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Zero a 300

Um novo AC Cobra | 30 anos do Mercedes G-class V8 | O Jimny retrô e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

Mercedes-Benz Sprinter ganha novos motores no Brasil

Quem conhece o Mercedes-Benz Sprinter sabe que, como a maioria das Vans modernas monobloco, é algo realmente diferente e interessante. Desde os anos 1990, a Van dá capacidade de carga de caminhão, num veículo que é refinado, ágil, estável dinamicamente e fácil de dirigir como um carro de passeio normal, apesar de seu tamanho mastodôntico comparado a eles. É realmente algo muito interessante, andar em algo tão grande e pesado como se fosse um carro normal.

Agora, a linha Sprinter brasileira tem novidades debaixo do capô. O novo motor OM654, mais eficiente e com tecnologias de redução de atritos internos, já estava disponível na versão 315 Street desde o ano passado, mas agora foi estendido para os carros maiores: os 417 e 517.

Em ambos os carros, é um quatro em linha turbodiesel tecnologicamente avançado: todo em alumínio, DOHC, 4 válvulas por cilindro, e turbo. Com 1950 cm³ de deslocamento, dá 163 cv e 40,8 mkgf de torque nesta aplicação, 20 cv e 7,1 mkgf a mais que no 315. O câmbio continua manual de seis marchas, e a tração traseira.

Esses Sprinters são diferentes na capacidade de carga, também, exigindo habilitação de veículo de carga para se conduzi-los (o 315 é um automóvel, pela lei, os outros, caminhões). O 417 tem um pbt de 4,1 toneladas, e o 517, exatas 5 toneladas.

São oferecidas com três carrocerias: van de passageiros, furgão e chassi-cabine. Cada uma delas pode vir com duas verões de entre-eixos e altura de teto. Pode levar até 20 passageiros, numa altura de salão de 2 m, na maior delas. Os preços começam em R$ 221.356,80 para um 417 chassi-cabine e chegam R$ 351.140,40 para uma Van 517 de passageiros. (MAO)

 

AC mostra o seu Cobra moderno

A AC Cars, empresa que, junto com Carrol Shelby e a Ford americana nos deu o Cobra, teve mais donos que um Gol com quarenta anos de idade. Chegou a morrer mais de uma vez, e sempre foi uma empresa meio mal das pernas, desde que apareceu em 1904 como fabricante de triciclos pequenos de carga, os Auto-Carrier, AC. Mas agora, existe uma nova-nova-NOVA AC Cars. E ela vai lançar um novo e sensacional carro que vai revolucionar… Não, vai continuar fazendo Cobra.

O que não é uma má notícia; um mundo com mais Cobra, é um mundo mais feliz, apesar do mundaréu de réplicas de todos os tipos, gostos e qualidades que já existem por aí. O novo AC, para evitar o pântano de propriedade intelectual do nome Cobra, chama-se AC GT Roadster.

O carro será lançado oficialmente em abril, mas a empresa agora revelou algumas fotos e detalhes, que nos mostram como será o novo Cobra. A empresa prometia um carro novo e diferente inspirado no original, mas a verdade agora está clara. Ele parece… bem, um Cobra né? A maior diferença funcional é que agora há vidros que sobem e descem nas portas, um luxo inimaginável num Cobra original. Fora isso, só um detalhe ou outro, rodas, faróis, interior basicamente, o colocam em 2023, e não 1964. O que, de novo, não é lá uma má notícia.

Mecanicamente, é tudo novo, ainda que no tema: um chassi spaceframe de alumínio com suspensões independentes e freios a disco nos quatro cantos, num carro um pouco mais longo que o Cobra original, com uma distância entre eixos de 2570 mm (2286 mm no original). O motor também é um Ford V8 como o original, mas agora é o moderno 5.0 de alumínio, DOHC/32v com compressor e, nesta aplicação, 663 cv e 79,5 mkgf.  O câmbio é manual de seis marchas ou automático de 10 marchas, também Ford. Lembrando que existiam, sim, Cobras originais dos anos 1960 automáticos, ainda que sejam raros.

O carro promete pesar no máximo 1500 kg (O Cobra MkI pesava 916 kg) e a AC Cars diz que o GT Roadster fará o 0-100 km/h em 3,4 segundos, e atingirá 278 km/h de velocidade máxima. Já pode ser encomendado; no Reino Unido, começa em £ 285.000, ou R$ 1.778.400 no câmbio de hoje. (MAO)

 

Suzuki mostra o Jimny Heritage

O Suzuki Jimny é um daqueles carros que todos adoram; meninas de todas as idades acham uma gracinha, e os meninos que repetem o meme “be a man!” o adoram por ser quadrado, leve, e muito valente no off-road.  Minúsculo e relativamente acessível, é um carrinho que realmente devemos agradecer por ainda existir.

Para celebrar a longa história do jipe pequeno, agora a Suzuki mostrou uma edição especial Heritage. Inicialmente, está disponível apenas na Austrália.

São apenas 300 exemplares, baseados no nível de acabamento GLX. Vem equipado com pára-lamas vermelhos dianteiros e traseiros, faixas de carroceria com sabor retrô, e variações de cor exclusivas. As cores são Black Pearl, Jungle Green, White ou Medium Grey. Todos os carros usam rodas de liga de 15 polegadas e são vendidos exclusivamente com transmissão manual de cinco marchas e tração nas quatro rodas.

No interior, claro, há uma placa dizendo qual dos 300 Jimny Heritage é o seu. Por ser uma versão GLX, vem bem equipado com faróis automáticos de LED, faróis de neblina dianteiros, câmera de ré e sistemas de segurança como alerta de saída de faixa e frenagem autônoma de emergência. No interior, há um infotainment de sete polegadas com Android Auto e Apple Carplay, um sistema de som de dois alto-falantes, volante de couro, navegação por satélite e ar condicionado.

Os Heritage é 1500 dólares australianos mais caro que um GLX normal, aos AUS$ 33.490 (R$ 117.549). Se você quer outra cor ao invés do branco, tem que desembolsar mais AUS$ 695 (R$ 2.439). (MAO)

 

Mercedes-Benz comemora 30 anos do G-class V8

A Mercedes-Benz está comemorando 30 anos do jipe G-class com motor V8. Parece uma comemoração boba (30 anos do Corsa com motor 1.4 não será comemorado, certeza), mas na verdade, o modelo é importantíssimo para a companhia, e a história do G-class.

O G-class é hoje, afinal de contas, uma grande maquininha de fazer dinheiro, e um dos modelos mais famosos da marca, entre os ricos e famosos. E tudo começou com o primeiro V8; antes o G-class era apenas um jipe diesel espartano, e sem ambições. Hoje, dá um lucro espantoso para a companhia, como um carro de luxo superpotente.

O primeiro deste novo tipo de G-class se chamava 500 GE V8. Estreou no Salão Automóvel de Genebra de 1993 como o topo de linha da linha. O motor era o antigo V8 SOHC da marca lançado em 1969, o M117. Aqui este motor de tanque de guerra (figurativamente, claro) tinha 5 litros, 240 cv e 38 mkgf de torque. Fazia o 0-100 km/h  em 11,4 segundos e chegava a 180 km/h. Pode parecer pouco, mas o 0-100 km/h do G-class básico, diesel de 72 cv, era “Not Available”.

O carro tinha tração permanente nas quatro rodas, e diferente de todo outro G-class então, não podia bloquear o diferencial dianteiro. Discos nas quatro rodas, ventilados na dianteira, e ABS, eram parte do pacote. Apenas 446 do 500 GE V8 foram fabricados, incluindo aí também o primeiro G-class AMG, o 500 GE 6.0, com seis litros e 300 cv.

Em 1993, o 500 GE V8 custava 178.250 marcos alemães, mais que o dobro do antigo G mais caro, o 320 GE de seis cilindros a gasolina. Era mais caro que o S-class! Mas ainda assim, todos foram vendidos imediatamente, e o público queria mais. Um sucesso imediato, que não para de crescer, mesmo 30 anos depois. (MAO)