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Zero a 300

Um Carrera GT “zerado” pela Porsche | Novidades do Sentra | GMA garante V12 até 2039 e mais!

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A cara (e expectativas) do novo Versa

O Nissan Versa está passando por uma transformação que é, ao mesmo tempo, uma renovação e um recuo. Após o vazamento da traseira no início do mês, as novas imagens que circulam agora revelam a dianteira da linha 2027 e confirmam que o sedã fabricado no México segue a estética inaugurada pelo Kait. Isso significa o fim definitivo da grade “V-Motion” clássica e a adoção do conjunto óptico clichê do momento, dividido em duas camadas, com as luzes diurnas (DRL) na parte superior e faróis principais abaixo.

A mudança mais importante, contudo, é que o Versa deixa o mercado americano e, com isso, se torna um modelo especial para a América Latina. Com isso, sai o motor 1.6 aspirado de 113 cv que, apesar da robustez e do baixo custo de manutenção, não tem o fôlego (nem eficiência) para enfrentar a concorrência e as normas de emissões que teremos pela frente.

Por isso, o candidato natural para assumir o cofre é o motor 1.0 turbo de três cilindros produzido em Resende/RJ, que finalmente traria o torque em baixas rotações que o Versa sempre precisou para casar com a transmissão CVT sem o “sofrimento” do motor aspirado. Como eu sempre digo: conversor de torque precisa de torque para ser convertido.

Por dentro, a Nissan deve seguir a convergência vista no Kait e no Kicks, adotando um cockpit digital e um pacote ADAS mais robusto para tentar elevar o sedã de categoria. O lançamento está previsto para meados de 2026 e, livre das exigências do mercado americano, a Nissan tem agora a chance de calibrar o Versa especificamente para o nosso mercado, o que deve resultar em um produto tecnicamente mais refinado.


GMA recebe investimento milionário e garante o V12 até 2039

Gordon Murray acaba de blindar o seu “último reduto do purismo analógico”. A Gordon Murray Automotive (GMA) oficializou uma injeção de US$ 120 milhões (cerca de £ 90 milhões) vinda do Halo Car Group. Mas o que parecia ser apenas uma notícia corporativa revelou um dos segredos mais bem guardados do mercado de hipercarros: a identidade do cliente que encomendou as cinco unidades do S1 LM.

O novo investidor e diretor da marca, Tarik Ouass (à esquerda na foto acima), foi confirmado como o dono de toda a linhagem S1 LM (o tributo ao McLaren F1 GTR de 1995). Uma dessas unidades foi leiloada recentemente por recordistas US$ 20,63 milhões, o valor mais alto já pago por um carro novo em leilão. Ouass, que foi o primeiro cliente a encomendar um T.50, agora se torna sócio para garantir que a GMA não caia na tentação do volume.

A filosofia do investimento é o oposto da convencional: não se busca escala, e sim escassez. Ouass e seu sócio JR Rahn (à direita, na foto acima) querem limitar ainda mais a produção para manter os preços e garantir que o nível de manufatura técnica da GMA permaneça intocável. No comando operacional, o antigo CFO Darren Jukes assume como CEO interino (após a saída repentina de Phil Lee no mês passado), com a missão de acelerar as entregas do T.33, do T.50S Niki Lauda e do aguardado Le Mans GTR.

Para o entusiasta, a melhor parte da notícia é que o capital garante o desenvolvimento e a conformidade dos motores V12 aspirados da Cosworth até 2039. Murray agora tem parceiros que são, antes de tudo, colecionadores obcecados pela marca, o que elimina a pressão por SUVs ou elétricos genéricos pelos próximos 14 anos, pelo menos — especialmente agora que o banimento da combustão caiu na Europa.


Mercedes finalmente cria o Unimog de luxo que todo mundo sempre imaginou

Para quem achava que o G-Wagen Maybach ou AMG eram os limites da Mercedes fora-de-estrada, é melhor achar de novo. A marca acaba de apresentar um protótipo, construído em parceria com a Hellgeth Engineering, que é basicamente um Unimog de cabine dupla com acabamento de luxo para quem considera o G-Wagen insuficiente.

Embora ainda seja um Unimog, o design externo foi revisado para se aproximar da estética dos SUV da marca. A grade frontal, o arranjo dos faróis e a pintura exclusiva tentam suavizar o aspecto de “caminhão militar” que o Unimog sempre teve. As proporções, contudo, não mentem: o vão livre do solo é suficiente para guardar um AMG One, cortesia dos eixos portais que foram mantidos aqui.

O grande salto está na cabine, ao menos é o que a Mercedes diz, porque eles só divulgaram esta foto da porta aberta vista do solo. O release diz que o painel e as portas foram revestidos em um esquema bicolor (marrom e preto), e que os bancos agora ostentam couro acolchoado com costuras matelassê em losango. Sob a cabine está o motor OM936, um seis-em-linha de 7,7 litros turbodiesel que produz 300 cv e 147 kgfm.

Infelizmente este Unimog é, por enquanto, um one-off, mas serve como um balão de ensaio valioso. Com o crescimento explosivo do mercado de overlanding de alto luxo e o sucesso de conversões de vans Sprinter em motor-homes, a Mercedes-Benz sabe que existe um nicho de milionários dispostos a pagar por um Unimog confortável, mas que consiga atravessar um rio de um metro e meio de profundidade.


O Toyota Celica 1989 de Jello Biafra, vocalista do Dead Kennedys, está a venda

Se você esperava que um ícone do punk oitentista dirigisse um carro customizado (DIY, afinal), errou feio. Jello Biafra, vocalista dos Dead Kennedys comprou este Toyota Celica GT conversível em 1995 e, desde então, ele tem sido seu único carro de uso diário. Com 212.000 milhas (cerca de 341.000 km) no hodômetro, o carro é um testemunho da confiabilidade japonesa e da resistência ao “consumismo descartável”, como o próprio Biafra faz questão de ressaltar.

Sendo um carro de uso diário, com 30 anos e quase 350.000 km, evidentemente ele não é imaculado. Pelo contrário: ele é tão conservado quanto um velho punk que viveu rápido, mas não morreu jovem. A pintura está queimada pelo sol da Califórnia, o interior está, nas palavras do proprietário, “destruído”, e há mossas por toda a carroceria. Mas não se engane: mecanicamente, Biafra diz que nunca economizou.

O carro acabou de passar por uma revisão pesada que incluiu uma embreagem nova. Um detalhe técnico curioso é que todos os Celica conversíveis dessa geração eram fabricados como cupês no Japão e enviados para a American Sunroof Company (ASC), em Los Angeles, onde eram transformados em conversíveis.

Biafra revelou que a maioria das fitas demo enviadas para a sua gravadora independente, a Alternative Tentacles, nos últimos 30 anos foram ouvidas e avaliadas pela primeira vez dentro deste carro, usando o sistema de som original da Toyota. O leilão tem um propósito: todo o lucro será revertido para a Alternative Tentacles. E tem um “bônus” para o vencedor: Biafra prometeu dar um tour pessoal por San Francisco ao novo dono, caso as agendas coincidam.


Patente da Tesla revela planos para integrar Starlink diretamente nos veículos

A Tesla parece pronta para dar o passo mais lógico da sua história recente: unir a frota de veículos à constelação de satélites da Starlink. Uma nova patente revelada nesta semana descreve um conjunto de teto que substitui o metal ou o vidro convencional por polímeros de alta resistência “transparentes” a radiofrequência (RF), como policarbonato e misturas de ABS/ASA.

O objetivo técnico é eliminar a interferência física que as estruturas atuais de carros impõem aos sinais de satélite. Com esse novo material, a antena interna do veículo teria uma linha de visão direta e desimpedida para os satélites, permitindo conectividade de alta velocidade dentro do carro e eliminando definitivamente as “zonas mortas” de sinal de celular em desertos, montanhas ou áreas rurais.

O desafio da Tesla foi criar um material que fosse permeável às ondas de rádio, mas que ainda assim cumprisse as rigorosas normas federais de segurança (FMVSS) contra impactos de cabeça e integridade estrutural em capotamentos. Segundo a patente, a solução envolve camadas de polímeros que não apenas protegem os ocupantes, mas funcionam como parte integrante do sistema de comunicação do carro.


Porsche restaura um Carrera GT pela primeira vez

Para a maioria dos mortais, um Porsche Carrera GT já é o ápice do automobilismo de rua. Para o colecionador Victor Gómez, era apenas o começo. Através da divisão Sonderwunsch (se lê “zôndervunsh”, Pedidos Especiais), a Porsche concluiu o que chama de “Factory Re-Commission”: o carro foi completamente desmontado até o último parafuso e restaurado à condição de zero-quilômetro, com direito a documentação oficial da fábrica atestando a condição de “novo”.

Diferente de uma restauração convencional, este projeto permitiu que o proprietário personalizasse seu supercarro de 20 anos. O cinza prata original deu lugar a uma pintura artesanal que homenageia o lendário Porsche 917 “Salzburg” #23, vencedor de Le Mans em 1970. Não se trata de um adesivo; a pintura vermelha com listras brancas foi feita à mão e protegida por uma película especial (você sabe qual), já que Gómez pretende colocar o V10 de 5,7 litros e 612 cv na estrada em vez de escondê-lo em uma garagem climatizada.

O nível de detalhe técnico é obsessivo: as grades de cobertura do motor receberam anodização em preto fosco, e o interior foi totalmente refeito em Alcântara vermelha, com detalhes em fibra de carbono fosca e tecidos herdados do sucessor, o 918 Spyder. Por um lado, a Porsche dá, mais uma vez, uma aula de capitalização. Ao mesmo tempo, usar o braço histórico da fábrica para criar um one-off que mantém apenas a integridade mecânica do carro, não seria uma forma de mudar seu próprio passado?


Mercedes “perde” o designer que a modernizou nos últimos 28 anos

O homem que “tirou o terno” da Mercedes-Benz e a vestiu com trajes mais modernos está de saída. Gorden Wagener, o primeiro Chefe de Design da marca que não veio da engenharia, deixará o cargo em 31 de janeiro de 2026. Aos 56 anos, Wagener encerra um ciclo iniciado em 1997, onde rapidamente subiu na hierarquia para assumir o comando global em 2008, aos 39 anos — tornando-se, na época, o designer-chefe mais jovem da indústria automobilística mundial.

Seu legado é marcado pela filosofia da “Pureza Sensual”, que substituiu as linhas angulares e conservadoras de Bruno Sacco e Peter Pfeiffer por superfícies limpas e formas mais sinuosas que ganharam vida no SLR McLaren, no SLS AMG, no AMG GT original e no aclamado Classe S (W222). Foi ele quem transformou a Mercedes de uma marca de “carros de vovô” em um objeto de desejo para o público jovem, vide o sucesso do CLA e do Classe A.

No entanto, sua saída ocorre em um momento controverso do design da marca. O criticado design “jelly-bean” da linha elétrica EQ, focado obsessivamente em aerodinâmica, não agradou o público de luxo tradicional e forçou a marca a recuar em facelifts de emergência para o EQS. Além disso, Wagener foi o mentor da invasão das telas gigantes, algo que ele mesmo começou a questionar recentemente, pregando o retorno ao “hiper-analógico”.

Seu sucessor será Bastian Baudy, de 41 anos, atual chefe de design da AMG. Baudy é uma “prata da casa” que ganhou fama ao desenhar o conceito AMG Vision Gran Turismo para o PlayStation. Sua missão será difícil: unificar a identidade visual da Mercedes e recuperar o prestígio do luxo que o excesso de tecnologia estragou.