Olá novamente, amigos FlatOuters! No primeiro post da série contei um pouco da minha história gearhead de vida, dos meus projetos anteriores e também como encontrei, desencontrei, encontrei novamente e finalmente comprei a Caravela, meu Subaru Forester S Turbo, além de descrever um pouco do modelo e das particularidades da versão.
Pois bem, no último post eu estava todo contente, dirigindo de volta para casa, ouvindo rock’n’roll e curtindo um sabadão de sol. Mas a vida… a vida é uma caixinha de surpresas. Já no caminho para casa eu senti que o motor não estava funcionando redondo como deveria e, fazendo uma baliza ao chegar em casa, ao dar ré com o volante todo esterçado escutei o tlec-tlec-tlec característico de um carro com as juntas homocinéticas quebradas.
Imediatamente, de dentro do carro mesmo, liguei para a loja. Me pediram para levar o carro lá na segunda-feira pela manhã e que tudo seria resolvido o mais rapidamente possível, afinal além de loja eles também eram oficina especializada em Subarus e todos os carros saím de lá 100% revisados e em perfeitas condições (pelo menos no discurso deles, lógico).
O “rapidamente” se estendeu de 29 de outubro de 2013 até o fim de janeiro do ano seguinte, com as costumeiras desculpas e as promessas de que o carro ficaria pronto “até o final da semana, sem falta!”. Apesar de terem resolvido o problema das juntas homocinéticas, retirei o carro ainda falhando, depois de diversas discussões e com a paciência pra lá de esgotada.
Mas, independentemente do carro estar falhando ou não, sempre, ao se comprar um carro usado, deve-se levá-lo à um mecânico de confiança e fazer uma revisão completa.
“- Mas, Rodrigo, a loja me jurou que o carro que eu comprei era recém-revisado, mesmo assim eu devo levar na oficina?” Sim, deve.
“- Mesmo seu eu comprar o carro de um particular e ele me mostrar todas as notas fiscais dos serviços feitos e jurar que nunca trocou nem uma lâmpada fora da concessionária?” Mesmo assim. Agora vá logo fazer a revisão e deixa eu continuar o post…
A regra de ouro é sempre comprar um carro já prevendo essa revisão geral inicial e já dimensionar o orçamento da compra do carro levando ela em consideração, além de uma soma extra para algum imprevisto. Outra dica importante: legalmente, os lojistas devem dar garantia para motor e câmbio por 90 dias, se a loja prometer qualquer coisa além disso, faça constar no contrato de compra.
Acredito que a maioria dos leitores esse site (pra não falar todos), quando compram um carro já imaginam as possibilidades de preparação. Para um carro como o meu, um importado com mais de 15 anos, ex-donos desleixados e quase 150.000 km rodados, a primeira fase de preparação é justamente essa: fazer uma bela revisão e trazer de volta pelo menos parte dos cavalos que se perderam do restante da tropa com o passar dos anos.
Assim a Caravela foi para a oficina e voltou com novos filtros (ar, combustível e óleo), fluídos (óleo do motor, fluído de freio, líquido de arrefecimento), velas e cabos, discos e pastilhas de freio, correia dentada e tensionadores, além de fazer alinhamento, balanceamento e mais outras coisas menores.
Aliás, o apelido do carro, Caravela, veio do comportamento mais, digamos, “permissivo” da suspensão nas curvas, já querendo entregar os pontos depois de anos de serviços prestados. Mas, como a idéia é substituir as molas e amortecedores originais por um kit do tipo coil-over, esse setor acabou ficando para depois.
No final o carro voltou bem melhor, sem as falhadas que a “oficina especializada” não conseguiu resolver, com o funcionamento mais liso e consumindo menos combustível. Claro que tudo isso tem seu preço (que não é pequeno…), então uma preparação mais radical acabou ficando para mais tarde.
Na cesta de cuidados iniciais básicos ainda teve a retirada do emblema da CAOA colado na tampa do porta-malas, limpeza dos carpetes e uma hidratação do couro dos bancos, coisas que fiz em casa mesmo.
Um pequeno detalhe que fiz questão de colocar assim que o carro chegou oficialmente na minha garagem: o adesivo do templo sagrado da “religião gearhead”, Nürburgring. Este adesivo tem um valor especial para mim, já que foi comprado lá mesmo, durante a saga que estou contando aqui no FlatOut no ProjectTrip e estava guardado em uma gaveta esperando o carro certo desde 2011.
Bom, por hoje é só! Nos próximos posts vou detalhar os planos de preparação para o carro, bem como falar do que já foi feito até agora. Até lá!
Por Rodrigo Savazzi, Project Cars #62