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Projeto no Senado quer liberar carros de passeio a diesel
Automóveis de passeio com motor diesel são comuns no mundo inteiro, mas aqui, no Brasil, são proibidos. A alegação é que o combustível é subsidiado e que seria injusto alguém abastecer o carro com ajuda do governo (leia mais neste post). Pois o senador alagoano Benedito de Lira (PP-AL) propôs o projeto de lei 84/2015. Ele ataca a proibição direta à venda deste tipo de carro, expressa pela portaria 23/1994 do DNC (Departamento Nacional de Combustíveis).
Segundo a tal portaria, o diesel só pode ser usado em transporte coletivo, de carga (acima de 1.000 kg) ou em veículos fora-de-estrada, com tração nas quatro rodas e marcha reduzida. Na defesa de seu projeto, Lira diz que os motores diesel são mais silenciosos econômicos e menos poluentes, além de poderem ajudar no desenvolvimento do biodiesel.
A esses argumentos se juntam os da Aprove Diesel, entidade que faz a defesa dos veículos de passeio com motores deste ciclo. Segundo ela, a liberação do automóvel diesel também permitiria à engenharia brasileira contato com as novas tecnologias, a chance de participar de seu desenvolvimento e também a oportunidade de transformar o Brasil em um polo exportador de componentes, de motores e de automóveis diesel.
Devido ao preço mais alto dos motores diesel, eles só seriam interessantes para quem roda muito, como taxistas e representantes comerciais. Com isso, o impacto da oferta destes veículos seria mínimo no consumo de diesel, mas proporcionaria uma enorme economia em gasolina, hoje importada, e em etanol, além de reduzir as emissões de poluentes em grandes cidades. Faz todo o sentido, não faz?
Mas não se anime. O senador Gerson Camata (PMDB-ES) propôs em 2007 o projeto 656, propondo a mesmíssima coisa, mas de um modo diferente. Em vez de cassar a portaria que impede a venda, ele pretendia modificar o artigo 8º da lei 9.478, que criou a ANP. Foi arquivado.
Menos de 5% dos carros de SP recebem mais de 50% das multas na cidade
Em 2014, a Companhia de Engenharia de Tráfego de SP (CET), o Detran e a Polícia Militar emitiram mais de 11 milhões de multas de trânsito em toda a capital. Um número impressionante por si. Mas ainda mais impressionante é um dado que a Folha de S. Paulo divulgou hoje: mais da metade dessas 11 milhões de infrações são cometidas por apenas 4,9% dos veículos registrados na capital. Dos 7,8 milhões de carros registrados na cidade, 71% não recebeu nenhuma multa em 2014.
O percentual pode ser ainda menor se contarmos os carros de toda a região metropolitana e de outras regiões do estado e do Brasil que circulam pela cidade. Em números exatos, apenas 382.000 veículos diferentes recebem cerca de 5,5 milhões de multas. A placa mais multada na cidade pertence a uma empresa têxtil: são 1.528 multas que somam R$ 7,4 milhões. A pessoa física com mais multas é um mecânico de 67 anos que vendeu seu carro há três anos e não atualizou os dados no Detran (exigência de uma lei anacrônica prevista no Código de Trânsito de 1998). Assim, o atual proprietário do carro se valeu do deslize para usar o carro com má-fé: foram 778 multas em 2014, e uma dívida de R$ 94.774 com o Estado.
Oshkosh vence contrato para fabricar JLTV, substituto do Humvee
A expectativa era que a decisão só fosse tomada em outubro, mas o governo americano teve pressa. Por isso, decidiu que quem fabricará os sucessores dos Humvee, os JLTV, ou Joint Light Tactical Vehicles, será a Oshkosh.
O contrato inicial será para a produção de 17 mil unidades do blindado médio, que une a proteção aos ocupantes, ponto fraco do Humvee, que não tinha bilindagem, à altíssima capacidade de vencer obstáculos que o antecessor tinha. O contrato é de US$ 6,7 bilhões. O total previsto pelo programa é de US$ 30 bilhões pra 55 mil veículos. As primeiras unidades serão entregues dentro de dez meses.
Com um custo unitário estimado em US$ 250 mil (o contrato inclui outros aspectos, como manutenção), o Oshkosh JLTV pesa cerca de 6.400 kg e tem motor GM Duramax V8 turbodiesel de 6,6 litros. Sua potência, não divulgada, é estimada em 300 cv, com uma máxima em torno de 110 km/h. Com direção hidráulica, câmbio automático e suspensão independente nas quatro rodas, ele conta com lançadores de bombas de gás lacrimogênio.
Nova geração do Hyundai Elantra aparece sem disfarces
Uma foto feita na linha de produção do Hyundai Elantra na Coreia do Sul revelou as linhas finais da nova geração do sedã. Chamado por lá de Avante, como mostra o emblema em sua tampa traseira, o modelo perdeu personalidade. Se o emblema não fosse o da Hyundai, você poderia confundi-lo com um modelo Chevrolet facilmente. Ou Audi. Há menos vincos de carroceria, o que vai agradar os funileiros, já que o reparo tende a ser mais simples e o capô parece ser bem mais baixo.
Farois e lanternas, com elementos em LED, estão bem mais finos que os do modelo anterior, vendido no Brasil, com desconto, a R$ 79.990 (entendeu por quê?). Na Coreia do Sul, o motor principal deve ser o 1.6 T-GDI, turbocomprimido e com injeção direta, capaz de gerar 177 cv. O Brasil, de todo modo, deve continuar com o 2.0 flex de 178 cv. Vendido a um preço bem mais alto do que os R$ 80 mil promocionais do atual.
TVR já vendeu toda a sua produção de 2017
Ninguém viu como será o novo TVR de Les Edgar e Gordon Murray, mas a dupla já pode comemorar. Todas as 250 unidades que seriam produzidas em 2017 já foram vendidas, com depósitos de 5 mil libras esterlinas efetuados em apenas seis semanas.
O plano da empresa é construir de 1.000 a 1.500 unidades por ano, mas o primeiro ano de produção será de apenas 250 unidades porque a TVR quer subir de ritmo gradativamente, mantendo a qualidade na fabricação.
O primeiro modelo a sair da linha de produção deve se chamar Griffith, segundo a aposta da revista britânica Autocar. Com a ajuda de Murray, o carro será fabricado pelo método de produção iStream, com chassi tubular e muita fibra de carbono, o que deve manter seu peso em torno de 1.100 kg.. O motor, preparado pela Cosworth, deve ser o V8 5.0 da Ford, capaz de gerar cerca de 470 cv. O estilo será inspirado nos modelos fabricados na época de Peter Wheeler, com uma clara idenficação com eles, ainda que nada nostálgico. A marca promete ser criativa.
Quando estiverem prontos, os quatro novos modelos da TVR deverão custar de 60 mil a 80 mil libras esterlinas. Tomara que pelo menos um protótipo ou conceito dê as caras antes disso para nos mostrar como será a nova TVR.
Tesla Model S P85D “quebra” sistema de medição da Consumer Reports
Imagine que um carro seja tão bom, mas tão bom, que uma revista seja obrigada a rever seus sistemas de pontuação para poder acomodá-lo. Foi o que aconteceu com o Tesla Model S P85D avaliado pela Consumer Reports, uma das revistas de avaliação de produtos mais influentes do mundo.
O Model S ganhou 103 ponto na escala de 100 que a revista normalmente atribui aos automóveis. E não é a primeira vez em que isso acontece. Há cerca de dez anos, o Porsche Boxster exigiu a mesma coisa no segmento de carros esportivos, enquanto o Lexus LS fez o mesmo no segmento de modelos de luxo por volta de 1995.
Apesar de dizer que a versão P85D tem falhas, como um nível de ruído mais alto que o da versão básica do Model S, o modo de aceleração Ludicrous, ou insano, impressionou os avaliadores da Consumer Reports, atingindo 96 km/h em 3,5 segundos.