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Skoda Kylaq: és tu, Tera?
No dia seguinte da revelação do novo do próximo mini-SUV da VW brasileira, o Tera, aparece esta notícia: A Skoda introduziu um novo mini-SUV para o mercado indiano. Chama-se Skoda Kylaq, e segundo a empresa, é o terceiro modelo desenvolvido na Índia, seguindo o SUV Kushaq e o sedã Slavia. Visa competir no segmento “sub-4m” que responde por quase metade das vendas gerais na India. Menos de 4 metros de comprimento, entre-eixos de Polo. Eita! É você, Tera? Prazer!
O design é bem SUV pequeno, e bem Skoda moderna; mais T-Cross que hatch altinho como o Pulse e o Kardian. Apesar do tamanho contido, a Skoda afirma que o Kylaq oferece um interior espaçoso com uma capacidade de carga líder no segmento: 446 litros.
O painel é digital, claro: uma tela sensível ao toque de 10,1 polegadas para o infoentretenimento e um painel de instrumentos digital de 8 polegadas. O modelo oferece as usuais compatibilidades sem fio, além de carregamento sem fio, para mantermos uso de nossos computadores pessoais portáteis que atendem pelo nome de smartphones. O estofamento vem em couro sintético (plástico), controle de temperatura automático e o teto solar elétrico, que é um favorito indiano.
A Skoda diz que o Kylaq usa a “arquitetura MQB-A0-IN desenvolvida na Índia, uma versão de baixo custo da plataforma MQB do Grupo VW para mercados emergentes”. Sim, o carro é a primeira espiadela no novo o SUV de entrada da VW para o Brasil. Quão similar será, temos que esperar para ver, mas o chute é que será o mesmo carro, com os detalhes necessários para transformá-lo em um VW.
O mecânica do Skoda é similar ao que esperamos do nosso VW: motor a gasolina de três cilindros TSI de 1,0 litro turboa, 115 cv e 18 mkgf de torque. Na Índia vem com o câmbio manual de seis velocidades ou um automático opcional. Aqui deve ser o mesmo motor e câmbio, só que a versão Flex nacional. O Kylaq acelera de 0-100 km/h em 10,5 segundos e tem uma velocidade máxima de 188 km/h.
O Skoda Kylaq será fabricado na fábrica de Chakan, na Índia. Seu lançamento no mercado está previsto para o início de 2025, com um preço inicial de INR 789.000 (R$ 56.019). O nosso vai custar pouco menos que o dobro. (MAO)
Rampage 2025 vem com novidades
A Ram Rampage chega para 2025 com novidades: um novo motor Diesel, e uma nova versão de entrada, a Big Horn. “Chifre grande”, assim como “chifrudo”, costumavam significar em linguagem coloquial aqui no Brasil aquela pessoa que sempre era a última a saber das traições que sofria. Mas suponho que hoje em dia, tal coisa não seja mais um problema.
Mas enfim, o novo motor, é um 2,2 litros turbodiesel, e substitui o 2.0 anterior, por enquanto, apenas na Rampage. A empresa diz que não é o mesmo da van Fiat Titano, mas a gente pode ser perdoado em imaginar algum parentesco: é um JTD Multijet de deslocamento igual. Fornece 200 cv a 3.500 rpm e 45,9 mkgf a 1.500 rpm, uma boa melhora dos anteriores 170 cv/ 38,8 mkgf do antecessor.
O resto do carro é igual, inclusive o câmbio automático de 9 marchas e sistema de tração integral permanente, mas a marca indica alongamento de transmissão de 14% para aproveitar a maior força do novo motor. Segundo o Inmetro, são 10,6 km/litro na cidade e 13,3 km/litro no rodoviário. Seu fabricante diz que faz o 0-100 km/h em 10 segundos.
A nova versão de entrada Big Horn vem com este turbodiesel. A grade dianteira tem filetes pretos com borda cromada, para-choque dianteiro na cor do carro e as rodas de 17″. Perde o airbag de joelhos do motorista, acendimento automático dos faróis, retrovisor interno fotocrômico, farol-alto automático, piloto automático adaptativo, sensor de chuva, alerta de colisão com frenagem automática, sensor de estacionamento dianteiro, alerta de saída de faixas, alerta de ponto-cego e os bancos elétricos.
Mas mantém os bancos de tecido e couro, e o painel com tela de 10,3″ e o sistema multimídia com 12,3″ com espelhamento sem fio. O preço, ainda não revelado, deve ficar abaixo da Rebel, claro, que custa R$ 259.990. Vamos ter que esperar este preço para saber, mas a princípio parece um bom negócio em termos de equipamento para versão de entrada. Isso, é claro, se os caubóis do asfalto e do mato puderem relevar o nome. (MAO)
Nova Yamaha Ténéré 700 2025 virá ao Brasil
A Yamaha já tinha anunciado a Teneré 700 para o Brasil; agora oficializou o início da pré-venda da nova Yamaha Ténéré 700 2025 no primeiro trimestre do ano que vem. Será o novo modelo atualizado, igual ao vendido nos mercados do primeiro mundo, lançado recentemente no ano/modelo 2025.
A moto continua com seu dois cilindros paralelos de 689 cm³, com arrefecimento líquido, o “CP2”. O modelo 2025 recebeu uma atualização do YCC-T (Yamaha Chip Controlled Throttle) que, por sua vez, facilita mapas de aceleração comutáveis. A admissão mudou, e tem um duto de admissão mais curto para melhorar o torque e a entrega de potência na parte baixa e média da faixa de rotação. A Yamaha não divulgou números de potência e torque.
A nova Tenéré 700 vem também com garfo KYB invertido de 43 mm com configurações revisadas, incluindo um novo botão de ajuste de pré-carga no topo do tubo do garfo. As provisões para amortecimento de compressão e retorno permanecem, enquanto o curso dianteiro mede 210 mm. Na traseira, há um amortecedor KYB revisado, fornecendo 200 mm de curso e provisões para pré-carga por meio de um ajustador remoto.
Atualizações na ergonomia foram feitas alterando o design da tampa da embreagem para permitir mais espaço para as pernas nas posições sentada e em pé. Os novos pedais agora são mais largos e longos para melhor apoio, e um assento mais plano oferece melhor conforto, mantendo a mesma altura de 874 mm.
O display TFT colorido de 6,3 polegadas orientado verticalmente é novo também. Permite que o usuário escolha entre um par de opções de display, um “Street” com um tacômetro de estilo analógico de aparência tradicional, ou o tema “Explorer” que oferece um display de tacômetro de estilo digital mais moderno. Com o novo painel, a conectividade do smartphone foi atualizada para incluir acesso à música, permitindo que você faça e receba chamadas e acesse a navegação pelo aplicativo Google Maps.
A moto mantém seu ABS comutável de três modos, mas agora tem um novo interruptor liga/desliga localizado no lado esquerdo do display TFT. O Modo 1 fornece ABS para ambas as rodas, o Modo 2 utiliza apenas o ABS dianteiro, enquanto o Modo 3 desliga o ABS completamente.
Outros destaques incluem mudanças no estilo, com um novo farol quad-LED, novas tampas laterais, seção traseira e protetores de mão. Novos interruptores no guidão oferecem mais funcionalidade. A moto ainda não tem preço divulgado aqui; nos EUA custa US$ 10.999 (R$ 66.433). (MAO)
O Buick GNX dos Ringbrothers
O Buick GN e GNX de 1984 a 1987 são carros lendários. Eram cupês tradicionais de tração traseira no fim de sua vida no mercado, antigos e arcaicos até. Mas debaixo de seu capô, algo incrivelmente avançado: um V6 de 3,8 litros com injeção e ignição digitais, turbo, e potência suficiente para serem os mais rápidos carros americanos em aceleração. Sim, eram mais rápidos que Corvette na sua época. Pintados de preto e com aparência sinistra, parecia o veículo pessoal de Darth Vader himself. Sim, eu usei este cliché.
Agora, os Ringbrothers, criadores de carros especiais do Wisconsin, nos EUA, transformaram esta fera do passado numa fera do presente. Deitem seus olhinhos cansados no Ringbrothers Invadr.
É um Buick Regal Grand National 1987 ainda com o seu V-6 de 3,8 litros. Mas com tecnologia moderna, e dois turbos ao invés de um só, ele agora dá nada menos que 1.246 cv. E os Ringbrothers sendo quem são, todo carro foi refeito cuidadosamente, em todas as suas peças.
O motor vem da Duttweiler Performance, especialista no Buick V-6. Atinge 1.246 cv com pressão de 32 psi, mas os irmãos Ring dizem que dá para subir para 50 psi, e conseguir 2000 cv. O eixo traseiro é um parrudo Ford 9-inch modificado, e o câmbio é Tremec manual de seis marchas.
O chassi é exclusivo, criado pelo The Roadster Shop, completo com amortecedores Penske multiajustáveis, e 5-links no eixo traseiro rígido. Há enormes pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 em rodas HRE personalizadas, e freios de carbono-cerâmica de um C6 Corvette ZR1.
O interior conta com um santantônio de proteção e fibra de carbono até onde a vista alcança, além de acabamento personalizado em todo pequeno detalhe. Tudo isso reside sob uma carroceria modificada, alargada, massageada e refeita, com detalhes em fibra de carbono, e sutilmente ajustada. A cor chama Dark Vader Gray (claro!) e o resultado é simplesmente sensacional. Nada menos que 4900 homens-hora foram gastos no carro.
Se você achou exagerado, pense em arte: você não precisa ser o proprietário da Mona Lisa, ou do Davi de Miquelângelo, para admirar o que eles são, simplesmente por existirem. E não dá para dirigir o Davi, o que adiciona outra dimensão na nossa arte. Este é o espírito aqui. Os irmãos Ring são artistas; goste ou não de sua arte, é o que são. (MAO)