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Zero a 300

VW mostra seu carro elétrico “barato” | Cadillac comemora 20 anos da V-series | O primeiro GMA T.50 e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

VW mostra seu carro elétrico “barato”

A corrida agora é para se tentar um carro elétrico acessível ao público, depois do acordo para banimento da combustão interna na Europa e Califórnia a partir de 2035. Sim, o acordo atualmente faz mais água que o Titanic depois do Iceberg, mas parece que de uma forma ou outra, o transporte individual vai mesmo se eletrificar nesses lugares.

Baratear o carro elétrico é difícil pois para se equiparar ao a gasolina, tem que usar baterias enormes e caríssimas, e não somente em manufatura, mas em matéria prima, cujo preço não reduz como em componentes manufaturados. Também faz carros mais pesados, que necessitam de suspensões, pneus, e estruturas também mais caras e pesadas. Há mais de um ano uma fonte nos informou que a mais barata das baterias deste tipo, sozinha, custava quase o preço de um Kwid inteiro, preço business-to-business, não no varejo. Difícil.

Mas a VW está na ponta de lança dessa tentativa de baratear o elétrico. Ontem mostrou seu conceito Volkswagen ID.2all, um carro que pretende chegar ao mercado europeu em 2025, a um preço de €25.000. O que não é exatamente barato, sendo o equivalente a R$ 140.250 no câmbio de hoje, mas é um belo progresso.

E não parece nem algo extremamente espartano, pelo contrário. A Volkswagen diz que o ID.2all será tão espaçoso quanto um Golf, em tamanho total de Polo. Para isso, tem o mesmo entre-eixos do Golf, 2600 mm, mas é mais curto aos 4050 mm de comprimento.

O motor tem nada menos que 225 cv, e com isso o carro é capaz, segundo a VW, de fazer o 0-100 km/h em “menos de sete segundos”, e atingir 160 km/h, limitado; o gasto de carga de bateria a altas velocidades outro problema dos elétricos. No ciclo WLTP, é capaz de rodar até 450 km, começando com bateria completamente carregada. Impressionante.

Normalmente receberíamos algo assim com alegria, se não fosse uma forma de empurrar a agenda da obrigatoriedade do elétrico. É uma enorme melhoria, e seria uma interessantíssima opção, sim, mas não é milagre. Nem muito menos opção. Bom, pelo menos para os europeus, não será a partir de 2035. (MAO)

 

Retro Designs faz um Pontiac Firebird 1979 restomod

Um Pontiac Firebird Trans Am de 1979 é um carro lindo, baixo, comprido, largo, e impulsionado por um sonoro V8. Mas, original, é um dos pontos baixos da história do modelo, devido à época que existiu: antes da indústria americana conseguir lidar a contento com a legislação de emissões, era amordaçado por sistemas arcaicos, que fazia seu V8 fraco relativamente, beberrão, e com um comportamento não muito linear ou suave.

A Pontiac fazia então o de sempre: caprichava no deslocamento. Eram 6,6 litros aqui, que davam 220 cv. Relativamente pífios em relação aos monstros dos anos 1960, mas respeitável. Ainda assim, como um todo, o carro fica decididamente aquém de sua aparência.

Mas agora a Retro Designs, da Carolina do Norte, muda isso com seu projeto mais recente, um Pontiac Firebird Trans Am 1979 totalmente restaurado, mas com um moderno V8 LS3 e suspensão melhorada.

A ideia do exercício aqui é manter a aparência intacta, mas melhorar o resto. Depois de passar por uma restauração completa, o Trans Am está exatamente como quando saiu de fábrica, com exceção das rodas de liga leve Snowflake de maior diâmetro, calçadas com pneus Continental modernos. Da mesma forma, a cabine foi estofada com couro de alta qualidade, apresentando um sistema de som moderno com conectividade e um novo ar condicionado Vintage Air para maior conforto.

O motor LS3 é um V8 de 6,2 litros, bem menor e mais leve que o 400 original, mas ainda assim muito mais forte: saudáveis e confiáveis 436 cv. A transmissão é uma automática moderna GM, a 6L80E de seis marchas. Um escapamento de aço inoxidável sob medida com silenciadores Magnaflow traz o deliciosamente melódico e inconfundível som do V8 americano para o centro da experiência.

O Firebird, diferente de outros americanos da época, é tecnicamente monobloco, ainda que o subframe dianteiro seja enorme, quase um vestígio de chassi. Um meio termo entre chassi separado e monobloco, vá.

Neste Firebird, foi adaptado com um subframe novo e moderno, hidroformado pela Detroit Speed. A suspensão traseira, já originalmente um eixo rígido bem localizado, é melhorado com componentes (amortecedores, molas e buchas) modernos. A dianteira, um duplo A independente, também. Os freios são a disco nas quatro rodas Wilwood, com booster eletrohidráulico da Performance Online.

O preço deste carro único? A empresa não revela, mas faz projetos somente por encomenda, com um valor mínimo de contratação de US$ 250.000 (R$ 1.322.500), então você já pode imaginar do que estamos falando aqui. (MAO)

 

Cadillac comemora 20 anos da V-series

Life is what happens to you while you’re busy making other plans”, já disse John Lennon. As vezes, isso fica claro para gente quando coisas que aconteceram agorinha, faz pouco tempo, fazem aniversário, e se mostram na realidade velhas o suficiente para tirar habilitação e poder dirigir.

Me lembro como se fosse ontem o primeiro Cadillac “V”, uma letra que significa os mais velozes e capazes deles, claramente seguindo, como tantos outros, a liderança da BMW, que nomeous seus carros deste tipo com a letra “M”, desde tempos imemoriais. Mas estes Caddys agora estão comemorando 20 anos de idade.

Na verdade 19 anos. É ano que vem que será o 20º aniversário da submarca Cadillac V-Series, mas a empresa começa desde já as comemorações, ansiosa para chamar atenção como é normal na indústria. A linha de veículos de alto desempenho iniciou com o lançamento do Cadillac CTS-V 2004, sinalizando o início dos esforços da marca para competir com BMW M e Mercedes-AMG.

A marca dará início às celebrações neste fim de semana em Sebring, e elas durarão até o ano que vem em março, de novo no mesmo lugar. Promete um ano de overload de V para ninguém botar defeito.

Até hoje existiram 13 modelos diferentes da Série V nos últimos 20 anos, em quatro gerações. A geração atual é a mais extensa da série, com dois modelos Blackwing e o primeiro Escalade-V. O Escalade é na verdade o modelo que mantém a empresa viva, o único real sucesso dela desde tempos imemoriais, infelizmente.

O Escalade-V é relativamente novo, porém, lançado em 2022. É um monstro de 691 cv, 6,2 litros supercharged, 5,4 metros de comprimento, quase dois metros de altura, e pbt acima de três toneladas, pesando em curb 2820 kg. Isso é um esportivo moderno, para você.

A Cadillac nunca conseguiu o cachê dos alemães em seus sedãs e peruas V, apesar de fazer uma série de carros fantásticos em performance e qualidade geral. Parece que a merca está sempre ligada ao carro americano tradicional, o que prova o sucesso do Escalade: o carro americano tradicional hoje é uma picape full-size, e as peruas derivadas dela. Faz sentido.

Veremos agora para onde vai a marca, no futuro elétrico prometido. Os elétricos de luxo como os Tesla hoje já são velozes a ponto do desconforto físico; para onde ir acima disso? (MAO)

 

Começa a produção do GMA T.50

Chegou a hora da verdade. O McLaren F1 reinterpretado com materiais e tecnologia atuais, o novo GMA T.50 de Gordon Murray, finalmente entrou em produção, depois de um longo processo de testes e certificação.

A Gordon Murray Automotive está finalmente começando a montar o primeiro exemplar de produção. Apenas 100 exemplares do T.50 serão feitos, ou seja, 1% deles hoje já se encontram em processo de produção, se vocês perdoarem a infame piada matemática de engenheiro.

Cada um deles será montado manualmente nas instalações da GMA em Dunsfold em Surrey, Inglaterra, com especificações exclusivas de acordo com os desejos dos clientes. A empresa diz que dois veículos nunca terão a mesma cor externa básica. Murray assinará pessoalmente todos os carros, com uma caneta, e não uma placa fabricada por máquinas.

A Gordon Murray Automotive anunciou também que está estabelecendo uma rede de cinco centros de serviços globais, localizados nos EUA (costas leste e oeste), Reino Unido, Japão e Abu Dhabi, para manter o carro em perfeito estado depois de vendido.

Esses centros contarão com técnicos especializados em manutenção e serviço treinados pela GMA para manter o T.50. Além disso, a Gordon Murray Automotive trabalha em uma rede de 14 centros de suporte em todo o mundo, incluindo Alemanha, Espanha, Hong Kong, Cingapura, Taiwan, Austrália e outros. Outros seis centros serão estabelecidos nos principais estados dos EUA. O que nos faz pensar: nenhum foi vendido para o Brasil?

No próximo ano, a empresa também deve começar a montar o T.33, seu segundo modelo, também com 100 unidades planejadas, e também com todas já encomendadas. Um bom e confortável negócio, se pensarmos que cada um deles sai a £ 2,36 milhões, ou R$ 15.033.200 no câmbio de hoje, na Inglaterra.

Achou caro? Pense que um McLaren F1 custa hoje mais de U$ 28 milhões, ou mais de 148 milhões de reais. Pouco menos de 100 F1 foram construídos nos anos 1990, e custava o mesmo do T.50, ajustado para inflação. O GMA T.50 é na verdade um investimento sólido, com valorização praticamente garantida. Bem diferente do seu Polo/HB20/Yaris/Argo, que vai perder 30% de seu valor pouco tempo depois de comprado, e isso nunca mais será recuperado. (MAO)

 

Morgan Plus Four Spiaggina é na verdade baseado no chassi antigo da Morgan

Esta terça-feira demos a notícia do exclusivo Morgan Plus Four Spiaggina, um carro único feito sob encomenda para um cliente especial da marca. Dissemos que era baseado no atual Plus Four, com motor BMW 2.0 turbo, e como o câmbio automático tinha alavanca diferente, acreditamos que era a prometida nova alavanca que substituiria a da BMW, universalmente odiada. Mas parece que erramos nas duas contas.

Morgan não divulgou nada sobre a especificação mecânica do carro, além de dizer que ele é “construído em uma versão do chassi de aço bem estabelecido que sustentou os carros esportivos Morgan por mais de 80 anos”.

Isso na verdade dá a entender que é o último carro feito com o chassi tradicional tipo escada, de aço, com suspensão dianteira de pilar deslizante, e estrutura de carroceria em madeira. Um carro descontinuado em 2020. Não é, portanto, o novo spaceframe de alumínio. Desta forma, esta não é a nova alavanca de câmbio do Morgan.

O que há debaixo do capô do Spiaggina? O atual BMW ou o antigo V6/Duratec Ford? Seu chute é tão bom quanto o nosso. Contaremos mais quando, e se, aprendermos mais sobre este carro único. Desculpem a gafe! (MAO)