O SEMA Show continua rolando, e as fabricantes e preparadoras seguem com seus projetos de modificação. Dando sequência ao post de ontem, separamos aqui mais alguns carros que não haviam sido mostrados ainda – tanto feitos por fabricantes quanto por preparadoras.
Confira a seguir!
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Uma overdose de Toyota Supra
Sentiu falta do Supra no post de ontem? É que a Toyota estava guardando todos eles para hoje: a fabricante levou nada menos que cinco exemplares modificados de seu esportivo renascido ao SEMA Show 2019. A maioria deles exibe componentes que têm muitas chances de entrar para o catálogo de acessórios da Toyota.
O primeiro deles é o Supra Heritage Edition. Segundo a Toyota, a ideia com este carro foi acentuar a ligação do atual Supra com a quarta geração, sem descaracterizar as linhas do novo carro. O que, honestamente, não deve ter sido uma tarefa tão difícil – bastou instalar um nov body kit e, mais importante, uma asa traseira arredondada que, de acordo com a fabricante, é uma peça feita para o Mk4, modificada para servir no novo Supra.
Repare que as lanternas traseiras também emulam a estética da geração anterior, com uma lente “fumê” e elementos internos circulares. A Toyota diz que também realizou modificações no motor B58 para chegar a cerca de 500 cv, sem detalhar quais foram estas modificações.
Este acima é o conceito TRD 3000GT, do qual a Toyota deu uma pequena amostra há alguns dias. Ele acabou ficando mais chamativo do que a gente imaginava, com um body kit bastante agressivo e pintura cinza com detalhes em dourado. Mas também há elementos que já esperávamos, como os para-lamas alargados, o capô com quatro respiros, e a enorme asa traseira.
O Supra Performance Line Concept foi criado para mostrar alguns acessórios de customização de fibra de carbono, como o spoiler dianteiro, os apliques nas entradas de ar dos para-lamas traseiros, e o lip na tampa do porta-malas.
Este carro verde se chama Toyota Supra Wasabi Concept, por razões óbvias. De acordo com a Toyota, apesar da cor bastante chamativa, este é seu conceito mais brando, feito para atrair um público mais amplo. Embora o critério para isto não fique claro, não vemos muito problema: a asa traseira estreita ficou até que interessante, as rodas forjadas são bonitas e combinam com a pintura, e a suspensão Öhlins deixou o carro mais próximo do chão, com uma postura mais assentada e agressiva. Por trás das rodas, estão abrigados freios Brembo.
Por fim, a Toyota também levou para o SEMA o Supra GT4, que já disputou as 24 Horas de Nürburgring em junho deste ano. Há alguns dias, a Toyota revelou que o carro é movido por uma versão de 435 cv do seis-em-linha biturbo de três litros B58, ligada a uma caixa automática de sete marchas com diferencial de deslizamento limitado.
Toyota Supra Hyperboost
Outro Supra A90 customizado presente no SEMA não foi feito pela Toyota, mas por Rutledge Wood, mais famoso por ser ex-apresentador da extinta versão made in USA do Top Gear. Com uma proposta mais radical, o carro recebeu um kit widebody de fibra de carbono composto por 20 peças individuais, incluindo uma asa traseira gigantesca e alargadores nos para-lamas. Até mesmo o teto de metal foi trocado por fibra de carbono.
A estética é complementada por um jogo de rodas 3-piece feitas sob medida pela Lightspeed Racing, de 20×10 polegadas na frente e 20×12 polegadas atrás, calçadsa com pneus Continental ExtremeContact Sport de medidas 285/30 na frente e 335/25 atrás. A suspensão usa amortecedores ajustáveis KW.
O carro trocou o setup biturbo por um único Garrett GTX3582R, com downpipe e escape de titânio, além de uma complexa reprogramação na ECU para garantir o dobro da potência de fábrica – 770 cv. E, para garantir que as frenagens estejam à altura, foram instalados discos de freio ventilados de 380 mm de diâmetro, mordidos por pinças Brembo forjadas.
Ringbrothers Mustang Mach 1 UNKL
Além do Chevrolet Camaro que mostramos ontem, os Ringbrothers também fizeram um Ford Mustang – o Mach 1 UNKL. De acordo com os irmãos Mike e Jim ring, o carro foi feito em memória de um tio, já falecido, que foi o responsável por introduzi-los ao mundo dos carros.
Como é costume da dupla, o Mach 1 UNKL recebeu uma boa seleção de peças de fibra de carbono feitas in-house. A carroceria foi pintada em um belo tom de azul chamado “Big Boss Blue”, e o exterior ganhou novos componentes aerodinâmicos, para-choques, faróis e lanternas. Por dentro, há uma gaiola de proteção integral e bancos concha.
O motor é um V8 naturalmente aspirado de 8,5 litros capaz de entregar mais de 700 cv, ligado a uma transmissão manual de seis marchas. A força vai para as rodas traseiras através de um cardã de fibra de carbono, que por sua vez é ligada a um diferencial John Industries de 9 polegadas com relação final 3:55.
A suspensão usa amortecedores ajustáveis da RideTech e as rodas são um jogo de HRE com 19 polegadas na dianteira e 20 polegadas na traseira, calçando pneus Michelan Pilot Sport 4S e abrigando freios a disco da Baer.
Dodge Charger Widebody by Speedkore
A Speedkore, conhecida por seus restomods radicais feitos sobre o Dodge Charger clássico, decidiu modernizar as coisas no SEMA 2019. A preparadora norte-americana apresentou um Charger Widebody da geração atual que, segundo eles, é o primeiro exemplar com carroceria alargada, motor biturbo e tração nas quatro rodas.
O kit widebody foi feito com fibra de carbono, usando a carroceria de um Charger Widebody cedido à Speedkore pela própria Dodge para ser escaneado a laser. Já o motor é um V8 Hemi Hellcat de 6,2 litros que, no lugar do superchager, agora respira com a ajuda de um par de turbocompressores roletados Precision 6466. Equipado com três bombas de combustível e injetores Injector Dynamics de 1.700 cm³, o V8 entrega nada menos que 1.546 cv queimando etanol, e com os turbocompressores operando a 1,8 bar.
A potência é enviada para as quatro rodas através de uma transmissão automática feita sob medida pela Hellraiser Performance. As rodas, aliás, são calçadas com drag radiais Mickey Thompson ET Street.
Dodge Challenger Drag Pak
Falando em Dodge, a fabricante escolheu o SEMA para revelar seu novo Challenger Mopar Drag Pak, versão de arrancada de fábrica da qual serão feitas 50 unidades em 2020. A Dodge afirma que o Challenger Drag Pak é 100% certificado pela NHRA (National Hot Rod Association, principal organizadora de competições de arrancada nos EUA) e é capaz de cumprir o quarto de milha (402 metros) em 7,5 segundos.
O motor é um V8 de 354 pol³ (5,8 litros) com supercharger, acoplado a um câmbio de três marchas TH400 com alavanca Kwik-Shif. O carro ainda recebe amortecedores Bilstein ajustáveis na dianteira e na traseira, wheelie bars montadas diretamente ao chassi, e suporte para para-quedas na traseira.
Ford Mustang Lithium
Carros elétricos não costumam ter câmbio manual porque eles não precisam de um câmbio manual, mas isto não significa que eles não possam. O mais recente exemplo disto é o Ford Mustang Lithium apresentado no SEMA 2019.
O carro foi feito em parceria com a Webasto Charging – empresa que faz parte do mesmo grupo da famosa fabricante de tetos solares, porém especializada em motores elétricos, baterias e carregadores. O motor em questão entrega mais de 900 cv e é alimentado por um sistema elétrico de 800V.
O grande diferencial está no sistema de transmissão, que emprega um câmbio manual de seis marchas com pedal de embreagem e tudo – um Getrag MT82 modificado para suportar 140 kgfm de torque instantâneo. A força é levada para as rodas traseiras por um diferencial Torsen Super 8.8, com semi-eixos Ford Performance. A suspensão recebeu o pacote Ford Performance Track Handling e uma strut bar no cofre do motor, enquanto os freios são os mesmos Brembo usados pelo Shelby GT500.
Jeep Wrangler Rubicon by Mopar
É claro que nem só de muscle cars e esportivos é feito o SEMA Show: a Jeep apresentou em Las Vegas o Wrangler Rubicon by Mopar, um exemplar equipado com diversos acessórios do catálogo da empresa. Começando por um novo para-choque dianteiro de aço estampado com luzes auxiliares embutidas, portas tubulares, guincho e um aumento de cinco centímetros na altura da suspensão.
A carroceria foi pintada de azul, mas a grade recebeu acabamento preto fosco. Já o capô ganhou um adesivo com a face frontal estilizada do Jeep, sua grande assinatura de estilo.
Não foram feitas mudanças mecânicas, e o Wrangler continua equipado com um V6 de 3,6 litros a diesel, capaz de entregar 263 cv e 61,2 kgfm de torque.