Por Filipe Falcão, Project Cars #533
Fala, FlatOuters, beleza? Eu estava falando em estética automotiva, lembram? O primeiro ponto que é o carro possuía diversos riscos devido ao tempo. Foi feito um polimento de 3 etapas para a correção de pintura, que literalmente mudou o carro da água para o vinho. Aqui fica meu agradecimento ao Tito Car Care.
Depois de realizar a manutenção estética do carro, veio literalmente em seguida a revisão e check-up da parte mecânica. Aqui fizemos a troca de óleo, filtro de óleo, velas. Utilizei o Motul 5w40 8100 X-cess (recomendado para um uso mais “severo” do carro), filtro de óleo é literalmente o mesmo do DS3 (foto abaixo) e custa na concessionária entre 35 a 40 reais, sempre troco a cada 5000 mil km ou após trackday. Aqui vale ressaltar e desmistificar sobre a manutenção ser cara no Mini.
A grande vantagem do motor N14 é justamente ser mais próximo do motor THP e, portanto, algumas peças são literalmente as mesmas. A diferença entre comprar na concessionária da Mini e da PSA é o preço. Para esse motor com cabeçote de alumínio existe um problema crônico nas velas originais, que podem soltar um pedaço da vela e cair dentro da camisa do pistão, resultando no risco da camisa, sendo necessário abrir o motor e possivelmente realizar uma retífica. A forma de evitar que isso ocorra é substituir o jogo de velas pelas velas do Lancer Evolution X que são as NGK Laser Iridium ILKR8E6.
Feita essa manutenção básica, comecei a usar mais o carro e participei do evento do MCBR (Mini Clube Brasil), que foi realizado em Setembro de 2018 na cidade de Penedo/RJ. Foram quase 200 Minis de alguns lugares do Brasil, com sua maioria sendo dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Aqui vale ressaltar uma parte muito legal de ter o Mini Cooper. Participo de alguns grupos de Whatsapp e é muito bacana porque além da turma se ajudar com a parte mecânica, também fazemos passeios para alguns lugares como vinícolas e restaurantes. Estes trajetos normalmente são feitos com pensamento em estradas legais como a estrada dos romeiros, para curtir o carro e o público mais familiar. Um passo rápido e simples foi realizar o famoso Chrome Delete que basicamente consistem em envelopar todas as partes cromadas do carro.
Como muitos aqui, também não sou de ferro e obviamente em algum momento temos que começar com os upgrades do carro.
No passeio de Penedo, ficou claro que o carro em sexa marcha começava a patinar a embreagem e com seus 50 mil km bem utilizados pelo ex-dono, estava próximo a hora de trocá-las.
Comecei a pesquisar no mercado sobre essa embreagem já pensando que futuramente haveria um upgrade de potência e torque. Nos grupos, por conta de ser um carro com câmbio manual há poucas pessoas que poderiam ajudar, mas tive muita sorte e encontrei 2 recomendações sendo uma delas a Ancona e a outra a Displatec. A dificuldade ou chatice desse carro é que usa um volante bimassa para reduzir a transmissão de vibrações do motor. Acontece que conversando com a Displatec, descobri que eles foram responsáveis pela embreagem da Copa Challenge. Que foi uma categoria criada baseada nos JCW, porém com slicks e um carro bem aliviado. A título de curiosidade, a média de tempo em interlagos era de 1:56.
O próximo passo foi de fato a troca da embreagem. Agendei o serviço na L’art que fez a remoção do platô, volante bimassa e o disco da embreagem. A Displatec fez o processo de renovação dos componentes, sendo a embreagem nova de cerâmica para até 400 cavalos, retificou o volante e aumentou um pouco a carga no platô. O resultado vocês veem conforme a foto.
Um detalhe muito importante é que na substituição da embreagem é o amaciamento, o que me foi recomendado 500 km. Aproveitamos e trocamos o óleo do câmbio. Usamos dois litros do óleo Motul Motyl Gear SAE 75W80.
O passo inesperado:
Em uma noite voltando de São Paulo, me acende a luz de temperatura elevada na central. Precavido, mantenho sempre no carro duas coisas, fluido de arrefecimento e óleo, hondeiro eu sei. Paro no acostamento da Rodovia dos bandeirantes próximo já ao rodoanel e ao verificar o nível do radiador, não há quase nada de fluido. O guincho da rodovia chega e ao abrir o reservatório, começamos a abastecer com um pouco de fluido e percebemos que o fluido vaza, resumindo, volto para casa de guincho. A sorte foi ter parado imediatamente após a notificação do painel. Caso não parasse, literalmente teria fundido o motor. Aqui vai uma dica, instale o manômetro de temperatura de arrefecimento, que infelizmente não vem neste carro. No outro dia na oficina, identificamos o problema. O cano que liga a bomba d’agua a válvula termostática rompeu. Aproveitando a mão de obra, comprei a bomba d’agua e a válvula termostática nova para eliminar futuros problemas e substituí o fluido pelo Motul Inugel Expert.
Algum tempo depois, desses itens resolvidos, chegou a hora de falar de upgrades. O primeiro upgrade feito, foi de fato o Intercooler. Em seguida o Downpipe com diâmetro externo de 2,5 polegadas, remoção do abafador intermediário (que é enorme) e não teve como, o que faltava era o famoso remapeamento da ECU. Que fica para a próxima parte com um pequeno spoiler.