FlatOut!
Image default
Zero a 300

RIP Barry Newman | O interior da nova Ranger | Aston Martin Bulldog a 330 km/h e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

Ford revela interior da nova Ranger para Brasil

Nem bem terminamos o ciclo de intermináveis teasers da picape Ram aqui no Brasil, e já vem outro começando. Agora é a vez da picape Ford Ranger. Ao contrário da Ram, uma novidade mundial lançada primeiro aqui, a nova Ford é o contrário exato: já existe no mundo todo; ficamos por último nessa.

O lançamento da nova Ranger no Brasil está confirmado para o segundo semestre desse ano, então é hora do conta-gotas de dados sobre ela começar. A caminhonete já foi exposta durante o Agrishow deste ano; agora é a vez do interior ser revelado em algum detalhe.

Não é nenhuma revelação bombástica: é o mesmo interior da picape que já foi lançada no resto do mundo. Nas fotos, da versão topo de linha Limited, vemos um painel de instrumentos de 12″ com a mesma grafia da F-150. Ao centro, outra tela de 12″, na vertical, para o sistema multimídia com espelhamento sem fios Apple CarPlay e Android Auto.

O volante multifunção tem comandos diversos, inclusive assistente de faixas e piloto automático adaptativo. O ar-condicionado é de duas zonas, o freio de estacionamento é elétrico sem alavanca. Há também os hoje “indispensáveis” carregador por indução, e portas USB diversas.

Num segmento lotado de opções e novidades, a nova Ranger está confirmada com um novo motor V6 3.0 turbodiesel e câmbio automático de 10 velocidades. Vai trazer mais um concorrente moderno para um segmento já bem concorrido, e que agora terá mais uma opção inteligente com a nova Ram monobloco derivada da Toro. Podemos reclamar que em automóveis as opções estão escassas aqui no Brasil. Mas em picape, realmente há pouco que reclamar. (MAO)

 

Barry Newman, o Kowalski de Vanishing Point, falece aos 92 anos

Kowalski, um perturbado veterano da guerra do Vietnã e nostálgico por seu passado como piloto de corrida. Ele trabalha como entregador de carros para encontrar a si mesmo e lembrar por que está vivo. Kowalski é um rebelde, um homem que procura adrenalina, drogas e sexo para tentar esquecer seu passado.

Cera vez, deveria entregar o carro a seu novo dono em uma segunda-feira, mas decide que o fará no sábado – é sexta à noite, e ele tem 1.900 km entre Denver, no Colorado, e São Francisco, na Califórnia para percorrer. Depois de tomar anfetaminas para se manter acordado, Kowaslki pega a estrada, mas logo a polícia tenta pará-lo por alta velocidade; começa uma perseguição através do país.

O carro? Um Dodge Challenger R/T 1971 branco, com o big-block “440” de 7,2 litros e 380 cv. Esta é a história básica de um filme que é apenas isso: um carro sensacional, uma estrada e mais nada a não ser dirigir e stick it to The Man. Todo mundo já pensou em sair por aí e simplesmente dirigir até o fim de tudo; por causa de Vanishing Point (“Corrida Contra o Destino”, de 1971), a maioria sonha fazer isso com um Challenger branco.

O filme tornou o Challenger, e o Kowalski, ícones de uma geração inteira. E agora, o ator que interpretou o rebelde de 1971 veio a falecer. Sim, Barry Newman, o ator indicado ao Emmy que estrelou o thriller de ação cult, morreu em 11 de maio. Ele tinha 92 anos.

Newman estrelou em vários shows da Broadway, antes de começar a participar de longas-metragens, com seu papel de protagonista em 1970, “O Advogado”, e depois de Vanishing Point, participou de vária séries de televisão. Em 2009 se aposentou devido a um câncer nas cordas vocais. Deixa uma esposa. RIP, Kowalski! (MAO)

 

Aston Martin Bulldog chega a 330 km/h, 44 anos depois de aparecer

Se você acompanha o zero a 300 sabe que o único Aston Martin Bulldog que existe, um carro-conceito de 1979 que colocava o V8 DOHC de 5,3 litros “Tadek Merak” da empresa, com dois turbos, em posição central-traseira, foi restaurado e ganhou o concurso de elegância de Villa D’Este em 2022. Sabe também que este não era o único objetivo do time que restaurou o carro.

Não, o objetivo deles era ainda mais ambicioso: acabar o desenvolvimento do carro, algo que a Aston parou quase imediatamente depois do carro ficar pronto em 1979, para atingir a velocidade máxima prometida na época, de 200 mph, ou 321 km/h.

Bom, a notícia de hoje é sensacional: não é mais um objetivo ou desejo. É realidade. Depois de 44 anos e uma restauração que consumiu mais de 7.000 homens-hora, este Aston Martin que parece ter saído direto de um filme de ficção científica dos anos 1970 finalmente quebrou a barreira de 200 milhas por hora.

O Bulldog atingiu 205,4 mph (330,6 km/h) em Machrihanish Airfield, uma base abandonada da OTAN, na Escócia. No fim do dia, já que é véspera de feriado, vamos levantar nossas taças para um brinde a esses caras. Que coisa sensacional. Lembre que não há prêmio em dinheiro envolvido aqui; não há patrocínio também. Glória? Só meia dúzia de louco feito a gente que entende o tamanho do feito. Há na realidade a felicidade de descobrir seu próprio Everest para escalar, e levar isso à cabo. Meus respeitos, lads!

A Classic Motor Cars, empresa de restauração inglesa que tocou o projeto, aumentou a potência dos 600 cv originais para 650, e instalou uma moderna injeção eletrônica programável. Muitas e muitas horas foram necessárias também para garantir que era seguro tentar o recorde.  Parabéns a eles! (MAO)

 

Toyota mostra GR Prius em Le Mans

Outra desventura especulada aqui no zero a 300 no passado recente que se tornou realidade: a Toyota mostrou em Le Mans, como parte das comemorações dos 100 anos da prova, um GR Prius!

É o Toyota Prius 24h Le Mans Centennial GR Edition, e é baseado na quinta geração do híbrido pioneiro. O Prius sempre foi um anti-carro, algo lento, econômico, sem graça e “verde”, para gente que quer um carro que dissesse: eu não gosto de carro. Mas nesta geração, uma mudança radical: agora é bonito e veloz (Apropriação cultural?). Mesmo assim, uma versão GR é de rolar de rir.

Parece, porém, que é apenas um estudo de design, sem nenhuma performance melhorada. Pelo menos, por enquanto. Um extenso kit aerodinâmico é aplicado no carro, com um para-choque dianteiro redesenhado e maior entrada de ar, faróis auxiliares, capô de fibra de carbono mais leve. Adesivos dizendo “Racing Hybrid” aumentam o fator cômico.Há até uma asa traseira.

Também tem rodas melhores e maiores, claro: um conjunto de liga leve de 18 polegadas calçadas com pneus 235/50R18 Michelin Pilot Sport 4S. Ele também recebe um conjunto de suspensão que alarga as bitolas para melhor estabilidade.

A exposição comemorativa em Le Mans é realizada pela Japan National Tourism Organization (JNTO) em colaboração com a Mazda e a Toyota Gazoo Racing. O objetivo é mostrar as tecnologias japonesas, e conta com decorações do artista de mangá japonês Masahito Soda. (MAO)

 

Corvette ZR1 1990 novo à venda

Ah o Corvette C4 ZR1. Poucos carros capturaram a imaginação de todos nós como este, em 1989 quando apareceu, ainda em forma de protótipo prestes a ser lançado. Um Corvette que não tinha mais um motor compartilhado com as caminhonetes e caminhões Chevrolet; um verdadeiro puro-sangue que finalmente nada devia aos europeus com um V8 de alumínio DOHC/32 válvulas e 5,7 litros que dava nada menos que 380 cv. E naquela época, 380 cv era o topo da pirâmide, alcançado apenas por alguns raros Ferrari e Lamborghini.

De uma hora para outra, os europeus tiveram que fechar a boca e parar de fazer piada; ainda usavam acabamento, qualidade, e outros argumentos deste tipo, mas o fato era que o carro que custava metade dos europeus de potência semelhante tinha um motor projetado pela Lotus, desempenho incomparável, e era até bem mais moderno do que todos eles. Fazia 0-100 km/h na casa dos 4,5 segundos, e chegava a 300 km/h; números inacreditáveis em 1990. O ZR1 mudou tudo.

E agora há uma chance de se ter uma parte dessa história. Este Corvette ZR-1 1990 está apenas com 30 milhas rodadas (48 km) e está à venda nos EUA por US$ 119.500 (R$ 586.745). Basicamente, é um C4 ZR1 zero km, guardado como uma porcelana chinesa, até hoje, 33 anos depois de construído. Se você tiver os meios necessários, recomendo fortemente. (MAO)