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A volta do Chevrolet Sonic

O Sonic original que veio para o Brasil nos anos 2010 não usava, como em outros mercados, o 1.8 litro 16v com eixos contra-rotativos do Cruze I; era uma versão de 1,6 litro com até 120 cv, que embora potente, era uma versão barateada sem os tais eixos, e pouco suave. Como adorava meu Cruze manual na época, achei que ele seria uma versão menor dele, e comprei um para minha mãe, sem nem experimenta-lo: um Sonic LTZ hatch automático.

Depois descobri que foi uma besteira; os Onix de primeira geração (e versão barateada da mesma plataforma!) contemporâneo eram mais suaves em funcionamento, mais silenciosos e mais confortáveis de suspensão, sem perda de estabilidade com isso. No papel, o Sonic anda mais que o Onix 1.4 auto; mas andando com ambos não parece. E o Onix era bem mais econômico em combustível. Até o multimídia do Onix era melhor e mais moderno!
O fato é que o Onix era um carro melhor em quase tudo; apenas os bancos ruins eram piores que os do Sonic. E o Sonic era um carro premium, bem mais caro. Depois disso, nunca mais comprei carro sem experimentar, por mais que as especificações mostrem algo bom.

O Sonic original me provou, se é que precisava de mais uma prova, que especificações sozinhas dizem nada. No papel tudo dizia ser o Sonic um carro muito superior ao Onix; mas o resultado, o que interessa, era o inverso.
Por isso, vocês podem me perdoar se eu encarar a notícia de hoje com um certo cinismo. Sim: o Sonic vai voltar. Uma versão barateada e mal acertada para o terceiro mundo de um decente hatch de entrada americano? Não, agora será a “versão SUV do Onix”.

Sim, a resposta certa para isso é: ué isso não era o Tracker? Não, gafanhoto, não essa versão SUV do Onix, outra: aquela que é basicamente um hatch atingido por um raio suvizador, como o Tera, o Pulse e o Kardian.
A confirmação oficial de que este “SUV” se chamará Sonic veio por meio de um vídeo publicado nas redes sociais da Chevrolet brasileira. Embora utilize a mesma base do Onix hatch, o SUV terá balanço traseiro alongado e tampa redesenhada, inspirada no Equinox EV. A mudança deve ampliar o porta-malas; meio como um Nivus, pioneiro de sucesso desta onda de hatch/SUV.

A marca ainda não disse quando o carro será revelado. Certamente não será no Salão do Automóvel, já que a marca não estará nele. O melhor chute é em algum lugar no primeiro trimestre de 2026. Uma volta em nome somente; mas um que certamente vai constantemente me lembrar do meu caro erro em 2012. Provavelmente, eu mereço. (MAO)
O Lamborghini Temerario Super Trofeo, não-híbrido e tração traseira

Tudo bem, é uma evolução implementada não por necessidade, mas sim legislação. Mas vamos falar sério, não há nada mais ridículo que um Ferrari, um Maserati, ou um Lamborghini híbrido. Para que? Economizar combustível? Não me faça rir.

A prova de que isso não ajuda esses carros em nada é o novo Lamborghini Temerario Super Trofeo. É uma versão do carro sem a parte híbrida; ou seja, um Temerario de tração traseira, onde o motor e transmissão são ligado diretamente às rodas. A marca italiana já está insinuando uma edição especial desse tipo homologada para as ruas, mas, por enquanto, essa configuração permanece exclusiva das pistas. Infelizmente.

O carro foi criado para a série de corridas Super Trofeo da Lamborghini, um campeonato monomarca lançado em 2009. Enquanto os modelos Gallardo e Huracán Super Trofeo utilizavam um motor V10 aspirado, o mais recente carro de corrida vem com o V8 biturbo do novo carro. Na configuração Super Trofeo, ele produz 650 cv. Sim, são 150 cv a menos que o híbrido; mas eu faria este acordo fácil.

O transeixo é sequencial de seis velocidades, substituindo a transmissão automática de dupla embreagem de oito velocidades do Temerario de rua. O Super Trofeo compartilha a transmissão Hoer e diversos componentes com o GT3, outro carro de corrida baseado no Temerario.

As melhorias adicionais incluem um sistema de controle de tração ajustável em 12 pontos, um escapamento Capristo, filtros de ar BMC e suspensão KW. A Lamborghini não divulgou o peso, mas a versão GT3 pesa 1.300 kg antes dos fluidos, 390 kg mais leve que o carro de rua híbrido.

Assim como o Huracán acabou por dar origem ao STO, um Temerario equivalente a este, de tração traseira, está quase certamente a caminho. A Lamborghini também tem insinuado modelos com foco em off-road, sugerindo que uma versão elevada ao estilo do Sterrato poderá ser lançada em breve. Mas antes de tudo isso, a prioridade é iniciar as entregas do modelo de produção regular. O Super Trofeo vai estrear na temporada de 2027. (MAO)
O novo V8 Chevrolet terá 5,7 e 6,6 litros

Um evento importante está para acontecer; um novo V8 Chevrolet. Importante mesmo: o V8 original da marca de 1955, por seu deslocamento alto, baixo peso e extrema durabilidade e versatilidade, o melhor V8 do mundo por 30 anos pelo menos. Depois veio a família LS em 1997, e fez a mesma coisa, de novo. É hora de um novo redesenho, agora. Conseguirá a GM fazer o raio cair mais uma vez no mesmo lugar?
No início deste ano, a GM anunciou que investiria US$ 888 milhões no desenvolvimento de um V8 de sexta geração (ela conta evoluções do SBC original e do LS como “gerações”), e agora detalhes desses motores começam a aparecer aqui e eli.

De acordo com o GM Authority, a GM oferecerá o novo motor em dois tamanhos: 5,7 litros e 6,6 litros. Supostamente, o menor será usado em veículos como a Chevrolet Silverado 1500, com foco na eficiência. A GM ajustará o motor maior para desempenho e o utilizará em carros como o Corvette, bem como possivelmente no futuro CT5 e em outros sedãs que a GM planeja lançar.
Não está claro quanta potência os novos motores produzirão, mas a GM promete aumento de potência sem comprometer a eficiência. A empresa possui “novas inovações em combustão e gerenciamento térmico” que reduzirão o consumo de combustível e as emissões.

O atual motor de 5,3 litros produz 360 cv e 53 mkgf de torque, enquanto o V8 de 6,2 litros, maior, entrega 420 cv e 63 mkgf. O motor pode atingir até 691 cv e 90 mkgf com a adição de um supercharger, como no Escalade-V.
O novo motor começará a chegar às picapes grandes da GM a partir de 2027. A “quinta geração” do motor V8 small block, ainda da família LS, foi lançada em 2013.Se a tradição continuar, este novo V8 deve estrear em um Corvette; até hoje, sempre foi assim.

Em 2023, a GM anunciou um investimento de US$ 579 milhões em sua fábrica de motores em Flint para produzir a sexta geração do motor V8, demonstrando o grande comprometimento com este tipo de propulsor. Isso ocorre apesar da tentativa anterior da empresa de vender apenas veículos com emissão zero até 2035. Todo mundo já sabe que isso, não vai acontecer, parece. (MAO)
Assim será no novo Audi de F1

Na temporada de 2026 que se aproxima, a Audi estará no grid pela primeira vez na história, se descontarmos os Auto-Union dos anos 1930, quando a categoria chamava “Grand Prix”, e não F1.

A marca mostrou agora como será o desenho de seu carro, com um novo “conceito” chamado de R26. O carro antecipa o design e o esquema de cores que farão parte de uma nova identidade de marca para toda a empresa.
Tem detalhes em titânio, preto carbono e o novo vermelho Audi. O carro também terá anéis vermelhos e servirá como um “pioneiro para a nova identidade de marca, que será implementada no futuro tanto para a equipe de F1 quanto para a Audi como um todo”.

A Audi está entrando na F1 por meio da aquisição do Grupo Sauber em 2022 e imediatamente começou a desenvolver o motor V6 turbo de 1,6 litro do carro, o sistema de recuperação de energia e o restante da unidade de potência, incluindo a transmissão.

À frente dos esforços da Audi na Fórmula 1 estão o ex-chefe de equipe da Ferrari, Mattia Binotto, e o ex-diretor esportivo da Red Bull, Jonathan Wheatley. Os atuais pilotos da Kick Sauber, Nico Hülkenberg e Gabriel Bortoleto, manterão seus lugares no próximo ano e correrão pela Audi.

O público poderá ver o carro de Fórmula 1 da Audi em ação pela primeira vez em fevereiro, durante os testes no Bahrein. O carro fará sua estreia nas pistas no Grande Prêmio da Austrália, em Melbourne, em março. Os executivos da marca dizem que entram no jogo para ganhar, como já fizeram em Le Mans, por exemplo. Veremos! (MAO)


