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Zero a 300

Um novo Caterham elétrico | Um novo Elise elétrico | Um velho Porsche à combustão interna e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

O Caterham Project V

Como mover a Caterham adiante no tempo? A empresa comprou os direitos e ferramental do Lotus Super Seven há 50 anos atrás, e desde então só teve sucesso fazendo… bem, Caterham Super Seven em diversos sabores. Uma vez, no seu aniversário de 21 anos, tentou uma carroceria moderna com portas e vidros laterais, o Caterham 21, mas fracassou.

O Caterham 21: fracasso

A melhor sugestão que ouvi até hoje é a empresa tentar fazer um Lotus Elise série 1 zero km. O carrinho é, afinal de contas, o sucessor espiritual do Seven, e como é um carro de 1998, já poderia muito bem ser reproduzido como réplica, já que a Lotus abandonou o conceito. Mas parece que não é o caso aqui. A Caterham mostrou um teaser de seu novo futuro carro, e parece um carro esporte de motor central-traseiro, com teto. Caterham com teto? Ah, o sacrilégio!

O Elise série 1, 1998

A primeira imagem teaser do chamado Projeto V não revela muito, mas a capota rígida parece clara. Não se sabe muito além da imagem-teaser até aqui, mas o que sabemos com certeza é que ele será elétrico. A empresa o descreve como “a essência de um carro esportivo com motorização elétrica” e “uma declaração de intenções”. Esta última afirmação provavelmente pode ser vista como uma dica de que um modelo de produção baseado no conceito pode estar chegando no futuro, mas não já. Not today! – como diria Pete Maverick.

O Seven elétrico

Recentemente a Caterham revelou outro conceito de carro esportivo elétrico, o EV Seven, que segue a fórmula tradicional da marca, mas substitui o motor à combustão por um elétrico. O protótipo tem 240 cv e 25,4 mkgf de torque constante, e pode fazer o 0-100 na casa dos 4 segundos.  Mas por enquanto, esse também é apenas um projeto: não entrará em produção.

Mas nos parece pelo menos uma ideia com mais chance de dar certo que mais um carro esporte elétrico fechado. Todo mundo sabe o que esperar de um Caterham, e definitivamente não é isso. De qualquer forma, o Projeto V será apresentado no dia 11 de julho próximo. (MAO)

 

Callum mostra Elise moderno, e elétrico

Ian Callum, famoso por seu trabalho na JLR, fundou um estúdio de design, chamada de Callum design. Esta empresa, com ajuda do designer do Lotus Elise original de 1998, Julian Thomson (ex-funcionário de Ian Callum na JLR, e hoje na GM), acaba de mostrar uma reinterpretação moderna do Elise.

O carro é tão somente isso em aparência: um Elise repensado e modernizado. Mas o mais importante aqui é ser um arauto de uma empresa que promete revolucionar o carro elétrico. A Nyobolt, com sede em Cambridge, é uma startup de bateria que diz que seus ânodos de tungstênio podem reduzir o tempo de carregamento de EV para “apenas alguns minutos”.

Diz a empresa para a Autocar inglesa: “As baterias não são mais o fator limitante no desenvolvimento de carros elétricos”, e que a sua tecnologia patenteada é “possível em escala agora, e vai tornar a recarga tão conveniente quanto abastecer um carro a gasolina ou diesel.”

A Nyobolt anunciou que fechou uma rodada de financiamento de £ 50 milhões em 2022 e diz que pode começar a produção de suas novas baterias rem 2024. Planeja abrir uma fábrica de materiais no Reino Unido e espera produzir “milhões” de unidades para uma variedade de aplicações, incluindo eletrodomésticos, robótica, armazenamento de energia e carros.

Nyobolt diz que suas baterias são menores e mais leves do que as usadas pelos carros elétricos hoje e esta unidade de 35kWh no novo Elise pode ser totalmente carregada (para fornecer um alcance de 155 milhas) em apenas seis minutos, utilizando a infraestrutura existente . A autonomia é de 240 km.

Se for verdade, o problema dos elétricos estará resolvido como em um passe de mágica. Embora estejamos céticos, resolveria o principal problema para o uso do elétrico no dia-a-dia. Veremos. (MAO)

 

Porsche 356 America Roadster é o mais novo veículo histórico americano

A Historic Vehicle Association (HVA) americana, um órgão governamental americano parte do U.S. Department of the Interior’s Historic American Engineering Record, foi fundada em 2009 para promover o significado cultural e histórico do automóvel e proteger o futuro da história automotiva. Uma das suas missões é identificar carros com um grande significado cultural, para serem preservados debaixo do National Historic Vehicle Register.

Os carros nomeados para esse registro são variados. Veículos históricos como o primeiro Meyers Manx, um dos seis Shelby Daytona Cobra originais, o protótipo do Tucker 48 e do primeiro minivan Chrysler. Mas também Hot Rods famosos como o Mercury “Hiroata”, o Ford 1932 “McGee Roadster”, entre outros. Também são importantes para a história americana, aparentemente, o Mustang do detetive Frank Bullit e o De Lorean de Marty McFly.

Agora mais um carro foi incluído neste registro. E é um que, além de importante historicamente, é um automóvel fantástico e desejável. Além de extremamente raro, claro: o Porsche America Roadster 1952.

O America Roadster é praticamente um ensaio para o posterior Speedster. Um carro feito para americanos amadores ganharem corridas, o America Roadster é um 356 basicamente, mas com uma levíssima carroceria aberta de alumínio da Glaser, que faz o já leve 356 pesar ainda menos: 605 kg. Com isso, o bravo 1500 refrigerado a ar de 70 cv faz do carrinho algo interessante de verdade. Apenas 16 foram fabricados, e 11 sobreviveram. Valem hoje na casa dos milhões. De dólar, não de moeda sul-americana furreca.

Deles, este carro vermelho especificamente é o 34º a entrar no National Historic Vehicle Register. Chassis número 12336, o carro foi originalmente do famoso piloto e revendedor Porsche da Califórnia, John von Neumann. O carro foi pilotado por Josie von Neumann depois que seu padrasto o vendeu para John Crean, um empresário. Ela levou para casa uma série de vitórias ao volante do America Roadster.

O motivo para inclusão certamente é o fato de que o carro foi criado especificamente para os americanos, e é o início de um caso de amor da Califórnia com a Porsche. O vínculo exclusivo do carro com a família von Neumann, faz deste veículo em particular perfeito para fazer parte do registro. E é um carro sobrevivente. A indução do carro à honraria também foi uma homenagem ao seu recentemente falecido dono, Robert Ingram, que o restaurou em 2009. (MAO)

 

Vilner mostra interior especial para Ford Raptor

Tem um Ford F-150 Raptor de primeira geração e adora seu alto desempenho e capacidade de transpor obstáculos e pular em alta velocidade? Gosta muito do carro, mas acha que seu interior, já pobre quando novo, está ficando meio velho e desgastado? Gosta de interiores opulentos, chamativos e malucos, mesmo que outros o chamem de brega? Dinheiro não é importante para você? Não tema, caro velocista de deserto desgostoso: temos aqui a solução para seu problema.

A Vilner é um a empresa Búlgara focada na criação de projetos de interiores exclusivos. Tem uma divisão chinesa de sucesso, o que deve indicar o que se esperar.  A Vilner também criou o interior do Rimac Concept One. Agora mostra algo diferente: um Ford F-150 Raptor de primeira geração.

O veículo chegou à oficina como um Raptor “desgastado e comum”, mas seu proprietário queria dar-lhe uma nova vida por meio de uma reforma completa do interior. Vilner ficou mais do que feliz em ajudar com um redesenho completo da cabine, mantendo a maior parte do layout original, mas cobrindo quase todas as superfícies com novo material.

É basicamente, uma Raptor completamente coberta por dentro de couro marrom. É, marrom, sim. O teto, colunas e para-sóis, por sua vez, são revestidos de Alcantara macio com costuras brancas. Acentos de madeira podem ser encontrados nos painéis das portas, bem como decorações em cor de bronze. Tudo o mais dentro da cabine – sistema de áudio, painel de instrumentos e console central – permanece original, mas combina perfeitamente com o interior redesenhado.

O preço? Não foi revelado. Não deve ser barato, mas aparentemente, o dono ficou feliz, e isso, na verdade, é só o que interessa. (MAO)