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Jeep Renegade e Compass 2021 chegam com novas versões e equipamentos
A FCA anunciou na última sexta-feira (31) a linha 2021 dos Jeep Renegade e Compass. O caçula da família ganha uma nova versão de entrada com motor a diesel, e ambos passam a contar com novos equipamentos de série – acompanhados, naturalmente, de um reajuste nos preços de toda gama.
A nova versão do Renegade se chama Moab, em referência à trilha no estado de Utah que é praticamente uma Meca dos jipeiros, recebendo todos os anos entusiastas que querem testar os limites de seus Jeep e também eventos realizados com o apoio própria fabricante, como o Easter Jeep Safari.
Atuando como nova versão de acesso para os motores a diesel, o Jeep Renegade Moab é equipado com o motor 2.0 turbodiesel de 170 cv do grupo FCA, acoplado a uma caixa de nove marchas. Ele vem equipado com tração 4×4, central multimídia Uconnect com tela de sete polegadas, ar-condicionado de duas zonas e rodas de 17 polegadas com pintura preta. O Renegade Moab será vendido a partir de setembro, nas cores Verde Recon, Branco Ambiente, Prat Billet, Cinza Antique ou Preto Carbon.
Outras novidades do Renegade 2021 são o teto solar panorâmico “Command View” de série no Limited 1.8, e os pacotes de opcionais que ficam consideravelmente mais baratos – o pacote Uconnect, por exemplo, que inclui a central multimídia, o ar-condicionado de duas zonas e sensor de estacionamento traseiro, passa de R$ 4.000 a R$ 1.000. Já o pacote Night Eagle, que traz todos os itens do Uconnect mais acabamento escurecido, passa a custar R$ 1.500 – antes eram R$ 5.450.
O Jeep Compass não ganha uma nova versão, mas agora tem rodas de 18 polegadas na versão Longitude e banco do passageiro com ajuste elétrico na versão S.
Confira abaixo os novos preços para Renegade e Compass na linha 2021, acompanhado dos respectivos reajustes (quando aplicável):
Jeep Renegade 1.8 Flex AT6: 69.999
Jeep Renegade STD 1.8 Flex AT6: R$ 79.990 (aumento de R$ 2.500)
Jeep Renegade Sport 1.8 Flex AT6: R$ 94.890 (aumento deR$ 3.300)
Jeep Renegade Longitude 1.8 Flex AT6: R$ 109.990 (aumento de R$ 3.800)
Jeep Renegade Limited 1.8 Flex AT6: R$ 119.990 (aumento de R$ 6.000)
Jeep Renegade Moab 2.0 Diesel AT9: R$ 136.990
Jeep Renegade Longitude 2.0 Diesel AT9: R$ 146.990 (aumento de R$ 5.000)
Jeep Renegade Trailhawk 2.0 Diesel AT9: R$ 158.290 (aumento de R$ 5.300)
Jeep Compass Sport 2.0 Flex AT6 R$ 126.290 (aumento de R$ 4.300)
Jeep Compass Longitude 2.0 Flex AT6: R$ 139.690 (aumento de R$ 4.700)
Jeep Compass Limited 2.0 Flex AT6: R$ 159.390 (aumento de R$ 5.400)
Jeep Compass Longitude 2.0 Diesel AT9: R$ 176.990 (aumento de R$ 6.000)
Jeep Compass Limited 2.0 Diesel AT9: R$ 196.690 (aumento de R$ 6.700)
Jeep Compass Trailhawk 2.0 Diesel AT9: R$ 196.690 (aumento de R$ 6.700)
Jeep Compass Série S 2.0 Diesel AT9: R$ 213.190 (aumento de R$ 7.200)
(Dalmo Hernandes)
Peugeot 208 argentino terá motor 1.2 naturalmente aspirado, mas vinda ao Brasil é improvável
Depois da leve decepção causada pela notícia de que o novo Peugeot 208 vendido no Brasil só terá motor 1.6 16v – um projeto competente, porém antigo, que não corresponde aos demais aspectos modernos do carro –, o pessoal do Argentina Autoblog descobriu que, para os hermanos, haverá uma versão de entrada com motor 1.2 naturalmente aspirado: o Peugeot 208 Like.
O motor 1.2 Puretech, de três cilindros e 90 cv, já equipou o 208 da geração passada vendido no Brasil – e, com isto, era de se imaginar que o novo 208 conservaria esta motorização. Especialmente porque, embora seja enquadrado na mesma faixa de IPI que o motor 1.6 16v, ele é mais novo e, com isto, mais caro. Além disso, sendo menos potente que o motor 1.6 16v (que entrega 122 cv), o 1.2 seria reservado a uma versão de entrada. E não faz sentido que a versão mais barata de um carro utilize um motor mais caro. E ainda há a questão dos custos de produção: usar apenas um motor e um câmbio é mais barato que dividir a linha em dois motores e dois câmbios.
A alternativa possível, a nosso ver, é que a Peugeot esteja mesmo aguardando pelo motor 1.3 turbo GSE, planejado pela FCA há algum tempo para o Brasil. Com a fusão entre FCA e PSA e a criação da Stellantis, o novo três-cilindros turbo pode ser a peça que falta para o 208 brasileiro – em uma versão de topo (que geralmente tem margem maior) ele faria mais sentido. E poderia ser uma versão de topo mais razoável que o elétrico e-208, cuja função é mais próxima de um halo car. (Dalmo Hernandes)
Volkswagen registra possíveis clássicos elétricos
Você certamente lembra que, em setembro de 2019, a Volkswagen apresentou o e-Käfer, um Fusca conversível clássico convertido para rodar com eletricidade. O carro foi modificado por uma empresa alemã chamada eClassics, baseada em Stuttgart, e a Volkswagen disse, na época, considerar seriamente sua produção em série. Isto acabou se confirmando – é possível comprar um e-Käfer na Europa através de concessionárias licenciadas. E, como é um projeto oficial da Volkswagen, é possível fazer revisões e consertos nos carros diretamente nas concessionárias Volkswagen, usando componentes genuínos.
Não muito tempo depois a Volkswagen anunciou a e-Bulli, que usa o mesmo conceito mas é feita com base na clássica Kombi “corujinha” – e começou a ser vendida em março de 2020.
Agora, os britânicos da Autocar descobriram que, no fim de junho, a Volkswagen registrou alguns carros intrigantes no sistema de marcas registradas da Europa: e-Beetle, e-Golf Classic, e-Kübel, e-Samba e e-Karmann. Na prática, isto significa que a VW pretende vender versões elétricas não apenas do Fusca, mas também da Kombi (Samba), do Karmann Ghia, do Golf Mk1 e até mesmo do Kübelwagen, versão utilitária do Fusca que foi produzida durante a Segunda Guerra Mundial e deu origem ao VW Thing.
Embora o projeto não tenha sido confirmado, é bem possível que a Volkswagen queira mesmo ampliar a linha de clássicos eletrificados – a eClassics já tem a experiência, e a VW pode continuar fornecendo o powertrain. Este, vale lembrar, é o mesmo do e-Up, versão elétrica do Up vendida apenas na Europa, e consiste em um motor elétrico de 81 cv e 21,4 kgfm de torque.
Faz sentido especialmente nas variantes dos VW “a ar”, que utilizam a mesma plataforma, com dimensões parecidíssimas – sendo assim, todos eles podem receber o mesmo motor com alterações mínimas na hora da instalação. Até mesmo no Golf, único carro de tração dianteira mencionado, não deve ser difícil adaptar todo o powertrain do e-Up, especialmente com o suporte oficial da Volkswagen. (Dalmo Hernandes)
Novo padrão da gasolina brasileira começa a valer a partir de hoje
Passados sete meses desde que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) publicou as novas regras para o controle de qualidade da gasolina brasileira, o padrão finalmente passa a valer a partir desta segunda feira.
As mudanças concentram-se em três pontos: massa específica, octanagem e parâmetros de destilação. Com o controle de massa específica, a resolução volta a coibir o uso de solventes e outros aditivos usados em adulteração do combustível. Como a gasolina tem uma densidade própria (entre 0,7300 e 0,7700 g/ml) a adulteração ou formulação de baixa eficiência irá retirá-la desta faixa, tornando-a irregular.
A octanagem não terá mudanças significativas, serão mantidos os valores IAD 87 para as comuns (aditivadas ou não) e IAD maior que 91 para as premium. Porém a forma de obtenção destes valores IAD será mais controlada. O IAD — índice anti-detonação — é obtido pela média dos índices MON (sigla para “Número de Octano do Motor”) e RON (sigla de “Pesquisa do Número de Octano”), que são obtidos por métodos diferentes (leia mais aqui). Até agora a ANP exigia apenas os índices MON e IAD, mas a nova resolução passou a determinar faixas para o índice RON.
A nova resolução também introduziu a temperatura mínima de 77 °C para a destilação de 50% da gasolina — antes, havia apenas um teto para a destilação, de 80 °C —, o que determina a volatilidade da gasolina na partida a frio.
Nos últimos anos, mudanças na regulamentação simplificaram o controle de qualidade, limitando-se basicamente a exigir octanagem mínima, sem preocupação com a densidade do combustível — o que facilitava a adulteração por adição de solventes proibidos e dificultava a fiscalização.
Segundo a ANP a “nova gasolina” pode melhorar o consumo dos motores — fala-se em algo entre 3% e 6%, mas não há consenso. O preço da gasolina, contudo, poderá aumentar, segundo a própria ANP. A Petrobras, que é responsável pela produção de 90% do combustível vendido no Brasil, afirma que já produz a gasolina de acordo com o novo padrão há alguns meses, o que não justificaria o aumento, portanto.
Mais adiante teremos uma matéria dedicada às questões e a uma análise deste novo padrão da gasolina. Fique de olho! (Leo Contesini)