FlatOut!
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Zero a 300

Recorde de esportivos manuais, Mugen Type R, subida do Rio do Rastro e mais!

Bom dia, FlatOuters! Bem-vindos a mais uma edição do Zero a 300, nossa seleção diária com tudo o que está rolando de mais importante no universo automobilístico para você não ficar rodando por aí atrás do que interessa de verdade. Gire a chave e acelere com a gente!

 

BMW e Cadillac emplacam recorde de esportivos manuais em 2023

Já faz tempo que falamos por aqui que os EUA ainda serão o último reduto do câmbio manual. Era algo impensável há 15 ou 20 anos, mas com a eletrificação e SUVização do mundo, o câmbio manual acabou restrito a alguns poucos esportivos e modelos populares. E os EUA são o maior mercado de esportivos do mundo.

Agora, aquele vislumbre parece estar se concretizando. Imagine você que 20% dos BMW M3 e M4 e pouco mais de 50% dos M2 vendidos nos EUA tinham câmbio manual. Essa demanda, aliás, motivou a BMW a instalar uma caixa manual no atual Z4 M40i na atualização do modelo que será lançada neste ano.

E ainda que você possa argumentar que a BMW é uma marca alemã e faz isso porque os alemães também compram carros manuais, saiba que a Cadillac (sim, a Cadillac) também teve um desempenho parecido. Segundo a fabricante americana, quase 50% dos modelos Blackwing vendidos em 2023 eram equipados com câmbio manual.

A demanda se mantém consistente, neste caso, pois em 2021 45% dos CT4-V e 62% dos CT5-V eram manuais, e em 2022, 40% do CT4-V e 50% do CT5-V tinham pedal de embreagem e alavanca em H. O percentual, embora menor, corresponde a um volume maior de vendas, pois o primeiro lote foi de apenas 500 veículos. Agora, em 2023, a Cadillac não divulgou o percentual exato total nem de cada modelo, mas “quase 50%” certamente é maior que 45%, uma média que só pode ser obtida com, no mínimo, 45% de cada um dos modelos sendo equipados com câmbio manual.

 

Subida de Montanha na Serra do Rio do Rastro neste fim de semana


Se você estiver pela região Sul, aqui vai a melhor dica para este próximo final de semana: a Serra do Rio do Rastro Hillclimb. O evento acontece a partir desta sexta-feira, 12 de janeiro, quando será realizada a largada promocional, em frente à prefeitura de Lauro Müller/SC.

Os treinos acontecem no sábado pela manhã, e a corrida no domingo, a partir das 6h. O evento é realizado somente entre 6h e 11h de cada dia devido à necessidade do fechamento da rodovia para a realização da prova. No domingo, haverá duas baterias: a passagem geral, com todos os carros participantes, e a prova Rhys Millen, para os pilotos com os melhores tempos na classificação geral. O nome, se deve ao trecho usado pelo piloto americano Rhys Millen, em sua subida na Serra do Rio do Rastro, estabelecendo um tempo que serviu de referência para a atual prova.

Ainda no domingo, após a prova Rhys Millen, haverá uma apresentação de drifting por cerca de 30 minutos, antes da reabertura da estrada e o encerramento do evento.

Já foram confirmados mais de 50 carros divididos em oito categorias. Para acompanhar a prova não é cobrado nenhum tipo de ingresso, contudo, é preciso chegar aos pontos de observação antes do fechamento da rodovia ou do deslocamento dos competidores, pois uma vez fechada, somente os pilotos e organizadores poderão acessar a pista.

A base da prova será na cidade de Lauro Müller, ao pé da Serra, mas também é possível acompanhar a partir dos hotéis e pousadas na própria serra. Para mais informações sobre o evento, acesse o perfil da Rio do Rastro Hillclimb no Instagram e acompanhe as publicações. 

 

O Lamborghini de Donald Trump a venda

Faça a sua coleção grande de novo: compre o Lamborghini Diablo azul que um dia pertenceu a Donald Trump. Esqueça que ele foi de Donald Trump e ainda assim ele é um carro especial.

Isso, porque Donald Trump, antes de ser odiado por metade do mundo, era um empresário bem-sucedido que ajudava muita gente a ganhar muito dinheiro. E entre estes que ele ajudava estava a Lamborghini. Com acesso especial à fabricante, ele acabou encomendando um Diablo sob medida para si, e é por isso que ele tem essa tonalidade azul — Blu Le Mans, na nomenclatura oficial da marca —, que não foi oferecida em 1997, quando o carro foi feito. Além disso, o carro é identificado por uma plaqueta com a inscrição “Donald Trump 1997 Diablo”, no vão da porta do motorista.

Trump recebeu o carro em 1997 e ficou com ele até a metade de 2002. Desde então ele foi usado por outros dois proprietários e indica apenas 24.836 milhas no odômetro (39.970 km). O motor, claro, é o V12 de 5,7 litros da Lamborghini, com 499 cv e 59,3 kgfm.

O anúncio no site da Barrett-Jackson, a leiloira, não diz muito sobre o carro. Apenas consta que ele está sendo oferecido sem valor de reserva, mas também sem uma estimativa de preço. O carro tem todos os acessórios originais e uma capa. Por dentro, ele tem acabamento de couro de duas cores, relógio analógico e ar-condicionado digital, com sistema de áudio da Alpine.

Por último, além de ser um carro que pertenceu a uma pessoa famosa e um presidente dos EUA, e além de ser um Diablo numa cor rara, ele também é um dos poucos Diablos feitos para o mercado americano entre 1997 e 1999 (fala-se em 132 unidades nestes três anos-modelo), o que aumenta sua relevância entre seus semelhantes.

 

Mugen prepara tratamento especial para o Civic Type R

Pois é… sempre tem alguém que acha que um esportivo muito bom não é bom o bastante. Nesse caso, a própria Mugen decidiu fazer algo sobre o Civic Type R, como se ele não fosse bom o bastante. A preparadora quase-oficial da Honda preparou dois carros para o Tokyo Auto Salon deste ano, que começa no próximo final de semana e, além dos itens estéticos e aerodinâmicos, eles também deram um tapinha leve no conjunto mecânico.

Os protótipos se chamam, respectivamente, Group A e Group B, e ainda que eles tenham divulgado apenas uma mísera foto de cada um, há um vídeo com detalhes não pequenos destes dois.

O Group A é o mais manso da dupla. A Mugen instalou um splitter frontal mais agressivo e remodelou as tomadas de ar dianteiras. Nas laterais, as soleiras são novas, enquanto a asa traseira foi remodelada. O para-choques, que não aparece nas fotos, também foi sutilmente modificado pela preparadora. Pense nele como uma edição especial do Type R. É isso.

O Group B, como o nome faz nosso imaginário imaginar, é mais agressivo. Ele tem os mesmos elementos estéticos do Group A, mas também ganha capô de fibra de carbono com respiros, para-lamas dianteiros com ventilação das caixas de roda, soleiras mais largas, uma nova asa e um para-choques traseiro exclusivo que dão ao Type R um certo ar de “tuning” dos anos 2000.

Os kits, além de estéticos, também otimizam a aerodinâmica do Type R. Já sob a carroceria, onde os olhos não veem, há novos amortecedores e rodas BB de 19 polegadas, escape de aço inoxidável e novas pastilhas de freio para o Group A, e escape de titânio e novas pinças e discos de freio para o Group B.

Por dentro, os dois têm volante estilizado com o logotipo da Mugen, bancos concha, uma nova manopla de câmbio e acabamento de fibra de carbono no console central. Ainda não há preços nem data de lancamento, mas a Mugen deve resolver isso até o fim desta semana.

 

Nissan GT-R elétrico pode chegar em 2030

Enquanto o Nissan GT-R volta a crescer em vendas, uma notícia sobre seu sucessor começou a circular: a Nissan deve lançar o GT-R elétrico (que ninguém está esperando) até 2030.

Em entrevisa aos ingleses da Autocar, o designer-chefe da Nissan, Giovanny Arroba, disse que o conceito Nissan Hyper Force, apresentado em outubro como um claro sucessor para o Nissan GT-R, é “um sonho ousado, mas tangível, possível de ser realizado até o fim desta década”. Segundo Arroba, “as formas, proporções e postura não são baseadas em fantasia pura”.

A questão será qual tecnologia ele terá sob essas proporções realistas. Em um passado próximo, o diretor de produto da Nissan, Ivan Espinosa, disse que o plano é esperar pelas baterias de estado sólido para lançar um GT-R elétrico. O Hyper Force foi apresentado como um elétrico bimotor, mas Espinosa não descarta a possibilidade de fazê-lo com três ou até quatro motores. Até mesmo uma versão Nismo poderia ganhar as ruas, com uma bateria menor para manter o carro menos pesado.

Segundo a Nissan, estas baterias de estado sólido serão lançadas em 2028, possivelmente com o dobro de energia e caregamento três vezes mais rápido que as atuais de íons de lítio. Elas também serão usadas, segundo a Nissan, em um carro elétrico sem relação com nenhum modelo atual, uma vez que uma nova plataforma será necessária para elas, mas que elas serão fundamentais para SUV e picapes.

Considerando que a Nissan pretende lançar as primeiras baterias do tipo em 2028 e quer esperar a tecnologia amadurecer, 2030 parece mesmo um prazo coerente para o novo GT-R, não?