FlatOut!
Image default
Zero a 300

Acordo pelo fim dos carros a combustão não deu certo // A Ferrari BR20 // O fim do Santana e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Apenas 6 fabricantes se comprometeram a abandonar a combustão interna

Ah… a realidade. Nada como uma boa dose de realidade para colocar as coisas em seus devidos lugares. Lembra daquela história do fim da combustão interna, de usar apenas carros elétricos a partir de 2035, 2040 etc? Pois bem, foi por gasolina abaixo. Gasolina mesmo, não água. Porque naquela conferência sobre as mudanças climáticas organizada em Glasgow, a COP26, somente seis fabricantes se comprometeram a não oferecer mais veículos de combustão interna até 2040 — daqui a apenas 18 anos, portanto.

As seis fabricantes são BYD, Volvo, Jaguar Land Rover, Ford, General Motors e Mercedes-Benz. Todas as demais fabricantes que você conhece e não conhece, optaram por não se comprometer com essa mudança tão radical e incerta.

BMW, Honda, Hyundai (Kia), Nissan, Stellantis, Toyota e o Grupo Volkswagen não concordaram com o compromisso e, segundo a agência Reuters, a razão para não se comprometer é que o acordo prevê que a próprias fabricantes façam investimentos em tecnologia, sem contrapartida governamental em relação à criação e manutenção de infra-estrutura.

E mais: nem mesmo os governos assinaram o acordo. China, Alemanha e EUA, três dos maiores produtores de automóveis do planeta, não assinaram o termo de compromisso. A Alemanha, por exemplo, não assinou porque quer mais esclarecimentos sobre o valor do uso de combustíveis renováveis neste plano.

A Índia, a Polônia e a Nova Zelândia concordaram com o plano, e algumas cidades como São Paulo (aquela do rio Tietê) e Seul também se comprometeram a reduzir o uso de automóveis movidos por combustíveis fósseis.

O acordo, contudo, não substitui os planos isolados de redução de emissões. O Reino Unido, apesar de não ter se comprometido neste acordo acha que vai ser viável pretende banir os carros a diesel e a gasolina em 2030 e os híbridos em 2035. Logo o Reino Unido, que mal terminou de construir uma usina nuclear para atender a demanda atual de energia elétrica, e precisará de outras duas dessas para uma frota igual à atual 100% elétrica. O Canadá e os estados da Califórnia e Nova York também pretendem fazer o mesmo em 2035.

Perdoem-me pelo tom de ceticismo no texto, mas nos últimos dois anos vimos todos os governos do mundo — e a própria ONU/OMS — perdidas diante de um virus que causou uma inesperada pandemia. Como podemos ter tanta certeza assim sobre a evolução tecnológica em longo prazo? (Leo Contesini)

 

Mais uma Ferrari one-off: esta é a BR20

Já se perguntou como seria a GTC4 Lusso se ela não fosse uma shooting brake, mas uma berlinetta convencional? A resposta é a Ferrari BR20, um modelo feito por encomenda, em exemplar único, que usa como base a Ferrari GTC4 Lusso, porém com a silhueta de berlinetta em vez de shooting brake.

Antes de prosseguir, que fique claro: esta não é a Ferrari da série Icona sobre a qual falamos no início da semana. Aquela é outro modelo que será produzido em série limitada. Esta BR20 é uma encomenda especial feita por um cliente.

Além da carroceria com estilo fastback, segundo a Ferrari, inspirada nos fastbacks clássicos da marca, como a 410 SA e 500 Superfast dos anos 1960, esta BR20 também ganhou uma dianteira nova, com faróis exclusivos e distintos dos usados pelo carro original, assim como as rodas de 20 polegadas, que têm desenho exclusivo. A dianteira ainda tem uma nova grade com aletas horizontais, também remetendo aos carros do passado.

Por dentro o carro combina tons castanhos combinados a fibra de carbono. Os bancos usam couro “Heritage Testa di Moro” com costuras prateadas, enquanto a traseira, que dispensou os bancos, têm um deck para levar valises e tacos de golfe feito de carvalho.

 

Santana para de ser fabricado na China

Não é o Santana que conhecemos; este parou de ser fabricado em 2013, substituído por uma nova geração chinesa. Mas agora é definitivo: o Santana chinês é mais uma vítima do abandono dos sedãs em favor dos SUV, segundo informa o site Motor 1.

A gente tem um lugar no coração para o Santana; mas é quase nada perto dos chineses. O carro é um símbolo da industrialização e do crescimento do país. O Santana foi lançado na China em 1983 com um teste de apenas 100 carros montados a partir de kits CKD entregues da Alemanha, quando pouquíssimos carros eram fabricados no país. Apenas três anos depois, em setembro de 1986, o 10.000º Santana foi construído e durante os dez anos seguintes, a Volkswagen e seu parceiro local localizaram totalmente a produção do Santana. Em 1995, quase 90% dos componentes do carro eram produzidos na China. Em 2013, uma nova geração do modelo foi lançada.

Atualmente, o modelo é produzido na cidade de Yizheng, pela VW e SAIC Motors. A fábrica tem capacidade para produzir 224.400 unidades por ano, mas a mudança no gosto do cliente de sedans para SUVs significa que não há demanda suficiente para justificar a produção. A Volkswagen não confirmou oficialmente o fim do Santana, mas de acordo com a publicação europeia Automotive News, a joint venture encerrará a produção dos modelos Santana, Skoda Rapid e de uma versão atual do Tharu (versão chinesa do Taos), de acordo com documentos do governo chinês.

É o modelo mais importante da história da marca naquele país. Se tornou sinônimo do crescimento econômico na década de 1990. A VW vendeu mais de seis milhões de unidades do Santana desde o lançamento. RIP. (MAO)

 

O motor do Mustang GT500 pode ser comprado direto da Ford

Na esteira do sucesso de mídia do novo Big Block Chevrolet de mais de 1000cv, a Ford Performance anuncia que o V8 Supercharger do Mustang GT500, com todos os seus gloriosos 760cv, pode agora ser comprado em forma de crate engine.

A Ford Performance já tinha prometido adicionar este motor ao seu catálogo, mas agora é oficial: está disponível como um motor completo, e o kit inclui até um motor de arranque e alternador, mas não é nada barato:  custa quase tanto quanto um Mustang novo.

Chamado de “Predator”, o V8 de 5,2 litros é o motor mais potente vendido neste esquema pela Ford. O motor vem completo e pronto para uso, bastando você escolher uma ECU sua ou a da Ford opcional, e aí montá-lo no carro e conectá-lo à bateria. O preço de venda parte de U$25.995,00. (MAO)

 

Rivian: o maior IPO desde o Facebook

A produtora americana de picapes elétricas Rivian acabou de começar a entregar seus primeiros carros a seus clientes, mas ainda assim sua oferta pública de ações coloca o seu valor como empresa no patamar de qualquer fabricante tradicional já estabelecido nos EUA. Parece estranho, mas no mundo de hoje, totalmente normal. Um bocado de gente vai ficar um bocado rica com esta operação, isso é a única certeza do que acontecerá daqui para frente.

Reporta a Car and Driver americana: “Apoiada por gigantes como Amazon e Ford, a Rivian aumentou o preço de suas ações na semana passada para entre US $ 72 e US $ 74 por ação. A nova cifra ajudou a Rivian a levantar cerca de US $ 11,9 bilhões, tornando-se o maior IPO de uma empresa americana desde que o Facebook ganhou US $ 16 bilhões quando abriu o capital em 2012. O IPO da Rivian é o maior do mundo este ano e o 12º maior de todos os tempos, como relatado pela CNN Business. De acordo com o Wall Street Journal, Rivian terá uma avaliação inicial de mais de US $ 77 bilhões, fazendo com que valha quase tanto quanto um de seus principais patrocinadores, a Ford.”

A empresa planeja entregar 1000 veículos antes do final de 2021. Existem dúvidas, porém: um ex-funcionário alegou recentemente que a empresa provavelmente não faria nem este número. Este mesmo alto funcionário afirmou, num processo contra a empresa, que a ela perderia dinheiro com cada veículo vendido, mas seus superiores teriam dito que aumentariam os preços após o IPO. Atualmente, a picape da marca custa U$68.145. (MAO)