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Pensatas

A greve do ifood, o futuro da mobilidade e os carros elétricos

Sabe essa greve dos entregadores do iFood? A culpa é sua. E minha também, claro. É de todo mundo que, em algum momento, trocou a antiga relação sócio-econômica de se dirigir a um restaurante para comer — ou a um supermercado para comprar comida e depois prepará-la em casa — pela conveniência de se ter comida pronta na porta de casa, com apenas uns poucos toques na tela de um telefone. Essa comodidade, como tudo no mundo, tem um preço. Não um preço financeiro, mas um preço sócio-cultural que, no fim das contas, sai bem mais caro que tirar uns minutos para preparar um lanche ou caminhar até o restaurante do bairro. Antes do iFood, fazíamos como os povos originários e preparávamos nossa própria comida. Depois, com o advento dos restaurantes, alguém as preparava para nós. Mas mesmo nesta época, era preciso ir até o restaurante, ou entrar em contato de alguma forma mais humana, como um telefonema, e pedir para que entregassem a refeição. A entrega era negociada pelo próprio restaur