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Onix atinge marca de 3 milhões produzidos

O Onix original foi um dos mais bem-sucedidos projetos da GM do Brasil. Primeiro tecnicamente: o carro era derivado do Sonic coreano, e a ideia básica sendo barateá-lo para o mercado brasileiro. O que foi feito com uma habilidade única. Sim, seu desempenho em segurança passiva era inferior ao do Sonic, e os bancos tinham assento alto e conforto menor. Mas a “pioria” parava aí. Era um carro melhor que o original em um monte de coisas, ao mesmo tempo barato, mas agradabilíssimo.

Veja o uso do motor SOHC 8 válvulas “Família 1”: desenvolvido pela GMB por décadas, era nele suave, potente e extremamente econômico. Era também barato para manter, com todo carro tendo peças fáceis de encontrar e a preço justo. Some a isso uma das primeiras telas auxiliares centrais para conectar celular que apareceram por aqui em carros baratos, e um design que agradou, e se tem um produto perfeito para seu mercado.

O Onix foi um estrondoso sucesso, se tornando líder de venda no Brasil a partir de 2015. Em 2019, aparece o carro atual, um carro completamente novo de projeto chinês; o antigo Onix vive até 2021 paralelamente como Chevrolet Joy. O carro atual continua um sucesso, ainda que seja menor do que foi; o melhor ano do Onix é 2019 com 240 mil veículos; em 2024 vendeu 97 mil. Perdeu a liderança de mercado em 2021 também.

Ainda assim, com Celta e duas gerações do Onix em sua história, a fábrica da GM em Gravataí, perto de Porto Alegre no Rio Grande do Sul, é um grande sucesso. A fábrica comemorou agora a marca de 3 milhões de unidades produzidas do Onix no Brasil, consolidando o hatch e o sedã como os automóveis mais produzidos da história do fabricante no país. O número inclui todas as configurações da linha, como os Onix Joy e Chevrolet Joy.

A GM diz que é o carro mais fabricado por ela no país, na frente agora do Corsa, com 2,9 milhões. Mas é tudo semântica: o Onix são dois carros (três com o sedã, que antes chamava Prisma, então não entra na conta dos 3 milhões), e o Corsa? Existem Corsa 1 e Corsa 2 na conta (4200 e 4300), e por algum motivo, o sedãzinho “Chevrolet Classic” entra na conta do Corsa também, como o “Chevrolet Joy” entra na conta do Onix.
O Celta, sozinho, tem mais de dois milhões de unidades fabricadas, e é na verdade um Corsa 4200 simplificado. Não conta como “Corsa”? Segundo a GM, não. Legal notar que o Chevette é o quarto colocado, com 1,4 milhões de carros produzidos.
O carro mais vendido do Brasil é o Gol, que vendeu 8,5 milhões de unidades sem contar derivados. Mas teve mudanças constantes e uma radical no fim; não é exatamente um carro só, ainda que espiritualmente é. O Fusca vendeu 3,3 milhões de carros em sua longa história. O Onix pode passar a marca dele! Mas sim, com dois carros diferentes; Fusca foi um só.

Mas enfim: o fato é que o Onix é um grande sucesso. Seria maior se a GMB ainda tivesse as rédeas de seu futuro como quando criou o primeiro deles? Tenho certeza que sim. Mas se minha vó tivesse bigode, seria meu vô. (MAO)
Lotus Emira fica mais caro

O futuro da Lotus parece realmente difícil. Mesmo se a gente esquecer os carros elétricos, criados na China por outra fábrica, e essencialmente carros chineses com acerto de suspensão e logotipos Lotus, não parece que a Lotus de verdade, a de Hethel, que faz carros esporte com motor a combustão, tem condições de sobreviver.

O Emira é um sensacional carro esporte, sim, com muita coisa legal. Especialmente a versão V6 manual: com o V6 de 3,5 litros Toyota com supercharger, são nada menos que 400 cv de diversão pura. Mas aos 1487 kg não é exatamente um carro na tradição da empresa.

Não, 1500 kg e 400 cv não é ruim. Mas num Lotus? Sei não. Um carro esporte Lotus tem que ser não só leve; deve ser espantosamente leve. Se tivesse 1000 kg neste caso, ótimo. Mas na busca de se “normalizar”, de competir com Porsches, a marca fez o Emira. E acabou tirando todas as vantagens que um Elise, por exemplo, tinha frente a um Boxster. Temo pelo futuro da casa que Chapman construiu.
E agora, mais más notícias: a empresa finalmente divulgou os preços do Emira 2026 para os EUA. E os preços subiram; já não vendia muito bem antes, imagina agora. Provavelmente acaba de se tornar à prova de venda.

O Emira terá preço inicial de US$ 106.900 (R$ 588.227). Começa nesse preço para a versão com motor Mercedes-AMG de quatro cilindros turbo e 360 cv, com transeixo DCT de oito velocidades. O Emira V6, manual de seis marchas e 400 cv, começa nos US$ 112.900 (R$ 621.243). O Porsche Cayman começa em U$ 75.400 (R$ 414.896) por lá.

Todos os Emira 2026, independentemente do trem de força, recebem um sistema de arrefecimento que não só melhora o fluxo para o radiador principal e o resfriador da transmissão, como também reduz o peso. O carro estará disponível em duas novas cores: Verde Eos e Roxo Haze Metálico. Mas elas custam US$ 2.950 (R$ 16.232) a mais. O Tangerine Orange custa US$ 7.800 (R$ 42.920). Barrabás! (MAO)
Max Verstappen: “tração dianteira é a pior coisa do mundo”

Ao longo dos anos, o piloto de F1 Max Verstappen apareceu em vários comerciais promovendo carros de produção, incluindo o Civic Type R. Mas agora, a RBR usará um novo trem de força desenvolvido em parceria com a Ford. O tetracampeão de F1 já está estrelando um anúncio informal para a Ford.
Andando no banco do carona em um RS200 pilotado pelo jornalista Chris Harris antes de assumir o volante de um Mustang GTD, o Holandês Voador não escondeu seus sentimentos sobre carros com tração dianteira: “Acho muito chato. Para mim, é como se fosse uma antidireção. Às vezes, dirigir no simulador. É a pior coisa do mundo.”
Virou casaca? Provavelmente, foi sincero agora, pois agora pode. É uma afirmação pesada, mas tem que ser tomada pelo que é: se você tem a opção de tração traseira, é muito melhor para diversão, sim, não há sombra de dúvida. Não há como não enxergar isso, ainda que, obviamente, o melhor tração dianteira seja melhor que o pior tração traseira. Ou mesmo, um tração traseira mediano…
Mas o fato é também que para o uso diário, a tração dianteira é melhor. Um Civic Type R tem espaço interno e tampa hatchback, por exemplo, fazendo dele um carro diário viável apesar da suspensão dura e baixa. Também é mais seguro quando você está indo de noite debaixo de chuva a um lugar desconhecido e apenas quer chegar lá, como todo tração dianteira. Por isso é tão popular: por ser melhor no uso que 90% da pessoas tem para um carro.

E além disso, pode-se derivar uma versão mais divertida de um hatchback barato existente, e com isso, criar algo divertido e relativamente barato, e ainda assim útil no dia-a-dia, podendo ser o único carro da casa. Como um Sandero RS. Há lugar para carros de tração dianteira no mundo entusiasta sim, claro. Eu mesmo tenho só tração dianteira na garagem agora, por mais que ache isso uma situação longe do ideal.
Mas no fundo, Verstappen está certo. (MAO)
O novo CEO da JLR

A JLR confirmou que PB Balaji, diretor financeiro de sua controladora, a Tata Motors, será seu novo CEO a partir de novembro. A nomeação ocorre após a notícia de que o atual CEO, Adrian Mardell, estava se aposentando após 35 anos na empresa. Antes de se tornar CEO em 2023, Mardell foi CFO da JLR.
A saída de Mardell obviamente era planejada há muito tempo, já que a busca da JLR por um substituto vinha acontecendo “nos últimos meses”, de acordo com o presidente da Tata, Natarajan Chandrasekaran. A JLR afirmou que Balaji é “um líder global respeitado, com 32 anos de experiência nos setores automotivo e de consumo, em funções financeiras e de cadeia de suprimentos”.

Balaji já faz parte do conselho da JLR, assim como da Tata Motors Passenger Vehicles, da Tata Passenger Electric Mobility, da Tata Motors Finance Group e – notavelmente – da Agratas, que está construindo uma fábrica de baterias em Somerset, em parte para fornecer veículos elétricos para a JLR.
É um movimento de se tirar os ingleses da empresa e da Tata exercer um controle mais direto na empresa, neste momento de transição? Não há como saber, mas que parece, parece.

Lembremos que além da conhecida ‘nova Jaguar”, a Land Rover vai se tornar uma “Casa de Marcas”, com os modelos da empresa cada um tratado como marca separada, ainda que, aparentemente, o nome Land Rover continue. Algo que ninguém entendeu exatamente como funcionará, ainda. Veremos! (MAO)