no inicio da decada de 1960 a paisagem automobilistica dos eua ja exibia contrastes claros entre o utilitario e o carro de passeio de um lado picapes e jeeps ainda traziam consigo a herança da guerra veiculos de trabalho que aceitavam o desconforto como parte de sua essencia de outro sedas e station wagons ofereciam espaço suavidade e cromados que brilhavam sob a luz das estradas suburbanas entre essas duas esferas havia um vazio o motorista que precisasse atravessar terrenos dificeis sem abrir mao do conforto de um automovel moderno nao encontrava opçoes reais o jeep willys wagon havia sido a primeira tentativa de preencher parte desse espaço lançado em 1946 desenhado tambem por brooks stevens era mais civilizado que o jeep cj mas mantinha a rusticidade na direçao no cambio e no conjunto mecanico as suspensoes rigidas e a simplicidade do interior lembravam ao motorista a cada quilometro que se tratava de um utilitario disfarçado de familiar durante quase vinte anos ele resistiu nas concessionarias servindo tanto para familias rurais quanto para pequenos negocios era ao mesmo tempo pioneiro e limitado o jeep willys wagon que mais tarde seria vendido no brasil como rural willys enquanto isso os station wagons dominavam os suburbios com motores v8 potentes transmissoes automaticas e interiores carregados de conforto eram a materializaçao sobre rodas da prosperidade da classe media a liberdade que ofereciam se restringia no entanto as estradas pavimentadas fora delas tornavam se frageis incapazes de suportar barro pedras ou neve mais profunda o lado dos eua que se expandia em direçao a regioes montanhosas florestas e praias remotas começava a desejar algo mais havia uma transformaçao cultural a vida suburbana estava consolidada o automovel deixava de ser apenas transporte e se tornava objeto de lazer e estilo a cultura da viagem de fim de semana do camping em familia do esqui nas montanhas do barco rebocado ate o lago ganhava cada vez mais espaço o pais queria se mover para alem da cidade sem abrir mao do conforto e da imagem que o automovel representava na virada para 1962 nenhuma fabricante havia conseguido costurar esses elementos em um veiculo unico os utilitarios eram duros demais os carros de passeio frageis demais o motorista americano do inicio dos anos 1960 era obrigado a escolher entre conforto sem capacidade e capacidade sem conforto esse dilema visto hoje depois de 60 anos faz parecer simples a ideia de combinar as virtudes de cada mundo mas para enxergar uma necessidade do mercado voce precisa estar inserido nele e acima de tudo compreende lo plenamente e essa por acaso era a situaçao da jeep naquele inicio dos anos 1960 a ideia de unir a capacidade de um utilitario com o conforto de um automovel nao nasceu com o wagoneer desde o fim da segunda guerra havia tentativas isoladas de levar a robustez dos jeep de guerra para a vida civilizada o willys wagon de 1946 foi a primeira e mais duradoura com sua carroceria de chapas planas suspensoes de eixo rigido e motores de quatro cilindros derivados dos jeep de guerra ele trouxe ao publico a praticidade de um veiculo fechado e espaçoso sem abandonar a essencia do cj — o ancestral de ligaçao entre ele e o jeep willys de guerra era util e inedito mas nunca deixou de ser primitivo o travelall da international harvester de 1953 na decada seguinte outros fabricantes tentaram receitas semelhantes a international harvester lançou o travelall derivado de suas picapes robusto e capaz de transportar familias inteiras mas tao aspero quanto um caminhao a chevrolet respondeu com o suburban mais refinado porem ainda calcado na arquitetura pesada das caminhonetes todos cumpriam papeis especificos mas nenhum deles oferecia a combinaçao equilibrada entre versatilidade e conforto que começava a ser exigida o chevrolet suburban de primeira geraçao foi nesse contexto que a kaiser entrou na historia fundada por henry j kaiser magnata da construçao naval que havia enriquecido com contratos militares durante a guerra a kaiser frazer surgiu em 1945 como uma das poucas novas fabricantes a desafiar os gigantes de detroit no pos guerra seus primeiros automoveis desenhados sob a liderança de howard dutch darrin tinham linhas modernas e certa ousadia tecnica mas nunca alcançaram a força de mercado necessaria para sustentar a independencia da companhia aos poucos os automoveis kaiser perdiam espaço diante da expansao das big three a sobrevivencia da marca viria por meio da willys overland em 1953 henry kaiser adquiriu a empresa entao fragilizada mas dona de um patrimonio inestimavel o jeep o cj herdeiro direto do mb militar era simbolo de robustez e liberdade e gozava de um reconhecimento que nenhuma campanha publicitaria poderia comprar ao assumir a willys a kaiser nao apenas herdou uma linha de produtos mas passou a deter uma identidade que seus automoveis nunca haviam conseguido construir sob o nome kaiser jeep corporation a estrategia ficou clara o futuro estava na exploraçao da imagem e da versatilidade do jeep a fabrica em toledo ohio tornou se o centro de gravidade da operaçao e o foco se deslocou cada vez mais dos sedas kaiser para os utilitarios o willys wagon e a picape jeep continuaram em produçao sustentando o caixa e mantendo a marca viva mas a percepçao interna era de que o ciclo estava se esgotando o mercado mudava e era preciso criar algo que fosse alem da rusticidade aceita nos anos 1940 foi nesse momento que o talento de brooks stevens entrou em cena stevens fora responsavel pelo projeto do willys wagon e era conhecido por seu pragmatismo criativo sabia enxergar a essencia de um veiculo e traduzi la em formas que equilibravam funçao pratica e estetica o projeto que começava a tomar forma nos corredores da kaiser jeep nao era uma evoluçao direta do velho wagon mas a tentativa consciente de criar uma nova especie de automovel brooks stevens a combinaçao de fatores era rara a kaiser tinha a necessidade urgente de diferenciar seus produtos em relaçao as gigantes de detroit o jeep carregava uma imagem de robustez que podia ser transposta para a vida familiar a kaiser tinha experiencia no desenvolvimento de carros de passeio o consumidor americano por sua vez pedia cada vez mais liberdade de movimento sem renunciar ao conforto — dois fatores que podiam ser atendidos plenamente com a expertise da kaiser jeep quando o projeto recebeu sinal verde no inicio da decada de 1960 a kaiser ja compreendia que nao se tratava de desenhar apenas mais um utilitario o que estava em jogo era a construçao de uma nova identidade tanto para a empresa quanto para o proprio conceito de automovel o novo wagon seria o produto que consolidaria a kaiser jeep como marca independente e que ao mesmo tempo ofereceria ao publico algo que nenhuma outra fabricante havia ousado entregar um utilitario capaz de viver nas estradas e fora delas sem exigir concessoes a gestaçao do novo wagon começou em um momento em que a kaiser jeep ja percebia a urgencia de renovar sua linha o willys wagon havia se tornado anacronico sua carroceria de chapas retas denunciava a decada de 1940 o espaço interno era limitado e a experiencia ao volante nao se diferenciava muito da de um caminhao — o que nao o ajudava a se diferenciar do suburban e do travelall o publico americano que ja desfrutava de sedas cada vez mais macios e equipados nao aceitaria por muito tempo um utilitario que permanecesse preso a austeridade do pos guerra coube a brooks stevens a missao de desenhar o novo carro stevens nao era um designer que criava formas ousadas apenas pela estetica seu metodo partia da funçao da analise do comportamento do usuario e da adaptaçao da forma para traduzir praticidade em elegancia no novo wagon isso resultou em uma carroceria de linhas retilineas mas suaves que transmitiam robustez sem parecer rudimentar os farois circulares ladeavam uma grade larga de proporçoes horizontais que lembrava mais um automovel do que uma picape as superficies planas das portas e das laterais eram equilibradas por grandes areas envidraçadas que ampliavam a sensaçao de espaço e luminosidade no interior o willys wagon e o prototipo jeep malibu de 1959 a estrutura era de longarinas como nos utilitarios tradicionais mas o refinamento estava na escolha da suspensao dianteira independente de serie na versao de traçao traseira — e opcional na versao de traçao dianteira — um avanço que nenhum concorrente havia ousado adotar em veiculos com traçao nas quatro rodas essa decisao colocava o novo modelo em um patamar distinto ele era robusto como uma picape mas oferecia um conforto de rodagem muito proximo proximo ao de um carro de passeio no coraçao do projeto estava a mecanica o motor basico era o seis cilindros em linha tornado de 3 8 litros desenvolvido pela kaiser no final dos anos 1950 tratava se de um propulsor moderno para a epoca com comando de valvulas no cabeçote — algo raro em motores americanos ainda majoritariamente dotados de comando lateral produzia cerca de 140 hp suficientes para movimentar o utilitario com dignidade ainda que sem esportividade pouco depois para atender as demandas de maior desempenho o wagon passou a oferecer motores v8 da buick inicialmente o 5 7 litros que ampliavam a potencia para mais de 200 hp e transformavam o carro em um verdadeiro viajante de longas distancias a transmissao tambem simbolizava a versatilidade alem das caixas manuais de tres ou quatro marchas o wagoneer introduziu a possibilidade de cambio automatico em um veiculo com traçao 4x4 algo inedito na industria o sistema de traçao de seleçao manual era derivado da experiencia acumulada com os jeeps militares mas agora aliado ao conforto da conduçao automatica essa fusao de praticidade e robustez nunca havia sido oferecida ao publico antes o interior refletia a mesma filosofia bancos largos paineis simples mas bem acabados e a oferta de opcionais que aproximavam o wagoneer de um automovel familiar como radio ar condicionado e direçao hidraulica era a materializaçao da ideia de que o cliente nao deveria escolher entre conforto e utilidade pela primeira vez uma familia americana podia viajar em um carro com espaço comodidade e traçao nas quatro rodas sem que a experiencia fosse punitiva esse conjunto de soluçoes tecnicas e estilisticas fazia do novo jeep um carro realmente novo nao era apenas um sucessor do willys wagon tampouco uma imitaçao suavizada das picapes era a sintese entre a tradiçao de robustez herdada do jeep e a sofisticaçao que o publico começava a exigir stevens conseguira criar nao apenas um carro mas uma categoria o veiculo utilitario esportivo como o mundo passaria a chama lo encontrava ali sua forma primordial o novo modelo chegou as concessionarias no final de 1962 como modelo 1963 sendo um carro novo seu nome tambem era novo wagoneer nele o publico americano encontrou algo que nao se encaixava nas categorias ja estabelecidas nao era um seda porque tinha traçao nas quatro rodas suspensao elevada e amplo espaço de carga tambem nao era um utilitario porque oferecia cabine fechada bancos confortaveis e uma serie de equipamentos e acessorios comparavel ao de um automovel familiar essa ambiguidade que em um primeiro momento poderia ser vista como risco comercial revelou se a maior virtude do carro a imprensa especializada captou rapidamente o carater inedito da proposta revistas especializadas que normalmente nao consideravam os utilitarios em suas paginas notaram que o wagoneer podia ser conduzido por horas em estrada sem cansar seus ocupantes a suspensao dianteira independente nas versoes em que era oferecida foi elogiada como um salto tecnico que diferenciava o jeep dos concorrentes a disponibilidade de cambio automatico com traçao 4x4 foi recebida como uma ousadia que ampliava o publico alvo para alem dos fazendeiros caçadores pescadores campistas e profissionais do campo qualquer familia suburbana poderia considerar um wagoneer sem sentir que estava comprando um carro rustico o mercado respondeu de forma curiosa no inicio as vendas nao foram explosivas porque muitos consumidores ainda nao entendiam como aquele carro era confortavel e robusto ao mesmo tempo mas rapidamente o modelo começou a ser descoberto por um publico mais abastado que desejava um carro capaz de levar crianças bagagens e ate reboques para casas de campo ou estaçoes de esqui sem abrir mao do conforto esse deslocamento de perfil de cliente foi decisivo o wagoneer passou a ser associado tambem ao lazer e ao estilo de vida aventureiro para a kaiser jeep o impacto foi imediato o wagoneer se tornou o produto mais sofisticado e desejado de sua linha eclipsando os modelos anteriores ele oferecia algo que nenhuma fabricante de detroit havia arriscado um veiculo de traçao nas quatro rodas elegante o bastante para circular nos centros urbanos robusto o bastante para enfrentar estradas de terra e versatil o bastante para se tornar carro unico de uma familia essa combinaçao criou um novo espaço no mercado as fabricantes que observavam a distancia perceberam que havia ali um conceito de futuro o utilitario que nao se limitava a funçao de carga ou ao trabalho rural mas que podia representar status conforto e identidade sem que se usasse o termo suv o publico começava a entender pela primeira vez que esse tipo de carro podia ser um simbolo de mobilidade moderna nos anos que se seguiram ao lançamento o wagoneer passou por transformaçoes que acompanharam a propria evoluçao do mercado automobilistico americano na decada de 1960 ele ainda era uma novidade dificil de enquadrar mas ao longo dos anos 1970 e 1980 o modelo cresceu em sofisticaçao tornando se um icone de prestigio o wagoneer 1966 com a dianteira do malibu que foi considerada moderna demais para o modelo 1962 63 no final dos anos 1960 quando a kaiser vendeu sua divisao jeep para a american motors corporation amc o wagoneer recebeu novos recursos mecanicos e passou a ser tratado como um produto estrategico a amc entendeu rapidamente que aquele carro tinha potencial para ocupar um espaço que nenhum concorrente ainda havia explorado com seriedade o do utilitario que oferecia o mesmo nivel de refinamento de um seda de luxo a transiçao de propriedade trouxe motores mais potentes como o v8 de 360 polegadas cubicas e cambios automaticos mais confiaveis a robustez mecanica ja reconhecida foi reforçada com melhorias de durabilidade em eixos e suspensoes nos anos 1970 em plena crise do petroleo o wagoneer demonstrou uma resiliencia surpreendente — como se estivesse encarando um atoleiro enquanto carros enormes de detroit perdiam clientes o jeep mantinha um publico fiel disposto a pagar caro pela combinaçao de traçao espaço interno e acabamento cada vez mais sofisticado foi nesse contexto que surgiu o wagoneer limited em 1978 uma versao que materializava aquilo que o modelo ja sugeria nao era apenas um utilitario mas um carro de luxo com ar condicionado direçao hidraulica bancos de couro vidros eletricos e detalhes em madeira aplicada nas laterais ele se aproximava mais de um cadillac ou de um lincoln do que de uma picape a decada de 1980 consolidou essa identidade sob a gestao da amc e depois da chrysler o grand wagoneer tornou se o epitome do suv de luxo antes mesmo que a expressao suv fosse amplamente usada seu interior era uma sala de estar sobre rodas bancos largos paineis de madeira verdadeira cromados discretos e silencio em estrada os clientes que o compravam ja nao eram agricultores ou pescadores mas profissionais urbanos de alta renda politicos executivos e familias de elite que viam no carro um simbolo de poder era um veiculo que tanto aparecia em estacionamentos de estaçoes de esqui quanto na garagem de mansoes suburbanas o interior do wagoneer dos anos 1980 91 o contraste entre a origem no jeep de guerra e o requinte que o modelo recebeu ao longo dos anos criou uma identidade unica ao mesmo tempo em que mantinha a traçao 4x4 e a capacidade de enfrentar terrenos dificeis o grand wagoneer oferecia um padrao de luxo que superava qualquer rival nenhuma fabricante tradicional conseguiu responder com um produto equivalente ate o final dos anos 1980 quando ford e general motors começaram a perceber a urgencia de oferecer utilitarios de alto nivel quando a chrysler absorveu a amc em 1987 herdou nao apenas a jeep mas tambem um icone consolidado o grand wagoneer ja era uma instituiçao seu publico pagava caro por ele e aceitava seu consumo elevado de combustivel porque nenhum outro automovel conseguia unir tradiçao robustez e sofisticaçao de maneira tao convincente wagoneer 1991 o ultimo ano do modelo assim em pouco mais de duas decadas o wagoneer deixou de ser um veiculo enigmatico e se transformou em referencia absoluta de um segmento que pouco depois dominaria o mundo foi nele que a ideia de um suv de luxo encontrou nao apenas sua primeira forma mas tambem seu primeiro sucesso comercial consistente quando o jeep wagoneer surgiu em 1963 poucos imaginaram que ele estava inaugurando uma nova categoria de automovel sua propria definiçao parecia incerta nao era apenas um jipe nao era so uma perua nao era um seda elevado era uma sintese de conceitos ate entao inconciliaveis ao longo dos anos seguintes essa ambiguidade se revelou a sua maior força o legado do wagoneer nao se resume ao fato de ter sido o primeiro utilitario de luxo moderno ele estabeleceu a formula que viria a dominar o mercado automobilistico global meio seculo depois carroceria espaçosa posiçao de dirigir elevada traçao integral cambio automatico motores potentes e equipamentos de conforto equivalentes aos dos melhores sedas o que começou como uma ousadia da kaiser e da jeep transformou se em paradigma a prova de sua relevancia esta no comportamento das fabricantes ao longo dos anos 1990 e 2000 ford general motors toyota mercedes benz bmw land rover todas passaram a investir fortunas em suv que seguiam cada uma a sua maneira a receita que o wagoneer havia consolidado hoje mesmo marcas que antes jamais ousariam abandonar o formato do seda ou do cupe — como ferrari bentley lamborghini e rolls royce — oferecem um suv o mercado nao apenas aceitou o conceito tornou se dependente dele ha tambem um aspecto simbolico o wagoneer encarnou uma visao de mobilidade profundamente enraizada no imaginario americano a liberdade de ir a qualquer lugar sem abrir mao de conforto e status ele traduziu para as ruas pavimentadas das cidades aquilo que o jeep cj havia simbolizado nas trilhas de guerra so que em vez de representar esforço coletivo e sacrificio o wagoneer representava conquista individual prosperidade e distinçao social sua longevidade e outro testemunho da sua importancia produzido com poucas alteraçoes fundamentais de 1963 ate 1991 sobreviveu a tres decadas de transformaçoes no mercado crises de petroleo mudanças de propriedade e modas passageiras poucos automoveis conseguiram atravessar tanto tempo com sua essencia intacta sendo reverenciados ate o ultimo ano de fabricaçao cada suv moderno dos compactos urbanos aos gigantes de sete lugares carrega em alguma medida a herança daquele carro de linhas retas farois duplos e grade cromada que em 1963 parecia apenas mais uma aposta ousada de uma empresa pequena o mundo so percebeu depois que o conceito havia mudado para sempre
SEJA UM MEMBRO DA
FAMÍLIA FLATOUT!

Ao ser um assinante, você ganha acesso irrestrito a um conteúdo verdadeiro e aprofundado. Nada de jornalismo genérico e sensacionalista. Vale a pena? Clique aqui e confira os testemunhos dos assinantes, amostras livres e os benefícios extras que você poderá desfrutar ao ser um FlatOuter!
PARA LER MAIS, CADASTRE-SE OU ASSINE O FLATOUT E TENHA ACESSO LIVRE A TODO CONTEÚDO DO SITE!
JÁ POSSUI CADASTRO OU É ASSINANTE DO FLATOUT?
Este é um conteúdo restrito: pode ser uma matéria só para assinantes, pode ser porque você já atingiu o limite de matérias gratuitas neste mês.