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Volkswagen confirma detalhes do T-Cross brasileiro
A Volkswagen organizou nesta última quarta-feira (4) um test-drive rápido com um protótipo de engenharia do T-Cross, seu novo crossover que será apresentado ainda neste mês e lançado no Salão do Automóvel em novembro. O FlatOut esteve presente no evento, onde, além do primeiro contato dinâmico com o carro (que será relatado em um post nos próximos dias), também teve acesso às informações já confirmadas sobre a aposta da Volkswagen para o segmento dos crossovers compactos.
Como já era sabido, o modelo brasileiro será mais longo que o T-Cross europeu. Baseado na plataforma MQB do Virtus, ele terá o mesmo entre-eixos do sedã do Polo, de 2,65 metros, que levam seu comprimento total para 4,2 metros. O volume do porta-malas varia de 373 a 420 litros, dependendo do ajuste dos bancos traseiros e do fundo do compartimento. Os bancos têm dois ajustes de ângulo do encosto — um mais vertical e outro mais reclinado — e o porta-malas tem um fundo ajustável em altura. Falando em altura, a altura do modelo brasileiro também é maior que a do europeu; o nosso tem 1,57 metro, enquanto o europeu é 10 mm mais baixo. A diferença, claro, se deve à necessidade de um vão livre mais alto e suspensão com maior curso para as condições rodoviárias da América do Sul.
Por dentro o T-Cross brasileiro terá iluminação ambiente, saída de ar-condicionado para os bancos traseiros, sistema multimídia de 8 polegadas, quadro de instrumentos digital e teto panorâmico opcional. Outro opcional é o sistema de áudio Beats de 300 watts com oito alto-falantes, incluindo um subwoofer no porta-malas. O falante de graves, aliás, também elimina o ajuste do fundo do porta-malas, uma vez que fica instalado junto do estepe. Com isso, não é possível obter os 420 litros de volume máximo. Na versão topo-de-linha painel e portas têm um aplique na cor do veículo, o que reforça a impressão de refinamento.Apesar desse refinamento percebido, o ar-condicionado tem apenas uma zona de temperatura.
A lista de equipamentos também inclui sistema de frenagem autônoma pós-colisão, detector de fadiga, sistema de assistência de frenagem de emergência, assistente de estacionamento longitudinal e transversal, quatro modos de condução (Eco, Normal, Sport e Individual – este último configurável).
Quanto ao conjunto mecânico, a Volkswagen confirmou que ele terá apenas os motores 1.0 TSI e 1.4 TSI, ambos combinados ao câmbio automático de seis marchas AQ250 da Aisin. Não houve menção à caixa manual, mas é possível que ele seja equipado com ela em uma versão de entrada. O 1.0 terá 128 cv e 20,4 kgfm como no Polo e Virtus, enquanto o 1.4 terá 150 cv e 25,5 kgfm como no Jetta e no Golf. Os freios usam discos nas quatro rodas.
A paleta de cores terá oito opções: as sólidas branco puro e preto ninja, e as metálicas prata sargas, cinza platinum, azul norway, vermelho crimson, laranja energetic e bronze namíbia — estas duas últimas exclusivas do lineup da Volkswagen. Caso o cliente queira, o teto pode ser pintado de preto.
Renault estuda importação do Megane RS e pode usar visual do Clio europeu no próximo Sandero
Há alguns meses o chefe de design da Renault, Laurens van den Acker, disse que a marca francesa não usará mais modelos Dacia rebatizados como acontece hoje, sugerindo que os modelos até usariam as plataformas da fabricante romena, porém com design francês. A situação é mais ou menos o que já acontece com o Captur brasileiro, que usa o mesmo visual do modelo europeu, porém é construído sobre a plataforma do Duster.
Essa poderá ser a abordagem da próxima geração do Sandero. Segundo os camaradas do Motor1 Brasil, a próxima geração do hatch compacto terá elementos de design do Renault Clio vendido na Europa, embora a plataforma continue desenvolvida pela Dacia. É possível até mesmo que o modelo seja rebatizado, abandonando o nome Sandero.
A nova geração do hatch, contudo, ainda deverá levar três ou quatro anos para dar as caras, uma vez que a reestilização prevista para 2019 deve se manter no mercado por este período.
Além da cara francesa para o próximo Sandero, a Renault também cogita a importação do Megane RS para o Brasil. O modelo já esteve cotado para o Brasil no passado, mas acabou não chegando ao mercado devido aos limites impostos pelo regime Inovar-Auto. Agora, com a possibilidade de facilitações do Rota 2030, a marca volta a considerar a importação do hot hatch, também segundo a apuração do Motor1 Brasil. Tudo dependerá dos termos do novo regime de incentivo ao segmento e também da cotação do dólar.
Equipado com uma variação do motor 1.8 turbo de injeção direta usada no Alpine A110, com 280 cv e 39,7 kgfm, o hatch custa cerca de 28.000 euros na Europa, o que o faria chegar ao Brasil na faixa dos R$ 200.000.
Infiniti Project Black S antecipa supercarro da marca
Entre os esportivos apresentados no Salão de Paris, estava o “conceito” Infiniti Project Black S. A palavra “conceito” está entre aspas porque o modelo, segundo a revista americana Road & Track, é um protótipo de desenvolvimento, o que significa que ele será produzido futuramente.
O modelo é baseado no Q60 Red Sport 400, e usa um V6 biturbo de três litros, que produz 405 cv e 48,3 kgfm. Os números não são dos mais vistosos para um supercarro, porém não decepcionam para um esportivo versátil. Só que, sendo um carro para a década de 2020, ele terá também um KERS inspirado no sistema usado pela Renault na F1. Com o auxílio elétrico, o Project Black S terá à disposição mais 163 cv. No total, o motorista terá à disposição de seu pé direito 571 cv.
A Infiniti infelizmente não divulgou detalhes de desempenho, mas disse que ele será capaz de chegar aos 100 km/h em menos de 4 segundos. Além disso, ele também terá freios de carbono-cerâmica, suspensão ajustável e três modos de condução. A aliança da Renault com a Nissan também foi aproveitada no desenvolvimento da carroceria, que usou os recursos de simulação de dinâmica de fluidos da equipe Renault Sport da Fórmula 1 para otimizar o projeto aerodinâmico, não apenas para aumentar a downforce, mas também para otimizar o resfriamento dos sistemas mecânicos.
Como o powertrain híbrido acrescenta 200 kg ao modelo, a Infiniti usou fibra de carbono no capô, teto e para-lamas. O teto solar e os bancos traseiros foram removidos, e o peso chegou a 1.775 kg – apenas 24 kg mais pesado que o Q60 Red Sport 400. A busca pelo menor peso também resultou na redistribuição da massa e na redução do centro de gravidade.
Apesar de ser um protótipo de desenvolvimento e de ter sua produção pré-aprovada pela Infiniti, ele ainda não tem data para ser lançado.
Bugatti está considerando um SUV híbrido
Imagem ilustrativa – conceito Galibier
Depois que a Rolls-Royce e a Bentley lançaram seus SUV, e que a Ferrari e a Aston anunciaram que também terão crossovers, agora foi a vez da Bugatti entrar na onda.
Durante o Salão de Paris, o CEO da Bugatti Stephan Winkelmann, admitiu que a marca pode lançar um SUV para ampliar sua linha de produtos.
Questionado sobre novos modelos na entrevista coletiva da marca, Winkelmann disse que “a marca está pronta para mais” e que “o motor W16 é uma peça central na marca atualmente, mas não será usado para sempre”.
O dilema da marca, ao que parece, é que o SUV precisa manter o altíssimo padrão dos Bugatti e, ao mesmo tempo, precisa ser viável economicamente. Apesar de ter esbanjado dinheiro na época do Veyron, a Bugatti agora não tem mais tanta, digamos, “liberdade econômica” devido às consequências do dieselgate, que resultaram em um prejuízo bilionário para o Grupo Volkswagen. Além disso, todas as marcas do grupo “precisam mostrar ao mundo que estão preocupadas em reduzir as emissões”, segundo Winkelmann.
Isso significa que o W16 certamente está descartado para este possível futuro SUV, e que em vez dele, a marca deverá usar um powertrain híbrido. Contudo, nem o powertrain nem a plataforma a ser usada ainda foram definidas — a marca está discutindo qual seria a melhor opção uma vez que o SUV, embora busque ampliar sua clientela, ainda será voltada para o mesmo perfil de cliente do Chiron e do Divo.
Ford reajusta preços do EcoSport em até R$ 1.100
A Ford anunciou nesta semana um reajuste de preços na linha EcoSport, e o fim de uma das versões do seu crossover compacto. A versão que deixou de ser oferecido é o FreeStyle Plus, enquanto as versões SE, Titanium e Storm ficaram mais caros.
O EcoSport SE teve reajustes de R$ 960 tanto na versão manual quanto na automática. A primeira passou de R$ 78.290 para R$ 79.250, enquanto a automática foi de R$ 84.290 para R$ 85.250. As versões Titanium 2.0 automática e Storm 2.0 automática 4×4 tiveram aumentos de R$ 1.100. O modelo de tração dianteira passou de R$ 99.490 para R$ 100.590, enquanto o modelo de tração 4×4 foi de R$ 104.190 para R$ 105.290.
As versões FreeStyle 1.5 permaneceram sem aumento — a versão manual custando R$ 86.490 e a automática R$ 92.490.
Ford promove no Brasil mudanças na gama de versões da linha EcoSport com a exclusão de uma das variantes e aplicação de aumentos nos preços de quase todo o restante de gama. Em outras palavras, foi retirada do catálogo a configuração FreeStyle Plus (que tinha como diferencial a oferta de 7 airbags) e os acabamento SE, Titanium e Storm ficaram mais caros. No caso da versão topo de linha, por exemplo, o preço agora é de salgados R$ 105.290.