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Spiaggina maxima: Porsche 912 Barca

Não há como dourar a pílula aqui, camaradas: agora realmente essa mania toda de restomod de Porsche 911 chegou, sem sombra de dúvida, ao ápice do absurdo. A boa notícia é que quando se chega no ápice, só dá para voltar em direção ao normal. Ou assim esperamos.

Já tivemos 911 com todo tipo de interior amalucado de cores variadas da Singer, 911 que custa 3 milhões de dólares, supercarros baseados em 911 e até, recentemente, um buggy de praia futurista da Manx que, para circum-navegar validação; usa o curvão (e o número de chassi) de um 911 velho. Depois dos 911, já entramos no território dos 912 com os restomods levíssimos da Kamm Manufaktur. Será que vão acabar com todos os 911 para fazer esses bibelôs? O que há de errado com o 911 original?
Um cara pode ser perdoado em imaginar que em certos círculos, é démodé o 911 original. O que mostra quão longe de gente normal estão esses caras hoje em dia. Mas enfim: deite seus olhinhos cansados em mais um restomod de Porsche, talvez o mais absurdo de todos. Um Porsche 912 “Spiaggina” chamado “912 Barca”.

O que é um “Spiaggina”, você pergunta? Uma mania dos milionários italianos no pós-guerra, os carros praianos “Spiaggina” (Spiaggia = Praia) aparecem por iniciativa de alguns carrozzieri italianos que transformaram carros pequenos e baratos em chiques e caros veículos para levar milionários italianos para praia com a família e/ou amigos.

Basicamente corta-se o teto, coloca-se uma tenda listrada de branco e azul em cima, acabamentos de madeira e bancos de vime entrelaçado, para poder ser usado por derrières chiques, mas eventualmente molhadinhos e sujos de areia. Eram baseados em Fiats principalmente, e eram, basicamente, carrinhos de golfe glorificados. Mas sim: a Felber suíça famosamente fez um deles com base numa Ferrari 365 GTC.

Tem muita gente que acha chique e legal, o ápice da la dolce vita. Mas sinceramente? Bruce Meyers fez isso muito, mas muito melhor com seu Manx, até como transporte chique, como provou o Thomas Crown. De Steve McQueen, não de Pierce Brosnan, claro. Além disso, você já experimentou banco de vime? É desconfortável para caramba na varanda, imagina em carro, e sem camisa! Não, esses carros são uma mutação genética que teve seu breve tempo ao sol, mas foi extinta naturalmente, e deveria permanecer lá na memória da costa amalfitana em 1957.

Mas isso não impediu o estúdio de design de Milão BorraomeunaSelva BorromeodeSilva de criar agora um, em pleno 2025, em cima de um 912. A empresa sem dúvida pretende evocar imagens de Gianni Agnelli indo para a praia; mas nem quero imaginar o tipo de baguá que usaria algo assim, mesmo que fosse para ir a praia.

“Nascido da visão de um colecionador particular e moldado por BorromeodeSilva, ele vive entre os dois mundos conectados da vela e da direção. Cada peça do 912 foi reimaginada com uma intenção náutica em sua essência, com detalhes em mogno em abundância. Adornando os para-choques, envolvendo as linhas da carroceria onde as portas antes ficavam, este material natural com acabamento brilhante dá vida ao carro e realmente se integra ao ambiente para o qual foi projetado. Não contente com a abundância de madeira envernizada, a equipe decidiu adicionar um teto de lona, para o caso de você encontrar uma rara chuva de verão. Falando em água, a equipe até conseguiu calçar um chuveiro retrátil escondido na tampa de combustível original do carro.”

Pois é, a gente merece. No meio do carro há um poste de madeira com uma asa delta no mesmo material; parece que serve para o teto de lona fique no lugar. Não sei o que dizer mais disso além de que, aparentemente, mecanicamente é um 912 normal (que se você quer saber como era, clique aqui). E, também, que é, felizmente, um carro único encomendado por alguém, que não se pretende repetir. Ufa! (MAO)
A volta do Ford Focus

O Ford Focus ainda não morreu, mas quase: seu fim está anunciado para o fim deste ano. Mas agora, nem bem acabou, e a Ford está tendo second thoughts sobre o assunto: Parece que vai voltar. Pelo menos, o nome deve voltar.
De acordo com a Autocar inglesa, a Ford tem planos de reviver o nome Focus. E sim, você adivinhou: em forma suviforme. A revista diz que um novo crossover Focus poderá ser lançado em 2027. A expectativa é que a Ford o produza em sua fábrica de Valência, na Espanha, com capacidade de produção anual de 300.000 unidades.

O Focus atual termina oficialmente em novembro, e é produzido em Saarlouis, na Alemanha; esta fábrica será fechada depois de novembro, e nada muda neste sentido.
Ainda de acordo com a publicação inglesa, o novo SUV Focus supostamente não substituirá o atual Kuga na Europa, embora tenha aproximadamente o mesmo tamanho. Em vez disso, será vendido junto com o Kuga e oferecerá opções de motorização “multi-energia”, incluindo versões híbridas e totalmente elétricas.

O novo modelo deve ser construído sobre a plataforma C2 da Ford, a mesma arquitetura que está por baixo de carros como o Bronco Sport e o Maverick, que, na verdade, são desenvolvimentos em cima do Focus. Então, é tudo um círculo. Balek’ ingonyam’i ya-ga gale. The ci-ircle of laaaaaa-ife.

Então é isso: volta, pero no mucho. Como Puma e Capri, apenas o nome de algo realmente legal é trazido de volta, na esperança que a lembrança quentinha de dias melhores faça você abrir sua carteira. Nossa dica aqui é: quer um Focus? Compre um Maverick e ainda por cima ganhe uma caçamba para carregar tralha. (MAO)
A volta da Lancia Integrale

Já é seguro dizer: o renascimento da Lancia, baseado no novo hatch Ypsilon, não deu muito certo. As vendas são baixas, infelizmente, o que de novo, mais uma vez, again, coloca duvidas sobre o futuro da reverenciada casa que Vicenzo Lancia construiu.
Mas enquanto isso não acontece, a marca continua lutando, o que é uma boa notícia. Sua mais nova tentativa de respirar dá uma certa alegria: é o Ypsilon Rally2 HF Integrale, uma máquina construída para competir na categoria WRC2. Integrale de volta!
Tá, não exatamente como antes. Não é um produto de rua, nem de produção normal. É apenas um carro de corrida, que está a venda sim, mas exclusivamente para competições na categoria do WRC. O que é, claro, uma grande oportunidade perdida: uma versão de rua de produção normal seria notícia de primeira página mundo afora. Bem, se ainda existissem primeiras páginas.

O novo carro de corrida parece significativamente mais agressivo do que o Ypsilon HF Racing, de entrada, e o Ypsilon Rally 4 HF, de nível intermediário, apesar de apresentar uma pintura semelhante em branco, preto e vermelho, com o famoso elefante vermelho. Os paralamas alargados lembram Integrales de outrora, há uma entrada de ar no teto e rodas de liga leve brancas calçadas com pneus slick.

Há também, na coluna B, uma lembrança do leviatã que é a Lancia em rali. Uma lista de troféus para lembrar a todos que a Lancia é a fabricante de maior sucesso na história do WRC, com nada menos que 10 campeonatos mundiais entre 1974 e 1992.

Embora a Lancia não tenha revelado as especificações, sabemos que ele atende aos regulamentos do Rally2. Isso significa que ele virá equipado com um motor 1.6 turbo de quatro cilindros, acoplado a uma caixa de câmbio sequencial de cinco marchas e um sistema 4WD com diferenciais mecânicos. O peso deverá ser o mínimo da categoria, 1.230 kg. O motor deve ser o do Citroën C3 Rally2, que tem 285 cv. Será vendido por algo em torno de 300 mil Euros, na Itália. (MAO)
Mais um clone de Harley da SWM

A Harley-Davidson Sportster era originalmente uma das motos mais velozes do mundo, quando foi lançada em 1957. Mas com o tempo, como todas as Harley pela maioria da história da marca, ficou ultrapassada e arcaica, uma moto do passado que de alguma forma, permanecia em produção. Ainda assim, muita gente considerava a tradicional Sportster a melhor das motos da marca.
As Sportsters até pouco tempo atrás eram equipadas com o Evolution V-Twin. Cinco anos atrás, a Harley anunciou que estava encerrando a produção do motor e das Sportsters que o utilizavam. O substituto foi o motor Revolution Max na novíssima Sportster S, motocicleta e motor modernos e diferentes.

Algum tempo depois da última Evo Sportster, a fabricante italiana (de dono chinês) SWM começou a exibir uma V-twin que era uma cópia dimensional impecável dela, chamada SWM Stormbreaker V1200. Tem gente dizendo que a moto é 95% idêntica à Sportster Evo 1200, até nos controles… Há boatos de que a Harley tenha vendido o projeto e/ou ferramental, mas nada oficial.
Agora, uma segunda moto, também com o V-twin de 1.200 cm³ da Sportster copiado, está a caminho, com a empresa controladora Shineray homologando o novo modelo na China antes de sua estreia global.

O novo modelo, que ainda não recebeu nome, dá continuidade à filosofia de emprestar ideias que a Harley-Davidson havia deixado de lado, incorporando o mesmo motor V-twin arrefecido a ar que apareceu em um visual mais personalizado, com guidão estilo “ape hanger” e uma enorme e fina roda dianteira de 21 polegadas. A nova máquina é claramente inspirada na Sportster XL1200V Seventy-Two.

O motor SWM é essencialmente uma cópia exata da Sportster 1200. Tem um pouco menos de potência que a Harley, certamente por causa de emissões: 60 cv a 5.750 rpm e 9,1 mkgf de torque a 3.250 rpm, enquanto a Harley tinha 66 cv a 5.750 rpm e 9,8 mkgf a 3.500 rpm. A homologação confirma que o motor é fabricado na China pela Shineray.
Será mesmo que é o Harley, vendido para a China? Se não é, por que cargas d’água a Harley não processa? Pelo menos, na Europa, um processo tem chance de ser ganho.Há muita coisa estranha nessa história. Quando soubermos mais, contamos. (MAO)
Toyota GRMN Corolla aparece em evento nos EUA

Depois de protótipos flagrados em Nürburgring no ano passado, agora surgiram imagens de um GRMN Corolla em um evento fechado para concessionários — o que indica que ele está pronto para ganhar as ruas.
As mudanças são visíveis logo de cara: capô de fibra de carbono ventilado, novas saídas de ar sobre e atrás dos para-lamas dianteiros, rodas de liga leve em bronze e pinças de freio vermelhas gritando esportividade. Na traseira, o visual é mais discreto, mas ainda agressivo, com difusor, asa de fibra de carbono e o já conhecido escape triplo.

O interior segue o mesmo espírito de carro de rali: bancos esportivos aliviados de couro nas bordas, para melhor resistência ao desgaste, e microfibra nas partes de contato com o corpo, prevenindo escorregamento. O volante e o painel têm o mesmo material, decorado com detalhes vermelhos. No console, uma plaqueta GRMN entrega o nome da versão e também indica que se trata de uma série limitada a 500 unidades, aparentemente.
Quanto ao motor, a Toyota já havia mencionado um aumento de torque, então é possível que ele também tenha mais que os 304 cv do GR Corolla. Ainda não há números oficiais, mas esse motor já leva o carro de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos com tração integral e diferenciais com deslizamento limitado. No GRMN, a receita claramente inclui corte de peso e suspensão mais afiada, além do “tapa” no motor.

Os marcadores âmbar nos faróis indicam que ele é um modelo homologado nos EUA. Até agora o GRMN Corolla era exclusivamente “JDM”. Se ele sairá dos EUA para estas bandas? Eu não apostaria nisso. O público brasileiro, aparentemente, prefere o Golf GTI. (Leo Contesini)