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Zero a 300

20 anos do Wrangler Rubicon | 100 anos do Quadrifoglio Verde | Nissan Versa 2023 e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

Jeep comemora vinte anos do Wrangler Rubicon com edição especial

O Rubicon. Trinta e cinco km de pedras, buracos e subidas aparentemente impossíveis localizada na Sierra Nevada, no oeste dos Estados Unidos, a oeste de Lake Tahoe e cerca de 130 km a leste de Sacramento, na Califórnia. Uma trilha tão famosa que virou teste para os veículos da linha Jeep.

E há exatos 20 anos, um grupo de engenheiros da Jeep desenvolveu uma versão mais capaz do Wrangler, justamente pensando nesta trilha. Se tornou a hoje famosa versão do Wrangler, chamada Rubicon. Obviamente, é hora de comemorar a efeméride, com uma edição especial do Wrangler. É o Jeep Wrangler Rubicon 20th Anniversary edition, disponível em quantidades limitadas para as versões 4xe (híbrido plug-in 2 litros turbo de  380 cv) ou 392 (Hemi V8 de 6,4 litros e 476 cv).

Para esta nova variante, a Jeep eleva a suspensão em meia polegada (12,7 mm) e instala rodas com provisão para beadlock (fixação por parafusos no talão dos pneus) e, se você escolher o motor Hemi 392, um compressor de ar a bordo. Opcionalmente o kit AEV traz pneus off-road de 37 polegadas, um guincho, para-choques especiais, suspensão modificada, luzes off-road, amortecedor de direção e, no 4xe, uma relação de eixo de 4,56: 1.

O carro conta também com novos para-choques de aço, uma câmera off-road frontal integrada, um kit de ferramentas de 83 peças, e emblemas especiais da versão. No interior, o motorista e os passageiros viajam em um cockpit vermelho/preto especial com bancos de couro.

A edição é limitada, mas não se sabe exatamente em quantas unidades, e por enquanto, é oferecido apenas para o mercado americano. O preço é salgado, porém: US$ 69.585 (R$ 368.104) para o 4xe e U$$ 90.895 (R$ 480.834) para o 392. Se você optar pelo kit AEV, adiciona-se pouco mais de US$ 20.000 (R$ 105.800) ao preço. Assim equipados, são os Wrangler de fábrica mais caros da história. (MAO)

 

Mini incentiva câmbio manual nos EUA

A divisão americana da Mini conduziu recentemente uma pesquisa com consumidores, onde 63% dos entrevistados concordaram que aprender a dirigir uma transmissão manual é uma importante habilidade para a vida. Além disso, a principal característica que os entrevistados associaram a um veículo com transmissão manual foi que era “divertido de dirigir”.

Apesar disso, apenas 24% dos entrevistados indicaram possuir um veículo com transmissão manual. Quase metade de todos os entrevistados da Geração Z (49%) e 42% de todas as mulheres relataram não saber dirigir um veículo com transmissão manual. Mas 53% de todos eles indicaram que estariam dispostos a aprender. Curiosamente, 67% dos entrevistados com idades entre 18 e 34 anos expressaram o maior interesse em aprender a dirigir um veículo com transmissão manual.

Em resposta a isso, a Mini USA está expandindo suas ofertas de transmissão manual a partir de 1º de março de 2023. Quatro modelos Mini adicionais estarão disponíveis com transmissões manuais, incluindo o Mini Cooper Convertible, Mini Cooper S Convertible, Mini Cooper 4-Door Hardtop e Mini Cooper S 4 portas Hardtop. Isso eleva o número total de modelos Mini oferecidos com transmissão manual para sete nos EUA.

Além disso, em um esforço para encorajar a próxima geração de motoristas manuais, a Mini USA fez parceria com o BMW Group Performance Center West em Thermal, CA, para lançar uma escola de direção com câmbio manual. As inscrições para a escola estão abertas a partir de 8 de fevereiro de 2023, com o preço do curso US$ 499 (R$ 2.639).

Ao que eu pergunto: onde estão os pais da metade analfabeta desses jovens que não sabem dirigir de verdade? Ensinar adolescentes a dirigir é chato e trabalhoso, sabemos bem, mas já que não é parte do currículo escolar como na Escandinávia, a responsabilidade fica com os pais. Ou pelo menos, costumava ser assim, (MAO)

 

Mustang Dark Horse terá rodas de fibra de carbono

O saudoso Mustang GT350R de 2014 a 2020 trouxe não somente um V8 de virabrequim plano para o mundo dos meros mortais, mas também um avanço tecnológico considerável: validou para venda em carro zero km as rodas de fibra de carbono da Carbon Revolution australiana. Antes, as rodas no material existiam, mas custavam um Mustang inteiro. Além do GT350R, as rodas apareceram também depois no Ford GT.

Agora, a Ford revelou mais um detalhe do novo Mustang Dark Horse: justamente rodas de fibra de carbono da Carbon Revolution para ele. São rodas de 19 polegadas, de cinco raios, em uma única peça. Como antes, o segredo da Carbon Revolution é um revestimento de cerâmica e metal na parte interna dos aros, que permite a validação da Ford, que inclui mais de 200 testes de validação estrutural e ambiental.

A Ford vem mostrando detalhes do Dark Horse à conta-gotas, antes do lançamento iminente. Já sabemos que será o topo de linha do cupê, com o V8 de 500 cv, e câmbio automático ou manual. Sabemos também que o interior terá detalhes em azul, bancos Recaro, e uma bola de câmbio de titânio anodizado azul. Agora, aprendemos que as levíssimas rodas da Carbon Revolution estarão nele também.

Barato, não vai ser. A Ford não anunciou o preço do Dark Horse, mas produção começará nos Estados Unidos ainda neste verão. (MAO)

 

100 anos do Quadrifoglio Verde, e 60 anos da AutoDelta

Responda rápido: o que todo Alfa Romeo de competição tem em comum? Claro que é o trevo de quatro folhas, o Quadrifoglio, o símbolo universal de boa sorte encampado pela marca de Portello desde a Targa Florio de 1923, quando Ugo Sivocci colocou um adesivo dele em seu RL de competição.

O que significa que chegamos a 100 anos do Quadrifoglio. Cem anos. Dos RL desenhados por Merosi para Nicola Romeo elevar sua marca de patamar, ao incríveis 8c de Jano; das Giulia e GTV de Satta e Busso nos anos 1960, aos Brabham-Alfa Romeo de fórmula 1 dos anos 1980.

De Enzo Ferrari a Nelson Piquet, de Fangio ao indefectível cowboy spaguetti Arturo Merzario e as ferozes tipo 33/12 acordando as vilas pacíficas da Sicília com seu grito de 12 cilindros e 11000 rpm a caminho da vitória na Targa Florio de 1975. Chega a dar um calorzinho gostoso no coração. Cem anos de um pequeno símbolo com muita história para contar.

E mais: a Alfa Romeo também está comemorando o 60º aniversário da AutoDelta, empresa de preparação de Alfa Romeo de competição criada pelo engenheiro Carlo Chiti, que depois virou o braço oficial de competição da Alfa.

Além de revelar logotipos comemorativos que serão usados durante o ano, a marca também prepara comemorações que incluirão uma reunião no Museu Alfa Romeo em Arese, Milão, em 5 de março, para marcar o aniversário da AutoDelta. Depois, 25 de junho será o Dia do Quadrifoglio.

Parabéns à Alfa Romeo, uma das mais passionais empresas que existem, nesta data importante. E que o Quadrifoglio verde continue a significar o que sempre significou. (MAO)

 

Nissan Versa volta a ser oferecido no Brasil, sem versão manual

Um minuto de silêncio para um dos últimos sedãs familiares simples, aspirados e manuais disponíveis no mercado brasileiro. O Nissan Versa voltou ao mercado brasileiro, mas citando “baixa procura”, a versão manual não existe mais. A culpa, aparentemente, é nossa.

Durante a pandemia e depois dela, a produção do carro no México foi errática, e a disponibilidade aqui, imprevisível. Mas agora a empresa garante que tudo está normalizado, e que o carro está de volta ao mercado de verdade.

O novo Nissan Versa 2023 volta sem novidades visuais. Mas a Nissan diz que a carroceria foi com peças adicionais e maior espessura, com o uso de aço de alta resistência, melhorando rigidez e comportamento. A suspensão traseira traz novos suportes e sistemas de fixação, e o ângulo do cáster dianteiro ficou 30% maior, para melhorar a resposta da direção. Junto com recalibração de suspensão, o carro inclina 15% a menos em curvas.

Pena que para aproveitar isso, e o gostoso quatro em linha de 1,6 litros, 113 cv e 15,3 mkgf (reduzido em 1 cv e 0,2 mkgf por causa do PL7), agora apenas está disponível a transmissão automática CVT. O Sense Manual, básico, não existe mais, como já dissemos.

Outra novidade é o carregador sem fio de celular que chega para a versão mais cara Exclusive. O básico Sense recebeu faróis de neblina, faróis halógenos com luz diurna e com função “Follow me Home”. O Versa 2023 custa a partir de R$ 100.690 na versão Sense, e chega aos R$ 121.690 na versão Exclusive. A versão intermediária, chamada Advance, custa R$ 109.370. (MAO)