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Car Culture

Carros que mudaram o mundo #40: a minivan Chrysler

"Não havia nada sexy nela", disse Lee Iacocca anos depois, com aquela franqueza brutal que o caracterizava. "Era uma caixa de sapatos sobre rodas. Mas era a caixa de sapatos mais revolucionária que o mercado já viu." Ele estava falando da Dodge Caravan (e da gêmea Plymouth Voyager), lançada em novembro de 1983 para o ano-modelo 1984. Dois nomes, um único conceito: a minivan. Uma categoria de veículo que não existia antes daquele dia — e que, três décadas depois, seria responsável por salvar a Chrysler da falência, criar um mercado de quase um milhão e meio de unidades vendidas em todo o mundo — e, ironicamente, tornar-se o símbolo máximo da desistência dos sonhos da juventude. Porque se há algo que define a minivan não são seus números de venda ou a engenhosidade de seu desing. É o fato de que ela se tornou, nas palavras de um analista da época, "uma carta de rendição emocional" — a admissão pública de que você trocou o prazer de dirigir pela conveniência de porta-obj