FlatOut!
Image default
Zero a 300

Ranger híbrida feita na Argentina | Nissan Patrol de 1000 cv | Miata de 200 cv e mais!

Bom dia, FlatOuters! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa seleção das principais notícias do Brasil e de todo o mundo. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

O Zero a 300 é uma matéria aberta, patrocinada pelos assinantes do FlatOut. Sua assinatura, além de garantir nossa linha independente e a produção do canal do YT, também te garante acesso a todo o nosso acervo de matérias, guias de compra, vídeos exclusivos, descontos de parceiros e acesso ao grupo secreto, com eventos exclusivos. 


FLATOUTER

O plano mais especial. Convite para o nosso grupo secreto no Facebook, com interação direta com todos da equipe FlatOut. Convites para encontros exclusivos em SP. Acesso livre a todas as matérias da revista digital FlatOut, vídeos e podcasts exclusivos a assinantes. Direito a expor ou anunciar até sete carros no GT402 e descontos em oficinas e lojas parceiras*!

R$ 26,90 / mês

ou

Ganhe R$ 53,80 de
desconto no plano anual
(pague só 10 dos 12 meses)

*Benefícios sujeitos ao único e exclusivo critério do FlatOut, bem como a eventual disponibilidade do parceiro. Todo e qualquer benefício poderá ser alterado ou extinto, sem que seja necessário qualquer aviso prévio.

CLÁSSICO

Plano de assinatura básico, voltado somente ao conteúdo1. Com o Clássico, você terá acesso livre a todas as matérias da revista digital FlatOut, incluindo vídeos e podcasts exclusivos a assinantes. Além disso, você poderá expor ou anunciar até três carros no GT402.

R$ 14,90 / mês

ou

Ganhe R$ 29,80 de
desconto no plano anual
(pague só 10 dos 12 meses)

1Não há convite para participar do grupo secreto do FlatOut nem há descontos em oficinas ou lojas parceiras.
2A quantidade de carros veiculados poderá ser alterada a qualquer momento pelo FlatOut, ao seu único e exclusivo critério.


Ford Ranger híbrida feita na Argentina

Você sabia que James Duncan “Jim” Farley Jr, o primo menos engraçado de Chris Farley e CEO da Ford desde 2020, é argentino? Essa realmente confesso ser a maior surpresa de hoje para mim. Mas sim: o pai de Farley trabalhava em um banco na capital Buenos Aires em 1962, quando seu filho Jim Júnior, nasceu. Aparentemente, seu trabalho fez a família mudar muito, e o pequeno Jim morou também no Brasil e no Canadá, até a família voltar para os EUA.

Por isso essa foto do executivo com a camisa da seleção argentina do lado de uma Ranger. Bem, não exatamente: a foto é parte do anúncio de um novo investimento de US$ 170 milhões na planta de Pacheco, na província de Buenos Aires, para viabilizar a produção da Ranger PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle). O modelo, que será a primeira picape híbrida plug-in fabricada na Argentina, tem lançamento previsto para 2027 e será oferecido apenas na configuração de cabine dupla.

O anúncio foi feito por Jim Farley, acompanhado de Martín Galdeano, presidente da Ford América do Sul. Com esse novo aporte, o projeto da Ranger na Argentina já soma US$ 870 milhões em investimentos, considerando os US$ 580 milhões aplicados no desenvolvimento da nova geração da picape, US$ 80 milhões na nova fábrica de motores, US$ 40 milhões na versão de cabine simples e, agora, os US$ 170 milhões para as variantes PHEV e a gasolina.

Produzida atualmente na África do Sul, a Ford Ranger PHEV já é vendida em mercados da Ásia e da Europa. Não se sabe se será exatamente o mesmo modelo que vem para a América Latina; mas é justo supor que a receberemos também no Brasil.

Na África do Sul usa como base o motor 2.3 EcoBoost turbo a gasolina, em conjunto com motor elétrico de 100 cv e baterias de 11,8 kWh, para potência combinada de 281 cv e torque de 70,4 mkgf. Pode rodar até 43 km em modo só elétrico.

Mas o mais legal dela, mesmo, é o sistema Pro Power Onboard, que transforma a picape em gerador elétrico portátil: de ferramentas de trabalho a geladeiras de cerveja, uma miríade de utilizações disso existem. O sistema não é novidade, claro, existe em vários veículos elétricos e híbridos, mas é sempre útil. Uma eletrificação que finalmente faz sentido. (MAO)


Garagem Volkswagen emite número recorde de certificados de originalidade

A Volkswagen do Brasil vem mostrando, nos últimos anos, um cuidado inédito com a própria história — e, por consequência, com a do automóvel brasileiro. O Certificado de Veículo Clássico, criado pela marca para atestar as especificações originais de carros com mais de 20 anos, é uma dessas iniciativas que ajudam a colocar o antigomobilismo nacional em outro patamar. Pode parecer apenas um documento, mas, na prática, se torna uma certidão de nascimento oficial, que comprova como o carro saiu da linha de produção e dá lastro histórico a um mercado que sempre viveu de paixão — e, muitas vezes, de informações incertas.

Depois de dois anos desde o início da emissão dos documentos, a  Volkswagen a atingir uma marca inédita. No último dia 25 de outubro, durante a etapa final do Campeonato Paulista de Rally Clássico, a marca emitiu 35 Certificados de Veículos Clássicos em um único dia — o maior número desde que o programa foi criado.

O evento, que teve largada no Gear Head Club e chegada na Garagem Volkswagen, em São Bernardo do Campo, reuniu 121 carros, o maior grid do ano. E em uma atitude rara no ambiente corporativo, sempre tão preocupado com coisas e menos preocupado com gente, a Volkswagen abriu as portas para receber clássicos e esportivos de todas as fabricantes.

Cada um dos certificados representa uma pequena peça da história do carro brasileiro, recuperada a partir dos arquivos originais da empresa — um acervo de 6,5 milhões de registros, preservados em microfilmes e digitalizados.

Em um país onde o foco da indústria sempre foi olhar para frente, e onde fabricantes até tentaram ocultar o passado, ver uma grande fabricante investir tempo e recurso para reconhecer a própria trajetória — e a dos apaixonados por ela — é um gesto raro e simbólico. A Volkswagen do Brasil está, enfim, tratando sua história com o mesmo respeito que os entusiastas sempre tiveram por ela. (Leo Contesini)


O preço do Fiat Pulse Abarth Stranger Things

O Fiat Pulse Abarth é um dos melhores carros a venda hoje, para a gente que gosta de estabilidade e potência em nossos carros de uso. Sim: é mais alto do que deveria, mas tem estabilidade exemplar mesmo assim. Sim, é automático, o que reduz um pouco a ideia de “esportivo”, mas compensa com nada menos 185 cv e 27,5 mkgf, números que fazem muito motor de 3 litros (ou até 4.1 litros) morrer de inveja.

Sim, tem decoração infantil, um botão “Poison” no volante que infelizmente não evoca automaticamente a música de Alice Cooper, e todos os driver-aids chatos modernos. Bem, não dá para ganhar em tudo: ainda assim é um carro interessante. E um que faz 0 a 100 km/h em 7,6 segundos e chega a 215 km/h de máxima.

Mas a tal “decoração infantil” foi turbo-comprimida e exacerbada recentemente, provando que engenheiros de meia-idade com marcapasso não sabem nada dos gostos atuais dos compradores de automóvel. É o Pulse Abarth Stranger Things, série especial baseado no popular seriado da Netflix.

É uma edição especial e numerada de 511 unidades, criada para celebrar a parceria com a 5ª e última temporada da série Stranger Things, da Netflix. Basicamente, faixas laterais “que simulam as garras do Demogorgon”, além de retrovisores e skidplate com acabamento vermelho ou preto, conforme a cor da carroceria. Há ainda serigrafias exclusivas nos vidros e placa de identificação da série no motor. No interior, o modelo traz acabamento em vinil com costura preta, bancos com bordado “Stranger Things” e a indefectível placa numerada que diz qual dos 511 carros é o seu.

O que é um Demagorgon? Aparentemente, o monstro-vilão sobrenatural do seriado, que me dizem contar também com um tal de “mundo invertido”. O que, para engenheiros de meia-idade com marcapasso, parece ser o mundo onde gente compra séries especiais assim. Mas qual o motivo de voltarmos ao assunto? Faltava o preço da decoração demagorgônica. Não é caro: dois mil reais a mais que o carro sem as “garras do Demagorgon”. O Fiat Pulse Abarth Stranger Things custa R$ 159.990. (MAO)


Mazda MX-5 de 200 cv tem procura 47 vezes maior que a oferta

Mazda MX-5 Spirit Racing Roadster 12R

Prever quanto vai vender um carro é impossível; os chutes da indústria podem acertar aproximadamente as vezes, mas de vez em quando aparece algo que mostra como prever futuro não é coisa possível para o ser humano.

Quando a Mazda abriu as inscrições para encomendas de sua série especial do Miata, a MX-5 Spirit Racing Roadster 12R, no início deste ano, a empresa planejava fabricar apenas 200 unidades. Pois é: mais de 9.500 pessoas se inscreveram para ter a chance de comprar um.

Mazda MX-5 Spirit Racing Roadster

O que é um MX-5 Spirit Racing Roadster 12R? Este é o modelo de estreia da Mazda Spirit Racing, a nova divisão de desempenho da marca, que assume o lugar da antiga MazdaSpeed. Vendida apenas no Japão, foi apresentada pela primeira vez em 2024.

Duas versões diferentes do MX-5 Spirit Racing foram lançadas, um modelo básico e o mais focado 12R. Ambos compartilham o mesmo motor de quatro cilindros aspirado de 2.0 litros, mas com diferentes estados de preparação: carro base vem com os mesmos 184 cv do Miata normal, enquanto o 12R recebe modificação na admissão e escape e comando mais bravo, para 200 cv. Sim: um Miata original de fábrica, aspirado, e com 200 cv. Lembre-se que pesa em torno de apenas 1100 kg.

A única transmissão oferecida para ambos os modelos é uma caixa de câmbio manual de seis marchas. Ambos vêm com acerto mais focado de suspensão, e são equipados com amortecedores Bilstein especialmente ajustados para ele. Coisa fina; dá para entender o entusiasmo dos compradores.

O MX-5 Spirit Racing custa a partir de 5.265.700 ienes (cerca de R$ 185 mil) e terá produção limitada a 2.200 unidades; o Roadster 12R, limitado a apenas 200 unidades para o mercado japonês, é bem mais caro: custa a partir de 7.612.000 ienes (aproximadamente R$ 265 mil).

Mas a notícia de hoje é que, aparentemente, a Mazda deve produzir mais deles, em vista do sucesso. Parece que há espaço para versões mais radicais em desempenho do pequeno roadster, e as pessoas estão dispostas a pagar caro por elas. Como e quando isso vai acontecer, ainda não sabemos, mas não será a última vez que vamos ouvir falar do Miata de dois litros aspirado e 200 cv. (MAO)


Nissan patrol de 1000 cv para o SEMA

O Jipão Nissan Patrol é um sucesso como carro superpotente? Por estranho que isso pareça, em lugares como Dubai, é uma mania até comum, a de transformar esses carros em monstros com mais de 1000 cv, via turbos gigantes e muita preparação.

Agora, Chris Forsberg, tricampeão da Formula Drift e patrocinado pela Nissan, criou um Nissan Patrol personalizado para ser mostrado pela empresa japonesa no SEMA Show. O projeto de Forsberg começa com um Patrol de quarta geração, combina-o com o motor de um exemplar de quinta geração e, a partir daí, a personalização vai muito além do convencional.

O Racing Patrol de Forsberg é impulsionado então pelo motor da família “TB” de seis em linha grandes da Nissan, aqui com 4,8 litros. Originalmente dava 250 cv, mas agora, turbinado (um enorme Garrett G42-1200) até a um milímetro do término de sua vida, dá exatos 1000 cv.

As rodas são aros Nismo personalizados de 17 polegadas, calçados com pneus Yokohama Geolandars de 35 polegadas. A Nismo descreve a suspensão como uma configuração personalizada e “inspirada no off-road”; eles mencionam reservatórios remotos, mas não fornecem muitos outros detalhes. O carro, que é na verdade um furgão duas portas, parece pronto para o Rali Paris-Dakar de 1985, até com livery de patrocinador. Genial.

Um velho SUV quadradão modernizado e com mais de 1000 cv é algo que não falha em deixar todo entusiasta interessado. Pode parecer uma loucura, e é uma loucura; mas uma loucura que a gente pode entender perfeitamente. (MAO)