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Zero a 300

A Ninja ZX-4RR KRT de quatro cilindros | A versão da Maverick Hybrid no Brasil | O Pur Sang da neta de Ettore e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

Kawasaki Ninja ZX-4RR KRT é a volta do 400 de quatro cilindros

Quem lembra das magníficas Honda de quatro cilindros em linha dos anos 1970, lembra que além da clássica sete-galo, a 750 Four, existiam versões menores também. O revolucionário quatro em linha da Honda podia ser adquirido também em versões menores de 500, 400 e até 350 cm³. A Honda 400 Four foi inclusive um grande sucesso mundial, uma moto pequena, mas extremamente potente, e com um grito entusiasmante de seu motor incrível.

Mas para este tipo de cilindrada, um motor bicilíndrico parece a melhor saída, pois mantém uma moto mais estreita e ágil, e ainda potente se bem-feito. Mas é claro que para máximo desempenho o quatro em linha ainda é o melhor.

Em 2018, a Kawasaki se diferenciou concorrência ao aumentar o deslocamento de sua bicilíndrica esportiva de rua de 300 para 400cm³ com a introdução da Ninja 400, uma moto com impressionantes 50 cv. Mas agora a empresa mostra algo realmente diferente para a categoria: uma “400” de quatro cilindros.

Trata-se da Ninja ZX-4RR KRT Edition, lançada ontem nos EUA. O motor, centro dessa nova moto, é um quatro em linha DOHC arrefecido à líquido e com 16 válvulas. Mede 57 x 39,1 mm, para um total de 399 cm³.

O motor de alumínio tem também pistões de alumínio fundido, com um revestimento de molibdênio nas saias dos pistões para aumentar a durabilidade. O amplo diâmetro de cilindro permitiu válvulas de admissão generosas, com 22,1 mm de diâmetro, e escape de 19 mm. O ângulo entre as válvulas é estreito, aos 24,8°. A taxa é alta também, 12,6:1. A caixa de câmbio tem seis marchas e uma embreagem assistida com quickshifter.

A Kawasaki, não se sabe porquê, não revelou ainda a potência desta pequena joia giradora. Diz apenas que o motor tem 3,7 mkgf a 11000 rpm, o que significa 56 cv neste ponto de torque máximo. Imaginando uma redução normal de torque na linha vermelha de 15000 rpm, a moto ainda daria mais de 70 cv. Resumindo: pode se esperar algo em torno de 180 cv/litro.

A moto pesa 188 kg com todos os fluidos, e mede 1379 mm de entre-eixos; o banco está a 800 mm do chão. As rodas são de alumínio fundido de 17 polegadas com cinco raios, calçadas com pneus radiais Dunlop Sportmax GPR-300 (120/70-ZR17 na frente, 160/60-ZR17 atrás). Os freios  são discos duplos dianteiros com um par de pinças monobloco de 4 pistões e discos semiflutuantes de 290 mm e atrás, um disco com uma pinça de pistão único e um disco de 220 mm.

O chassi da Ninja ZX-4RR é em treliça de aço de alta resistência com vários diâmetros de tubo, uma seção de articulação do braço oscilante e um braço oscilante de aço de alta resistência. Na frente está um garfo invertido Showa SFF-BP de 37 mm com pré-carga ajustável e 4,7 polegadas de curso, e atrás está um amortecedor traseiro totalmente ajustável Showa BFRC Lite com 4,9 polegadas de curso.

A moto já estará disponível a partir de julho nos EUA, a um preço de US$ 9.699 (R$ 49.077). A única cor é uma decoração exclusiva em verde-Kawa e preto. (MAO)

 

Conheça o novo Radical SR10 XXR

No final de dezembro do ano passado, a Radical revelou o SR3 XXR como uma versão mais potente e hardcore de um de seus carros de track-day e competição mais populares. Agora, é a vez do “maior” SR10 receber a especificação XXR. Os Radical, sabemos, leva o conceito de carro de corrida para as ruas do Lotus Seven um passo adiante: não pode ser emplacado, e é levado rebocado para as pistas.

O SR10 é um monoposto que agora tem novos louvres dianteiros, que devem melhorar a aerodinâmica em altas velocidades além de ajudar no resfriamento de componentes diversos, de acordo com a Radical. Outra novidade vem na forma de uma aleta central traseira, inspirada no LMP, também nova no SR3 XXR. Novas rodas de liga leve e nova iluminação dianteira com DRL completam as melhorias. Opcionalmente, os clientes podem contar com um novo pacote de splitter e difusor de carbono, que traz redução adicional de peso.

Diferente do SR3 XXR, que tem um motor derivado de moto Suzuki com 1,5 litro e 235 cv, o SR10 XXR vem com um motor baseado no Ford Ecoboost, um turbo de 2,3 litros com potência máxima de 430 cv.

Com uma transmissão Hewland de seis marchas derivada dos carros de corrida GT3 e um baixo peso de 725 kg, o SR10 XXR é realmente um carro sério. Faz o 0-100 km/h em 2,4 segundos. A relação peso/potência é de 593 cv/ton, mais alta que um McLaren 765LT.

Para este novo carro de corrida, a Radical promete menores custos de operação e maior longevidade do motor. A empresa pode também fazer o upgrade de um SR10 existente para a configuração XXR.

O SR10 foi originalmente lançado em 2020 e, desde então, a empresa vendeu mais de 100 unidades. Os Estados Unidos são o maior mercado da empresa, com até 70% dos SR10s produzidos até agora entregues a clientes no país. O novo XXR entrará em produção em julho, com as primeiras entregas previstas para o final do ano. O fabricante tem atualmente mais de 30 concessionárias em mais de 20 países ao redor do mundo. (MAO)

 

Especificação da Ford Maverick Hybrid no Brasil vaza antes de lançamento

Assim como aconteceu com a Ford F-150, podemos ver antecipadamente a configuração de outro lançamento da Ford no Brasil que deve acontecer em breve: o Maverick Hybrid. A picape híbrida já tem manual do proprietário divulgado no site.

Com isso, é possível ver que a versão Lariat será a única, assim como acontece na 2.0 turbo. Foi a especificação que a Ford mostrou inicialmente, no fim de 2022. Nos EUA, a versão Lariat é a topo de linha, e tem um motor 2.5 aspirado, motor elétrico e transmissão CVT.

Não é exatamente o mesmo que nos EUA, porém: o motor a gasolina de 2,5 litros aspirado aparece com 155 cv, enquanto nos EUA o valor é de 165 cv. O torque é inalterado aos 21,4 mkgf. O motor elétrico tembém deve permanecer igual aos 128 cv e 23,9 mkgf de torque. Lembrando que o carro americano tem 194 cv combinados, e este valor não é confirmado no manual.

A Lariat FX4 2.0T custa hoje R$ 240.490, e a nova Hybrid deve ser mais barata que isso. A capacidade de carga é de bons 659 kg, a tração é dianteira, e a suspensão traseira é mais simples, eixo de torção. O que parece ser uma boa opção, mais barata, da nova picape monobloco da Ford. (MAO)

 

Neta de Ettore vende seu Bugatti tipo 37A da Pur Sang

Escondida numa propriedade rural em uma cidadezinha chamada Paraná no interior da Argentina está a Pur Sang, fábrica artesanal que Leónidas Anadón criou para reproduzir os Bugatti originais dos anos 1920 e 1930. São réplicas exatas não somente no veículo em si: são também reproduzidos os métodos de produção de antigamente. Uma Bugatti perdida no tempo.

É uma maneira de se ter um Bugatti antigo zero km, por uma fração do preço dos originais, hoje joias de valor inestimável. Também são comprados por donos dos originais: assim pode-se manter o carro feito na França intocado e seguro, enquanto pode-se divertir dirigindo a cópia idêntica argentina.

Este é o caso de Caroline Bugatti, neta de Ettore Bugatti, dona de Bugatti originais, mas que tinha em sua coleção um Type 37A fabricado pela Pur Sang. O site de leilões “Car and Classic” leiloou online na semana passada o carro, que foi anunciado como “o mais ‘Bugatti’ dos Pur Sang”, devido ao seu passado dentro da família Bugatti.

Caroline Bugatti e seu pai, Michael

Caroline é a mais jovem descendente direta de Ettore; é filha de Michael Bugatti, o mais novo dos dois filhos que Ettore teve no fim da vida, em seu segundo casamento com Geneviève Marguerite Delcuze, um ramo da família renegado pelo núcleo original de Molsheim.

O Type 37A era um Bugatti de quatro cilindros em linha, um carro de corrida, mas com um motor OHC 4 em linha de 3 válvulas por cilindro, 1496 cm³, compressor, e algo em torno de 90 cv. O carro pesava algo em torno de 700 kg. Apenas 67 deles foram fabricados com compressor, a variante “A”, de um total de 290 tipo 37. O que é bastante para os Bugatti desta época.

O Pur Sang estava na França, e ao longo da última semana esteve à venda no mencionado leilão digital, que fechou no domingo com um preço de venda de US$ 250 mil (R$ 1.265.000). Um Pur Sang “zero km” deve sair mais barato, mas há uma longa fila de espera para eles. E nenhum deles zero Km tem uma ligação tão direta com o lar espiritual, e a família do homem que se chamava Bugatti. (MAO)