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Zero a 300

Três novas motos Honda | Um Ferrari com motor Honda | O Fiat 500 Abarth de Monza recriado e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Twister, Fireblade e Africa Twin: a Honda mostra mais três motos para 2023

A Honda anunciou o lançamento de mais três motos: a nova CB 300F Twister, e as versões 2023 da CRF 1100L Africa Twin e CBR 1000RR-R Fireblade SP. Os preços e detalhes técnicos estarão disponíveis somente em dezembro, diz a empresa.

Primeiro a Twister: o estilo é totalmente revisado. Tanque de 14,1 litros de capacidade, novo painel de instrumentos com tecnologia Blackout LCD, e a iluminação em Full led. Além disso pouco sabemos; fato é que agora é uma 300 cm³, ao invés de 250 cm³.

Mas podemos ter uma ideia do que nos espera olhando a CB 300F vendida na Índia: esta tem um monocilíndrico de 293,5 cm³, 24,5 cv a 7.500 rpm e 2,56 mkgf de torque a 5.500 rpm. Pode-se estimar um ganho ao redor de 10% em torque e potência, se comparada a nossa moto atual. De qualquer forma, parece que a nova Twister é mais robusta em desenho, o que deve agradar.

No caso da Africa Twin, a mudança é mais industrial que do modelo em si: a versão DCT passa a ser fabricada na fábrica de Manaus, sendo o Brasil o primeiro mercado no mundo a produzir o DCT fora do Japão. Uma notícia dessa dá esperança de preço mais baixo? Espere apenas preço mantido, para não se decepcionar. Talvez.

De resto, apenas mudança de ano/modelo: novos grafismos e cores inéditas. A moto continua a mesma aventureira bicilíndrica paralela de 1.084 cm³, 99,3 cv a 7.500 rpm e 10,5 mkgf a 6.000 rpm. Pode vir com câmbio manual ou DCT opcional, e em duas versões: básica (com tanque de 18,8 litros), e Adventure ES, com o tanque maior de 24,8 litros.

A Fireblade 2023 também tem poucas alterações; a mais visível serão as novas cores e grafismos. Este ano marca os 30 anos do modelo, que será comemorado numa edição especial “30th Anniversary Edition”, com as cores da Fireblade original de 1992; será uma série limitada, numerada e com selo comemorativo aplicado no tanque, chave, painel e escapamento. A Fireblade normal virá com o grafismo Grand Prix Red, que é o “esquema de cor e grafismos que remete às Fireblade usadas no Mundial de Superbike pela equipe HRC”.

Além disso, a Honda promete melhoria mecânica: “No motor, aperfeiçoamentos no sistema de admissão e escape resultaram em aumento da capacidade de aceleração nas saídas de curvas. A adoção de um novo desenho interno na caixa do filtro de ar permitiu maior sensibilidade do piloto no acionamento do acelerador, e o mesmo pode ser dito sobre a alteração no set-up do sistema HSTC — Honda Selectable Torque Control e no sistema de mudança de marchas Quickshifter.” Pela redação, provavelmente a potência permanecerá a mesma; as alterações devem ser apenas de resposta e comportamento. (MAO)

 

Porsche comemora 25 anos do 911 “996”

Se você acompanha o mercado de 911 usados, sabe que um 911 arrefecido a ar em ótimo estado de conservação, qualquer um deles, muitas vezes vale o mesmo que um 911 zero km. O 996, primeiro deles arrefecido à líquido, não tem o mesmo valor. O mercado parece dizer que se quero um 911, existem dois deles: antes e depois de 1997. E no caso deste último, o melhor automóvel é sempre o mais novo. Faz todo sentido: realmente em 1997, a Porsche criou um carro novo (o 996) inspirado no antigo apenas em lay-out básico, e lhe deu o mesmo nome do antigo: 911.

A Porsche agora parece querer mudar isso, e aumentar o cachet histórico e colecionista do 996. Parte disso é a comemoração de 25 anos do modelo, que nos EUA por exemplo marca a entrada dele na idade onde pode ser licenciado como “veículo histórico” (como nossa placa preta, que aqui pede 30 anos de idade).

Tarefa difícil: seja pela perda do carisma de antiguidade modernizada do carro anterior, seja pelo interior de baixa qualidade que envelheceu mal, seja pelos faróis “ovo-frito” controversos, seja por problemas de durabilidade do novo motor, o resultado é claro: o 996 é o mais barato e menos desejado dos 911.

Para a Porsche, um problema: sua imagem de empresa infalível deve ser mantida a todo custo. Então, é hora de comemorar o aniversário do modelo, e é o que a Porsche está fazendo.

Uma das características mais inovadoras na época foi criar dois carros praticamente idênticos na parte da frente: o barato Boxster de motor central, e o 911 de motor traseiro. Harm Lagaai, designer-chefe da Porsche nos anos 90, lembra como ficou surpreso com essa estratégia. Era inédito na época, e uma temeridade falando do ícone 911. A Porsche teve que aumentar a equipe de Lagaai para 80 pessoas.

Foi também um carro totalmente novo, com um novo motor também; era o fim do tradicional seis refrigerado a ar.  O novo motor nasceu refrigerado a água, DOHC, e com quatro válvulas por cilindro. Tinha 3,4 litros, e dava 300 cv a 6800 rpm e 35,7 mkgf a 4600 rpm.

“O programa previa que venderíamos um total de pelo menos 30.000 unidades de ambos os veículos com um bom retorno do investimento”, diz August Achleitner, o engenheiro-chefe do 996. A estratégia funcionou – a Porsche vendeu mais de 30.000 unidades do 911 da geração 996 anualmente, com vendas totais de unidades oscilando entre 50.000 e 60.000.

O 996 hoje é a porta de entrada para os 911; uma geração que é pouco valorizada, mas que é importante historicamente. E que em versões como o 911 Turbo, fechou o conceito do tipo de carro que é o 911 moderno até hoje. Parabéns ao 996! (MAO)

 

Fiat restomod lembra recorde do 500 Abarth em 1958

É incrível pensar isso hoje, mas o Fiat “nuova”500 original, quando foi lançado, não foi um grande sucesso. Já existia o Fiat 600, que tinha um quatro em linha refrigerado a água, e tinha espaço para quatro adultos; o 500 era só para crianças atrás, e tinha um bicilíndrico paralelo refrigerado a ar. Era mais barato, mas os italianos achavam muito lerdo.

Entra em cena um austríaco muito conhecido: Karl Abarth. Com apoio da Fiat, criou um kit que aumentava a potência do pequeno carro em 30%, tornando-o algo realmente especial. Depois mais tarde aumentaria a cilindrada para 595 cm³ e quase dobraria a potência. Maso problema de imagem no início, em 1958, ainda permanecia, ainda que de forma diferente: a durabilidade do novo carrinho “envenenado” ainda estava em dúvida.

Abarth adorava recordes de velocidade; assim em fevereiro de 1958, seis pilotos realizaram uma verdadeira maratona com os 500 Abarth no anel externo de Monza. Percorreram 18.886 km a uma velocidade média de 108,252 km/h: o recorde internacional na Classe I (350 a 500 cm³).

Outros recordes quebrados na mesma data: 15.000 km em 139h 16’33” em velocidade média de 107,699 km/h; 10.000 milhas em 149h 09’29” a uma média de 107.894 km/h; e recordes de quatro, cinco e seis dias de condução ininterrupta. Dali em diante, ninguém mais duvidou do 500; as vendas tanto do modelo básico quanto do Abarth decolaram.

Agora, o Autódromo di Monza da Itália completa 100 anos este ano, e o Stellantis Heritage está marcando a ocasião homenageando justamente este primeiro 500 Abarth. E para isso criou um restomod de um dos nuova 500 originais.

Chamado de Abarth Classiche 500 Record Monza ’58, é um modelo único baseado em um Fiat 500 de 1970, mas modificado para se parecer com o primeiro Fiat 500 Abarth. Por ser um carro mais novo, o doador não tem as portas suicidas que a Fiat abandonou em 1965. Mas tem a mesma cor verde neblina, e grafismo “Fiat 500 Abarth”, grade e emblema Abarth, luzes de direção e painel de teto rígido para substituir o teto de lona. É uma réplica no sentido original (uma cópia feita pelo fabricante original) do carro que bateu os recordes em 1958. No interior, o novo carro ostenta um volante de madeira e um painel cheio de instrumentos Jaeger.

O motor de dois cilindros foi aumentado para 595 cm³ usando o kit original Abarth Classiche 595, de 1963. Um 500 original tinha 18 cv e chegava a 98 km/h; o 595 aumentava isso para 26 cv e 118 km/h. O novo carro está em exibição no Salão AutoClassica de Milão. (MAO)

 

Um Ferrari 308 GTB recebe motor Honda

Sempre gostou do nervosismo, a potência, e as rotações estratosféricas dos Honda quatro em linha VTEC, mas acha os Honda carros normais muito sem graça, e na maioria das vezes muito tração dianteira? Ao mesmo tempo sempre achou o Ferrari 308, a “Ferrari do Magnum” maravilhosamente lindo, mas não consegue engolir o desempenho pífio do V8 de apenas 215 cv? Bem, por incrível que pareça você não está sozinho!

Sim, estes americanos do Stance Works colocaram um Honda K24 Turbo de “1000 cv” onde antes residia o V8 de três litros da Ferrari. Parece um sacrilégio, sim, mas o resultado é mais interessante do que parece. Com paralamas alargados, rodas maiores e belíssimas, e um motor mais bravo e nervoso, parece realmente interessante.

O carro foi recentemente exibido na SEMA, exposição que sempre foi o objetivo final dos construtores. O carro era originalmente amarelo, mas ficou realmente bonito em branco. Parece que foi criado para gerar conteúdo no Youtube; os criadores prometem mais vídeos de acerto de suspensão e comportamento, e talvez uma volta ao amarelo original.

O nome é bem pensado: 244 GTK. São, afinal, 2,4 litros e quatro cilindros, seguindo a numeração da Ferrari da época. E o K, bem, vem da Honda. Uma coisa é certa: é pelo menos criativo! (MAO)