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Ducati Scrambler 2025 no Brasil
Parece que foi ontem, mas a Ducati Scrambler moderna está fazendo dez anos de idade em 2024. Além do desenho retro-futurista interessante, e o preço mais em conta, a Scrambler é hoje a última maneira de se ter o clássico L-twin da marca. Isso mesmo: o antigo motor de dois cilindros a 90°, SOHC desmodrômico arrefecido à ar que é a base do que a marca Ducati significa, continua aqui. E só aqui.
Em deslocamentos de 800 e 1100 cm³, o motor foi ajustado para cumprir com os padrões de emissão Euro 4. O apelo desse motor cheio de personalidade é claro.
Neste mês, a Ducati está mostrando no Brasil o ano/modelo 2025 do Scrambler. O modelo passa a contar com visual repaginado, menos peso e novos itens tecnológicos de série. A moto vem aqui para o Brasil em versão única, com o motor de 803 cm³, que fornece 73 cv e 6,7 mkgf de torque. A transmissão é de 6 velocidades, e o quickshifter pode ser adquirido como opcional.
O chassi está mais leve, perdendo 4 kg em relação ao modelo anterior; ainda é tubular com o desenho tradicional de treliça da marca, e o braço oscilante traseiro é novo. Amortecedores/molas são Kayaba, na frente um garfo invertido de 41 mm e monoamortecedor atrás, com ajuste de pré-carga. Os freios usam discos de 330 mm na dianteira e pinça Brembo com fixação radial de 4 pistões, enquanto na traseira há disco de 245 mm e pinça de pistão único. O ABS atua nas duas rodas.
Agora o acelerador é by-wire, e existem dois modos de pilotagem (Road e Sport) e controle de tração. Vem com o hoje inevitável painel TFT de 4,3 polegadas, iluminação full-LED e tanque com novo desenho e capacidade para 14,5 litros
A nova Scrambler já está nos concessionários Ducati, e o preço é de R$ 72.990 (preço promocional válido para as 50 primeiras unidades). A marca também, neste lançamento, trouxe uma das 50 motos de edição especial com decoração da Van Orton; vem com um kit exclusivo, pintura diferente, entre outros detalhes; custa R$ 82.990. (MAO)
Marcopolo Nomade: motorhome 4×4 nacional
Motorhome é um tipo de veículo de muito sucesso no primeiro mundo há muito tempo. Aqui no Brasil, sempre existiu, mas desde a pandemia a procura aumentou; as pessoas que podem trabalhar remotamente criaram o tal do “nômade virtual”, e, de repente, todo mundo queria um treco assim.
E é justamente o nome “Nomade” que a Marcopolo, tradicional fabricante de ônibus brasileiro, escolheu para nomear o primeiro produto de sua nova divisão de motorhomes. Segundo a empresa, é um carro todo novo, criado a partir do zero, e não é derivado de nenhum de seus ônibus. O que, se for verdade, é um desperdício de recurso, mas vamos lá.
É um motorhome de 7,50 metros de comprimento, 2,36 m de largura, 3,18 m de altura total e 1,95 m de altura interna. É também um veículo de 8 toneladas de PBT (peso bruto total), então para dirigi-lo é necessário uma CNH do tipo C.
O motor é o Cummins F3.8 diesel, com 175 cv e 61,2 mkgf, combinado a um câmbio automático Allison de seis marchas. Tem também tração nas quatro rodas selecionável, o que permite aventuras além do asfalto.
Mas é o interior que interessa aqui. O motorista tem central multimídia de 9″ que permite gerenciar todos os sistemas do carro, e vem também com câmeras no lugar dos retrovisores, exibindo a imagem em duas telas nas colunas A. O salão tem poltronas giratórias, teto solar panorâmico, ar-condicionado, TV com antena digital e um sistema que amplia a largura da sala quando o carro está parado, por meio de uma seção dela que se move para fora.
A cozinha é completa, com pia, cuba, fogão a gás de duas bocas, geladeira de 216 litros, micro-ondas e forno 2 em 1, depurador de ar e escotilha. O quarto tem armários, banheiro com ducha, sanitário separado, ar-condicionado e TV. Há um gerador a diesel, mas painéis solares flexíveis no teto são capazes de gerar até 800W, que então são armazenados em baterias de íon de lítio.
Este sensacional motorhome brasileiro não podia ser barato, claro; mas parece razoável num mercado hoje que praticamente só tem conversões, e não um veículo zero km completo. A Marcopolo informa que, dependendo da configuração, venderá o Nomade em preços que começam em 1,65 milhões de reais, e vão até 2,65 milhões. (MAO)
Este é o último Porsche 911 Dakar
Goste ou não do Porsche 911 moderno, a maioria das pessoas parece concordar que o Dakar, a versão “off-road” dele, é a mais diferente e interessante. Mas, tão rápido quanto apareceu, está indo embora. Todos os 2.500 exemplares do 911 Dakar já foram encomendados faz tempo, e o último deles já está pronto para ser entregue ao seu dono.
Este último Dakar é um carro único, encomendado por um colecionador italiano e criado pelo departamento de personalização Sonderwunsch da Porsche. Ele usa uma pintura em três tons de Signal Yellow, Gentian Blue Metallic e um novo Lampedusa Blue — nomeado em homenagem à ilha italiana do Mediterrâneo.
A parte superior da carroceria é em amarelo, e um filete no tal do azul Lampedusa separa o amarelo do azul mais escuro Gentian Blue Metallic. As rodas são pintadas no amarelo, com detalhes do azul exclusivo Lampedusa ao redor da borda do aro. Até mesmo os faróis de LED têm um acabamento em, você adivinhou, Lampedusa Blue.
Como sempre nestes casos, é uma extravagãncia que na realidade não muda nada no carro em si; apenas a certeza de que o seu é “único”. Mecanicamente mantém o mesmo motor boxer de seis cilindros e 3,0 litros biturbo, produzindo 480 cv. A caixa de câmbio PDK de oito velocidades e a tração integral permanente também são inalterados. A pintura foi feita inteiramente à mão, e a Porsche “trabalhou de perto com o cliente para criar o visual personalizado”.
Sim, o Dakar acabou; mas aposto que a Porsche deve em breve criar uma versão de produção normal do modelo. Foi um grande sucesso, e não fazer isso, bem, seria um desperdício de uma boa ideia. (MAO)
O Corvette Z06 em Nurburgring
Todo mundo já conhece o Corvette Z06, lançado no fim de 2021. É o Covette equipado com o LT6, o mais potente V8 aspirado da história. Com 5,5 litros, DOHC com quatro válvulas por cilindro e virabrequim plano, dá nada menos que 679 cv e 63,6 mkgf de torque. O motor dá potência máxima a estratosféricos 8400 rpm, e corta a 8600 rpm. Faz do Corvette Z06 uma fera que faz 0-96 km/h em 2,6 segundos, e chega a 304 km/h.
Mas até hoje, não há um tempo de volta oficial da GM em Nurburgring. Para compensar isso, em setembro a revista Sport Auto da Alemanha colocou o carro na famosa pista alemã para tirar a prova.
O Corvette completou o percurso em 7:10.51 com Christian Gebhardt da Sport Auto ao volante. Está longe de ser a volta mais rápida da história na pista, mas é melhor que o Porsche 918 Spyder (7:30.00), o Dodge Viper ACR (7:12.13) e de Gebhardt ao volante do Mercedes-AMG GT R (7:10.92). O tempo é sensacional, vamos falar a verdade; um temporal. E o som dele ao realizá-lo… quem diria que o melhor som de carro exótico viria de Detroit?
O Corvette que completou a prova tinha especificações dos EUA, com pneus Michelin Pilot Sport Cup 2 R e sem filtro de partículas no escape. E sim, agora existe o ZR-1, com dois turbos adicionados a este motor e 1.079 cv. Já pensou? (MAO)
O quatro cilindros mais caro?
Como sabemos, o novo Mercedes-AMG GT é na verdade uma versão fechada, 2+2, do roadster SL. Deixou de ser um carro esporte dedicado, para ser a versão moderna do antigo Mercedes-Benz SLC. Não que isso seja algo pejorativo; adoramos o antigo SLC.
Pois bem: se é um SL cupê, todas as mecânicas do SL podem ser aplicadas aqui. Inclusive, ahem, a de quatro cilindros. Sim, isso mesmo. Deite seus olhinhos cansados no novo AMG GT de quatro cilindros em linha; o Mercedes-AMG GT43.
Já sabíamos de sua existência; agora começou a ser vendido nos EUA, então temos um preço. O GT43 começa em US$ 107.050 (R$ 621.960) o que não é exatamente barato para um carro de quatro cilindros. Talvez seja o mais caro carro de quatro cilindros à venda hoje? Não lembro de nenhum outro mais caro.
O carro vem com um pacote híbrido para ajudar o 2.0 turbo, com um total de 421 cv e 51 mkgf de torque, então potência não lhe falta. Enquanto os modelos GT55 e GT63 com motor V-8 têm tração nas quatro rodas, o novo modelo básico tem tração apenas nas rodas de trás.
Pelo menos é um desconto considerável. O “43” é US$ 31.650 (R$ 183.886) mais barato que o GT55, e US$ 73.350 (R$ 426.163) mais barato que o GT63. Pensando que é, agora, um cupê de luxo, parece até um bom negócio.
Tá, não tem o som do V8, e suponho que tenha gente que o considere um concorrente do 911; mas é na verdade um carro de luxo, e carro de luxo tem que ser silencioso, né? De qualquer forma, representa uma mudança de paradigma. Um tipo de carro impensável apenas dez anos atrás. (MAO)