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Ram 3500 chega ao Brasil por entre R$ 485.000 e R$ 530.000
Vou começar essa nota da Ram 3500 propondo uma reflexão, tudo bem? O Brasil é um país com 212.000.000 de habitantes em 2022. Neste mesmo 2022, boa parte destes habitantes tem como principal meio de informação a internet — e praticamente todos os usuários da internet estão em alguma das redes sociais disponíveis no momento. As redes sociais, por dependerem da nossa atenção, criam círculo social virtual limitado por nossos interesses. Quando você está cercado por pessoas com quem você já tem uma afinidade e é informado apenas pelo que te interessa, você passa a viver um recorte da realidade.
Isso sempre aconteceu, seu avô lia o jornal local e se informava pela famosa “boca pequena” nos bares, mercadinhos e vizinhança. Também era um recorte da realidade, porém tudo aquilo se limitava ao espaço em que você estava presencialmente todos os dias — sua cidade, seu bairro, sua rua, seu trabalho. A internet dá uma dimensão nova para as coisas. Você pode ver carros estacionados próximo ao Palácio de Buckingham pelo Google Street View. Ela traz essa noção de que você está vendo o mundo inteiro, porém o que você está vendo é um recorte amplo, baseado nos seus interesses. Não é difícil perceber que, se você não parar e refletir, fatalmente irá achar que a realidade universal é a realidade que você recebe pela internet — que é baseada nos seus interesses.
Isso é bom por um lado, pois você não se aborrece tanto com coisas que não te interessam, mas ao mesmo tempo anestesia nossa percepção da realidade “real”. E uma dessas realidades é que o Brasil tem 212.000.000 de habitantes. Isso é metade de toda a União Europeia, e a quinta maior população do planeta. Estamos tão acostumados a isso, que a gente perde mesmo a noção da grandeza. E daí vem a estranheza quando se vê um lote de 100 unidades da Ram Rebel V8, uma picape de R$ 400.000 esgotado em 24 horas.
Só que, colocando em perspectiva, 100.000 pessoas é cerca de 25% das pessoas que têm mais de US$ 1.000.000 em patrimônio no Brasil, e considerando a população total, estamos falando de 0,05% dos habitantes do país. Então, apesar da crise, o nosso mercado de alto padrão tem um volume considerável porque o Brasil é um país populoso.
E é por isso que a Stellantis continua sua oferta de picapes Ram no Brasil: eles têm um nicho viável por aqui, interessado nestas picapes grandes e que, acima de tudo, coloca a mão no bolso para levar uma destas para o campo.
Depois da Ram Rebel V8, agora a Stellantis está lançando no Brasil a Ram 3500, sua maior picape por aqui, que parte de R$ 485.000 e chega aos R$ 530.000 na versão de topo. Ela também chega como a picape mais potente do mercado e, considerando a lista de itens de série e acabamento, uma das mais luxuosas na versão Limited Longhorn.
Começando pela parte que nos interessa, a 3500 tem sob o capô nada menos que o motor Cummins 6.7 turbodiesel de 377 cv e 117,27 kgfm. Isso permite a ela transportar até 1.752 kg na caçamba e rebocar 9.021 kg. Isso é mais de uma tonelada de diferença para a 2500 na caçamba e quase oito toneladas a mais no reboque. Além disso, sua caçamba permite o reboque de trailers, e tem volume total de 1.280 litros.
Essa capacidade de tração e carga também faz com que a Ram 3500 possa ser conduzida apenas por motoristas com habilitação de categoria C, pois seu PBT passa de 6.500 kg.
Deixando a brutalidade de lado e entrando na cabine, o que se encontra lá dentro é couro natural e apliques de madeira de lei nas portas, painel e até no volante. Em todas as versões há sistema multimídia Uconnect que usa uma tela de 12 polegadas e conecta-se a smartphones Android e Apple sem fio, além de permitir a conexão de dois smartphones simultaneamente. O GPS integrado é fornecido pela Tom Tom, e o carro ainda tem câmeras 360º e base de recarga de celulares por indução, alerta de ponto cego e sistema de cancelamento de ruído, bem como controle de estabilidade para reboque.
O refinamento da picape (até onde se pode refinar um animal de carga como ela) também é notado nos faróis, que usam LED, ajustes automáticos e quatro fontes luminosas, grade frontal cromada, luzes refletoras no teto e, no caso da Longhorn, pintura de duas cores, com a parte inferior marrom metálico e a parte superior branco perolizado.
Além da versão Limited Longhorn, a Ram 3500 ainda será oferecida nas versões Laramie, de R$ 485.000 e Laramie Night Edition, de R$ 510.000. O modelo de entrada traz os itens já mencionados acima, enquanto o pacote Night Edition inclui retrovisor interno digital com câmera, controle de velocidade adaptativo, sistema de frenagem automática de emergência e sistema de permanência em faixa com correção automática. A Night Edition ainda ganha sistema de áudio premium da Harman Kardon (um dos meus favoritos, se me permitem opinar) e estribos com rebatimento elétrico.
Meio milhão de reais por uma picape não apenas parece caro demais. É realmente caro demais. Mas quando você perguntar quem compra esse carro, lembre-se que, num país do tamanho do nosso, o pouco pode ser muito e o muito pode ser pouco. (Leo Contesini)
Gol terá série de despedida
Ao que tudo indica estamos prestes a ver o fim do Gol no Brasil. O modelo, que vem sendo enxugado pela Volkswagen há alguns anos, poderá sair de linha ainda neste ano, segundo a apuração dos camaradas do Autos Segredos. Ainda de acordo com o site, para tornar a despedida menos melancólica, a Volkswagen parece estar planejando uma série de despedida, que será produzida entre agosto e novembro com 1.000 unidades, possivelmente custando mais de R$ 100.000.
De acordo com o Autos Segredos, o Gol irá manter o motor 1.0 MPI de 75/84 cv e câmbio manual de cinco marchas, mas receberá vidros elétricos nas quatro portas, travas elétricas, rodas de liga leve de 15 polegadas, ar-condicionado, direção hidráulica, sistema multimídia com comandos no volante, sensores de estacionamento.
O modelo será oferecido em apenas uma cor e terá adesivos identificando a versão. O nome ainda não foi definido, mas lembre-se que o Fusca teve a “Ultima Edición” e a Kombi teve a “Last Edition”. Não acho que a Volkswagen irá tentar reinventar a roda ao batizar o último Gol, embora ele mereça.
Sem ele, o modelo de entrada da Volkswagen será o Polo Track, que já está em testes e será produzido em Taubaté/SP. (Leo Contesini)
A disputa de Leclerc e Verstappen pela “helmet cam” da F1
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Há alguns anos o pessoal da Fórmula 1, antes da administração Liberty Media, mostrou timidamente o “eye-tracking” de um piloto durante uma volta rápida. A câmera mostrava onde estava o ponto focal da visão de Nico Hulkenberg em uma volta em Silverstone, transmitido pelo canal Sky Sports.
Agora, com um pessoal mais moderno cuidando da categoria — e até uma série multitemporadas do Netflix sobre a F1 —, esse tipo de visão foi introduzida oficialmente nas transmissões no GP do Bahrein. Trata-se da helmet cam, uma câmera montada no capacete dos pilotos, que capta a movimentação da cabeça durante a corrida. Ela não mostra o ponto focal deles, mas mostra o que o piloto procura durante as acelerações, frenagens e movimentações na pista.
Embora a transmissão oficial tenha mostrado vários takes da helmet cam, o pessoal da F1 divulgou um corte mais longo da ultrapassagem de Max Verstappen sobre Leclerc, e a recuperação do piloto da Ferrari, e traz uma imersão e transmite a adrenalina como jamais vimos na F1 anteriormente. E acho que isso encerra a “Era das Lamúrias” na Fórmula 1, certo? (Leo Contesini)
Hennessey Venom F5 passa dos 400 km/h
Hennessey Venom F5; o novo supercarro da famosa casa de preparação do Texas. Impulsionado por um V8 biturbo de 6,6 litros, o carro tem impressionantes 1.842 cv, o que não só lhe rende o título de motor de combustão interna mais potente em carro de produção até hoje, mas também permite velocidades finais inimagináveis. O objetivo do projeto é passar dos 500 km/h.
O carro será feito em quantidade limitada: apenas 24 veículos, todos já vendidos pela bagatela de US$ 2,1 milhões. O desenvolvimento do carro ainda não acabou, porém; os testes ainda estão em andamento. Agora vem a notícia de que atingiu 437 km/h durante uma recente rodada de testes no Johnny Bohmer Proving Ground, na Flórida.
O número foi atingido durante testes para terminar as calibrações da suspensão, freios e aerodinâmica; John Hennessey resolveu tentar chegar à velocidade máxima, atingindo os 437 km/h. Segundo a empresa, o objetivo de 500 km/h permanece, mas não veremos outras tentativas de se chegar nele tão cedo; o foco da empresa agora é entregar os primeiros 12 carros ainda este ano.
Com o motor de quase 2000 cv acoplado a uma transmissão semiautomática de sete velocidades o carro atingiu 100 km/h em menos de três segundos e 200 km/h em 4,7 segundos, á caminho dos 437 km/h. (MAO)
Novo seis em linha biturbo da Chrysler aparece sem anúncio oficial.
Se você for no configurador online para o Jeep Grand Wagoneer, vai descobrir uma opção de motor que não foi anunciada. Esta “atualização do motor” custa US $ 2.000, mas curiosamente, nenhuma informação é oferecida. Mas há uma foto à vista (embora em baixa resolução) que confirma rumores sobre um novo motor de seis cilindros em linha.
É claramente um motor DOHC. Também podemos ver pequenos turbocompressores nas laterais, e as palavras twin turbo são claramente visíveis na tampa do motor. Não há configuração disponível, mas certamente tudo indica que é um seis em linha.
É estranho o motor aparecer assim sem anúncio oficial; pode ter sido um erro, uma publicação precoce. Mas parece ser a confirmação de boatos persistentes: aparentemente este novo seis em linha iria até uma potência de 500 cv. Acredita-se que este motor substituirá o Hemi V8 em inúmeras aplicações, incluindo o Dodge Charger e o Challenger.
Sim, fã dos Dodge: o V8 será substituído eventualmente por um seis em linha biturbo. Não, não há mais nada sagrado. Não, não exagere, o mundo não acabou; pode ter certeza que será algo também interessante. Diferente, mas interessante. (MAO)
Toyota pode estar desenvolvendo picape monobloco
Picapes monobloco são o futuro para quem quiser ver. Os furgões monobloco como o Sprinter de um lado, e picapes como a Toro e a Maverick de outro, mostram que é possível sim fazer a transição para uma construção monobloco, tanto para carga como para lazer. Mas que possível: é desejável, fazendo um carro melhor.
Agora parece que a Toyota está desenvolvendo uma picape monobloco também, derivada do Rav 4. Segundo o site Motor 1, a empresa não vai ficar de fora desta nova mania: A Ford, por exemplo, não tem dado conta de atender aos pedidos pela Maverick diante da alta procura na América do Norte, e aqui, vendeu o primeiro lote de 300 carros rapidamente. É o futuro. O novo modelo faria companhia com as maiores Tacoma e Hilux.
Segundo o site, esta versão chegaria apenas com a próxima geração do RAV4, a ser lançada em dois anos. A vantagem é que seria uma plataforma mais moderna, claro. Uma Hilux monobloco estará muito longe? É bem, menos absurdo do que parece. Uma coisa é certa: a Toyota pode não ter sido a primeira nisso; mas certamente não será a última. (MAO)
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