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Car Culture

Rory Byrne – da Toleman de Senna às Ferrari de Schumacher

Suzuka, 8 de outubro de 2000. A chuva não dá trégua, as curvas 1 e 2 viram espelhos d’água. No cockpit da F1-2000, Michael Schumacher administra cada respingo no para-brisa enquanto vigia Mika Häkkinen, seu rival direto. Na volta 41, a última parada estratégica da Ferrari devolve Schumacher à liderança — basta controlar o ritmo até a bandeirada. Quando o carro vermelho aponta na reta dos boxes, Jean Todt e Ross Brawn explodem em comemoração; Rory Byrne, discreto como sempre, emerge das sombras para um abraço rápido. Aquele fim de semana consagrou não apenas o fim de um jejum de 21 anos sem o título de pilotos para a Scuderia, mas confirmou Byrne como o arquiteto silencioso de uma era de ouro para a Ferrari. Enquanto nomes como Adrian Newey e Gordon Murray viraram grife, Rory Byrne manteve sempre a discrição como marca registrada. Ele não precisava aparecer. Seus carros falavam por ele. E falavam alto: sete títulos de construtores e seis de pilotos com Schumacher entre Benetto