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Zero a 300

VW salva festival GTI | A Bugatti começa a restaurar Veyron | A nova VW Camper Van e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

O Campeonato Paulista de Rally Clássico 2023 começa dia 1 de abril

O Campeonato Paulista de Rally Classico está voltando em 2023. Este tipo de rali é uma incrível oportunidade de donos de carros antigos ou de interesse especial (nós) rodarmos por estradas com todo apoio e segurança, num ambiente que é ao mesmo tempo competitivo e cheio de diversão e camaradagem.

A organização é extremamente profissional, e feita por gente do meio, que conhece o assunto e faz de tudo para que os participantes tenham uma experiência memorável. O campeonato conta também com o apoio da Secretaria de Turismo da Cidade de São Paulo.

Este ano, o campeonato terá 4 datas com 5 Etapas e 6 provas, e a primeira se dará no dia 1 de abril próximo (e não é mentira). É o tradicional Rally Quadrifoglio, organizada em conjunto com o Alfa Romeo Clube do Brasil e a FBVA (Federação de Veículos Antigos). A prova é conjunta com o Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórico (CBR) da Federação Brasileira de Veículos Antigos.

A largada será no Centro de Tradições Nordestinas, na Zona Norte da cidade de São Paulo. Os competidores então vão rodar em torno de 250 km em estradas 100% pavimentadas, a caminho da chegada no Autódromo Fazenda Capuava em Indaiatuba. Assim, a tarde será na pista para quem assim o desejar, e de qualquer forma, será uma grande confraternização nas sensacionais instalações da Capuava. Um dia que promete ser memorável.

As outras datas dos ralis deste ano são:

– 03 e 04/06 – Rally Paulista (duas etapas)

– 02/09 – Rally da Independência

– 28/10 – Rally dos Campeões (duas provas)

No rali, pilotos e navegadores tem que manter as médias de velocidade estipuladas na planilha da prova. As categorias são divididas pelo ano de fabricação do veículo: Históricos (até 1970), Super Colecionáveis (1971 até 1980), Clássicos (1981 até 1993), e Futuros Clássicos (1994 em diante). Este ano, a novidade é a categoria PRO, dedicada a participantes que desejam um alto nível de competição, e aberta a carros fabricados até 1993.

As inscrições já estão abertas, no site do Rally, ou por e-mail ([email protected]), ou no Whatsapp (11 99368-7165). Nos vemos lá! (MAO)

 

VW entra em ação para salvar o festival Wörthersee GTI

Os fãs da Volkswagen de todo o mundo ficaram realmente chateados no início deste mês, quando o lendário festival Wörthersee GTI, uma imensa festa dos carros da marca de todas as épocas, realizado no Lago Wörthersee, na Áustria, desde 1982, foi cancelado com poucas perspectivas de voltar.

O motivo? A vila de Maria Wörth, onde ficava o festival, anunciou recentemente que não realizaria o show no futuro porque queria proteger o ecossistema local e “reconhecer os efeitos prejudiciais das mudanças climáticas.” O lago Wörthersee, que desde 1982 era casa de um evento familiar cheio de gente alegre em volta de seus carros, agora acha que isso é moralmente escuso.

No mundo de hoje, a declaração já seria suficiente para o fim da brincadeira e pronto. Mas felizmente, a Volkswagen, patrocinadora do show desde 2006, interveio para salvar o dia. Agora o festival será realizado em sua própria sede em Wolfsburg.

Infelizmente, a decisão da VW não chegou cedo o suficiente para montar um show este ano. O primeiro acontecerá em 2024 e a empresa promete “muitos outros eventos interessantes e surpresas para os entusiastas do GTI” além das esperadas apresentações de veículos, shows de palco e reuniões de clubes. Está chamando o novo evento de “GTI coming home”.

O evento do lago começou em 1982 com apenas 100 participantes; mas cresceu exponencialmente e atraía 200.000 visitantes por ano, de todos os lugares do mundo. Visitantes esses que agora vão gastar seu dinheiro em Wolfsburg, e o lago austríaco cujo nome já esquecemos, e seus habitantes, que passem bem. (MAO)

 

Bugatti restaura seus carros na própria fábrica

A Bugatti moderna, uma ideia do Evil Doktor Ferdinand Piëch, nasceu para criar clássicos instantâneos. Baixa produção, tudo do bom e do melhor em engenharia, manufatura e materiais, e um preço de fazer chorar; tudo para criar carros que nunca desvalorizariam como o seu Corolla. Um Bugatti sempre vale o que você pagou por ele, talvez até mais.

Não é a toa que a manutenção deles faz parte do esquema. E, agora, também a restauração. Sim, a Bugatti tem um serviço de restauração de carros que, na pior das hipóteses, tem 18 anos de idade. E, provavelmente, passou esses 18 anos praticamente parado.

Veja o exemplo desses dois carros. São parte de uma “coleção internacional reverenciada com sede nos Emirados Árabes Unidos”, e aparentemente, necessitavam restauro. São um Veyron de 2006, e um Veyron Grand Sport 2009. Os carros foram levados de volta à Bugatti na França, e a restauração foi um processo de três anos.

Que tipo de restauração é necessária em carros com menos de 20 anos que são presumivelmente armazenados em uma instalação climatizada? A “Bugatti La Maison Pur Sang”, a equipe interna de restauração da Bugatti, na verdade realizou inspeções completas, manutenção e alterações estéticas solicitadas pelo cliente.

Por exemplo, o cupê Veyron recebeu uma nova pintura, passando de dois tons de cinza para um preto azulado de dois tons. Para combinar melhor com o exterior, o interior foi corrigido de um tom mais claro de marrom (Cognac) para um tom mais escuro (Havanna). Segundo a Bugatti, isso foi feito para dar ao carro uma “configuração mais contemporânea”. Enquanto isso, o Veyron Grand Sport sendo três anos mais novo estava mais ou menos bem, exceto pelo interior. O proprietário optou por uma versão mais quente de bronzeado claro (Magnolia) em vez do tom anterior de bronzeado claro (Silk).

Os carros foram desmontados e remontados completamente, e tudo que precisou, foi trocado. Restauração ou apenas uma personalização somada a manutenção? O fato é de que, apesar da empresa não revelar os valores do serviço, provavelmente saiu pelo preço de mais um Bugatti, pelo menos. Não dá para saber nem o que dizer aqui. O mundo dos donos de Bugatti, definitivamente, é muito diferente do nosso. (MAO)

 

A VW mostra nova geração da sua “Camper Van”

A Volkswagen lançou esta semana uma nova versão de sua “Camper Van” de entre-eixos curto. A mais nova iteração de uma longa tradição que remonta das Kombi Westfalia, chama-se agora VW Transporter T6.1 California Surf.

É, para todos os efeitos, uma pequena casa sobre quatro rodas. Sem um banheiro, porém. A Van vem com uma pequena cozinha, uma capota “pop-up” e assentos giratórios, dobráveis e escamoteáveis para acomodar até quatro pessoas.

Mecanicamente tem um motor turbodiesel de 2.0 litros e 150 cv, tração dianteira, e uma transmissão automática de dupla embreagem de 7 velocidades. A Surf é também uma das mais caras vans da VW:  preços começam no equivalente a R$ 424.760, na Europa, o único mercado onde ela está à venda.

O acabamento é de primeira, porém, com armários e detalhes em madeira, parecendo tudo uma versão portátil de uma mansão minimalista moderna. Sua cozinha possui um fogão de duas bocas, e o interior com seus assentos giratórios para motorista e passageiro é um lugar interessante para se estar.

Outros recursos incluem um conjunto de sensores para ajudá-lo a rebocar um trailer, uma pequena pia de aço inoxidável e bancos aquecidos para uma experiência de direção mais confortável. O Surf tem espaço para dormir para quatro pessoas graças a uma cama alta e um banco traseiro que se converte em uma área para soneca. Um teto pop-up expande a sala para cima, permitindo adultos ficarem de pé. Outras comodidades incluem controle climático de três zonas e um aparelho de som com oito alto-falantes. O controle de cruzeiro adaptativo é uma opção. (MAO)

 

Raríssimo Jaguar Sport XJR-15 será leiloado

O supercarro Jaguar Sport XJR-15 é um mistério envolto num enigma, uma rara e pouco conhecida variação no tema “supercarro Jaguar”. Foi criado pela JaguarSport, uma subsidiária da Jaguar,  e joint venture com a  Tom Walkinshaw Racing. De 1990 até 1992, apenas 53 carros foram fabricados, cada um vendido por £ 500.000. Em dinheiro de 1990!

O chassi era baseado no XJR-9, vencedor de Le Mans, projetado por Tony Southgate. A carroceria do XJR-15 foi desenhada por Peter Stevens, famosamente parte do time que criou o McLaren F1. A Jaguar diz que o XJR-15 foi o primeiro carro de rua do mundo feito inteiramente de fibra de carbono, mas as definições “de rua” e “inteiramente de fibra de carbono” podem ser pragmaticamente contestadas.

Mas enfim, o fato é que é um carro sensacional, muitos acreditando ainda mais legal que o seu contemporâneo, o supercarro Jaguar “oficial” chamado XJ220. Pelo menos, este tem um V12 aspirado.

E que V12. Trata-se da versão de competição do motor de rua do XJ-S, uma unidade de 5993 cm³, DOHC e 4 válvulas por cilindro, de 450 cv. A transmissão era de corrida: manual não sincronizada de seis velocidades da TWR. Mas uma caixa “de rua”, sincronizada de 5 velocidades, era opcional. O carro pesava apenas 1050 kg.

Algo raríssimo e obscuro, mas deveras interessante. Agora, um deles apareceu à venda. Trata-se de um Jaguar XJR-15 1991, e, pasme, que rodou apenas 246 km desde novo. Vai a leilão pela casa RM Sotheby’s, em seu leilão em Amelia Island. Estima-se o valor em torno de 1,5 milhão de dólares americanos, ou quase oito milhões de reais.

Apenas 27 dos 53 XJR-15 foram construídos em especificação de rua, como este, o chassi 042. O carro foi entregue novo a um colecionador na Ásia em julho de 1991, e permaneceu em exibição estática em sua coleção até ser enviado para os Estados Unidos no final de 2022.

Isso mesmo: o carro nunca foi ligado, dirigido ou mesmo visto em público desde que deixou o Reino Unido em 1991. É mole? (MAO)