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Hadjar é promovido e irá correr pela Red Bull em 2026

A Red Bull finalmente oficializou aquilo que já era tratado como certo nos bastidores: Isack Hadjar será o novo companheiro de Max Verstappen na Red Bull a partir de 2026. O anúncio encerra uma temporada inteira marcada por improvisos no segundo carro e confirma a promoção do francês depois de um ano consistente na Racing Bulls, coroado por um pódio em Zandvoort.
Hadjar chega ao time principal em um momento no qual a Red Bull tenta reequilibrar a própria estrutura. Desde a saída de Sergio Pérez no fim de 2024, o assento ao lado de Verstappen virou um espaço em constante rotação. Liam Lawson recebeu a primeira chance, mas sua aposta durou só duas etapas. Yuki Tsunoda assumiu o controle no restante do ano, oferecendo alguma previsibilidade, embora sem repetir o nível de competitividade exigido pela equipe.
Foi quando o francês ganhou terreno. Vice-campeão da F2 em 2024, ele estreou na F1 em 2025 com um desempenho mais sólido do que o esperado para um novato, chegando às últimas provas do campeonato com 51 pontos, ocupando o décimo lugar no Mundial.
Tsunoda, por sua vez, não deixa a equipe. A partir de 2026, assume como piloto de testes e reserva, algo estratégico para a equipe, que reconhece a evolução técnica do japonês e também sua familiaridade com a cultura da equipe.
A chegada de Hadjar coincide com a nova fase técnica da equipe, que passará a usar os motores próprios desenvolvidos em parceira com a Ford. O desenvolvimento exige pilotos com boa capacidade de experimentação, algo que o chefe da equipe, Laurent Mekies, destacou sobre Hadjar no anúncio da promoção, mencionando a maturidade e a confiança do novato.
Porsches amanhecem imobilizados na Rússia

Imagine começar a segunda-feira tentando ligar seu Porsche e não conseguir. Não é bateria, nem motor de partida, muito menos bomba de combustível ou combustível adulterado. O carro estava revisado, saudável, bem nutrido, de banho tomado, mas, do nada, desistiu de ligar. Aconteceu nesta última segunda-feira (1) na Rússia. De repente, centenas de Porsches de todos os modelos começaram a aparecer nas concessionárias de Moscou, São Petersburgo e praticamente todas as regiões do país com autorizadas da marca.
Ao que tudo indica, trata-se de um problema relacionado ao PVTS, o Porsche Vehicle Tracking System, o sistema de rastreamento por satélite da marca. Em condições normais de operação, o sistema monitora e alerta o proprietário sobre movimentações indevidas. Quando perde o sinal, o sistema ativa o travamento do motor.
Nos últimos dias, contudo, o sistema passou a agir como um corte brusco de energia: o carro trava no lugar e não há nada que faça o carro despertar. A rede Rolf, maior grupo de concessionárias do país, relatou um aumento significativo de chamados no fim da semana passada, todos descrevendo o mesmo diagnóstico — perda de comunicação entre o PVTS e o satélite.
O episódio não atinge apenas modelos elétricos ou unidades mais recentes, segundo relatos da imprensa europeia, qualquer Porsche produzido a partir de 2013 e equipado com o PVTS pode apresentar o problema.

A origem da pane ainda é desconhecida. Um representante da Rolf disse ao site Autonews.ru que não descarta a possibilidade de ação deliberada, embora não haja qualquer prova concreta — outra hipótese é simplesmente um “blackout” dos satélites. A marca, até o momento, não se pronunciou.
Sem solução oficial, os donos tentam o que têm ao alcance. Alguns relatam que deixar o carro horas sem bateria — dez, às vezes mais — devolve vida ao sistema. Outros desconectam o módulo do PVTS na tentativa de reinicializá-lo. Há casos em que o carro volta a funcionar; há outros em que permanece inerte, sem qualquer sinal de reação.
A Porsche se retirou da Rússia depois da invasão da Ucrânia em 2022, e cortou também o fornecimento de peças. Com isso, os carros são mantidos por canais alternativos viabilizados pela Rolf — o que, convenhamos, também pode ter relação com o problema. Ou ainda, se você gosta de teorias da conspiração, alguém pode ter aprontado alguma contra a Rússia e, por acaso, acabou acertando o PVTS. Quem sabe?
Designer do novo Jaguar demitido?

Gerry McGovern, o nome por trás da atual identidade visual da Land Rover e do polêmico renascimento da Jaguar, pode ter sido demitido. É o que diz a Autocar India, que apurou a saída do designer logo após a troca do comando da JLR em 17 de novembro, quando o indiano PB Balaji assumiu a posição.
O Autocar India já havia publicado, no início do ano, mensagens internas que mostravam um clima tenso dentro da JLR — havia resistência ao redesenho da Jaguar — não só ao resultado, mas ao processo em si, que envolveu consultorias terceirizadas — o que soou como uma interferência externa para algumas equipes da fabricante. Oficialmente a JLR não comenta os rumores — o que diz muito mais que um release cauteloso.

Depois de renovar a Land Rover, McGovern estava mais ligado à Jaguar e foi o responsável pelo 00, o futuro primeiro modelo desta refundação da marca. Segundo a Autocar, McGovern era bem relacionado com Ratan Tata — o chefe do grupo, falecido em 2024. Sem ele, aparentemente a proteção ao designer ficou enfraquecida justamente quando a Jaguar precisava de mais apoio político interno.
Caso ele tenha sido realmente demitido, é possível que a dispensa tenha a ver com o rebranding da Jaguar? É possível — especialmente se considerarmos a repercussão negativa que o design teve, algo que não é inédito na trajetória de McGovern na JLR. Depois de renovar a Land Rover, os modelos mais recentes têm sido criticados pelo público europeu por parecerem mais gadgets futuristas que um Land Rover em si.
Nissan apresenta o novo Kait – mas nada de preços, por ora

A Nissan finalmente revelou o novo Kait na noite desta terça-feira (2). O modelo já havia aparecido em fotos oficiais e teasers, mas agora, pela primeira vez, pudemos também confirmar nossas suspeitas sobre o design interno do carro — o qual dissemos que seria diferente, mas não muito, do atual Kicks Play.
Como também mencionamos por aqui, o visual do carro o afasta da sensação de mero facelift — especialmente por causa da dianteira. Olhando o quarto traseiro, o ângulo das portas na coluna C entrega que ele é só um Kicks modificado — mantendo portas, teto e, claro, as colunas. Por isso, já sabemos as medidas do carro: 4.300 mm de comprimento. 1.760 mm de largura, 1.590 mm de altura e 2.620 mm de entre-eixos, com 432 litros de volume no porta-malas.

O que não sabemos ainda, porque a Nissan optou por divulgar mais tarde, são os preços e versões. Mas isso também não o mistério das linhas de Nazca: se ele vai concorrer com Pulse, Tera e Kardian, substituindo o Kicks Play, parece sensato esperar algo entre R$ 115.000 e R$ 150.000, separado em três versões — Active, Sense e Advance, provavelmente espaçadas por cerca de R$ 15.000.
A Nissan também não divulgou a lista de equipamentos, mas as imagens do painel e a lista do Kicks Play ajudam na expectativa de vermos partida por botão, ar-condicionado digital, faróis full-LED com acendimento automático e, no topo de linha, um pacote de assistências ADAS derivado do Pro Pilot nas versões mais caras. Não será o sistema completo, mas incluirá frenagem autônoma de emergência e controle de cruzeiro adaptativo, o que coloca o Kait em vantagem diante de alguns rivais diretos.
O que não ajuda muito é a ausência de um motor turbo. A Nissan claramente está fazendo um modelo de baixo custo, e isso implica em manter o motor 1.6 16v de 113 cv e 15,5 kgfm combinado ao tradicional CVT da Nissan. Não é um conjunto ruim — em modo tiozinho domingueiro ele roda mais de 14 km/l com gasolina na estrada. Só não espere muita agilidade para ultrapassagens ou trajetos mais apressados.

Por dentro, as saídas de ar passam a ser retangulares, o quadro de instrumentos é novo, assim como o sistema multimídia. Mas, como dissemos, a arquitetura elétrica/eletrônica e a própria estrutura da plataforma não permite uma revolução no interior, então justamente onde o motorista olha e sente mais seu carro, é onde o Kait menos parece um carro novo.
Por isso, a Nissan terá que ser estratégica na precificação do carro. O Tera é um Polo, mas não parece. O Kardian é novo. O Fiat Pulse é um Argo elevado, é verdade, mas tem motor turbo para quem faz questão. O melhor argumento de vendas do Kait, terá de ser espaço e preço. Caso contrário, por que escolher ele e não qualquer outro?
O novo Mustang FP800 S Bronze Magneride






Talvez você não esteja por dentro da Ford Garage, mas ela é o canal da Ford para vender pacotes de preparação e personalização — algo como a versão oficial da Shelby ou da Saleem. Já faz algum tempo que eles oferecem de tudo para o Bronco, Bronco Sport, F-150, Maverick e Mustang. E o lançamento mais recente da Ford Garage é o pacote FP800 S Bronze Magneride, baseado no conceito FP800 que a Ford levou ao SEMA em 2023.
O ponto de partida continua sendo o casamento explosivo entre o compressor Whipple de 3,0 litros e o Coyote 5.0. A Ford ainda não cravou números finais, mas a expectativa gira em torno de 800 cv no virabrequim — a mesma pedrada que o conceito original prometia. O pacote inclui semi-árvores reforçadas, intercooler ar/óleo e um acerto de suspensão mais baixo, voltado para uso de rua.
O que realmente diferencia o FP800 S Bronze da proposta inicial é o visual. Tudo que pode ser pintado de bronze é pintado. As rodas R1 de 19 polegadas, as porcas e prisioneiros, os grafismos externos, as inserções da grade. Há também fibra de carbono nos retrovisores e no respiro do capô, além de um splitter frontal, spoiler Dark Horse e pequenos defletores nas rodas que completam o pacote estético.
Por dentro, a Ford diminui o volume do bronze sem abrir mão de uma identidade própria e completa o pacote com um emblema FP800S no painel. Os bancos Recaro têm assinatura Ford Performance. Um detalhe importante é que tudo isso sai da fábrica com garantia preservada — diferentemente do que acontece quando você compra um pacote dos preparadores tradicionais.
O único ponto cego é o preço — uma nova mania das marcas, que parecem ter vergonha de vender algo em tempos de inflação, tanto lá quanto aqui ou na Europa. Como referência, a Ford cobra pouco mais de US$ 5.200 no pacote Sinister Bronze do Bronco, que não chega nem perto da complexidade de um pacote supercharged para o Mustang. Considerando a extensão das modificações, não deve custar menos de US$ 15.000.
Toyota divulga novo teaser do GR GT e traz também um Lexus

A Toyota divulgou um novo teaser do GR GT — possivelmente o último antes da apresentação nesta próxima quinta-feira (4) — e, embora ele ainda não mostre nada além de sombras e silhuetas, ele revela que veremos também uma versão Lexus do esportivo.
No teaser, o Lexus aparece à esquerda, desenhado apenas pelo contorno e pela assinatura de luz. O formato de dois volumes, a queda acentuada da traseira e o conjunto de lanternas com aquela geometria futurista entregam seu parentesco direto com o Sport Concept mostrado em agosto e depois no Japan Mobility Show.

Durante meses acreditou-se que esse Lexus seria elétrico, mas ele deve adotar o mesmo conjunto V8 híbrido desenvolvido pela divisão GR, só que com acerto exclusivo para a Lexus, algo mais civilizado no uso, porém agressivo o suficiente para substituir o LC. Não será um novo LFA, mas deve ser o novo topo de linha da Lexus sem a pressão de suceder um halo car.
No centro do teaser está a estrela do evento: o Toyota GR GT. O supercarro já havia sido praticamente confirmado em campanhas japonesas, mas aqui ele aparece como peça central da apresentação. Capô longo, vidro traseiro mais convencional e a barra de LED percorrendo a traseira reforçam o visual já visto nos protótipos camuflados. O interior — exibido antes em prévias discretas — combina uma tela central generosa, comandos físicos alinhados em uma fileira funcional e cabine visualmente dividida em dois habitáculos.

A Toyota confirmou que o GR GT usará um V8 4.0 biturbo combinado a um sistema híbrido autocarregável. Apenas o motor a combustão deve entregar algo próximo dos 800 cv, tornando esse o modelo mais potente da história da marca e assumindo o posto de sucessor espiritual do LFA, ainda que com uma linguagem completamente diferente.

O terceiro membro da família parece ser uma versão de pista do GR GT. Aparentemente, é o mesmo carro visto nos testes em Goodwood, com para-lamas ventilados, asa traseira fixa, escape lateral, difusor agressivo e uma postura muito mais baixa e larga. Trata-se da versão de competição que deve atender às regras do GT3, dando sequência ao conceito GR GT3 de 2022.
Contran aprova resolução que desobriga aulas teóricas em Auto Escola

O Contran aprovou de forma unânime a resolução que acaba com a obrigatoriedade das aulas teóricas em Auto Escola. Agora, ela só depende da publicação no Diário Oficial para começar a valer. Quando isso acontecer, o processo de habilitação muda de forma profunda — não na essência, porque prova teórica e prática continuam sendo filtro obrigatório, mas na forma de chegar até elas.
A justificativa é simples e direta: o governo quer reduzir burocracia e derrubar a barreira financeira que impede milhões de pessoas de sequer iniciar o processo. Os números apresentados pela Senatran mostram que há 20 milhões de brasileiros dirigindo sem habilitação e outros 30 milhões que já poderiam ter o documento, mas não têm condições de pagar os valores atuais, que podem ultrapassar R$ 5.000 dependendo do estado.
Renan Filho, ministro dos Transportes, tratou de esclarecer que a mudança não transforma a CNH em mera formalidade. Ele insiste que o que determina a aptidão do candidato não são as aulas em si, mas o desempenho nas provas. Por isso, o conteúdo teórico será mantido — o ministério vai disponibilizar todo o material online, sem custo, permitindo que o candidato estude em casa. Quem preferir continuar com o modelo tradicional ainda poderá frequentar autoescolas ou instituições credenciadas, mas agora isso será uma escolha — não mais uma obrigação.
A prática também muda de figura. A regra atual das 20 horas-aula obrigatórias deixa de existir e será substituída por uma exigência mínima de apenas duas horas. O treinamento além destas 2 horas passa a ser uma decisão individual. E surge uma novidade importante: instrutores autônomos poderão atuar oficialmente, desde que autorizados e fiscalizados pelos Detrans, seguindo critérios nacionais.



