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Zero a 300

Um Escort RS a 10.000 rpm | a volta da MG ao Brasil | um novo Ford especial e mais!

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O Escort RS Mk1 moderno terá motor de 10.000 rpm

Houve um tempo em que até os motores de quatro cilindros eram giradores furiosos. Lembra da Fórmula 1 dos anos 1980? O BMW M12/13 da passava de 11.000 rpm e tinha mais de 1.000 cv em acerto de classificação. O Hart 415T berrava como um enxame de vespas enfurecidas. Os dois eram motores pequenos e nervosos, que giravam como se não houvesse atrito — pura expressão de engenharia sem filtro.

Foi a primeira coisa que eu lembrei ao conhecer o Ten-K, um quatro-cilindros de 2,1 litros, 325 cv e 10.000 rpm, criado pela Boreham Motorworks para o novo Ford Escort RS — um motor que não tenta ser moderno e sim vivo. Começando pelo trocadilho do nome: Ten-K ou 10K — a notação métrica para seu limite de giros.

O projeto é obra da Boreham Motorworks, empresa britânica que leva no nome uma referência direta à divisão da Ford que criou as lendas do rali nos anos 1970. O motor é uma interpretação moderna do Cosworth BDA que equipava o Escort RS1600 — com o mesmo conceito de comando por correia e quatro válvulas por cilindro, mas com tecnologia de 2025.

A engenharia é de ponta e artesanal em igual medida. O virabrequim, as bielas, o subchassi, o cárter seco e a tampa de válvulas são todos usinados a partir de blocos sólidos de aço. O cabeçote, claramente inspirado em motores de F1, foi desenhado para otimizar o fluxo de admissão e escape e permitir atingir os 10.000 rpm. O bloco, produzido com fundição tridimensional, tem paredes ultrafinas — mais leves que as de um motor convencional, mas com rigidez suficiente para suportar as pressões e cargas de um motor que gira quase 170 vezes por segundo.

E, como manda a tradição, o Ten-K tem corpos de borboleta individuais, garantindo a resposta instantânea e aquele grito metálico que fez os Escorts de rali se tornarem lendas no asfalto e na terra. O desenvolvimento foi comandado por dois ex-engenheiros da Ford: Simon Goodliff, que já foi engenheiro-chefe da marca, e Laine Martin, especialista em calibração e controle de motores. A dupla trouxe a herança técnica de Boreham para o século XXI, entregando um motor que é tanto um tributo ao passado quanto uma afirmação de engenharia moderna.

O novo Escort RS terá duas opções de motor. Além do Ten-K, haverá uma versão revisada e ampliada do lendário Cosworth BDA original, agora com 182 cv — uma escolha para quem quer mais autenticidade que velocidade. Cada unidade do novo Escort RS será feita à mão, com produção limitada a 150 exemplares. O preço começa em £295.000.


Renault Espace F1 de volta a Gran Turismo

Se você jogou Gran Turismo 2, é provável que ainda lembre da sensação surreal de guiar uma minivan que andava como um Fórmula 1. Era a Espace F1, que usava o motor V10 de 3,5 litros e 800 cv do FW15C, o mesmo carro com que Alain Prost conquistou seu último título mundial. A Renault e a Matra realmente construíram uma unidade funcional, com a porção traseira, os freios de carbono e boa parte da estrutura vindos direto do monoposto. Resultado: menos de 1.300 kg, câmbio semiautomático de seis marchas e zero a 100 km/h em 2,8 segundos.

Agora, quase trinta anos depois de ter aparecido em Gran Turismo 2, a minivan com motor de Fórmula 1 está de volta em Gran Turismo 7, parte da nova e monumental atualização Spec III, que chega no mês que vem. A Spec III promete ser uma das maiores atualizações da história do jogo, trazendo oito novos carros — entre eles o Mine’s R34 GT-R, o Ferrari 296 GT3, o Mitsubishi FTO e o Polestar 5 — além de dois novos circuitos: Yas Marina e Gilles Villeneuve, em Montreal.

O exemplar digital que apareceu em Gran Turismo 2, no entanto, era o protótipo não funcional — dá para reconhecer pelos dutos prateados no para-choque dianteiro e pelas rodas turbofan. É exatamente essa versão que aparece no novo trailer de GT7, aos 30 segundos, durante uma volta pelo novo circuito de Abu Dhabi — um traçado que, convenhamos, ninguém pediu para ver no jogo.

O pacote em si parecia algo morno, quase burocrático. Uma atualização apenas para incluir novidades recentes e mostrar que os desenvolvedores ainda estão ativos. Mas… alguém teve a brilhante ideia de trazer de volta a Espace F1, e isso bastou para mudar completamente a reação ao pack. Afinal, com esse aceno a GT2, a franquia mostra que não esqueceu sua essência — aquela combinação irresistível de carros obscuros japoneses, supercarros, modelos do dia a dia e conceitos improváveis que, se não fosse pelo jogo, continuaríamos vendo só em fotos de revista.


Ford prepara um novo “carro de rua” especial para 2026

A Ford está preparando alguma coisa grande para janeiro. E não parece ser mais uma versão de Mustang com nome comprido e asa grande. Segundo a própria divisão Ford Racing, trata-se de um “carro de rua” totalmente novo — um modelo de produção que levará, segundo a marca, “as inovações das pistas diretamente para as ruas”. A apresentação está marcada para o dia 15 de janeiro. O comunicado é propositalmente vago, mas suficiente para criar uma enorme expectativa. Estamos diante de um novo capítulo da linhagem GTD ou, talvez, do sucessor espiritual do Shelby GT500?

Nos bastidores, fala-se em dois caminhos possíveis. O primeiro seria justamente uma versão ainda mais extrema do Mustang GTD, o mesmo que vem sendo testado exaustivamente em Nürburgring. O outro seria um projeto totalmente inédito, um supercarro off-road de altíssimo desempenho inspirado nos protótipos do Rally Dakar. Jim Farley, CEO da Ford e entusiasta declarado de automobilismo, já deixou escapar em entrevistas que gostaria de criar um “supercarro para terra, areia e cascalho”, com mais de mil cavalos, propulsão híbrida e suspensão ajustável eletronicamente.

Farley também mencionou que o novo modelo não será uma picape — o que elimina a hipótese de uma Raptor ainda mais radical. Isso reforça a ideia de que vem aí algo mais próximo de um hipercarro de aventura, uma resposta americana ao Prodrive Hunter. O evento de janeiro também marcará o lançamento da nova temporada da divisão Ford Racing, reunindo todas as suas frentes globais — de NASCAR e WEC até Dakar e Baja. Mas o que promete roubar a atenção mesmo é esse novo carro secreto, que pode redefinir o que significa ser um “Ford de rua”. E como se isso não bastasse, a Red Bull também estará presente para revelar as pinturas dos carros que marcarão o retorno da Ford à Fórmula 1 depois de 22 anos.

Claro… ainda poderia ser alguma coisa elétrica, mas não acho que a Ford faria isso em um evento tão voltado aos modelos de alto desempenho. Ou será que fariam?


Um Porsche “descoberto” depois de 30 anos sob pinhas e galhos de pinheiro

A Porsche costuma mencionar que mais de 70% dos carros que ela já produziu ainda estão rodando. Este 911 Targa 1970, pelo jeito, estava incluído nos outros 30%, por que ele passou quase 30 anos esquecido debaixo de um pinheiro, coberto por pinhas e ramos em Idaho (o Acre dos EUA) até ser recuperado por um entusiasta que passava por ele todos os dias.

Markos Marzouca trabalhava a poucos metros do carro e sabia da existência dele havia anos. “Muita gente tentou comprar, mas nunca deu certo. Eu perguntei no dia certo”, contou ao site CarScoops. Ao acessar o carro, ele encontrou algo que parecia irrecuperável: as rodas e o chassi estavam afundados na terra, o interior havia se tornado uma incubadora de esquilos e tudo estava coberto por gotículas de resina e sujeira misturados ao longo das décadas.

Uma lavagem, contudo, mudou a percepção: a sujeira se foi e revelou uma estrutura bem-conservada e ainda com o motor flat-six de dois litros no lugar. O hodômetro marca 100.000 milhas (160.000 km) que foram acumulados entre a Califórnia e o Canadá por seu primeiro dono, segundo consta.

O carro agora será recuperado, mas não restaurado, funcional, mas não sem as marcas do tempo — afinal é isso que traz valor aos carros antigos. Restaurá-lo seria apagar a parte mais interessante de sua história.


Mitsubishi admite que ainda sonha com um novo Lancer Evolution

Já faz quase 10 anos desde que o último Mitsubishi Lancer Evolution deixou o mercado, em 2016, encerrando sua história com o Evo X. Desde então, silêncio absoluto. Mas agora, a Mitsubishi parece finalmente disposta a admitir o que todo entusiasta já sabia: o sonho do Evo XI não morreu.

Durante o Japan Mobility Show, Kaoru Sawase — engenheiro veterano e um dos pais do sistema Super All-Wheel Control — deixou escapar algo que soa quase como uma confissão. Em entrevista à revista australiana Drive, ele afirmou: “Temos um sonho, é claro, para o Lancer Evolution. É o meu sonho pessoal.”

Não há nenhum projeto confirmado, mas a declaração foi suficiente para reacender a esperança. Porque se há alguém com autoridade para falar sobre o Evo, é Sawase. Ele participou diretamente do desenvolvimento dos sistemas de tração que transformaram o sedã médio em um ícone dos ralis e em um dos esportivos mais respeitados da virada do milênio.

Ele também admitiu que um novo Evolution precisaria se atualizar — e que inevitavelmente teria algum grau de eletrificação, seja como híbrido tradicional ou híbrido plug-in. Totalmente elétrico, no entanto, parece improvável. A própria Mitsubishi mostrou no salão o conceito Elevance, um SUV com powertrain híbrido sofisticado, mas ainda com pistões e escape.

Nos últimos anos, a marca também vem trabalhando a marca Ralliart, sua divisão esportiva, agora presente até em modelos como o Outlander. Pode parecer apenas uma jogada de marketing, mas talvez seja o início de algo maior. Por enquanto, o novo Lancer Evolution continua sendo apenas um sonho compartilhado — dentro e fora da Mitsubishi. Mas o simples fato de alguém lá dentro ainda falar dele em voz alta já é um bom sinal.


MG volta ao Brasil com modelos elétricos

A MG (e não a AMG) está de volta ao Brasil depois de uma passagem discreta e que quase ninguém lembra na década passada, apesar dos modelos até interessantes, para se dizer o mínimo. Nesta nova incursão em Terra Brasilis, a marca de origem britânica, hoje controlada pela gigante chinesa SAIC Motor, estreia com três modelos 100% elétricos: o hatch MG4, o SUV médio S5 e o conversível Cyberster. Os preços variam de R$ 219.800 a R$ 499.800, todos em pré-venda com wallbox residencial incluso.

Diferentemente da passagem anterior, a operação local agora é feita pela própria MG e, por isso, tem uma estratégia mais sólida, com a previsão de abrir 24 concessionárias até o fim deste ano e 70 até o final do ano que vem, começando pelas capitais do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A marca chega surfando a onda das fabricantes chinesas, que vêm ocupando cada vez mais espaço no mercado nacional — mas aposta no carisma do nome britânico e em produtos de apelo emocional para se diferenciar.

O MG4 será o ponto de partida. É um hatch médio com visual de crossover e números de esportivo típico dos elétricos que querem chamar atenção: 435 cv, 61,2 kgfm e zero a 100 km/h em 3,8 segundos. O torque vem de dois motores elétricos e a bateria de 62 kWh garante 279 km de autonomia. Custa R$ 224.800 durante o período de pré-venda. Particularmente acho que a bateria/autonomia deveriam ser maiores, especialmente pela potência que produz.

Acima dele, o S5 assume o papel de SUV familiar da linha — e provavelmente o mais vendido. Sim: um SUV MG. Com 305 cv e tração traseira, acelera de zero a 100 km/h em 6,3 segundos e roda até 351 km entre recargas — esta sim, uma autonomia mais adequada. Com 4,48 metros de comprimento, ele tem porte semelhante ao do Toyota Corolla Cross. Seu preço promocional é de R$ 219.800, subindo para R$ 238.900 em dezembro.

No topo está o Cyberster, um conversível de dois lugares com portas tipo tesoura, 510 cv e tração integral. Vai de zero a 100 km/h em 3,2 segundos e custa R$ 499.800. A autonomia é de 342 km, e a bateria de 77 kWh recarrega de 10% a 80% em pouco mais de meia hora. Com freios Brembo e som Bose ele será o carro de imagem da marca no país. Todos eles têm garantia de sete anos para o veículo e oito para a bateria, além de assistência 24 horas gratuita por dois anos.