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Project Cars Project Cars #385

Project Garage: a garagem dos sonhos começa a tomar forma

Hora de continuar a contar a aventura da reforma da garagem dos meus sonhos galera! Nesse post vou contar um pouco sobre algumas descobertas que acabaram nos levando a trocar de vez todo o piso da garagem, a rampa de acesso e também detalhes DIY da fiação da garagem e iluminação com spots no gesso (essa parte tem uma funcionalidade muito legal, que era um sonho meu!).

 

O balcão!

Como vocês puderam ver no post anterior, a parte debaixo da garagem tinha uma lavanderia acoplada, que era do tamanho literalmente de uma sala de estar (4x6m) ! Vocês conseguem imaginar uma lavanderia desse tamanho? É muito desperdício de espaço, né?

Pois bem, depois de conversar com minha esposa Kelly que sempre me apoiou muito no sonho da garagem, tomamos a decisão por realmente transformar esse espaço em uma Sala de TV e para conectar os ambientes e aumentar a visibilidade aos carros, decidimos por abrir um belo buraco na parede e criar um balcão de mármore, onde poderíamos sentar com os amigos, tomar uma cervejinha e ainda de cara poder admirar as “maconhas” 🙂

Essa parte eu adoraria dizer pra vocês que foi totalmente calculada, analisada, inspecionada e estudada, mas foi exatamente o contrário disso!

No maior espírito aventureiro e orelhudo, após conversar com o nosso amigo pedreiro Toninho e verificar que toda estrutura e laje aparentemente existia apenas acima do forro de gesso (não temos coluna alguma na garagem), ele me disse que daria certo e que não encontraríamos nenhuma viga ou estrutura ali aonde iríamos abrir o vão. Até esse momento não havíamos quebrado nenhuma parede (estrutural ou não) e o medo de ter retrabalho e custo com algo não planejado me atormentava.

Tomei coragem e soltei “Toninho, vamos pra cima !!”. Marquei junto com ele aonde deveria estar o vão e as marretas começaram o trabalho pesado.

Por sorte nossa avaliação inicial estava correta e não encontramos nenhuma estrutura. Segundo passo foi indicar aonde gostaria as conexões para os pendentes de luz e a tomada que solicitei ficar próxima do balcão, já que é bem comum amigos pedirem uma tomada para carregar celular, etc.

O balcão de mármore, minha dica é, tire as medidas você mesmo e faça cotações. Eu acabei conseguindo um preço muito mais em conta tentando cotações por telefone ou mesmo por internet. Dessa forma o vendedor não cresce o olho no restante da casa e você acaba com um valor mais competitivo.

Assim que os conduites estavam instalados e chumbados, pude eu mesmo puxar a fiação da caixa de luz existente, já deixando tudo pronto com um interruptor duplo, aonde um deles acionaria os spots (lâmpadas no gesso) da sala e o outro os pendentes (lustres de garrafas) que eu planejava fazer.

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Os lustres eram um charme que eu mesmo gostaria de fazer. Já havia visto algumas inspirações na web, e sempre sonhei em eu mesmo fazer os meus lustres. No começo pensei em fazer com garrafas maiores, como se vê bastante na web com garrafas de vodka, etc, mas depois notei que ficariam muito grandes ali no espaço do balcão. Sendo assim, logo depois de tomar algumas Stellas e Heinekens, olhei para as mesas e pensei, e se eu tentar adaptar umas lâmpadas Led dentro dessas garrafas de 600ml ? E foi isso que eu fiz!

Acabei por comprar lâmpadas no DealExtreme, baratinhas e que eu não sentiria remorso caso não desse certo. Elas não entraram logo de bate pronto nas garrafas, foi necessário paciência, uma broca de aço pra gentilmente ir comendo um pouco o gargalo inicial da garrafa, assim como precisei ir comendo com a dremel alguns cantos da placa superior da lâmpada. Depois de um certo carinho, consegui encaixar as lâmpadas e quando acendeu, vocês já podem imaginar minha cara de feliz ☺

Próximo passo era pensar em como iria fazer o suporte e o acabamento das mesmas. Em uma das idas á Dicicco ou Telha Norte da vida com a Kelly, acabamos por ver um par de pendentes que combinariam muito bem na garagem. Minha ideia inicial era de fazer algo totalmente DIY, inclusive em termos de acabamento, mas achei aquele acabamento escovado tão bonito, encaixava como uma luva e não estavam caras. Acabei levando pra casa e puft, caiu como uma luva.

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Para segurar as garrafas dentro do pendente, usei alguma adaptação técnica temporária (famosa gambi rs), mas ficou bem firme. Vocês podem usar fita alta-fusão da 3M e tireups (amarra gatos) como eu usei. Segundo Roadkill (show da MotorTrend), se você não usou tireups em seu projeto, ele ainda não está bom.

Dentro da garrafa atualmente eu tenho micro blocos de acrílico. Eles refletem um pouco a luz e dão um efeito legal. Normalmente vendem em sacos de 500g em lojas de artigos pra decoração de festas.

 

A Troca do Piso

Bom os acontecimentos que eu comentei no começo do posto foram os seguintes:

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Garagem cheia de coisas da mudança ainda, ferramentas, moveis que havíamos comprado em um bazar de usados de um restaurante aqui da rua (sim! compre em bazares e brechós!) e do nada após uma chuva torrencial notamos no meio da noite que estávamos tendo retorno nos ralos minúsculos da garagem, além da vazão da fossa que não estava dando conta da chuva.

Vocês podem imaginar a sensação de frustração ao ver um sonho se tornando pesadelo. Será que foi um incidente isolado? Será que vou ter que quebrar tudo e repassar metros e metros de tubulação? Como vou trocar esse piso agora sem grana? E se eu não arrumar agora, como vou fazer se um dia estiver trabalhando e chover dessa forma? Cabeça girando a mil…

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Dia seguinte com o Toninho em casa, começamos a avaliar o estrago e o que poderia ser feito para garantir que isso não acontecesse mais. Descobrimos um entupimento em uma fossa no corredor lateral e também que o escoamento de 2 dos ralos da garagem haviam sido mal feitos. Depois de avaliar as alterações necessárias, partimos logo para um cartão ConstruCard para resolver esse problema de uma vez.

Planejamos colocar novas grelhas largas no lugar dos dois ralos pequenos, com escoamento correto e interligação entre as mesmas, checamos também a vazão do tubo que passava por baixo da garagem e aparentemente tínhamos vazão mais que suficiente. Isso tudo envolveria a quebra do piso da garagem para as grelhas, e o famoso “Já que” apareceu. Depois de negociar com o pedreiro a mão de obra para essa parte de escoamento e conseguirmos o Construcard, partimos para estudar as opções de revestimento para a garagem.

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Em um primeiro momento cotei com algumas empresas para fazer aquele “piso de concessionária”, que na verdade tem o nome técnico de piso epóxi. É um piso “liquido”, hiper resistente que você contrata a obra, ou seja, você não compra o produto em si, mas sim contrata uma empresa especialista nesse tipo de piso que vai até o seu local e executa a obra, já com mão de obra e material inclusos.

As possibilidades são infinitas, com acabamentos simples e sólidos até desenhos complexos e abstratos. As qualidades desse tipo de piso são a impermeabilidade (ótima para uma garagem com vestígio de óleo, etc) e resistência (principalmente nos de qualidade / especificação industrial). A manutenção por outro lado desse tipo de piso, no caso de ter que quebrar, realizar alguma emenda, etc, te prende a uma empresa desse tipo. Esse fato pesava contra esse tipo de piso.

Desistimos do piso epóxi devido a manutenção complicada no caso de precisar quebrar e também, pois após realizar alguns orçamentos, nos foi indicado refazermos o contra-piso todo da garagem, para só depois aplicar o piso epóxi auto-nivelante. Essa era a forma de garantir que o serviço ficaria excelente. Ok, nós entendemos isso, mas já que vamos ter que refazer o contra-piso de qualquer forma, porque não já partir logo para um piso “comum” ? Foi o que acabamos optando.

Estávamos muito inclinados a fazer o famoso piso quadriculado. A nossa Sala de TV nesse momento já estava sendo feita com um piso quadriculado, a duvida era grande.

Havia um medo grande de que o quadriculado em uma área tão grande (100m2) acabasse por enjoar no futuro, ou que ficasse muito carregado quando recebesse quadros e outras decorações. Sendo assim partimos por uma escolha um pouco mais “clean” para o piso da garagem, deixando o charme do quadriculado para a sala de TV e outros detalhes da decoração. Sendo assim começamos a pensar em algo mais clean, sóbrio.

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A ideia do projeto foi, vamos buscar inspiração no concreto, nas tonalidades cinza que já temos no grafiato, e vamos realizar um contorno Black piano em toda a garagem, fazendo uma ligação com a sala de TV usando uma soleira de mármore São Gabriel (preto). Dessa forma nós vamos conseguir uma transição entre os ambientes de forma suave, e ainda assim teremos o charme do contorno em black piano em toda a garagem, inclusive nos rodapés. E foi o que fizemos!

Uma dica que posso dar é, procurem um porcelanato para garagem, que seja impermeável, que não seja extremamente liso, mas que também não seja anti-derrapante. O nosso é assim, ele é “seco” ao toque, não é aquele sabão de porcelanato de sala totalmente liso, com aspecto molhado / espelhado, e mesmo assim já é um pouco difícil de manter limpo e livre de óleo e sujeira. Não consigo imaginar como seria ter que limpar um piso 100% anti-derrapante. Deve ser extremamente frustrante! Digo por experiência própria, pois nós mesmos que limpamos nossa garagem / casa  😉

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Foi mágico ver aquela lajota marrom sendo substituída pelo piso que havíamos escolhido juntos. Aos poucos a garagem estava tomando um look lindo, o qual não havíamos sonhado em atingir, pelo menos não em tão pouco tempo após a compra da casa.

 

Rampa de acesso

Um problema crônico em todas as casas que visitamos era o acesso. Então se você gearhead vai procurar uma casa pra comprar, vai construir ou reformar, é muito importante você verificar o ângulo de acesso da rampa e o que pode ser feito para melhorar o mesmo.

Nós chegamos a visitar uma casa que possuía uma rampa de acesso em curva com uma caída à esquerda. Pensa em uma rampa que daria trabalho para ajustar. Não há nada pior do que você sofre para entrar em sua própria casa, não é verdade? E não me levem a mal, não tenho perfil “chora boy”, gosto no máximo de umas molas esportivas. Meu problema são as barcas ☺. Sempre gostei de carros grandes, e o Omega, por ter um entre eixos longo, tem seu acesso a rampas prejudicado. Pra ajudar, o pára-choque dianteiro ainda possui um belo spoiler que adora lamber o chão.

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Nossa garagem até que não estava tão, tão difícil de resolver, mas precisava de alguns ajustes. Nos primeiros 2 meses precisei conviver com uma raspada leve no escapamento. O spoiler dianteiro também lambia o piso ao descer. Por sorte pelo menos os spoilers laterais passavam numa boa na crista da rampa.

O Opala e o Astra entravam relativamente bem, sem maiores problemas, mas como a ideia era resolver de vez esse problema, algumas ações foram tomadas. A primeira delas foi simplesmente quebrar toda a “crista” central da rampa de forma que o escapamento não pegasse mais. Deu uma boa melhorada e com o carro vazio já não tinha mais problemas, porém não resolveu completamente.

Aproveitem pra dar risada do Buda quebrando a calçada com um martelete pequeno emprestado (metade tinha sido na marretada e talhadeira):

Esse paliativo resolveu por um tempo, porém como a calçada já apresentava algum desgaste, trincas e quebrados, resolvemos (eu, Fabio Machado meu ex-vizinho ponta firme) quebrar logo a calçada toda e fazermos nós mesmos uma nova rampa, o mais gradativa possível na crista, de forma que o ângulo de entrada com a rua não ficasse muito alto (o que prejudicaria o acesso do pára-choque dianteiro). Chegamos em um bom meio termo, fiz alguns testes posicionando o Omega na calçada e utilizando pedaços de madeira e trena, para imaginar até onde poderia suavizar a crista, levantando a parte traseira da calçada. Além disso, removemos todas as pedras de acabamento da crista, em mais uma tentativa de “alisar” a rampa. Funcionou!

Outro ponto que precisava melhorar era a descida da rampa, onde o spoiler sempre passava lambendo o piso da garagem. Minha primeira tentiva foi erguer um pouco as grelhas de escoação, na esperança que aquelas poucos centímetros fossem o suficiente para elevar o spoiler de forma com que ele já não pegasse mais.

Nem preciso dizer que não foi suficiente, e a partir daí resolvi pensar em uma solução que resolvesse de vez o problema, mesmo que um dia eu me aventurasse comprando um lowrider engolidor de formigas e sacos de lixo.

Foi ai que bolei o esquema das rampas de ferro. Minha ideia inicial foi fazer um quadro de treliças metálicas e por cima aquelas chapas de metal que vemos muito em emendas de asfalto ou cobrindo buracos temporários. Umas capas grandes e pesadas de aço, com aquela textura de chão de busão (a galera tuning da década de 90 pira).

Chamei um serralheiro, expliquei todo o projeto, pedi orçamento e como ainda fazer outros trabalhos, já deixei as rampas pagas. Pois é, imagino sua cara ao ler isso. Mas foi a burrada que fiz. Paguei adiantado essas rampas. Pra não transformar esse post em uma choradeira sem fim, vamos dizer que alguns cabelos brancos que tenho devem ter sido devido a esse serralheiro….

Mas eventualmente entregaram. Poder entrar de uma vez só sem dó na garagem, sem se preocupar se vai pegar ou não era um sonho! Uma coisa tão simples que vai te trazer paz de espírito, principalmente se você teve que conviver com esse problema por algum tempo.

 

Iluminação, fiação, spots e sensores de presença

Com o problema do acesso resolvido e o piso caminhando bem, havia outra coisa que tínhamos planos de fazer na garagem. Assim como em uma sala de estar, TV ou ambiente, e até mesmo em fotos que você vê na internet de garagens milionárias (as quais eu adoro babar), uma coisa que é unanime é que a iluminação direta ou indireta do ambiente dá todo um charme para o lugar.

No nosso caso, tentamos conseguir tanto um efeito estético agradável, como um resultado funcional, pois de que serve uma garagem apenas bonita para um gearhead, não é verdade? Ela precisa ser funcional.

Então a decisão no que diz respeito a iluminação para nossa garagem foi uma decisão mista, ou se preferirem podemos chamar de hibrida. Utilizaríamos spots com lâmpadas led para iluminação indireta (iluminação localizada ou direcionada a quadros ou mesmo a parede e outros objetos, criando um efeito agradável aos olhos) junto com as luminárias de lâmpadas fosforescentes que seriam limpas, reformadas e reestilizadas. Essas seriam usadas apenas no caso de necessidade de luz forte como no caso de realizar alguma manutenção ou mesmo uma festa de criança quando utilizarmos a garagem como um salão de festas, etc.

De cara alguns não acreditaram que cairia bem a minha escolha da cor vermelha para as pálidas luminárias do tipo que tínhamos nas escolas antigamente, bem anos 80. Depois de reformadas, pintadas e instaladas, confesso que foram só elogios ☺. Foi o toque de cor que aquele teto de gesso precisava.

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Alias, falando sobre o teto de gesso, ele possui um desenho especifico todo desenhado, estava extremamente manchado e amarelado. Depois de uma boa limpeza, utilizamos uma ótima tinta branca acrílica que deu outra vida ao gesso. O buraco existente no forro foi coberto por um gesseiro com uma placa lisa, pois não existem formas com esse tipo de desenho infelizmente, porém no final ficou parecendo que foi planejado assim, como se fosse um alçapão, e no fim o mesmo já nos ajudou ano passado a verificar um vazamento.

Resolvida a reforma das luminárias existentes principais que dariam muita luminosidade no caso de necessidade, era hora de planejarmos a iluminação com os spots led. A ideia era de criar um efeito estético bacana e ao mesmo iluminar de forma suave a garagem, que mesmo durante o dia ficava um pouco escura. Com esses spots a ideia era de deixar o ambiente claro e tb economizar energia elétrica, já que acender toda hora lâmpadas de 1,20m fosforescentes com reatores puxando corrente não parece muito eficiente, além de desnecessário.

Pesquisamos um pouco, e acabamos por decidir comprar os spots em um lugar (Dicicco) e as lampadas led em uma importadora de materiais elétricos e eletrônicos em geral que tínhamos aqui em Guarulhos. Na época foi mais vantajoso que comprar tudo em apenas um lugar.

Um detalhe que tenho que falar sobre spots, é que existem spots de todos os tipos e preços. No nosso caso escolhemos spots no formato quadrado e pequenos, discretos. Mas existem redondos, retangulares, etc.

Algo que é interessante e que pode baixar o custo de aquisição, é identificar onde você gostaria de ter spots móveis. O que são? São spots em que o miolo onde a lâmpada fica presa é móvel, ou seja, ele se movimenta para os lados permitindo que você ilumine melhor certa parede, objeto de decoração, quadro, etc. Eles podem ser bem uteis em junções de paredes ou próximos de aparadores, prateleiras com carrinhos em miniatura, entre outros. Então antes de comprar, faça o planejamento e uma lista de quais tipos de spots você quer comprar.

As lâmpadas podem ser com temperatura mais quente, puxando para o amarelo, como em 3000k ou mais brancas, frias, na faixa de 5000k. Nossa opção acabou sendo por lâmpadas de cor fria/branca.

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Escolhidos e comprados os spots e lâmpadas led, faltavam três coisas :

  • Realizar o furo com serra copo em todas placas de gesso para instalação dos spots
  • Identificar o esquema de ligação dos interruptores
  • Passar toda a nova fiação, ligar chicotes das lâmpadas e planejar a surpresa que eu comentei no começo do post ☺

Fazer os furos no gesso foi ao mesmo tempo desesperador e divertido ! rs… Existem kits de serra copo específicos para furo em gesso. Eu achei melhor comprar pois dessa forma você acaba tendo um furo mais homogêneo, mas não é difícil achar por ai gesseiros que preferem fazer os furos usando uma faca ou outro tipo de ferramenta, para evitar a quantidade grande de pó de gesso que surge com o uso da serra copo!

Fico com receio de mencionar pessoas especificas aqui no post e esquecer alguém, mas tenho que dizer que nessa tarefa amigos maravilhosos e família estavam mais uma vez conosco. Não há palavras pra agradecer o carinho e ajuda que recebemos de todos durante a reforma. Isso não tem preço, é o que levamos pra vida toda. Anotem isso!

Partindo para a fiação, eu me formei em Eng. Elétrica, mas trabalho com informática desde que me conheço por gente (adolescente). Ou seja, minha experiência profissional pratica na área de elétrica é zero! Só hobbies e carros.

Mas como não dá pra pagar tudo e me sobra empolgação para um DIY e aprender, fui pra cima da fiação da garagem tentando entender como aquelas luminárias estavam sendo acionadas, quais fases estavam sendo compartilhadas, qual era o neutro, etc.

Pra vocês sentirem um pouco do drama, eram 2 interruptores sêxtuplos sendo que uma parte das luminárias estavam ligadas de forma paralela (ou seja – era possível acender em ambos interruptores) e outras no mesmo teto que eram acionadas apenas pelos interruptores próximos da porta de madeira de. Toda essa confusão, feita com fios rígidos antigos e sem um padrão 100% confiável de cores.

Algumas fotos do emanharado de fios. Minha dica aqui se você pretende fazer algo do tipo você mesmo, é tentar identificar primeiro o que o bendito eletricista tentou fazer quando instalou e identificar fio a fio o que é fase, o que é neutro e o que é comando. E no caso de interruptores paralelos, identificar quais comandos estão em paralelo, se você der o azar de no mesmo interruptor ter acionamentos individuais/diretos. Deu um belo trabalho, mas acabei conseguindo identificar tudo, separar quais eram os comandos individuais e quais ficariam paralelos.

Depois desse trabalho de identificação inicial, vem a surpresa e o sonho que eu tive quando vi a garagem pela primeira vez :

– “Já pensou que duca eu abrir o portão eletrônico, descer o carro e todos os spots acenderem como um passe de mágica, meio que me dando boas vindas ? Talvez até no futuro um neon acendendo junto com os pots? 😀 “

Esse era meu sonho, e tenho que confessar, que quando eu consegui fazer funcionar e acender pela primeira vez, cara… foi sem palavras. Entrar a noite na garagem com meu Omega 98 e ver a garagem acender toda foi uma das coisas mais legais que eu consegui fazer.

Contei a surpresa e o sonho, agora os detalhes não foram fáceis hehe… Se você um dia pretende fazer algo do tipo, ai vão minhas dicas. Existem sensores de movimento super discretos e no formato bem próximo dos spots. Eles já fazem assim para você embutir no gesso como se fosse um spot, fica com a fiação embutida no gesso e praticamente somem.

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Esses sensores não só detectam o movimento, mas eles “seguram” o comando energizado por um certo tempo. Então por exemplo, o sensor que eu coloquei no gesso logo após a entrada da garagem, percebe que houve um movimento e joga a fase (110v no caso) naquela saída do sensor, e “segura” a mesma com energia por X quantidade de tempo. Existe no sensor um “parafusinho” que chamamos de potenciômetro aonde podemos controlar quanto tempo o sinal ficará ativo, mantendo os spots ligados por aquele X tempo determinado.

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Alguns sensores como esses também possuem sensor crepuscular, ou seja, ele irá acionar dependo apenas da quantidade de luz do ambiente, para que no caso de um ambiente bem iluminado, o sensor ative apenas durante a noite. No nosso caso o deixei no mínimo, pois mesmo de dia a garagem fica um pouco escura.

Mas pra que simplificar se podemos complicar, certo ? Só pra resumir então agora o esquema de ligação da iluminação da garagem tinha :

  • Dois interruptores sêxtuplos
  • Parte dos acionamentos paralelos, parte individual
  • Um sensor de movimento para o carro

Mas e quando descemos a pé da escada em relação ao carro? Não seria legal entrar na garagem a pé vindo do andar superior e todos spots acenderem como num passe de mágica ? E foi ai que eu adicionei mais 2 sensores de movimento, sendo um na porta de acesso do andar superior, e o outro na porta de acesso vindo pela sala de TV, dessa forma toda vez que eu entrasse na garagem, teria os spots led iluminando os brinquedos que nós gearheads tanto gostamos !!!

E aqui vou deixar uma dica que é de extrema importância ! Ao conjugar tantos sinais assim, confira e re-confira as FASES sendo utilizadas!!! Você tem que ter certeza absoluta que os diferentes sensores de movimento que você está utilizando estão realmente mandando sempre a mesma fase para os spots, pois, em uma residência, você tem duas fases 110v e um neutro. Na primeira tentativa de testes dos sensores, eu não me atentei 100% a esse detalhe, e dos 3 sensores acabei queimando 1.

Espero que tenham curtido esse segundo post da Garagem do Buda! No próximo post vou detalhar a Sala de TV, Painel de Madeira DIY, Banheiro e Mesinha de canto com pneu slick!

Obrigado a todos e nos vemos no próximo post !

Abraços

Por Denis Melo, Project Cars #385

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