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Porsche comemora 50 anos dos RS com edição especial do 911 GT3 RS
Marcas como a Porsche não perdem de forma alguma a chance de capitalizar seus feitos do passado; se temos um ano inteiro de comemorações dos BMW M, este ano também fomos bombardeados com lembranças dos 50 anos do 911 Carrera RS 2.7, o primeiro Porsche “RS”.
O capítulo de hoje desta celebração é o lançamento do (respire fundo) Porsche 911 GT3 RS “Tribute to Carrera RS”. O pacote exclusivo para o mercado dos EUA inclui gráficos especiais, uma capa de carro, um relógio especial e NFTs.
E o que constitui este pacote comemorativo? Engraçado você perguntar; ia mesmo contar isso agora. Começa com um 911 GT3 RS com o pacote Weissach. O exterior vem exclusivamente em branco com detalhes em Python Green na parte inferior da carroceria, tampas dos espelhos, para choque traseiro, e rodas. Exatamente como era o carro homenageado, embora em 1973, existissem mais opções de cor. As extremidades das asas têm o logotipo RS e a bandeira americana.
Vários outros detalhes em verde adornam o interior, e o carro vem com uma grande quantidade de quinquilharias desnecessárias itens exclusivos e interessantes para colecionador. Uma capa para cobrir o carro, que repete o tema dele, está inclusa no preço, assim como duas miniaturas 1:43: um Carrera RS 1973 e um GT3 RS 2023.
Os compradores também recebem uma versão especial do relógio de pulso Porsche Design Chronograph 911 GT3 RS. A parte de trás é em Python Green, e “ecoa o design das rodas de magnésio” do carro. A pulseira tem costura verde.
O pacote também inscreve o dono em um programa NFT. Eles recebem crachás digitais para isso, ao participar de eventos da Porsche. Ninguém sabe ainda com certeza o que são esses NFT’s, mas a Porsche promete mais detalhes mais adiante.
O GT3 RS, sabemos, recentemente, deu uma volta em Nürburgring Nordschleife em 6:49.328, e é uma fera com um 4.0 aspirado desbundante capaz de 9000 rpm. Mas algo nos diz que este em particular vai passar mais tempo debaixo da capa especial, com um carregador de bateria plugado.
A Porsche não limitou a quantidade de carros com este pacote; isso deve acontecer naturalmente. Pelo preço, claro: para o privilégio de ter esta edição especial, o cliente americano tem que desembolsar US$ 314.000 (R$ 1.620.240), ou US$ 90.200 (R$ 465.432) a mais que um GT3 RS normal. (MAO)
Este é o último Lancia Delta Futurista
A Automobili Amos é uma empresa que vem fazendo um restomod do famoso Lancia Delta Integrale dos anos 1980/1990, chamado Lancia Delta Futurista. O carro está em lenta, artesanal e cuidadosa produção já a quatro anos, numa quantidade limitada de apenas 20 unidades. Agora a empresa mostra o último deles, e anuncia novo modelo.
O último Lancia Delta Futurista vem com uma decoração simplesmente sensacional: uma homenagem ao mais famoso dos liverys dos Lancia de competição, aquele da Martini. O carro é branco com listras vermelhas e azuis distintas, e vem com uma inscrição “Martini Legacy” em seu spoiler traseiro.
Este carro em particular foi feito com base num Delta Integrale de 1989. O original era quatro portas, mas o Futurista tem só duas. Para-choques, capô e fente inteira são feitos de fibra de carbono. O porta-malas, o spoiler traseiro e o para-choque também são feitos do mesmo material, assim como a tampa do motor. O carro pesa apenas 1.250 kg, o que com uma potência de 330 cv dá um desempenho muito interessante. A tração é nas quatro rodas permanente, e o câmbio é manual de cinco marchas.
Por dentro, um interior remodelado de luxo, com muita Alcantara como convém a este tipo de coisa. A pedaleira sob medida é de alumínio.
O próximo carro da Automobili Amos? Uma versão mais hardcore do Delta Integrale, inspirada no Delta que venceu o Rally Safari de 1988. O nome é bem legal: Lancia Delta Safarista. Apenas 10 exemplares do Safarista serão feitos, a um preço de € 570.000, ou cerca de R$ 2.895.600, na Europa. Ouch! (MAO)
O adeus a Claudio Demaria, executivo da Fiat
Ligado intimamente ao sucesso da operação brasileira da Fiat, o executivo Claudio Demaria faleceu, vítima de complicações ligadas à um Câncer. Tinha 68 anos de idade.
Demaria, italiano, entrou na Fiat italiana em 1973, mas começou a estreitar os laços com o Brasil nos anos 1990, durante o projeto do primeiro Palio. Veio para o Brasil em 2005, capitanear a criação de um polo de desenvolvimento de automóveis no país. Depois disso, voltaria em 2008 para a Itália, onde ajudou no alinhamento de plataformas com a Chrysler, na formação da FCA.
Ganhou fama por aqui pelo primoroso acerto de suspensão dos carros desenvolvidos sob sua tutela. Muitos lembram dos milagres que fez em carros que não deveriam ser bons neste quesito, como o Freemont (que reportam ter impressionado a Chrysler), o Dobló e o Idea Adventure.
O engenheiro retornou ao Brasil em 2011, e ficou até 2018, dando a fundação do sucesso da empresa por aqui até hoje. Estava aposentado desde o ano passado. Nossos sentimentos à família, amigos e colegas. (MAO)
Stellantis comemora 30.000 Jeep Commander fabricados
A fábrica da Fiat FCA Stellantis Goiana (PE) é um grande sucesso; nada que sai de lá faz menos que ser um grande sucesso de venda e imagem para a empresa, sejam eles Fiat Toro, Fiat Renegade, ou Compass. Agora podemos adicionar à essa lista de sucessos o Jeep Commander.
Com um ano no mercado brasileiro, o Jeep Commander já chegou ao importante marco de 30 mil unidades produzidas. Isto significa 33,5% do mercado, no segmento onde atua. Basicamente um Compass maior de até sete lugares, o Commander, como seus antecessores, atingiu em cheio os anseios do público.
Aproximadamente 2/3 dos carros produzidos foram vendidos no Brasil, e o resto, exportado para países como Chile, Uruguai, Argentina e Colômbia. Além do Brasil, o Commander é feito também na Índia.
O SUV mede 4769 mm num entre-eixos de 2794mm; tem sete lugares e pesa 1685 kg. Vem com duas combinações de powertrain: primeiro, o T270, flex, 1.3 turbo com 185 cv e 27,5 mkgf de torque, e câmbio automático de seis marchas. Depois, o TD380, 2.0 turbodiesel com 170 cv e 38,7 mkgf, e automático de nove marchas. O Diesel também é 4×4. Os preços variam de R$ 236.990 a R$ 314.990. (MAO)
A União Europeia deve cancelar o Euro 7
De acordo com a Autocar inglesa, citando fontes no site politico.eu, a União Europeia vai realmente cancelar, ou alterar drasticamente a legislação de emissão Euro 7, que devia entrar em vigor em 2025 mas cuja publicação foi postergada algumas vezes.
A notícia vem depois de grande pressão da indústria, durante anos, neste assunto. Recentemente reportamos aqui que o CEO da Stellantis, o português Carlos Tavares, declarou que “Do ponto de vista da indústria, não precisamos do EU7, pois gastará recursos que deveríamos gastar em eletrificação”. O argumento da indústria é que se a Europa vai banir o motor à combustão interna em 2035, não há necessidade de se criar uma nova legislação para o ICE, com os imensos custos envolvidos, se rapidamente se tornaria obsoleta.
O Euro 7 devia entrar em vigor durante 2025/2026, mas a publicação do protocolo foi adiada várias vezes, mais recentemente mudando de 12 para 28 de outubro. Agora, será revisto novamente, e publicado em 9 de novembro, de acordo com a Autocar. Atraso em publicação sempre deixa todos nervosos: não se pode começar realmente a trabalhar antes de saber exatamente a letra da lei.
Os fabricantes de conversores catalíticos, e os grupos ambientalistas, é claro, não gostaram da notícia. A vêem como uma capitulação aos lobistas da indústria.“A Comissão cedeu às suas demandas. Os lucros das montadoras estão sendo priorizados sobre a saúde de milhões de europeus”, disse Anna Krajinska, do grupo de pressão Transporte e Meio Ambiente. (MAO)