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Ararinha Camper: opção brasileira para overlanders
Os tais nômades virtuais, gente que agora descobriu que pode trabalhar de literalmente qualquer lugar, e por isso escolhem uma vida em motorhomes, parecem ser mesmo uma realidade. Pelo menos a julgar pela procura e crescimento do mercado deste tipo de veículo.
Aqui no Brasil também é possível conseguir algo assim; a Arara Campers, de Colombo, no Paraná, oferece o seu “Camper Ararinha”. Trata-se de um implemento montado num chassi de picape média como a Toyota Hilux, que a transforma num motorhome pequeno. A empresa diz que a casa móvel pesa apenas 550 kg.
Este tipo de implemento, que retira a caçamba da picape e a substitui, é bem mais inteligento do que aqueles que mantém a caçamba original: esses carregam peso e desperdiçam espaço por isso. No caso deste Ararinha, a empresa promete 8,74 m2 de espaço interno, o que na cidade de São Paulo já está se tornando uma casa de família grande, mas que não é nem um banheiro pequeno em lugares mais civilizados. Bom, não se pode ganhar todas: como na cidade de São Paulo, espaço em motorhomes é para os REALMENTE ricos.
Mas neste pequeno espaço, há todo o necessário: o quarto e sala com TV, água quente em todas as torneiras, banheiro com chuveiro com aquecimento central a gás, cozinha com forno microondas, geladeira e fogão a gás. O piso é vinílico, existe uma porta anti-inseto e diversas tomadas que podem servir para o carregamento de equipamentos eletrônicos. A cama, em cima da cabine da picape, mede 2 x 1,43 m.
Embora isso nunca seja realmente prático (o melhor é carregar um ciclomotor ou bicicleta), a empresa diz que há um dispositivo para desacoplar o camper e estacioná-lo, e assim poder usar o carro sem ele.
O reservatório de água tem 200 litros, e há 1.078 litros de espaço nos armários internos. A empresa diz que o Camper utiliza apenas 65% da capacidade de carga da caminhonete; mas certamente não depois que você carregar nela toda sua tralha; é comum esse tipo de veículo com sobrepeso. Mas de qualquer forma, o objetivo de peso baixo é altamente louvável, e útil em coisas assim. O camper é todo feito em compósito plástico. (MAO)
Moke retorna ao mercado, agora elétrico e com tração traseira
Vocês lembram do Mini-Moke: um jipinho militar baseado no Mini original de Sir Alec Issigonis, que teve sucesso basicamente como veículo de praia divertido e mais nada. É um daqueles carros que é sensacional por ter muito pouco de carro: só o necessário para transporte básico está nele, e até portas e teto são considerados excessos burgueses imperdoáveis.
A gente achava que nunca mais veria algo assim, mas parece que tudo neste mundo agora está destinado a sair da tumba, “modernizado” pela propulsão elétrica. A Moke International anunciou o retorno do Moke, agora elétrico e com o nome de “Moke Californian” (como o mini, o modelo virou marca, aparentemente), no início deste ano.
O carro tem um motor elétrico montado na traseira (o original era FWD, claro) que desenvolve 45 cv. O 0 a 55 km/h é em 4,3 segundos, antes de atingir uma velocidade máxima de 80 km/h. Apenas 325 unidades serão oferecidas nos Estados Unidos anualmente, para poder se enquadrar como fabricante de baixo volume, e assim ter uma certificação bem mais simples e barata.
Apesar de obviamente tão lerdo quanto o carro original, o carro pode ser conduzido legalmente na estrada nos EUA, e deve, como o original, ser um veículo praiano basicamente. A autonomia, por exemplo, é só de 129 km. Pelo menos quatro horas são necessárias para recarregar o jipinho.
A grande notícia agora é o anúncio do preço: US$ 41.900 (R$ 216.204), nos EUA. Não sei vocês, mas por este dinheiro nos EUA tenho certeza de que consigo um original a gasolina restaurado, e com um Austin A-series de 1100 cm³ de Mini Cooper com pelo menos 100 cv no lugar do 850 cm³ original. E o carro dos anos 1960 ainda é capaz de reabastecer 500 km em 5 minutos, se a bomba estiver devagar. E ainda me sobra dinheiro para uma prancha de surfe daquelas gigantes, de véio. Uhú, Hang Loose, e tudo mais. (MAO)
Renner Projeckt 3 é um M3 E30 com um V10 de cinco litros
Ok, vou falar logo sobre o elefante no meio da sala, logo de cara. Que tipo de pessoa tem um BMW M3 E30, um clássico justamente por seu balanço de potência/dirigibilidade/peso e aderência, e acha que ele ficaria melhor com um V10 de cinco litros e 633 cv? Que perversão é esta? Meu amigo Garcia com certeza diria que algo assim certamente poderia ser classificado como crime de pedofilia.
Mas todo mundo em todo mundo gosta mesmo é de um exagero, ainda mais quando está na garagem dos outros e é apenas observado de longe. O fato é que um carro exatamente assim foi um dos maiores sucessos do SEMA deste ano. E é, pelo menos, extremamente bem-feito.
Trata-se de um projeto de uma empresa na Florida com nome alemão, a Renner Projekts. Renner aqui é “corredor” em alemão, não uma grande rede de vendas de roupa no varejo, espertinho.
O que ela fez dá medo só de falar: colocou o V10 do M5 E60 no minúsculo M3 E30, originalmente com nada maior que um quatro em linha. Ainda que fosse um quatro em linha DOHC com quatro borboletas individuais e pedigree de competição. E fosse delicioso e totalmente casado com a proposta e o jeito que o E30 se move e … tá parei.
Os 633 cv são mais do que o V10 dava no M5, sim. O sistema VANOS foi removido, uma nova admissão de fibra de carbono é usada, e o motor é todo refeito e recalibrado. E não é apenas o motor que torna este E30 M3 especial: as rodas são de desenho exclusivo, um disco com desenhos de BBS pintados á mão. A pintura é de um brilho inacreditável, na cor Blue Silver Metallic. É um carro bonito pacas, não há dúvida.
E foi obviamente foi feito sem olhar o custo; totalmente remontado usando materiais e mão de obra de primeira linha. O carro do SEMA, o único que existe por enquanto, está à venda por US$ 350.000 (R$ 1.806.000). (MAO)
Esta é a nova moto Aston Martin: AMB 001 Pro
Uma confissão: deveria saber disso, mas foi só hoje que descobri que a Brough Superior, a motocicleta preferida de T.E. Lawrence “da Arábia”, uma marca que deveria estar morta e enterrada desde 1940, está viva de novo.
É agora francesa, aparentemente, e faz umas motos estranhas que misturam o estilo de 1920 com mecânica moderna feita à mão (parece que os blocos e cabeçotes são usinados a partir de blocos sólidos de metal) a um preço de salgar os olhos. São feias. Não use o Google para saber o quanto; quem avisa amigo é. Não é possível desver.
Mas fiquei sabendo disso porque a empresa francesa-com-nome-de-clássico-inglês tem uma parceria com a Aston Martin, que inclusive já deu fruto: a AMB 001, uma superbike apenas para pista, desenhada por estilistas da Aston Martin, mas projetada e produzida pela marca francesa.
Agora as empresas estão de volta com um novo modelo. Chama-se AMB 001 Pro, e estreou em Milão, oferecendo mais potência e aerodinâmica aprimorada, e “inspirada no Valkyrie AMR Pro”.
A superbike é tão agressiva quanto sua antecessora, mas adiciona componentes aerodinâmicos mais pronunciados, como o novo spoiler dianteiro, asas laterais e a aleta traseira, todos alegando aumentar o downforce (mais nova mania no mundo das superbike) e melhorar o fluxo de ar.
Disponível apenas neste verde psicodélico das fotos, a nova moto tem um motor V-twin de 997 cm³ que dá impressionantes 228 cv, um aumento de 25% em relação ao seu antecessor. Combinado com o peso seco de apenas 175 kg, a relação peso-potência é de fórmula 1.
O ABM 001 Pro será produzido em 88 unidades, construídos à mão na fábrica da Brough Superior em Toulouse, França. As empresas começaram a receber pedidos para a superbike, com as primeiras entregas previstas para o quarto trimestre de 2023. O preço ainda não foi divulgado, mas a moto anterior da parceria custava US$ 120.000 (R$ 619.200), então espere algo pelo menos 30% acima disso. (MAO)