Esta é a Ferrari 641, mas você deve conhecê-la como “a Ferrari do Prost que Ayrton Senna tirou da pista em 1990″. Apesar de entrar para a história como vítima de uma vingança servida fria e bem temperada, ela foi um dos projetos mais promissores (e frustrantes) a sair dos galpões da Scuderia.
Depois do bicampeonato de construtores conquistado em 1982-83, a Ferrari amargou um longo hiato de títulos que durou até 1999, quando Eddie Irvine, Michael Schumacher e Mika Salo conquistaram juntos 16 pódios e levaram a escuderia ao título de construtores. O jejum poderia ter sido menor se Alain Prost tivesse sido um pouco mais esperto e Nigel Mansell não fosse tão azarado.
Em 1990 a Ferrari 641 era o outro grande carro do grid, ao lado do McLaren MP4/5. Tinha inovações aerodinâmicas como o nariz “bico de pato”, side pods com arestas arredondadas e mais fluidas, e novidades tecnológicas como o câmbio semi-automático com suas aletas atrás do volante que estreou no GP do Brasil de 1989. O motor era praticamente um tenor italiano, e foi a trilha sonora dessa era: V12 de 3,5 litros, de 690 cv a 12.750 rpm.
Foi o carro que modelou os monopostos de F1 dos anos seguintes, e por isso era o carro que poderia trazer o título de volta à Maranello. Mas Nigel Mansell abandonou sete das 16 corridas por quebras ou acidentes. E Prost, que poderia vencer o GP de Suzuka e se manter na luta pelo título, estava no lugar certo para levar o troco de Senna pelo ano anterior. A história você já conhece, mas sempre vale relembrar.
1989…
…e 1990
E assim, a Ferrari perdeu o título de pilotos, o título de construtores e amargou mais nove longos anos até levantar o troféu de campeão novamente. Mas o carro…