar logo os que a fábrica mandava pras concessionárias já prontos.
Até 2015 existia um mito de que o Chevette Tropical não existia mais. Todo chevetteiro de carteirinha bem informado sabia que ele realmente havia existido, como ele era, e o que o diferenciava dos demais, graças a uma propaganda bem caprichada e detalhada de época. Mas, curiosamente, nenhuma revista de 1976 mencionou esta versão em suas páginas, não fora feita nenhuma matéria com ele.
E isso permanece um grande mistério, já que nos anos 70 existiam poucos carros e versões no Brasil, então um simples friso a mais já era motivo pra reportar em suas páginas e esta versão tinha muito mais que um simples friso. Bom a verdade é que em 2015 dois deles foram tirados de seus esconderijos. O meu e do amigo Lucas de Chapecó/SC (comprado em São Paulo) e recentemente mais um foi descoberto aqui pertinho, em Caxias do Sul.
Bom, basicamente faltava apenas mostrar como ficou o interior do meu Tropical depois de pronto que não foi mostrado nas postagens anteriores e umas fotos mais caprichadas dele depois de concluído os meus objetivos iniciais e pra finalizar, umas fotos comparativas do antes e depois. Espero que gostem e se tiverem dúvidas, responderei prontamente nos comentários.
Em 24 meses com ele foram quase 10 mil km rodados e gastos em torno de 12 mil reais em acessórios e peças além da mão de obra de mecânicos, martelinho de ouro, estofaria, chapeação e pintura, parte elétrica, entre outros. Neste tempo foram vários contra-tempos e problemas a se resolverem mas o carrinho ja tem uma boa história comigo e graças a ele muita gente está podendo conhecer e saber mais detalhes sobre esta versão tão rara e misteriosa do Chevette. Contemplem uma seção de fotos com dezenas de imagens legais:
Por Gutto Morais, Project Cars #433
Uma mensagem do FlatOut!
Gutto, sensacional seu projeto. É comovente o investimento financeiro, o tempo e a dedicação ao seu projeto. O resultado não poderia ser menos incrível que um dos Chevette País Tropical mais espetaculares já vistos. Parabéns pelo carro e por usá-lo e curti-lo como ele merece.