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Zero a 300

A nova Saveiro | O mais velho E-type RHD | Mais um Rolls-Royce Droptail e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

Conheça a nova VW Saveiro 2024

Muito tempo atrás, as picapes pequenas abundavam. Todas as marcas aqui instaladas as tinham em linha, e todas elas eram interessantes. Mas o mundo de 2023 é diferente; a maioria delas cresceu para ser uma cabine dupla monobloco maior, as Oroch/Toro e Montana. Sobravam apenas duas, ainda que, também, seus criadores esperando que vendam mais nas versões de cabine dupla: a Fiat Strada e a VW Saveiro.

A liderança da Strada é incontestável e merecida: é uma picape super robusta para o trabalho, e muito bem posicionada em preço e equipamento, e percepção de tamanho, para o mercado de “passeio”. Mas a Saveiro parece ser a opção para quem gosta de dirigir: principalmente por ter ainda o ótimo motor aspirado de 1,6 litros DOHC/16v que antes equipavam Polo e Virtus, com câmbio manual de cinco marchas, desde a versão mais barata.

A Saveiro já é um carro veterano e ficando antigo no mercado. Afinal de contas, é derivada do Gol, e o Gol… lembram dele? Mas o substituto dela (provavelmente mais uma picape maior, 4 portas e monobloco no idioma Toro/Oroch/Montana) ainda está longe, então a VW vem agora com… rufem os tambores… um pequeno face-lift e suspensão mais alta.

Esta é a Saveiro ano/modelo 2024. O face-lift traz novo capô, faróis e grade. Atrás, novo para-choque e apenas grafismos alterados nas lanternas. Por dentro apenas grafismos e detalhes mudam. Bem pouco ambiciosa, esta atualização.

Mecanicamente é a mesma picape: O quatro em linha aspirado EA211, um DOHC/16v com variador de fase no comando de admissão, que dá 106 cv e 15,4 mkgf / 116 cv e 16,1 mkgf, com gasolina/etanol respectivamente. O câmbio é manual de 5 velocidades sempre.

A Saveiro acaba sendo um anacronismo, mas um que para o cara que gosta de dirigir apenas, acaba ficando interessante no papel. A direção, por exemplo, ainda é hidráulica, e não a sem vida, mas “levinha” elétrica de todo VW moderno. A suspensão dianteira recebeu novas molas e amortecedores para ficar 10 mm mais alta que a anterior; uma mudança pequena. Os freios são a disco nas quatro rodas.

Veja por exemplo a versão Robust, uma picape teoricamente de trabalho, que sai por R$ 95.770. Não é espartana em equipamentos: vem com ar-condicionado, direção hidráulica, travas e vidros elétricos, banco do motorista com regulagem de altura, protetor de caçamba, sensor de estacionamento traseiro, e rodas de aço com pneus 205/60 R15.

Trendline CS

Olha só: usando o ótimo trambulador VW, você opera um câmbio manual de 5 velocidades, uma raridade hoje. O carro pesa 1076 kg em ordem de marcha, coisa de 100 kg a menos do já bem esperto, mas descontinuado, Virtus com o mesmo motor. A VW diz que faz 0-100 km/h em 9,9 segundos e chega a 181 km/h, e os números parecem conservadores: são piores que o antigo Virtus que tinha o mesmo motor.

Se você quer uma dessas Robust cabine dupla, existe: custa R$ 109.710. Se você não consegue andar por aí parecendo um trabalhador braçal, ou regular espelhos retrovisores por alavanquinhas mecânicas (Oh, o horror!) ao invés de controle remoto elétrico, não tema: há uma versão cabine simples Trendline que basicamente adiciona o retrovisor elétrico e para-choques pintados da cor do carro, entre outros detalhes, por R$ 101.490. O som bacanudo multimídia com tela de 6,5″ e espelhamento de celular custa R$ 5.255, em separado.

Se você quer uma cabine completa com todos os opcionais, como a maioria dos clientes particulares, você só vai aceitar a versão topo de linha Extreme. Uma cabine dupla de aparência diferenciada, e que custa R$ 114.580, mas já vem com o som bacanudo, volante multifuncional em couro, coluna de direção com regulagem de altura e profundidade e bloqueio eletrônico do diferencial.

Mas lembre-se: agora você tem uma picape com caçamba pequena, só para dar lugar para mais 3 pessoas bem pequenas dentro na cabine. O carro também agora pesa 1135 kg e, portanto, tem desempenho inferior ao da versão básica, o que certamente será perceptível ao volante. Como no caso da Strada, o melhor veículo parece ser o básico; mas ninguém gosta de ouvir isso, então vamos fingir que não disse nada. (MAO)

 

Citorën Type Holidays é conceito abraça modas Vanlife e retrô ao mesmo tempo

O que você nessas fotos é um carro derivado da van de entrega que você conhece como Citroen Jumpy, Peugeot Expert e Fiat Scudo, e que lá fora é também Toyota ProAce e Opel Vivaro.

A atual geração vans de entrega no tamanho do que seria uma Kombi moderna, um pouco menor que as maiores da classe das Mercedes-Benz Sprinter, chegou em 2016. São modernas ainda: extremamente agradáveis e ágeis atrás do volante, com um 1.5 turbodiesel de 120 cv a 3.500 rpm, e torque de 30,6 kgfm a 1.750 rpm. É um motor sempre forte e presente de uma forma bem gostosa. O câmbio é manual de seis marchas, e a tração, dianteira.

A versão retrô que vocês veem aqui é chamada de Type Holidays. O desenho remonta à clássica van Type H, derivadas do Traction Avant; um carro famoso por sua popularidade, e por ser o início da van moderna, monobloco e com comportamento de automóvel, e não de caminhão.

Além disso é agora uma casa-móvel no idioma das famosas Kombi Westfalia. A Citroën adiciona um teto retrátil para espaço extra na área de estar, e acomodações para duas pessoas. Um banco traseiro dobra para se tornar uma segunda cama, dando ao Type Holidays espaço suficiente para quatro pessoas dormirem.

Há também uma segunda porta deslizante no lado esquerdo da van. É também aí que se encontra a kitchenette, permitindo o acesso tanto ao interior como ao exterior. Uma pia e uma geladeira estão incluídas, e uma mesa dobrável com bancos dianteiros giratórios de 180 graus criam uma área de jantar. O exterior não é lá uma novidade: é a conversão vendida no aftermarket pela Caselani, agora “tornada oficial” por esta parceria.

Por enquanto é apenas um carro-conceito. Mas com as vans voltando à moda, especialmente as que viram pequenas casas móveis, espera-se que a próxima geração destes carros tenha algum toque retrô, como as novas VW elétricas. (MAO)

 

Rolls-Royce mostra o segundo Droptail: Amethyst

Mal nos recuperamos daquele Rolls-Royce “rosa negra”, um roadster de mais de duas toneladas e um preço de venda completamente obsceno, e aparece já o segundo dos Rolls-Royc Droptail. Como sabemos, there can be only one! só serão feitos quatro deles.

O nome do segundo deles é Rolls-Royce Amethyst Droptail. Por fora, o Rolls-Royce especial usa uma combinação de duas cores. A flor Globe Amaranth (tô falando sério), aqui chamada de “Perpétua”, inspirou o roxo suave que serve como acabamento principal do carro, e é combinada com um profundo roxo Ametista.  A empresa deseja que elaboremos um bocado sobre esta pintura, falando sobre cristais de mica e outras coisas do gênero, mas acho que vocês já entenderam o ponto: a tinta sozinha deve valer mais que toda a sua garagem.

As imensas rodas de alumínio polido de 22 polegadas tem um toque contrastante de tinta lilás no interior. A peça central do painel é um relógio chique da grife Vacheron Constantin e foi feita à mão em Genebra com movimento de corda manual. O proprietário tem a possibilidade de usar o relógio no pulso, ou deixá-lo no painel.

Madeira escura e couro contrastante misturam-se com os roxos no interior. Nos instrumentos, uma luxuosa decoração de ametistas, a pedra semipreciosa, sim. A marca não divulgou o preço, mas fontes falam de algo em torno de nada menos que 25 milhões de dólares no primeiro mundo. Barrabás. (MAO)

 

Primeiro Jaguar E-Type RHD vai à leilão

Nada que for lançado hoje se comparará ao Jaguar E-type. Não por ele ter desempenho comparável às melhores Ferrari da época, com seu motor XK de seis cilindros em linha DOHC e suspensões independentes nas quatro rodas, e aerodinâmica de vencedor de Le Mans. Não, por ter este desempenho e ser um carro barato.

Era como se hoje aparecesse um Porsche 911 GT3 que fosse além de extremamente veloz, também bonito, elegante, e original em seu desenho externo. E que tivesse preço ligeiramente superior ao de um Mazda Miata. Sério. O E-type de 3,8 litros era mais barato que o Porsche 356 de 1,5 litros e o Volvo P1800 de 1,8 litros.

Agora, um dos protagonistas desta lenda, o primeiro Jaguar E-Type de produção com volante à direita, será leiloado em 1º de setembro no Palácio de Hampton Court, em Londres, Reino Unido, como parte de uma venda organizada pela Gooding & Company.

Espera-se que o carro não saia por menos que £ 1 milhão, ou pouco mais de seis milhões de reais. este cupê com acabamento em azul escuro e interior em couro vermelho tem o chassi número 860001, e mantém seu motor original, bem como a sua placa famosa entre colecionadores da marca: 1VHP.

O E-type série 1 era ergonomicamente inferior aos subsequentes, mas tem o desenho mais limpo e belo de todos, e um seis em linha de 3,8 litros com três carburadores SU que dava 265 cv. O câmbio era manual de quatro velocidades, e os freios eram discos Dunlop, uma inovação que fez os Jaguar vencer Le Mans. Pesava pouco menos de 1300 kg, e famosamente era capaz de 241 km/h, o mítico “150 mph”.

Fabicado em 10 de julho de 1961, este E-Type em particular tem todos os recursos cobiçados que os entusiastas procuram em um dos primeiros exemplares, incluindo assoalho plano, aberturas de capô soldadas e travas externas do capô.

O atual proprietário do carro, que o comprou em 1998, iniciou um projeto de restauração de vários anos com a intenção de retornar o cupê às suas especificações e aparência originais e conseguiu registrá-lo novamente com sua placa original “1 VHP”. Um exemplar realmente importante para a história da marca. Junto com ele também será leiloado o “1600RW”, o primeiro roadster vendido pela Jaguar.

Como a Ineos salvou a história do Land Rover. Literalmente.

A Jaguar devia comprar ambos para manter sua história consigo, ou corre o risco desta história ser sequestrada por outro, como no caso da irmã Land Rover. Mas sabemos que a Jaguar hoje está perdida demais para pensar em algo assim, então vamos fingir que não falei isso. (MAO)