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Project Cars Project Cars #463

Project Cars #463: montando o motor para cair na estrada com meu Eclipse

Olá pessoal! Antes de começar a segunda parte da história da Jurema, gostaria de agradecer a todos que votaram em mim e a todos que comentaram no primeiro post! Neste texto vou tentar abordar alguns pontos que o pessoal pediu!

Voltando a janeiro de 2015, tiramos o motor e levamos o carro para casa. Lavei o carro e o cofre do motor, empurrei pra dentro da garagem, cobri com uma capa e lá ficou até terminarmos o motor.

Começamos o desmonte do motor na Eurochip Perforance. Ao tirar o cárter, muita limalha. Tiramos a primeira bronzina e estava bem riscada. Descobrimos também que em algum momento ela arrebentou a correia.  A capa estava quebrada e tinha algumas válvulas tortas. 

Eu estava com a idéia da “jaque”. Já que quebrou, vamos fazer um upgrade! Mas, conversando com meu pai, decidimos que o melhor a ser feito era remontar o carro no padrão original. Já vimos vários casos “iguais” ao meu, mas que os donos decidiram montar no “tudoquedá” e viraram moradores da oficina. Não queria e não quero isso. Carro é pra curtir andando! Montando original, teoricamente, já era para vir com quase 200cv. Tá bom demais pra andar na rua.

E começaram os serviços para remontagem do motor. Retífica do cabeçote completa, válvulas novas, retífica do bloco, pistões novos, retífica e nitretação do virabrequim, bronzinas novas, recondicionamento da turbina, embreagem nova, caixa de câmbio foi toda aberta e revisada, bomba de óleo e água novas, kit correia novo, eliminação do eixo balanceador e balanceamento do conjunto vira/volante/platô/disco de embreagem e troca do kit de mangueiras originais por novas de silicone (infelizmente só encontrei vermelhas na época…).

Antes de o carro quebrar, eu ainda trabalhava na oficina em que estava fazendo o serviço. Eu era responsável pela parte de compra de peças e contato com os fornecedores. Aproveitei essa função para fazer alguns levantamentos que foram bem úteis quando o carro foi internado. A busca pelas peças foi muito mais rápida, pois já sabia quem tinha as peças que precisávamos.

Foram longos três meses de espera até o motor ficar pronto e voltar pro cofre do carro, até que finalmente o dia chegou! Me ligaram avisando que iam ligar o carro e fui correndo pra lá! Primeira tentativa, nada. Segunda tentativa, nada. Terceira tentativa, nada. Algo estava errado. Conferimos todos os sensores, plugs, e o que mais fosse possível de olhar. O CAS (sensor de posição dos comandos) estava montado invertido. Remontamos do jeito certo, tentamos novamente e nada. Motor girava, mas não pegava. Tiramos a central e abrimos ela. Foram trocado todos os capacitores. Nova tentativa e nada novamente. Experimentamos tentar ligar o carro com um spray desengripante na boca da TBI. Pegou de primeira! Tiramos os bicos e colocamos na máquina de teste. Os quatro trancados!

Chegamos a conclusão que a causa desse problema foi ter limpado eles logo após a desmontagem do motor. O líquido da limpeza ficou dentro, enferrujaram e trancaram. Tentamos de várias maneiras destrancá-los, mas sem sucesso. Entrei em contato com o Marcelo Izumi, de Joinville, e ele tinha bicos de 2G guardados. Compramos, montamos e pegou de primeira! Mas todo esse trâmite de efetuar a compra, enviar e esperar chegar demorou mais uma semana… Imaginem a minha agonia!Os bicos de 1G turbo manual e 2G turbo tem a mesma vazão e servem perfeitamente.

No fim das contas foi um problema que ajudou a resolver e evitar novos problemas, pois revisamos vários sensores, a central e encontramos um sensor montado errado. Pensando com a cabeça fria, foi uma espera válida!

Finalmente o carro ficou pronto! Hora de rodar pra conferir se estava tudo certo. No primeiro final de semana já fiz uns 200 km! Porém, apareceram alguns problemas. Como o carro ficou muito tempo parado, os rolamentos das rodas dianteiras começaram a fazer muito barulho. Fácil de resolver. Foi mais demorado para esperar eles chegarem do que para trocá-los. O segundo problema era que o motor começou a jogar muita água para o reservatório de expansão, com isso ele enchia e transbordava. Suspeitamos da junta do cabeçote. Ao tirar a tampa e conferir o aperto do cabeçote no bloco, constatamos que ele não estava apertado no torque correto. Foi efetuado o reaperto e tudo ok!

O primeiro “upgrade” foi comprado antes de o carro sair da oficina. Uma coisa que sempre curti e tinha vontade de ter era um volante estilo de rally. Comecei a procurar modelos e encontrei os Lotse Dakar. Era bem o que eu imaginava! 

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Um dia fui pro centro da cidade e passei em frente a uma loja de peças de performance. Vi alguns volantes pendurados e resolvi parar. Lá estava o Dakar! Não pensei duas vezes e trouxe ele pra casa! Precisava então do cubo. Comecei a caçar nos grupos e encontrei um por R$80! Assim que chegou tive a ingrata surpresa de o cubo e o volante não terem as furações compatíveis. Levei o conjunto para um torneiro mecânico amigo nosso, que curte essas nossas idéias malucas, e ele fez um adaptador. Assim que o carro chegou em casa, o volante saiu da estante e foi para o seu devido lugar!

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Comecei a criar confiança no carro. Fui pra Florianópolis várias vezes, Joinville mais algumas, passeios na Serra do Rio do Rastro e o carro se mostrava valente, sem mais problemas relacionados à motor/caixa!

Logo que cheguei de um final de semana em Florianópolis, deixei o carro fora da garagem para descarregar. Quando fui guardá-lo, um farol estava queimado. No outro dia, quando desmontei para trocar a lâmpada, tive a surpresa:

Eles eram sealed beam! Fui a caça no Mercado Livre de um novo. Encontrei um anúncio por R$25 cada. Comprei dois. Logo que chegou eu já montei um. Durou dois dias. Pensei “beleza, tenho mais um!”. Montei o outro, primeira ligada e queimou também. Nada é tão fácil nos pau véio…

Comecei a pesquisar soluções para esse problema. No ebay existem kits para trocar os sealed beam por blocos ópticos que utilizam lâmpadas comuns. Mas não queria importar faróis chineses e, ainda mais, pagar caro (imposto + frete). Descobri que as F1000 utilizavam faróis do mesmo tamanho do meu carro! Só era preciso diminuiu um pouco a parte de trás deles. Comecei a pesquisa no Mercado Livre. Imaginei que não seria difícil encontrar aqui na cidade. Fui até uma loja de peças de caminhões, expliquei a situação e os vendedores foram à caça dos faróis no estoque. Encontraram um par de Arteb de Mercedes 1319 “cara preta”, estoque antigo com a caixa se desmanchando, por R$100 cada. Além disso eles já tinham a parte de trás um pouco menor que os de F1000.

Passei em uma outra loja de peças para comprar os plugs, lâmpadas e fios. Fui pra casa e com a ajuda do meu pai instalamos apenas o lado que havia queimado (o outro lado só fomos instalar em outubro de 2017, antes de ir para o Uruguai). Infelizmente não bati fotos do processo de instalação…

E 2015 terminou assim. Carro rodando, sem maiores problemas, alguns ajustes e muitas alegrias! 

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Nesse meio tempo encontrei um jogo de amortecedores usados por R$1000. Arrisquei a compra. Os meus estavam num estado deplorável. O carro parecia uma gelatina. Montamos e ficou extremamente melhor! Não tenho fotos dos “novos velhos” e nem dos que estavam no carro.

 Nesse período que o carro estava na oficina e em “testes”, eu ainda tinha o C4 VTR e usava ele todos os dias. Eclipse era o segundo carro, apenas para passeios e viagens. Mas começou a ficar pesado financeiramente manter os dois. Queria continuar o projeto, mas o francês também pedia atenção. Resolvi tirar todos acessórios dele e vender. Rodas foram para outro Eclipse aqui de Criciuma, adaptadores foram para Belém do Pará, molas H&R para Espirito Santo. O carro acabou indo pra Joinville, junto com um amigo que veio passar o Reveillon aqui. Dessa forma, a partir de janeiro de 2016, a Jurema se tornou meu carro de uso diário.

 

Extra 2015 – Mitsubishi Owners Day

Minha tia foi viajar para Califórnia em julho de 2015, mesma época que a Mitsubishi organiza o Mitsubishi Owners Day, na cidade de Cypress. Mandei uma mensagem para ela falando que ia rolar o encontro e perguntei se era perto de onde ela estava. Ela pediu a localização e respondeu que estava bem próxima!

No fim do dia me enviou essas fotos:

Um evento que ainda quero participar! E num sonho distante, ir até lá com a Jurema!

2016

VTR foi embora, Jurema andando todo dia. Dinheiro no bolso, uma conta no Mercado Livre e OLX. Para bom entendedor, só isso já basta!

 A primeira coisa que fiz no ano foi  levar as rodas originais para reforma. A pintura original estava muito feia e me desanimava muito ver o carro daquele jeito… Elas repintadas e desentortadas deram uma boa animada no carro! Esqueci de fazer um antes e depois das rodas…

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Algumas semanas depois das rodas originais ficarem prontas, encontrei um jogo de rodas Enkei RS7, na rara medida 17×7, furação 5×114 e pneus Dunlop 215/45 por apenas R$3000! Elas estavam no Rio de Janeiro. Fiquei bem empolgado em comprá-las! Mostrei para meu pai e ele ficou um tanto quanto receoso quanto a localização das rodas e não me aconselhou a continuar o negócio. Achei o vendedor no Facebook e comecei a conversar com ele. Senti confiança, ele se propôs a fazer um anuncio no ML e receber por Mercado Pago. Ponto positivo. Faltava resolver como enviá-las. Surgiu a idéia de enviá-las via ônibus e o negócio foi fechado! Obrigado Fagner!

Elas foram postadas em uma quarta-feira, mas só chegaram aqui na segunda-feira seguinte… 

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No começo não curti muito o visual do carro com elas montadas. O carro estava muito alto, os pneus pareciam pequenos demais. Então, juntei o útil ao agradável! Aproveitei que a galera do South Monkeys organizou um encontro em Blumenau na SS Suspensões e levei os amortecedores originais para receberem um talento do Wellington! Queria que o carro ficasse um pouco mais baixo, mas sem ficar com “cara de rebaixado”. Já sobre a viagem, sem palavras! Para mim é um enorme prazer poder rodar 800 km em um final de semana pra rever essa galera que converso todo dia via WhatsApp!!!

Em 15 dias os amortecedores ficaram prontos e já estavam no carro! Na dianteira foi apenas cortado um elo da mola e encurtado a haste. A traseira teve apenas o prato rebaixado e a haste encurtada. Recomendo muito o trabalho dele! Pra quem quiser falar com ele é só entrar na página do Facebook clicando aqui!

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Nesse meio tempo encontrei no OLX um abafador de inox saída dupla, usado mas em muito bom estado, por apenas R$200. Comprei e logo que chegou já instalei!

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E então em agosto veio o Motorkult, mais um evento organizado pelo pessoal do South Monkeys! Uma seleção de carros incríveis, uma organização invejável e um cenário digno dos melhores encontros estrangeiros! Alemães, franceses, japoneses, americanos, motos, jipes e camionetes reunidos em um só lugar!

Assistam esse video espetacular do Greg!

Mas como todo bom fuçador de Mercado Livre/OLX/grupos de Facebook, encontrei um anuncio no Mitsumania (grupo do Facebook) com alguns itens que achei interessantes. Um jogo de cabo de velas 10mm e um conjunto de manômetros novos por um preço bem atrativo. Mais uma ida ao banco… O conjunto é composto por um hallmeter, pressão turbo, pressão óleo e pressão combustível.

Levei os manômetros para instalar no meu amigo de longa data, Lucas, da Luca’s  Garage. Mais um serviço de primeira linha!

Alguns dias depois, chego em casa depois de uma festa, abro o whatsapp e vejo uma mensagem  com o link de um anuncio no grupo 1G Brasil: “Rodas Enkei Lancer Evolution”, no Rio Grande do Sul e por um preço que não dava pra negar! São rodas que sempre quis e desejei, mas nunca encontrei para venda (até comprar as minhas).

Conversei com o vendedor e combinei de ir buscá-las pessoalmente em Caxias do Sul, uns 300 km aqui de Criciúma. Convidei minha namorada e fomos até lá! Saímos daqui às 5 da manhã e antes das 9 da manhã já estávamos na oficina do vendedor. Ele me contou que elas eram usadas em um Lancer Evo VIII de rally. Era o set montado com pneus para provas no asfalto. O carro foi vendido e as rodas ficaram guardadas. Pagamento efetuado, rodas no porta-malas e voltamos para a estrada em direção a oficina do meu amigo Breno. Lá rolou um mini-encontro com mais duas 1G e um pequeno ensaio pelas lentes do Renan Vargas da Project Filmes! Por fim, paramos em Torres para minha namorada conhecer a cidade e batermos mais algumas fotos!

Demorou alguns dias até eu montar as rodas. Eu queria comprar um jogo de pneus de outra medida, mas ainda não tinha decidido qual. Mas não me agüentei e montei elas nos Dunlop 215/45 mesmo. 

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Feito isso vi que a “sessão oficina” tinha acabado. Era hora de cuidar do visual do carro. Todos os cantos do carro tinham algum amassadinho, a pintura precisava de um polimento, os auto-falantes estavam todos estourados e a antena elétrica tinha parado de funcionar. Conversei com o Diego da Ceramic Pro Cricuma e ele topou a empreitada. Para a parte do martelinho de ouro foi chamado o Jairo. Orçamentos feitos e aprovados, fiquei com o compromisso de desmontar todos os forros internos, para facilitar o trabalho do Jairo. Aproveitei para recondicionar os auto-falantes e limpar todos os plásticos internos.

O carro ficou uma semana sob os cuidados do Diego e do Jairo. A hora que vi o resultado quase não acreditei! O martelinho de ouro deu outra vida para o carro e o detalhamento externo reavivou a pintura cansada! 

Nesse meio tempo criei coragem de ir à concessionária cotar algumas peças. Precisava das calotinhas centrais e travas das rodas de Evo, um reparo da antena elétrica, vareta de óleo e tampa do óleo. Tive a bela surpresa de encontrar as calotinhas por R$20 reais cada, as travas por R$10 cada, reparo da antena elétrica R$150 (comprei os dois últimos no Brasil), R$30 na vareta e R$80 na tampa do óleo. A partir desse dia comecei a comprar os filtros de óleo lá também, média de R$30 reais cada.

Carro remontado, calotinhas no lugar, antena funcionando e o resultado foi esse:

Precisava trocar os pneus por maiores e resolvi vender as Enkei RS7 para ajudar na nova aquisição. Só foi anunciá-las que apareceram alguns interessados. Quem as comprou foi o Allan, de Manaus! Remontei os pneus, empacotei e lá foram elas de avião para o outro lado do Brasil calçar mais uma 1G!

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Fui até a F&M Pneus aqui em Criciúma procurar os pneus. Tinha decidido pelos 225/45/17, mas, ao montar no carro, eles ficaram muito para fora. Ia pegar demais nos paralamas dianteiros. O vendedor então sugeriu a medida 215/55/17, mesma do novo modelo do Civic. Além disso eles estavam num preço ótimo, R$320 cada já montados e balanceados! Fizemos um teste e curti o resultado. Montamos e só sucesso!

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Sai da loja, fui pra casa, descarreguei as outras Enkei, lavei o carro e parti pra Serra do Rio do Rastro! Era dia de Super Lua e eu e meus amigos combinamos de subir, fazer um churrasco lá em cima, ver a lua e descer. Um baita role! Saímos de Criciúma as 17h e só voltamos as 3 da manhã!

Durante o ano, que não lembro em qual época, fiz duas alterações no sistema de iluminação. A primeira foi fazer acender os milhas apenas com a meia luz acesa. Coisa simples e rápida de fazer. Apenas desmontar o painel e ligar junto os dois fios verdes. 

A segunda modificação foi fazer a meia luz acender junto com os piscas centrais. O Eagle Talon é assim e o visual fica muito legal! Coisa simples de fazer também. Apenas puxar um fio da luz de posição da lateral para o centro. O plug e a lâmpada original já são de dois pólos! 

Na parte de manutenção do carro em 2016 fiz apenas duas trocas de óleo (a cada + – 3000 milhas), média de R$300 cada (filtro original + óleo Mobil 10w40), recondicionamento da caixa de direção e pinças dianteiras e troca das pastilhas dianteiras (R$2500), troca das coifas das homocinéticas (R$350). Não precisei importar nenhuma peça mecânica e encontrei tudo relativamente fácil nas distribuidoras de peças ou Mercado Livre. 

Uma dica que sempre dou é: procure o part number da peça que você precisa. É muito difícil ela ser específica apenas para seu carro. Na maior parte das vezes ela é compartilhada com algum outro carro. Com o part number é possível encontrar as conversões para os equivalentes. Procure também algum site ou catálogo das peças, isso facilita muito na hora de procurar. Muitas vezes os funcionários não querem pesquisar no sistema da concessionária e já largam de cara um “não tem”. Chegando lá com o PN em mãos é só pedir pra ele consultar aquele código e fim de papo. Isso tem me ajudado bastante nesse período todo!

Até a próxima parte!

Por Felippe Almeida, Project Trip #463

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